Moro diz que pode “não concorrer a nada” e ataca Lula e Bolsonaro

Moro diz que poderá "não concorrer a nada" e que saída do Podemos foi para buscas uma "terceira via" contra "armadilha"

Sergio Moro veste um terno azul e camisa azul em tom mais claro. Sorri com as duas mãos apoiadas em um púlpito que leva uma placa com seu nome. Foto: Danilo Martins, do Podemos
Sergio Moro durante ato de filiação ao Podemos, em novembro de 2021. Foto: Danilo Martins/Podemos

O ex-juiz Sergio Moro admitiu que poderá “não concorrer a nada”, sobre a Presidência em 2022, afirmou que buscava uma “terceira via” e atacou Lula e Bolsonaro, candidaturas que chamou de “armadilha”, em entrevista à CNN nesta quarta (20).

Sem chances nas pesquisas eleitorais, Moro abandonou o Podemos, no qual era pré-candidato à Presidência, e migrou para a União Brasil. No partido, não conseguiu avançar em nenhuma articulação, sequer da sigla junto a outros partidos, para candidatura presidencial.

Moro disse que “voltou” ao Brasil “para ajudar na construção de algo que possa vencer esses extremos políticos”, que apesar de poder “não concorrer a nada”, “não está descartada nenhuma situação”.

“Tudo é possível. Me coloquei naquela situação que todos os pré-candidatos à Presidência da República deveriam se colocar: a de desprendimento. A gente tem que construir um cenário de união para que possamos vencer os extremos. Então, não está descartada nenhuma situação. Eu posso inclusive não concorrer a nada. Não vivo da política. Eu voltei para ajudar na construção de algo que possa vencer esses extremos políticos.”

Moro admitiu, à CNN, uma “dificuldade de articulação” da terceira via.

“A gente via essa dificuldade de articulação desse centro. Acho que é importante ter esse centro democrático como forma de enfrentar esses dois extremos. E qual era o cenário que eu assistia: ninguém cedia, todo mundo dizia ‘eu, eu, eu, eu’. Ninguém admitia ser vice. Então, eu fiz um gesto de me colocar um passo para trás para permitir esse centro. E isso está sendo conduzido pelo Luciano Bivar. O meu plano, agora, é esse plano nacional para escapar dessa armadilha.”

Para lançar Moro à pré-candidatura à Presidência, o Podemos gastou cerca de R$ 3 milhões, tanto em eventos de filiação, em pesquisas de intenções de voto e pagamentos de salários para equipe de campanha.

Redação

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