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O presidente Lula (PT) comentou, nesta quarta-feira (26), a decisão unânime da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que tornou Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados réus por tentativa de golpe de Estado em 2022.
“Não é o homem Bolsonaro que está sendo julgado. É um golpe de Estado que está sendo julgado. É a conduta desse cidadão que está sendo julgada. Então, eu penso que, se ele for culpado, ele tem que se contentar com a punição. Isso vale para todos os 213 milhões de habitantes. Ao invés de chorar, caia na realidade e saiba que você cometeu um atentado contra a soberania desse país”, declarou o petista durante coletiva de imprensa, em Tóquio, no Japão, onde cumpre agenda oficial.
Segundo Lula, “é visível que o ex-presidente tentou dar um golpe no país. É visível, por todas as provas, que ele tentou contribuir para o meu assassinato, o do vice-presidente e do ex-presidente da Justiça Eleitoral brasileira. Todo mundo sabe o que aconteceu nesse país”, disse.
Lula ressaltou que possivelmente o STF, diante das provas, condene Bolsonaro, mas que é preciso esperar o julgamento da ação penal. “Seria presunção minha fazer qualquer prognóstico sobre a decisão da Suprema Corte”, afirmou. “Só espero que a Justiça faça Justiça. Se nos autos do processo ele for inocente, que seja inocentado. Se ele for culpado, que seja punido. Defendo que ele tenha a presunção de inocência que eu não tive”, acrescentou o presidente.
O mandatário ainda se manifestou contra os pedidos de anistia feitos por Bolsonaro, aliados e apoiadores para beneficiar os golpistas que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.
“Não adianta agora ele [Bolsonaro] ficar fazendo bravata e dizer que está sendo perseguido. Ele sabe o que ele cometeu (…) Quando ele pede anistia antes do julgamento, significa que ele está dizendo que foi culpado. Prova que é inocente, e vai ficar livre”, pontuou Lula.
Após a visita ao Japão, Lula e ministros do governo seguem para Hanói, capital do Vietnã, onde se reunirão com políticos e empresários locais, a fim de ampliar parcerias comerciais com o Sudeste Asiático.
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“Eu queria pedir perdão para o Estado Democrático de Direito. Estar aqui me fez refletir muita coisa. O país depende de hierarquias que precisam ser respeitadas. O Estado foi ferido com meu ato. Foi isolado, não pretendo repetir”. – Golpista Débora