Isenção do IR deve ser encaminhada ainda este ano, diz Padilha

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Em conversa com jornalistas, ministro afirma que governo pretende encaminhar projeto para que entre em vigor em 2026

O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, fala com a imprensa -Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O governo federal pretende enviar ao Congresso ainda este ano o projeto que prevê a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.

Em conversa com jornalistas, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, destacou que a proposta não tem uma data certa para ser enviada, mas o tema é uma das prioridades traçadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A cobrança do imposto de renda acompanha uma tabela onde os rendimentos até R$ 2.259,20 são isentos e, a partir daí, as alíquotas variam de 7,5% e 27,5%.

Estudo elaborado pelo Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) destaca que a taxação extra de cerca de 160 mil pessoas que ganham mais de R$ 600 mil por ano deve compensar a perda de arrecadação.

Segundo esse estudo, a taxação extra combinada com a isenção mais ampla para trabalhadores poderia, na verdade, gerar até um ganho de arrecadação de cerca de R$ 6 bilhões por ano. “O exercício que propomos deixa claro que não há perda de arrecadação”, informou o presidente do Sindifisco, Dão Real.

Com informações do Correio Braziliense

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2 Comentários

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  1. Essa isenção de IR é a cenoura do burro que puxa a carroça deste país.Está pendurada lá na frente e a gente acha que vai alcançar.
    Será que já não fomos mais espertos algum dia?
    Na ditadura, tempos bicudos de se viver, a tabela de isenções era corrigida todos os anos e os itens que a gente podia abater eram realmente compatíveis com a realidade de cada um.

  2. A tributação mínima para renda acima de R$600 mil é uma boa ideia, atinge muitos objetivos de progressividade sem criar muito atrito em cada área.
    O IRPF no Brasil é um descalabro, pois tributa em separado cada renda. Como exemplo, mesmo um empregado CLT tem sua renda tributada em 4 partes separadas (salário, 13o , férias, PRL) além de isenção em abono, FGTS, transporte, refeição e indenizações. Cada investimento financeiro é tributado em separado, com vários deles isentos por pagarem dividendos em lugar de valorizar cotas. O mais justo seria tributar o conjunto de rendas das pessoas, aplicando uma progressividade agressiva. Mas isto é impossível no cenário político de influência desproporcional das elites endinheiras. Então passa a ser factível criar uma nova tributação mínima que, na prática, sobrepõe isenções e deduções sem sentido.

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