Por Juliano Santos
Ref. ao post A crise política brasileira: uma novela em seis atos
Nassif, já que voce entrou no campo de análise de personalidade dos presidentes, faltou algo fundamental. A formação política da Dilma. Se pegarmos ela e o Lula, no campo da esquerda, não poderia ter personagens mais diferentes.
Não só o fato de Lula ter sido retirante, sem educação formal e etc, e ela, de classe média alta com todos os benefícios daí originados. Mas principalmente como ambos se formaram politicamente, como forjaram sua prática política.
Os dois começaram na política na luta contra a exploração capitalista. Mas a partir daí, só diferenças. Dilma se trancava em aparelhos, enquanto Lula sentava à mesa com empresários, equilibrando entre não ser um simples pelego, mas não radical o suficiente para que mantendo suas convicções intactas, detona-se qualquer possibildade de benefício para o trabalhador. Lula ali exercitava a arte de conseguir o “melhor possível”.
Claro que não foi na mesma época, em 68 não havia brecha alguma para o pragmatismo do Lula. Mas de qualquer forma Dilma formou-se no tudo ou nada. O confronto, ou eles, ou eu. Essa desconfiança que ela nutre pelos outros, até que provem ser confiáveis, é típico de quem vivia acuada em aparelhos.
Bom, temos o Dirceu e o Genoino que também foram da guerrilha e depois viraram grandes negociadores políticos. Mas Dirceu antes da luta armada fazia política no movimento estudantil, é um animal político. E Genoino veio de uma família pobre do nordeste, onde se aprende a se adaptar às circunstâncias da vida. Dilma, pelo que sabe saiu direto da unversidade e de uma família abastada de Minas para o confronto aberto e direto. Dureza. E para uma mulher de classe média sobreviver nessa realidade, só sendo dura como uma pedra.
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Já faz uns 40 anos isso, tava
Já faz uns 40 anos isso, tava bom de ela rever tais conceitos, né..?
Não se trata de “conceitos”,
Não se trata de “conceitos”, Charlie, mas de posturas. Estas bem mais fincadas interiormente que simples conceitos. Cada um de nós reage ou interage com o mundo de acordo com o que somos que por sua vez é influenciado pelo que fizemos, enfrentamos; enfim, o que Ortega Y Gasset preconizou: “somos nós e as nossas circunstâncias”.
Concordo com essa avaliação de Dilma
… todos somos nós e nossas circunstâncias.
Eu … continuo abraçando DILMA.
Me somo ao seu abraço à
Me somo ao seu abraço à DILMA!!!
É a corrente da DEMOCRACIA!
Abraçada por todos nós!
Abraçada por todos nós!
Aposto que ja tem mais de 40
Aposto que ja tem mais de 40 anos que voce usa galochas pra ser chato.
Muito bem lembrado, Juliano.
Muito bem lembrado, Juliano. Lula foi forjado politicamente no meio sindical. Por esse aspecto nunca foi um militante radical anti-governo. Foi essa capacidade de interlocução adquirida por essa experiência que o fez lider de um partido recheado de integrantes muito mais capazes intelectualmente e com militâncias políticas mais robustas. Por fora e fazendo muita diferença o carisma, claro.
“Hype é o exagero de algo, ou
“Hype é o exagero de algo, ou em marketing uma estratégia para enfatizar alguma coisa, idéia ou um produto. “
ok, colegas! boa análise. mas
ok, colegas! boa análise. mas tenho uma mais regressiva.
As personalidades, no caso de Lula e Dilma, se formaram mais precisamente na infância. Nessa idade sim fica claro a questão econômica como marcante na vida, de qualquer ser. Vejam que na infância Lula já devia ter uma grande experiência de negociar, coisas menores, como um pedaço de pão com um irmão. Isso cria uma sensibilidade humana que não tem tamanho. Não se aprende isso em banco de universidade. Muito menos em negociação com empresários. Isso falta na maioria dos políticos (Mojica que o diga), não só dos políticos, mas na maioria das pessoas. Sim, reconheço que também tem pessoas que passam por isso e não conseguem esse grau elevado de sensibilidade. Não estou a generalizar. Mas, Dilma não tem a mesma sensibilidade de Lula, nem carisma. Aliás, isso é coisa para poucos no mundo.
O que eles tem de parecido é a honestidade e respeito. Nunca poderíamos imaginar a Dilma adminstrando exatamente como o Lula, ela uma mulher técnica, este um político. Nós sonhávamos com isso. Precisamos respeitar essas diferenças. Do contrário estamos municiando os adversários: as aves de rapina, os amigos da onça, etc.
As pessoas não
As pessoas não entederam que Dilma não é Lula, alias niguém é. Cobrar dela posicionamentos que nunca fizeram falta na sua carreira politica e que mesmo assim fez dela a primeira presidente do Brasil?
Dilma
Amigos, uma resposta mais objetiva, das diferenças entre Dilma e Lula.
Dilma é mulher e como todas, é discriminada!
Esta campanha é calcada no machismo, pois estão vendo uma mulher forte, se juntando com outras também fortes, as ministras, e patrocinando reformas socias de apoio e proteção às mulheres!
Por isto querem derruba-la!
Dilma vai ganhar esta parada, com ajuda de Lula, dos homens equilibrados e de todas as mulheres, que até por sobrevivência, têm que ajuda-la!
“Dilma é mulher e como todas,
“Dilma é mulher e como todas, é discriminada!”
Mais uma desculpa?
http://www.geradordedesculpasdopt.com.br/
Vai começar a reagir com seus
Vai começar a reagir com seus comentários contra Tucanos, alguns ministros do STF e midia golpista. Quando? Heim?
mesmo estando “on.eide”
aliança não se esconde…
Lula não é de esquerda. Se
Lula não é de esquerda. Se fosse não tinha aumentado os gastos militares antes de obrigar as Forças Armadas a aceitar o expurgo dos criminosos da ditadura. No máximo Lula é um sindicalista honesto que se aproveitou do vácuo na esquerda criado pela Ditadura Militar e que fez carreira política com um programa que uniu nacionalismo e alguma consciência social. Dilma foi de esquerda e pagou caro sua opção. Ela migrou para uma posição de centro esquerda e aceitou conviver com os militares para ser eleita. O tratamento que ambos deram aos bancos (Lula os presenteou com juros altos enquanto Dilma usou os bancos públicos para reduzir os juros) mostra bem as diferentes maneiras de ser de ambos.
Lula nunca foi de esquerda e
Lula nunca foi de esquerda e disse isso, com todas as letras, em entrevista ao Mino Carta.
Exato. Mino Carta porém diz
Exato. Mino Carta porém diz que Lula é de esquerda como uma espécie de concessão ao fato de que o petista não governou exclusivamente com as elites, em favor das elites e à moda das elites. Gosto do Mino Carta, mas discordo dele neste ponto. É preciso coerência ao fazer avaliações políticas e Lula certamente foi coerente quando disse que não é de esquerda. Mesmo reconhecendo as virtudes do governo dele confesso que votei nulo nas duas eleições que ele ganhou. Em Dilma votei com gosto nas duas eleições presidenciais que ela disputou. Me sinto mais representado por ela do que me sentiria representado por Lula caso tivesse votado nele.
Sem Lula?
Dilma não seria presidente! Não seria nada alem de um secretária de energia do RS! E se Lula não é de esquerda, qual seria a classificação para alguem tão preocupado pelo social e por todo projeto revolucionário social que fez no Brasil e propaga no mundo? Para mim o Lula é um social democrata, verdadeiro, não estas siglas como o PSDB e DEM que de social e democrata só tem nome para camuflar o que é. Partido da Direita Reacionária PDR
Daria os dois pelo velho
Daria os dois pelo velho Briza e ainda cobrava troco.
Águas de março
Gosto deste blog, porque sempre tem alguém que levanta o nível do debate, contribuindo para o entendimento de fenômenos complexos sob pontos de vista diferentes, como fez o Juliano.
A última campanha presidencial foi sujíssima. Sempre achei que seria impossível descer mais baixo que a campanha de Serra (a do bolinha de papel). Mas a campanha do Aécio superou todos os limites da decência e da ética, incuindo conspiração e ameaça de golpe, instantes antes do pleito.
Concordo com os argumentos do Juliano, mas considero que, além da sua história de vida ser diferente da de Lula, Dilma ainda não se recuperou por completo da guerra suja que foi a campanha e os primeiros 100 dias. Não há ser humano que suporte tal pressão emocional e saia por aí, como um estadista-alegre, sorriso no rosto, a tomar decisões acertadas e incríveis.
As águas de março de 2015 serão um marco para maturidade política do país. Precisamos sair dessas manifestações maiores e melhores que entramos. Todos nós.
É obrigação dos que ganharam e dos que perderam fortalecer o governo eleito e ajudá-lo a governar. Todos perdem se não for assim.
O país está cansado dessa comédia golpista, dessa conspiração bufa que bate panela na varanda mas tem medo da chuva na rua. Assim como estamos cansados também do fogo amigo dos esquerdistas radicais de botequim.
O Brasil é um só. Temos que caminhar juntos na mesma direção. O projeto de país está claramente definido nos 5 primeiros artigos da CF. Temos tudo para fazê-lo acontecer.
Queremos um país forte, com economia forte, com gente adulta concordando e discordando de forma saudável, jogando o jogo democrático verdadeiro e tomando decisões como gente adulta, dentro do estado de direito.
E, quando 2018 chegar, que vença o melhor. No momento, a prioridade não é a próxima eleição.
Lula foi “peão” e enfrentou o
Lula foi “peão” e enfrentou o “chão de fábrica”, Dilma nunca teve patrão!
Por isso Dilma se importa menos com os trabalhadores. Vide a greve dos funcionários públicos Federais em 2013, quando ela não negociou em nenhum momento com os trabalhadores e acabou sendo odiada até pela própria esquerda que a elegeu.
Dilma se cercou exatamente de pessoas com o mesmo perfil dela. Ideli, Gleisy e outros para que bloqueassem qualquer tentativa de acesso a sua pessoa, deixando com elas com a responsabilidade de “dizer não” aos sindicalistas e trabalhadores.
Por isso, Lula jamais deixou de priorizar o trabalhador, de negociar e atender as angústias dos trabalhadores.
não é por aí
Dilma não negociou onde? Ela ofereceu um bom reajuste, dividido em 4 ou 3 parcelas, em cima de níveis salariais que já estavam, em geral, muito bons. O funcionalismo público é muito bem pago atualmente, inclusive comparativamente aos padrões internacionais. A maior defasagem atualmente está nos cargos de confiança, pra dizer a verdade (o Lula mesmo fez uma brincadeira sobre isso quando saiu).
Dilma está a anos luz da Ideli e mais ainda da Gleisy. Ela é formada na esquerda clássica, antiimperialista e que deseja, antes de tudo, uma aliança entre a buguesia nacional, trabalhadores assalariados e Estado. Nisso sua única distinção é o arraigado feminismo e uma convicção na democracia formal na minha opinião bastante ingênua (como o Nassif e sobretudo Fernando Brito e PHA estão toda hora sublinhando), e que ajuda, junto com sua traumática experiência nos porões da ditadura, a não perceber que uma parte importante do alto comando das FA estaria disposta a uma aliança (coisa que o Lula percebeu…). As outras duas são típicas militantes de classe média do PT, com muita disposição e pouco cérebro.
A contragosto ela vem tendo de segurar o ímpeto dsitrbutivista do “modelo” lulista apenas porque como economista ela sabe que é impossível aumentos dos salários sistematicamente acima do PIB sem aumentos correspondentes da produtividade durarem. Bem observada, vê-se que ela corretamente percebe desde o início que para viabilizar o modelo seria preciso quebrar a ciranda financeira, nunca confrontada por Lula, e corrigir o cãmbio (esse o Lula é responsável ate´a raiz dos cabelos).
Deu errado, mas aí é outra estória.
Gostei da sua colocação sobre
Gostei da sua colocação sobre Dilma.como mulher me enaltece!
“Dilma não negociou
“Dilma não negociou onde?”
Aqui:
http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Postura-do-governo-pode-radicalizar-greve-dos-servidores/4/25763
Aqui:
http://www.cut.org.br/noticias/companheira-miriam-voce-precisa-receber-o-comando-de-greve-e-negociar-daf1/
Aqui:
http://www.adusp.org.br/index.php/254-movimento-docente/universidades-federais/greve/1448-greve-e-forte-nas-federais-mas-o-governo-nao-negocia
E aqui… onde o STJ precisou obrigar o governo a negociar:
http://cspconlutas.org.br/2014/06/stj-intima-governo-a-negociar-com-servidores-publicos-federais-em-greve/
Em 2012 os servidores tiveram que se contentar com 1% de defasagem salarial por ano, nos próximos 3 anos!
5% por ano – 6% de inflação = -1% (matemática básica)
3 anos = -3% de defasagem. (sem contar a defasagem dos vários anos em que se encontravam sem aumento)
Não sei como é o custo de vida aí em SP, mas aqui no sul, o salário de 2.900,00 de um técnico com nível superior não é considerado um “alto salário”, como você citou.
E só pararam a greve por que teve início uma enchurrada de Processos Administrativos prá cima dos grevistas, pelos mais diversos motivos.
Concordo, Dilma tá anos a frente de Gleisi e Ideli (Graças a Deus)!
eu sou de porto alegre
sem ofensa, Mircon, mas realmente desconheço que exista alguma carreira de nível superior que receba 2900 por mês. Não seria o caso de alguém que possui nível superior mas ocupa um cargo que não exige nível superior? Conheço gente que fez o último concurso para o BB, que exigia apenas ensino fundamental, e tem pós graduação concluída.
Os reajustes realmente foram abaixo da inflação, mas observa que mesmo assim Dilma estourou as contas. Creio que faz melhor em construir casas populares e as subsidiar do que em aumentar salários que são muito superiores aos pagos na iniciativa privada (salvo engano meu, como te disse), em bancar aumentos bem acima da inflação para os professores ou em aumentar o bolsa-família (claro, sempre até certo ponto).
Também abraço Dilma embora
Também abraço Dilma embora discordando de algumas ações recentes de seu governo.
JOGO DAS 7 DIFERENÇAS
É tão obvio encontrar diferenças entre as pessoas, mesmo iguais. Parece com aquele jogo de figuras aparentemente iguais onde há que achar 7 diferenças ou erros.
Tivesse um irmão gêmeo, que tenha estudado o mesmo que eu, etc., um texto como esse acima acharia sempre diferenças entre nós.
Forçação de barra! Um tratado para explicar que a meia dúzia é diferente de seis.
Lula tem clareza impossivel
Lula tem clareza impossivel de pensamento.
Dilma , realiza esse pensamento , por ele.
poderiam até serem casados, com todo respeito a D. Mariza …
Mas que dupla!
Belo texto, mas apenas
Belo texto, mas apenas discordo quanto a personalidade política de Dilma ter se moldado na luta armada. Na verdade a sua personalidade a levou para isso, diversos universitários, mesmo nos anos mais pesados da ditadura preferiram outras formas de enfrentamento ao regime não tão radicais.
Dilma, assim como a Marta, vieram de lares abastados, abraçaram a causa popular e querem levar o que aprenderam nos livros para a vida prática na marra. Elas são da geração de feministas que tiveram que enfrentar duros embates com os homens para conseguir espaço nos lugares que eram/são ocupados por eles. É como se tivessem que provar todo dia que são capazes de estar desempenhando aquelas funções, tendo que enfrentar a desconfiança e o desdém de quem não as quer ali.
Por isso talvez, a necessidade (inconsciente) de Dilma não seguir conselhos ou orientações mesmo de padrinhos políticos mais experientes. Como se tivesse que provar para si e para os outros que pode tomar decisões sozinha, mesmo que as vezes ors resultados sejam os mais desastrosos.
Concordo com tudo até você
Concordo com tudo até você colocar Dilma e Marta do mesmo lado. Marta é a decepção mais completa e acabada da minha vida. Mais que Erundina, Eloisa, Marina, Luciana Genro. Marta parece que perdeu o eixo. Isso soa familiar?
Bela análise.
Ainda
Bela análise.
Ainda acrescentaria algo que poucos falam: Dilma é mulher. A primeira presidenta. E convive e trabalha em um ambiente prá lá de machista.
A oposição eu nem falo, mas mesmo entre os aliados mais próximos não é difícil assistirmos uma escorregada machista vez ou outra.
A sensibilidade dela é outra e talvez aí haja uma certa confusão.
Falta alguém se aprofundar sobre isso.
Também abraço Dilma embora
Também abraço Dilma embora discordando de algumas ações recentes de seu governo.
O que eu mais gosto no
O que eu mais gosto no governo Dilma é sua politica de relações externas. E eu só voto em um candidato que tenha em seu programa de governo manter e intensificar a relação do Brasil com a China e os BRICS.
Gostei muito do texto. LULA &
Gostei muito do texto. LULA & DILMA já viraram a própria HISTÒRIA DO BRASIL. E eu os amo, profundamente, por sua entrega, sua fibra, sua vibração… LULA & DILMA LÁ 4 EVER !!
“O BRASIL PARA TODOS não passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÂO & GOLPES – O que passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÃO & GOLPES é um braZil-Zil-Zil para TOLOS”
Experiência de vida
Excelente artigo.
Dizem, que na China antiga, houve um Imperador que tinha o melhor conselheiro de todos os tempos, o nome dele era Lao Tsé. O grande segredo de Lao Tse era que ele saia do palácio as vezes, disfarçado de pobre, e ia aos bairros mais pobres da China, para ver pessoalmente como era a situação do povo.
Foi exatamente o que faltou à Dilma, passar por todas as classes sociais, antes de entender este país. Lula fez isto muito bem, passou por todas as classes sociais. Os ricos, desde a antiguidade tem uma certa dificuldade de compreender a realidade principalmente dos mais pobres, haja visto que enclausurados em seus palácios, não tem a menor ideia do que o povo humilde passa.
Nas crises todos parecem pequenos ou pequenas
Durante a grave crise política de 2005-2006 todos, principalmente o PSDB, julgavam que o PT e o Presidente Lula já estavam mortos para a política, e que seriam enterrados definitivamente nas eleições de 2006.
Agora diante da atual crise política A Presidente Dilma e o PT enfrentam novos desafios, com a agravante de que os opositores, se tiverem oportunidade não irão esperar as próximas eleições para realizar o funeral.
Do mesmo modo do que em 2005-2006, o PT e a Presidenta Dilma vão superar a atual crise política, com o fortalecimento do mercado interno, aumentos reais dos salários e do emprego, e aumentando a distribuição de renda, e com uma grande vantagem de ter Lula como candidato em 2018.
A Dilma…..
Coisa que todo mundo esquece ao analisar Dilma.
Seu pai era búlgaro, o advogado Pétar Russév.
Origem difícil, formação, idem.
Lembro quando analisei German Efromoivich, antes de ser…. o que é.
Sou filho de uma portuguesa, fui criado dentro de seus padrões.
Minha “cúmplice”, alemã.
Estranho imaginar algum comportamento latino em minha “cúmplice”.
Ou em Dilma, apesar da mãe brasileira.
Dilma não é…. latina.
E aí…. mora o perigo!
Efromovich…… German e
Efromovich…… German e José.
O que você diz é fato, mas não é a questão
Juliano Santos,
Vi o seu comentário de sábado, 14/05/2015 às 12:06, lá junto ao post “A crise política brasileira: uma novela em 6 atos” de sábado, 14/03/2015 às 08:38, aqui no blog de Luis Nassif e de autoria dele. Trata-se de um texto extenso e denso e você preferiu ir além do que ele disse.
Lá no post “A crise política brasileira: uma novela em 6 atos”, eu já havia comentado junto ao comentário de Roberto São Paulo-SP 2015 enviado sábado,14/03/2015 às 10:38, e em meu comentário questionava a crítica da Luis Nassif à posição do governo da presidenta Dilma Rousseff ou do PT em relação à eleição da presidência da Câmara e quanto à oportunidade da substituição da Graça Foster. Não cheguei a mencionar, mas considero que no que diz respeito à saída de Graça Foster a saída dela foi mais uma questão de marketing. No dia seguinte a saída de Graça Foster um funcionário de uma banca de revista foi logo dizendo que ela já ia tarde. O governo tinha essa avaliação em pesquisa e optou por demiti-la. Esta é a minha opinião. A explicação de Luis Nassif, de que o Aldemir Bendine tem um plano claro de reestruturação e se dispôs a negociação com as agências de rating e os credores, é diferente e pode ser que ele tenha razão.
Bem, seu comentário vai além, mas se vincula ao debate que Luis Nassif propõe no post “A crise política brasileira: uma novela em 6 atos” de analisar a eleição para a presidência da Câmara.
Pensei em comentar sua análise não porque ela fosse além, mas porque ela ia na direção de uma discussão que você e Luis Nassif iniciaram recentemente e redeu bons frutos. Há um primeiro comentário seu depois Luis Nassif dá uma resposta para você e mais tarde ele volta com um post para tratar da deficiência da presidenta Dilma Rousseff que ele prometera apontar na resposta que ele dera para você. Não consegui encontrar o post, mas há um comentário meu para você junto ao post “Dilma precisa se reinventar e encontrar sua veia conciliadora” de terça-feira, 03/03/2015 às 15:34, aqui no blog de Luis Nassif e oriundo de comentário seu em que eu reproduzo o seu antigo comentário e a resposta de Luis Nassif.
Aliás, junto ao post “Dilma precisa se reinventar e encontrar sua veia conciliadora” eu fiz três comentários para você e há um muito bom porque eu transcrevo o comentário de Marco Antonio Castello Branco sobre a presidenta Dilma Rousseff e que ele enviou quinta-feira 26/06/2014 às 02:45, para junto do post “Para entender o desgaste do governo Dilma” de segunda-feira, 16/06/2014 às 17:47, dez dias depois, portanto, que o post fora originalmente publicado. Ficou um texto perdido em um post já antigo, mas que eu tenho reproduzido algumas vezes em meus comentários aqui no blog de Luis Nassif e sempre sugerindo que ele seja transformado em post.
Eu creio que vocês têm razão em dizer que a presidenta Dilma Rousseff não tem a capacidade de negociar com o inimigo como o Lula adquiriu na luta sindical que ele realizou. Só que considero que não se deve tratar como inimigo o representante mesmo de ideologia diferente, o que significa mesmo que representando interesse político distinto do que o Lula representava como presidente do mesmo modo como se considera inimigo um empresário porque este representa interesses diferentes do da classe trabalhadora que Lula representava. São situações diferentes. Agora o aprendizado de Lula na negociação sindical deu a ele características de negociador que não estão presentes na presidenta Dilma Rousseff.
Agora é preciso ver que Lula perde em relação à presidenta Dilma Rousseff no quesito técnico. Só que o que é um benefício para a presidenta Dilma Rousseff: ter mais conhecimento técnico do que Lula, é um problema na medida em que ela considera o técnico superior ao político. É disso que o comentário de Marco Antonio Castello Branco trata e este é o maior problema da presidenta Dilma Rousseff. Não é o fato de ela ser centralizadora como quer crer o Luis Nassif e nem é o fato de ela não ter desenvolvido a capacidade de negociação. São características que em determinadas circunstâncias podem ser qualidades ou podem ser necessárias.
Ser centralizador na Administração Pública pode ser qualidade. Ser negociador na política sempre é qualidade, mas pode existir gerentes na Administração Pública que não são negociadores. Basta ele delegar a negociação. E não é pelo fato de se ser centralizador que não se pode delegar a negociação política. E a presidenta Dilma Rousseff sabe que ela não é nada sem o PT e, assim, muito dificilmente é a presidenta Dilma Rousseff que impõe: “não vai haver negociação nenhuma”.
Foi por ver qualidade em ser centralizadora que Lula a escolheu. E a escolheu também porque ela não era negociadora. Não como uma qualidade, mas como uma espécie de necessidade para enfrentar pressões que Lula, nas circunstâncias que vivenciou na presidência da República, teve que ceder. Muitas vezes Lula cedia porque não tinha o conhecimento técnico para rebater.
Lula a escolheu a candidata Dilma Rousseff para que ela pudesse impor uma decisão e porque ela tinha mais condições de conhecer as decisões a serem tomadas em si e nos seus efeitos. Foram essas características que na condição de assessora de Lula, ele percebeu como qualidades e dessas qualidades ele utilizou para governar. É claro que essas características são também qualidades, mas elas não são úteis na negociação política.
Agora são características que são vistas pelo eleitorado como qualidades na política, porque cada eleitor quer que a política seja um instrumento de realização do seu interesse e quando se pensa assim a pessoa que não negocia o seu interesse mais bem lhe serve. E assim, também pela ótica eleitoral, Lula via Dilma Rousseff como a candidata ideal. Ele a escolheu não só para poder ganhar as eleições como para que ela pudesse por em prática essas características que dependendo a situação são qualidades.
E há que se observar que a presidenta Dilma Rousseff construiu a governabilidade dela expondo essas características. Todas as demissões que ela fez no primeiro ano de governo dela foram para preservar a imagem dela. E deu resultado. Ai veio o julgamento da Ação Penal 470 e depois vieram as manifestações de junho e depois veio a queda do PIB no terceiro trimestre de 2013, que nenhum economista de renome parou para estudar. Se não houvesse a reversão do terceiro trimestre de 2013, o PIB teria crescido mais de um ponto percentual em 2013 e a presidenta Dilma Rousseff poderia entrar no difícil ano de 2014 em melhores condições e a direita não sairia tão fortalecida na campanha.
Não foi a presidenta Dilma Rousseff que, por não possuir a capacidade de negociação, que é uma qualidade na política, que causou todo o rombo na negociação política. O rombo foi causado pelo julgamento da Ação Penal 470 e pelo que veio na esteirado julgamento, ou seja, a manifestação de junho de 2013. E na sequência houve a queda do PIB no 3º trimestre de 2013, e para o qual não houve explicação.
Não discordo do que você afirmou. Que é também um ponto que Luis Nassif já trouxe para discussão. Só considero que o seu comentário vai além do post de Luis Nassif. O que o seu comentário toca no post de Luis Nassif é explicar porque a presidenta Dilma Rousseff não é hábil negociadora. O flanco que Luis Nassif abre para o debate é saber qual seria a melhor alternativa em relação a candidatura de Eduardo Campos: acordar em apoiar Eduardo Campos ou se opor como foi feito. Trata-se de questão que tem que ser resolvida levando em conta o interesse do PT e levando em conta o interesse do governo. E há a questão do marketing. É bom para o governo uma associação com Eduardo Cunha, é bom para o PT essa associação?
No fundo, o grande problema da derrota fragorosa do PT na eleição para a presidência da Câmara não foi a derrota fragorosa em si e nem foi a eleição de Eduardo Cunha em si, pois dada a força que ele demonstrou, Eduardo Cunha teria que ser o escolhido em uma composição. O problema foi a esquerda descobrir a sua fragilidade e a direita descobrir a sua força. Só que isso só se tornou problema, e é um problema para a esquerda, se ele não fosse conhecido.
Se o problema já era conhecido, a eleição do Eduardo Cunha apenas ratificou o entendimento e não deve ser visto como uma fraqueza do governo da presidenta Dilma Rousseff decorrente da dificuldade dela em negociar, mas decorrente da fraqueza da esquerda e, portanto, da fraqueza de um governo de esquerda da presidenta Dilma Rousseff. Agora se a presidenta Dilma Rousseff sabe da importância da economia para ter apoio popular e sabe que o futuro econômico para ela será promissor, ela provavelmente optou por montar um governo mais de esquerda para que o ganho no futuro seja da esquerda e não da direita se ela montar um governo de direita.
Então não creio que foi a falta de capacidade de negociação da presidenta Dilma Rousseff que você desenvolve em seu comentário que virou este post “Lula e Dilma foram moldados em realidades distintas” de sábado, 14/03/2015às 15:31, que criou o problema da eleição do presidente da Câmara dos Deputados e que Luis Nassif aponta lá no post “A crise política brasileira: uma novela em 6 atos”. Quem iria fazer a negociação não seria a presidenta Dilma Rousseff pessoalmente. Creio que esta foi uma decisão negociada. Interna Corporis. Tanto dentro do PT como dentro da cúpula do governo. Quem não poderia ficar de fora, e se ficou foi um erro, seria o Joaquim Levy pelo trânsito dele com o PMDB do Rio de Janeiro, mas discussão deve ter havido e muito provavelmente não foi uma imposição pessoal da presidenta Dilma Rousseff.
Embora eu seja a favor da negociação, não creio que eu tenha conhecimento da situação para garantir que a minha alternativa é a melhor. Os auxiliares da presidenta Dilma Rousseff, sim, tinham que saber. Se os auxiliares da presidenta Dilma Rousseff não tinham conhecimento dessa situação, significa que a presidenta está com maus auxiliares. Se eles tinham conhecimento há que se saber porque foi que eles tomaram a decisão de bater frente e não de negociar.
Pode ter sido a decisão mais acertada, pois não há prova de que a decisão foi equivocada. O que há são conjecturas em que não se conhece as alternativas. Quer dizer a alternativa de apoiar Júlio Delgado iria criar um racha definitivo no apoio do PMDB ao governo da presidenta Dilma Rousseff e, portanto, não é alternativa. E o Eduardo Cunha não admitiria um “tercious”. Assim, restaria só o apoio a Eduardo Cunha. Com tudo que se diz contrário a Eduardo Cunha é de se avaliara se para o PT e para o governo esta associação seria interessante.
Fiz esta análise um tanto crítica do seu comentário com o qual eu concordo, em razão de considerar que o texto de Luis Nassif, ainda que muito bom, deveria estar sujeito a mais críticas. Há uma crítica que eu faço a Luis Nassif e que faz lembrar um pouco o post “Esquema Dvorak, por Frederick Cunha” de sexta-feira, 13/03/2015, e que é ele fazer a política de uma no cravo e outra na ferradura.
Esta política tem uma qualidade: evita que o blog torne-se um nicho de um pensamento unificado. E tem também o problema trazido lá no post “Esquema Dvorak, por Frederick Cunha” puxar índices de audiência mediante uso de notícias de baixa qualidade, ou seja, que não requer comprovação. Então mesmo que tenha a boa intenção de evitar que o blog fique a olhar para o próprio umbigo, quando há afirmações menos consubstanciadas elas devem ser criticadas.
Quando li o post “A crise política brasileira: uma novela em 6 atos” considerei que havia alguns pontos para serem rebatidos, mas cuja análise requeria uma leitura mais atenta. Lendo os comentários e relembrando a parte inicial do texto que pode ser conferido a qualquer momento eu vi duas falhas na análise de Luis Nassif que passaram a largo dos comentaristas.
Logo no início do post Luis Nassif afirma referindo-se à presidenta Dilma Rousseff:
“Saiu das eleições extenuada física, psicológica e emocionalmente, mas com a sensação de ter-se graduada com louvor em política: nessa eleição a vitoriosa havia sido ela, não Lula”.
Eu não creio que a Dilma Rousseff pense assim. Ela sabe a importância de ela ter conseguido reduzir a taxa de emprego, mas ela não tinha muitos pontos positivos além dos que foram apresentados que mostram qualidade do governo mas não tem capacidade de arregimentar eleitores como tem o bom andamento da economia para se sentir dona da vitória. Muito provavelmente sem Lula ela não ganharia.
E há um comentário bobo de Luis Nassif ao final do longo texto dele que salvo o comentário de Wong, enviado sábado, 14/03/2015 às 11:51, não foi criticado por ninguém. O Wong transcreveu a frase boba de Luis Nassif e deu um título quase justo ao comentário que se chama: “Apesar do Final Ingênuo (e, Rancoroso), uma Boa Análise”.
Não diria rancoroso, mas desnecessário, o final do post de Luis Nassif em que há a seguinte frase:
“Dilma não tem a menor ideia sobre os estudos já desenvolvidos, as ideias-chave já gestadas, para poder tecer as amarras de um plano integrado de governo. Ainda há tempo de fazer o que deveria ter feito no dia seguinte às eleições: um enorme brainstorm juntando todas as áreas do governo, com assessoria de bons gestores e bons analistas políticos, visando renascer das cinzas as ideias centrais sobre o que poderá ser o segundo governo Dilma.”
Para o Wong, o Luis Nassif teria sido pretensioso em afirmar que a presidenta Dilma Rousseff “não tem a menor idéia sobe os estudos já desenvolvidos”. Não creio. O Luis Nassif não quis dizer que ele sabia, mas apenas que a presidenta Dilma Rousseff não sabia. Ainda assim acho a frase boba. Há planos que não vão precisar nem da assinatura de ministros por que ou para que a presidenta Dilma Rousseff vai querer saber deles? Só se ela tivesse um espírito centralizador sem limites humanos.
E por fim transcrevo parte do meu comentário enviado quarta-feira, 03/03/2015 às 15:34, para você junto ao post “Dilma precisa se reinventar e encontrar sua veia conciliadora” de terça-feira, 03/03/2015 às 15:34, aqui no blog de Luis Nassif e oriundo de comentário seu e que é a razão principal para eu optar por fazer essa análise mais longa do seu comentário. De certo modo, já havia feito isso umas duas ou três vezes em posts anteriores. Na parte do comentário que vou transcrever a seguir eu puxo um comentário que eu já havia feito para você em duas ocasiões diferentes. E penso que há um terceiro post (É um post de Luis Nassif em que ele cumpre uma promessa que havia feito para você) que eu não consegui encontrar onde muito provavelmente eu disse algo semelhante para você.
Transcrevo a seguir, lá do post “Dilma precisa se reinventar e encontrar sua veia conciliadora”, a parte inicial do meu comentário enviado quarta-feira, 04/03/2015 às 20:58, e intitulado “O defeito de Dilma é a qualidade dela: ela é técnica” e que traz parte minha, parte sua e parte de Luis Nassif:
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“Juliano Santos,
Com o título de “Inflação entre 5,5% e 6,5% foi a grande obra do governo Dilma”, o comentário que eu enviei segunda-feira, 01/12/2014 às 19:29, para você lá no post “Os desafios da política econômica de Dilma” de segunda-feira, 01/12/2014 às 05:47, e que, em comentário anterior, eu informei que haveria de transcrever é o seguinte:
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“Juliano Santos (segunda-feira, 01/12/2014 às 11:14),
Penso que Luis Nassif deu uma esfriada na cabeça e fez um post mais consequente. Na semana passada havia uns seis posts entre os dez[oito] que compõem a relação “As mais lidas da semana” que diziam respeito ao impeachment de Dilma Rousseff articulado pelo ministro Gilmar Ferreira Mendes e o Ministro José Antonio Dias Toffoli. Parecia que o blog do Luis Nassif estava sendo pautado pelo Lobão (O músico).
Lendo seu comentário eu voltei ao texto de Luis Nassif para ver onde fora que ele se referiu aos “auxiliares “não muito competentes”” da presidenta Dilma Rousseff. A minha curiosidade decorreu de não ter lembrado de ter lido aqueles rompantes críticos de Luis Nassif em relação a equipe do governo de Dilma Rousseff e que repousam apenas na autoridade dele. Você, entretanto, está certo. É, havia algo parecido ao que você disse na frase de Luis Nassif que transcrevo a seguir:
“No primeiro governo, Dilma tentou trazer a Selic para níveis civilizados. Mas não contava com operadores de fôlego para a empreitada”.
É uma crítica que repousa na autoridade, mas é um pouco mais leve que o que ele disse praticamente durante todo o governo de Dilma Rousseff em especial em relação a Guido Mantega e Arno Augustin. Além disso, eu havia acabado de ler o post “As boas e más notícias sobre os novos Ministros” de sábado, 22/11/2014 às 08:58, aqui no blog de Luis Nassif e de autoria dele, e havia lido o comentário muito bom que ele enviou sábado, 22/11/2014 às 11:08, para junto do seu comentário enviado sábado, 22/11/2014 às 11:01.
E pela qualidade e quantidade de informação pertinente aqui reproduzo a seguir os dois comentários, o seu e o dele. Reproduzo primeiro o seu comentário:
“Uma curiosidade sobre algo que você disse “en passant” (é assim que se escreve?), meu caro Nassif. Ela analisou o golpe planejado em quatro mãos pela nova dupla do Supremo, o Tofolli e o Gilmar? E qual foi a conclusão?
Outra dúvida minha é sobre se você já parou para pensar que esse estilo Dilma, centralizadora, não pode ter a ver também com o fato do PT estar muito mal de quadros? Tiraram os melhores de circulação, e agora o único que parece ser um político de mão cheia é o Jaques Wagner. Mas me parece que pode vir um conflito de egos com o Mercadante por aí. Tomara que não.”
E agora a resposta dele que não demorou 7 minutos para ser escrita e, mesmo desconsiderando o tempo exíguo, foi muito bem escrita. Disse então lá Luis Nassif:
“Juliano
vou escrever sobre isso.
O problema é que Dilma não fez carreira política. É no transcurso da carreira que vai conhecendo quadros (do partido ou não), formando lealdades, ganhando confiança.
Ela caiu de paraquedas, não quis meramente continuar Lula e teve que confiar nas suas lealdades – quadros que ela conheceu no Rio Grande do Sul, ou que teve conhecimento superficial no governo. E daí que nascem os Arnos, Gleises, Paulos Bernardos, Marias dos Rosários.
Se tivesse conhecimento de causa, além do PT ela teria o país para selecionar quadros.”
Muito bom o que o Luis Nassif disse e bastante coerente com o que ele pensa. De certo modo, Luis Nassif não aceita a condição de mediocridade do ser humano. Assim, ele quer em um ministério figurões de imensa grandeza. Como a vivência de Dilma Rousseff mais próxima dos poderosos se circunscreveu aos oito anos de ministra de Lula ela realmente não conseguiria atender este desiderato de Luis Nassif. E tudo ficou mais fácil para as críticas dele frutificarem pela falta de resultado da equipe econômica”.
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”
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Bem, a única coisa que eu considero que se pode afirmar com muita segurança é que os resultados da equipe econômica vão começar a aparecer em 2016, como apareceram em 1984, mas foi cortado pelo Plano Cruzado em 1986, em 2000, mas foi cortado pelo apagão elétrico em 2001, em 2004, mas que foi arrefecido pela necessidade de fazer 2004 maior do que podia e em 2010, mas que foi quebrado porque fez-se aparecer o crescimento de 2010 pelo mercado interno e não pelo mercado externo se se aproveitasse a maxi desvalorização ocorrida no final de 2008. Também para que a candidata Dilma Rousseff fosse eleita, o crescimento de 2010 (Que na verdade foi em 2009) foi maior do que deveria ter sido.
Dada a racionalidade da presidenta Dilma Rousseff e dada a escolha do ministro da Fazenda, eu imagino que desta vez não haverá impedimento.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 15/03/2015 (Em Pedra Azul)
Boa noite, Clever, só agora
Boa noite, Clever, só agora li os comentários. Gostei das repsotas às minhas refelxões, mesmo as discordantes.
Legal voce ter lembrado dos outros posts. Acho muito importante para dar uma noção de como está o debate. Acho que nós, voce também claro, acima de fazer a defesa de nossas posições, estamos tentando entender a atual situação política. Entender a Dilma é parte disso. O que voce disse me fez pensar, e aguardo mais posts seus para avançarmos ainda mais. Grande abraço
O que realmente falta em Dilma e em que ela excele
Juliano Santos (segunda-feira, 16/03/2015 às 00:53),
Agradecido pela gentileza do retorno.
Como eu disse eu concordo com você e o Luis Nassif quando procuram mostrar esta distinção entre as personalidades de Lula e da presidenta Dilma Rousseff. Só que eu considero que este não é um ponto substancial que comprometa a capacidade gerencial dela. O que em meu entendimento compromete a capacidade gerencial dela no executivo público é ela não acreditar na atividade política tal como a atividade política se desenvolve na democracia representativa. Este não é um problema só dela. A esquerda em geral tem ojeriza ao fisiologismo, instrumento essencial para o funcionamento da democracia representativa como um processo continuado de composição de interesses conflitantes. Sem fisiologismo (feito dentro da legalidade) a democracia não funciona, pára ou deixa de ser democracia.
A presidenta Dilma Rousseff é essencialmente técnica e acredita na superioridade da técnica sobre a política. É isso que a torna refratária a negociação no Parlamento. Ela não precisa ser boa negociadora para negociar com o Parlamento. Para isso bastaria ela indicar alguém para realizar a negociação aceitando as barganhas possíveis. Ela não dá esta autonomia a alguém não é por que ela é centralizadora como Luis Nassif enfatiza sempre. Ela não dá a autonomia para alguém negociar em nome dela porque ela não aceita a negociação com políticos fisiológicos.
Então o comentário de Marco Antonio Castello Branco que ele enviou quinta-feira 26/06/2014 às 02:45, para junto do post “Para entender o desgaste do governo Dilma” de segunda-feira, 16/06/2014 às 17:47, é que explica bem o que torna a presidenta Dilma Rousseff refratária à negociação com os parlamentares. Eu disse que não o pretendia transcrever uma vez fiz a transcrição recente em comentário meu para você junto a post de sua autoria, mas cada vez mais vejo a lucidez do texto e a necessidade de transcrevê-lo mais vezes como faço a seguir. Assim se expressou Marco Antonio Castello Branco:
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“Penso que a origem primeira das dificuldades do governo da Presidente Dilma reside na ideologia que ela abraçou e que propaga a supremacia da racionalidade técnica sobre a política como instrumento de construção de um projeto coletivo. Em torno dessa ideologia construiu-se a crença ingênua de que um dia a administração das coisas poderá substituir o governo dos homens.
Isso contribui para que mesmo num país jovem como o Brasil, no qual o exercício da representatividade democrática ainda se encontra na adolescência, surjam sinais de esgotamento da democracia representativa e de tentativas de democracia direta. Dilma sanciona o desencanto dos brasileiros com a política ao demonstrar seu desprezo pelos políticos. Não está a seu alcance fazer o novo ordenamento legal das instituições políticas e o sistema eleitoral. Mas nada impede a Presidente de se cercar de deputados, senadores e homens de partido que melhor representam a prática da política no nosso país. Eles existem tanto na base do governo como na oposição. Ao não reconhecê-los e ao desprezá-los Dilma se alinha e sanciona o jogo maniqueísta e moralizante da mídia, que, afinal, fará dela e de seu governo sua derradeira vítima.
São provavelmente sintomas desse fenômeno de crise da representatividade, a celebridade mediática alcançada pelos desvios de conduta de parlamentares, e os debates entre a moral e a política que não cessam de surgir na opinião pública, o que, vale aqui salientar, não é nenhum privilégio da sociedade brasileira.
Faço aqui recurso ao pensador francês Julien Freund, cujas decepções íntimas causadas pela realidade da prática política o levaram a estudar o que é a essência da política, ou seja, a descobrir o que se esconde atrás do véu hipócrita de certas concepções moralizantes. Não se tratava para ele de subtrair a política do julgamento moral, nem de isolar esses dois conceitos um do outro, mas simplesmente de reconhecer que eles não são idênticos, pois a moral e a política não visam os mesmos objetivos.
Apesar de ser desejável que o homem político seja também um homem de bem, ele pode também não o ser, pois tem a seu encargo a comunidade política, independentemente da sua qualidade moral. Julien Freund chama a atenção de que reside na identificação da moral com a política uma das fontes primárias da intolerância, do despotismo, das ditaduras, e dos tribunais populares.
Apesar de estar consciente que não existe uma política moral, mas que se pode construir uma moral política, Julien Freund nos recomenda apelar para a vigilância e para a lucidez. Uma lucidez que sabe que ela não será jamais capaz de eliminar a morte, a violência, a maldade e a corrupção dos homens; uma vigilância que conclama a construir muralhas sólidas, um regime de governo e um conjunto de leis que evitem os exageros.
Dilma parece ter assumido no íntimo de suas convicções o julgamento moral da política e por isso despreza todos políticos. Tem faltado a ela a lucidez de que governar os homens é mais valioso do que gerenciar planos, programas e obras”.
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Venho reproduzindo este texto porque considero que o problema que Marco Antonio Castello Branco constatou na presidenta Dilma Rousseff é um problema que grassa na esquerda.
A esquerda é idealista na política e assim não aceita a política de composição de interesses conflitantes se realizar com base no fisiologismo. O Luis Nassif, embora não goste de se apresentar como de esquerda, tem esse defeito de idealização como é fácil constatar junto ao post “FHC combate o fisiologismo que praticou” de quarta-feira, 16/11/2011 às 09:59, aqui no blog de Luis Nassif em texto de autoria dele e que pode ser visto no seguinte endereço:
https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/fhc-combate-o-fisiologismo-que-praticou
Bem no post “FHC combate o fisiologismo que praticou”, Luis Nassif considera o fisiologismo uma pecha do modelo político brasileiro e ao mesmo tempo ele considera que ele é necessário à governabilidade. Então se é necessário à governabilidade, não se trata de procedimento ilícito. E se é legal e necessário a governabilidade ele está se referindo ao saudável fisiologismo essencial ao processo de composição de conflitos conflitantes realizado pelos representantes dos interesses e não pelo interessado diretamente. Se é o saudável e necessário fisiologismo, instrumento inerente ao processo político em uma democracia representativa, não haveria como Luis Nassif considerar o fisiologismo uma pecha e ainda dizer que se trata de uma espécie de exclusividade do modelo político brasileiro. Se o faz é porque idealiza um mundo em que não há fisiologismo.
Então em vez de fazer a crítica direta a um defeito da presidenta Dilma Rousseff e que é um defeito bem disseminado na esquerda, Luis Nassif faz esse rodeio todo para apontar defeitos que a presidenta Dilma Rousseff realmente possui, mas não é o que interessa quando se discute a dificuldade de ela negociar com o Congresso Nacional.
Agora, queria mencionar aqui dois posts que eu considero importantes para se entender o que a presidenta Dilma Rousseff tem de positivo. O primeiro post pode ser visto no blog de Marco Aurelio Nogueira, jornalista e professor de formação de esquerda. Provavelmente como a maioria dos marxistas ortodoxos ele é contra o PT e principalmente contra Lula . No final do governo de Lula, terça-feira, 28/12/2010, ele publicou o post “Nada será como antes” que pode ser visto no seguinte endereço:
http://marcoanogueira.blogspot.com.br/2010/12/nada-sera-como-antes.html
Transcrevo a seguir o antepenúltimo parágrafo do post “Nada será como antes”. Segundo Marco Aurélio Nogueira:
“Mas nada é tão simples como parece. Todo governante constrói sua biografia e a lógica da política o impele a buscar luz autônoma. Uma hipótese realista sugere que haverá um suave descolamento entre Lula e Dilma. Disso talvez nasça um governo mais ponderado e equilibrado, capaz de substituir a presença de um líder carismático e intuitivo pela determinação e pelo rigor técnico que são indispensáveis para que se possa construir uma sociedade mais igualitária”.
Eu concordava com o elogio que ele fazia à presidenta eleita na época Dilma Rousseff. Não considerava que isso fizesse grande diferença dada as limitações que uma máquina pública imensa como a brasileira impõe ao chefe do executivo. Como a frase me parecia um tanto injusta com Lula eu passei um bom tempo criticando o Marco Aurélio Nogueira por imaginar que pessoas de ideologia próxima pudessem gerenciar um país de modo bem distinto. Continuo pensando assim, mas considero que a presidenta Dilma Rousseff nos últimos quatro anos procedeu exatamente dentro do figurino previsto por Marco Aurélio Nogueira. Pode ter errado aqui e ali, mas conduziu com muita propriedade a economia em uma situação difícil e acabou sendo sacrificada pelo fato de ter ocorrido a queda do PIB (Em especial de investimentos) no terceiro trimestre de 2013.
Sobre a queda do PIB no terceiro trimestre de 2013, eu remeto ao post “As perspectivas dos investimentos brasileiros” de quarta-feira, 03/12/2014 às 05:00, aqui no blog de Luis Nassif e de autoria dele. Junto ao post eu enviei quarta-feira, 03/12/2014 às 20:49, um comentário para Luis Nassif em que trago os dados do PIB trimestrais em que mostro como houve uma variação brusca dos investimentos exatamente depois dos investimentos iniciarem um processo de relançamento.
O endereço do post “As perspectivas dos investimentos brasileiros” é:
https://jornalggn.com.br/noticia/as-perspectivas-dos-investimentos-brasileiros
É importante entender que para ganhar a eleição em 2010, para enfrentar a crise do final de 2008, o governo preferiu crescer puxado pelo mercado interno. Fez um esforço muito grande e o crescimento foi mais que necessário. A presidenta Dilma Rousseff teve que enfrentar a necessidade de trazer o crescimento para um ritmo mais sustentável.
E no ano seguinte ela teve que enfrentar o julgamento da Ação Penal 470 e, aqui cabe a ressalva que ela se preparou para isso realizando durante todo o ano de 2011, o que recebeu o horrível nome de faxina. Fez pequenas desvalorizações do real para compensar a valorização que a opção pelo mercado interno provocou. Utilizou mecanismo do que se chama desvalorização fiscal e que significa utilizar os tributos e os subsídios para tornar a economia brasileira mais competitiva com o estrangeiro. Dai a desoneração da folha de pagamento para obrigar o importador a pagar um imposto mais alto, pois ele passa a pagar sobre o faturamento.
Recuperou o preço da gasolina que não aumentou no governo de Lula. Fez a política de redução de preço de energia de um lado para ajudar a tornar a economia brasileira mais competitiva e de outro porque estava sendo pressionada desordenadamente pelo judiciário e pelos órgãos de controles que tomavam decisões desencontradas sobre a necessidade de diminuir o preço de energia elétrica uma vez já havia terminado a política de racionamento. E enfrentou as manifestações de junho de 2013 que muito provavelmente originaram do julgamento da Ação Penal 470. E muito provavelmente foram as manifestações de junho de 2013 que criaram um temor tão grande no investimento que a economia deu uma forte reversão no terceiro trimestre de 2013.
E tendo a todo momento sido chamada de medíocre foi uma das poucas que intuíram que para enfrentar a desvalorização da moeda que todos os países de periferia sofrem quando a economia americana começa a desvalorizar precisava uma equipe econômica com outras características. Não é por outra que Fernando Nogueira da Costa tenha feito o artigo “Tática fiscalista e estratégia social-desenvolvimentista” publicado quarta-feira, 03/152/2014, no Brasil Debate e que aqui no blog de Luis Nassif foi transcrito no post “Tática fiscalista e estratégia social-desenvolvimentista, por Fernando N. da Costa” de quarta-feira, 03/12/2014 – 16:04, podendo ser visto no seguinte endereço:
https://jornalggn.com.br/blog/brasil-debate/tatica-fiscalista-e-estrategia-social-desenvolvimentista-por-fernando-n-da-costa
Quer dizer se ocorrer agora uma boa desvalorização do real e voltarmos a ter saldo na Balança Comercial de mais de 1 bilhão de dólares mensais, este saldo é capaz de relançar a economia e o Brasil volta em um ano a crescer e sendo bem administrado tem toda a possibilidade iniciar uma longa fase de crescimento.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 17/03/2015
Agora deixo links para as indicações no meu comentário acima
Juliano Santos,
Deixo a seguir os links para os posts e artigos que eu mencionei anteriormente em meu comentário acima para você. Depois respondo à sua resposta abaixo.
O endereço do post “A crise política brasileira: uma novela em 6 atos” de sábado, 14/03/2015 às 08:38, aqui no blog de Luis Nassif e de autoria dele já se encontra no início deste post “Lula e Dilma foram moldados em realidades distintas” de sábado, 14/03/2015às 15:31.
O endereço do post “Para entender o desgaste do governo Dilma” de segunda-feira, 16/06/2014 às 17:47, também no blog de Luis Nassif e de autoria dele é:
https://jornalggn.com.br/noticia/para-entender-o-desgaste-do-governo-dilma
E este post foi indicado em especial para mencionar o comentário de Marco Antonio Castello Branco, enviado quinta-feira, 26/06/2014 às 01:45, para o post “Para entender o desgaste do governo Dilma”. Comentário que foi enviado quase dez dias depois que o post “Para entender o desgaste do governo Dilma” foi publicado. Por sorte minha no mesmo dia eu pude ler o comentário de Marco Antonio Castello Branco, tanto que o transcrevi em comentário que eu enviei quinta-feira, 26/06/2014 às 21:56, junto ao post “Pequeno manual de como discutir política nas redes sociais” de quinta-feira, 26/06/2014 às 11:51, e que pode ser visto no seguinte endereço:
https://jornalggn.com.br/noticia/pequeno-manual-de-como-discutir-politica-nas-redes-sociais
Além de transcrever o comentário, eu faço também uma crítica apontando as minhas discordâncias e as minhas concordâncias. Desde então eu tenho com frequência indicado o comentário de Marco Antonio Castello Branco e mesmo o transcrito quando tenho um pouco mais de tempo ou quando creio que a transcrição dele é bem pertinente. Pensei em fazer a transcrição aqui, mas como já o havia transcrito em comentário que eu enviei quarta-feira, 04/03/2015 às 21:29, para você junto ao post “Dilma precisa se reinventar e encontrar sua veia conciliadora” de terça-feira, 03/03/2015 às 15:34, aqui no blog de Luis Nassif e oriundo de comentário seu junto ao post “Aguardando o Senhor Crise” de terça-feira, 03/03/2015 às 06:00, aqui no blog de Luis Nassif e de autoria dele, e se tratava de transcrição recente abordando assuntos semelhantes avaliei que mais bem faria deixando a transcrição para uma segunda oportunidade.
O endereço do post “Dilma precisa se reinventar e encontrar sua veia conciliadora” é:
https://jornalggn.com.br/noticia/dilma-precisa-se-reinventar-e-encontrar-sua-veia-conciliadora
O endereço do post “Aguardando o Senhor Crise” de terça-feira, 03/03/2015 às 06:00, aqui no blog de Luis Nassif e de autoria dele é:
http://www.jornalggn.com.br/noticia/aguardando-o-senhor-crise
O endereço do post “Esquema Dvorak, por Frederick Cunha” de sexta-feira, 13/03/2015, também aqui no blog de Luis Nassif e de autoria Frederick Cunha é:
https://jornalggn.com.br/noticia/esquema-dvorak-por-frederick-cunha
Há um pouco de semelhança ao que Luis Nassif discute lá no post “Pequeno manual de como discutir política nas redes sociais” e o que Frederick Cunha chamou de “Esquema Dvorak”. O que salva Luis Nassif é que o modelo do “Esquema Dvorak”, embora tenha o lado ruim de aumentar popularidade via notícias irrelevantes ou de baixa qualidade, também serve para evitar que o blog caia na vala comum de se tornar um nicho de uma opinião única.
O endereço do post “Os desafios da política econômica de Dilma” de segunda-feira, 01/12/2014 às 05:47, é:
https://jornalggn.com.br/noticia/os-desafios-da-politica-economica-de-dilma
O endereço do post “As boas e más notícias sobre os novos Ministros” de sábado, 22/11/2014 às 08:58, aqui no blog de Luis Nassif e de autoria dele, é:
https://jornalggn.com.br/noticia/as-boas-e-mas-noticias-sobre-os-novos-ministros
Foram só estes os posts indicados, mas há outros que eu penso serem importantes lembrar aqui. Um seria sobre a retomada da economia que foi programada pelo governo da presidenta Dilma Rousseff, mas que por motivo que eu ignoro foi estancada no terceiro trimestre de 2013.
E há um post “Nada será como Antes” de terça-feira, 28/12/2010, de Marco Aurélio Nogueira, que tem um blog intitulado “Possibilidades na política” e que mereceria uma indicação aqui. Deixo para fazer a indicação mais detalhada em comentário que pretendo enviar para junto ao seu comentário de segunda-feira, 16/03/2015 às 00:53, em resposta ao meu.
E pretendo também deixar mais claro porque eu vejo com bons olhos a recuperação econômica brasileira a partir de 2016. Aproveito para lembrar que na relação de retomadas da economia brasileira que eu apresentei no meu comentário anterior ficou faltando mencionar o período de Marcílio Marques Moreira, que ajustou o câmbio e encaminhou para uma redução progressiva da inflação. Pelos meus cálculos 1992 seria ano de retomada da economia, ou de queda mais acentuada da inflação. Só que com a queda do Fernando Collor de Mello e o Brasil sendo entregue a Itamar Franco houve um descuido com a inflação para que ela pudesse ser utilizada pelo Plano Real do modo mais eleitoreiro possível. Sou contra o uso eleitoreiro dos planos econômicos, mas reconheço que o Plano Cruzado nos deu uma das mais modernas constituições do mundo dentro da ordem capitalista e o Plano Real permitiu que o PSDB e o PT ficassem na condução da política brasileira impedindo que candidatos aventureiros tivessem espaço. De todo modo em quase todas as possibilidades de recuperação econômica, ela deixou de ocorrer pelas circunstâncias políticas.
Clever Mendes de Oliveira
BH, 16/03/2015