“Quem está do lado dos descartados será descartado também”, pressentiu Lancellotti antes da CPI

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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"Eu tenho muita clareza: quem está do lado dos rejeitados vai ser rejeitado também. Quem está do lado dos descartados será descartado também."

“Quem está do lado dos descartados será descartado também”, disse o Padre Júlio Lancellotti ao GGN, uma semana antes da notícia de que ele será alvo de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara de São Paulo. A Arquidiocese de São Paulo afirmou que está “perplexa” com essa possibilidade.

O sacerdote é amplamente reconhecido por sua atuação voluntária e incansável a favor de pessoas em situação de rua e mais pobres. Há uma semana, Lancellotti deu entrevista ao GGN e narrou os desafios da sua luta histórica.

Com décadas de experiência como uma das principais vozes da “igreja popular”, que trabalha com o povo e comunidades eclesiais de base, Lancellotti lançou luz para o que se vive hoje: “Nunca a população em situação de rua foi tão grande quanto é agora. Isso gera muita raiva, muito ódio, gera muita dificuldade de entendimento.”

E como se prenunciasse a atual investida de parlamentares contra ele em CPI, afirmou: “Eu tenho muita clareza: quem está do lado dos rejeitados vai ser rejeitado também. Quem está do lado dos descartados será descartado também.”

A Arquidiocese de São Paulo, no qual o padre é vigário episcopal trabalhando em seu projeto “para o Povo da Rua”, escreveu em nota a incredulidade sobre a investida de vereadores contra ele.

“Padre Júlio não é parlamentar”, afirmou.

“Perguntamo-nos, por quais motivos se pretende promover uma CPI contra um sacerdote que trabalha com os pobres, justamente no início de um ano eleitoral?”, questionou, ainda, a entidade religiosa.

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Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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