Moraes telefonou para Lancellotti e mostrou apoio e solidariedade

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Moraes teria dito ao padre que irá verificar as informações sobre a CPI na Câmara de São Paulo

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, manifestou apoio ao padre Júlio Lancellotti, que foi colocado como alvo de uma CPI da Câmara Municipal de São Paulo.

Lancellotti narrou em entrevista à CNN que Moraes teria dito que estava “juntando informações” sobre essa possível Comissão Parlamentar de Inquérito e que iria conversar com o presidente da Câmara, vereador Milton Leite (União-SP), sobre isso.

“Ontem à noite, o ministro Alexandre de Moraes me ligou, eu fiquei muito sensibilizado com essa ligação. Ele manifestou solidariedade, apoio, porque eu conheço o ministro Alexandre de Moraes há mais de 30 anos, desde o seu trabalho aqui em São Paulo, na Secretaria da Justiça e na Segurança Pública”, disse.

“Ele disse que está juntando todas as informações e, para isso também, ia conversar com o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, que manifestava apoio e solidariedade e, naquilo que fosse necessário, que nós o acionássemos”, completou o padre.

O diálogo do ministro com o presidente da Câmara Municipal, segundo Lancellotti, era para “entender como é que está funcionando, porque se fala da CPI, mas ela é uma proposta, ela não está nem ainda votada no colégio de líderes e nem no plenário”.

O sacerdote também afirmou que as CPIs são legítimas, mas que ele não pertence a nenhuma organização, ONGs ou OSC, e que o seu trabalho está submetido à Arquidiose de São Paulo.

Nesta quinta, a Arquidiocese emitiu nota, afirmando estar “perplexa” com a possibilidade de uma CPI contra o padre. “Padre Júlio não é parlamentar”, disse a entidade religiosa. “Perguntamo-nos, por quais motivos se pretende promover uma CPI contra um sacerdote que trabalha com os pobres, justamente no início de um ano eleitoral?”.

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