O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), estabeleceu o prazo de cinco dias para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre os argumentos apresentados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso da Embaixada da Hungria.
Só após receber o parecer da PGR, que o ministro vai analisar o caso. Ontem (28), em ofício encaminhado a Moraes, a defesa de Bolsonaro afirmou ser “ilógico” sugerir que o ex-mandatário se hospedou por dois dias na embaixada da Hungria, em Brasília, para pedir refúgio político.
Os argumentos foram enviados ao STF, após Moraes dar prazo de 48 horas para Bolsonaro explicar a estadia. O ministro é relator de casos que têm o ex-presidente como investigado, sendo o principal deles o que apura tentativa de golpe de Estado.
Em 8 de fevereiro, no âmbito deste inquérito, Bolsonaro teve o passaporte confiscado, para que não deixasse o país. Já entre os dias 12 e 14 de fevereiro, Bolsonaro e dois assessores ficaram hospedado na embaixada da Hungria.
A ação foi revelada, na última segunda-feira (25), por reportagem do jornal estadunidense The New York Times, que obteve imagens das câmeras de segurança do local. O ato de Bolsonaro, de se hospedar em uma embaixada, foi visto como uma manobra para escapar da justiça brasileira, já que pelo direito internacional essas são áreas invioláveis.
Em entrevista ao GGN, o diplomata aposentado Milton Rondó, afirmou que “está evidente que Bolsonaro tentou se evadir”. Já a defesa do ex-presidente nega, inclusive, qualquer tentativa de fuga das investigações.
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