Os detalhes do indiciamento de Bolsonaro no escândalo das joias

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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PF encontrou indícios dos crimes peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Outros 11 também foram indiciados. Entenda os próximos passos

Ex-presidente Jair Bolsonaro faz gesto para pedir calma com as mãos durante discurso.
Foto: Divulgação/PR

Conforme noticiado pelo GGN, a Polícia Federal (PF) indiciou, nesta quinta-feira (4), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 11 pessoas no inquérito que apura a venda ilegal no exterior de presentes de luxo oficiais, entregues por autoridades estrangeiras ao Estado brasileiro quando o político inelegível estava à frente do Palácio do Planalto. 

À época, Bolsonaro recebeu joias do governo da Arábia Saudita que não foram declaradas patrimônio do Estado, como determina a legislação. Investigações da PF apontaram que parte desses presentes milionários, como um relógio Rolex de ouro branco, foram negociados nos Estados Unidos. 

Contudo, após a revelação do que ficou conhecido como escândalo das joias, aliados do ex-presidente passaram a atuar para recomprar esses itens e devolvê-los ao governo brasileiro.

A partir da apuração, a PF encontrou os indícios dos crimes peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro cometidos por Bolsonaro. Agora, o relatório final com essas conclusões será enviado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do caso.

A partir disso, Moraes encaminhará o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se apresentará uma denúncia formal contra os envolvidos, se pedirá novas diligências ou arquivará o caso. Só após isso – e se a Justiça aceitar a denúncia – é que Bolsonaro e os demais indiciados se tornarão réus.

Veja quem foi indiciado junto com Bolsonaro:

  • Bento Albuquerque, ex-ministro de Minas e Energia: indiciado pelos crimes de peculato e associação criminosa.
  • José Roberto Bueno Júnior, ex-chefe de gabinete do Ministério de Minas e Energia: indiciado pelos crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
  • Julio César Vieira Gomes, ex-secretário da Receita Federal: indiciado pelos crimes de peculato, associação criminosa, lavagem de dinheiro e advocacia administrativa.
  • Marcelo da Silva Vieira, ex-chefe do gabinete de Documentação Histórica da Presidência: indiciado pelos crimes de peculato e associação criminosa.
  • Marcelo Costa Câmara, ex-assessor de Bolsonaro: indicaido pelo crime de  avagem de dinheiro.
  • Marcos André dos Santos Soeiro, ex-assessor de Bento Albuquerque: indiciado pelos crimes de peculato e associação criminosa.
  • Mauro Cesar Barbosa Cid, tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro: indiciado pelos crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
  • Fabio Wajngarten, advogado e ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro: indiciado pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
  • Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro: indiciado pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
  • Mauro Cesar Lourena Cid, general da reserva do Exército e pai de Mauro Cid: indiciado pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
  • Osmar Crivelatti, assessor de Bolsonaro: indiciado pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

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