Lula deve recorrer da decisão do TCU sobre presente de luxo 

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Apesar de favorável ao petista, decisão pode abrir brecha para Jair Bolsonaro (PL) no caso das joias sauditas

Presidente Lula pelas lentes do fotógrafo presidencial Ricardo Stuckert
Presidente Lula pelas lentes do fotógrafo presidencial Ricardo Stuckert

O presidente Lula (PT) avalia recorrer de uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) referente ao relógio de luxo que recebeu de presente na França em 2005. A deliberação da Corte, apesar de ser considerada favorável ao petista, pode abrir brecha ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso das joias sauditas.

Ontem (7), por 5 votos a 3, o plenário do TCU decidiu que Lula não precisa devolver o acessório que ganhou do fabricante Cartier no seu primeiro mandato como presidente. A maioria seguiu o voto do ministro Jorge Oliveira que faltam regras claras sobre o tratamento de presentes recebidos por presidentes.

Segundo oliveira, que foi secretário-geral da Presidência da República no governo Bolsonaro e integra a chamada ala bolsonarista do TCU, uma norma como essa deve estar prevista em lei, o que é uma atribuição do Congresso. Contudo, foi com base nessa regra que, em 2023, o Tribunal determinou, por decisão unânime, que Bolsonaro deveria devolver as joias recebidas pelo governo da Arábia Saudita.

O governo Lula chegou a defender que em 2005 não existia a norma sobre o recebimento de presentes oficiais, que surgiram a partir de 2016, por resolução do próprio TCU, que diz que presentes deveriam ficar em acervo da União, em vez de virar patrimônio particular do presidente após o fim do mandato.

Mas, a partir do entendimento de que o TCU decidiu sem observar o argumento devido é que a Advocacia-Geral da União (AGU) deverá recorrer da decisão para não abrir brecha para Bolsonaro.

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