No ápice da pandemia, Bolsonaro volta a criticar medidas restritivas e distorce dados sobre vacinação contra Covid-19

Declarações foram dadas neste sábado, ao lado do ministro da Defesa, Braga Netto, em uma igreja católica, na comunidade de Itapoã, distrito de Brasília

Reprodução/Redes Sociais

Jornal GGN – Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar o isolamento social e dizer que sua gestão tem sido protagonista na vacinação contra a Covid-19, durante transmissão ao vivo nas suas redes sociais, neste sábado, 3. 

Na ocasião, o mandatário voltou a distorcer as ações do governo sobre a vacinação contra o vírus. “O Brasil é um dos primeiros países a vacinar no mundo, estamos somente atrás de um dos países que produzem vacinas, estamos em quinto lugar. É um trabalho que começou no ano passado, compramos vacinas desde o ano passado”, disse ao tomar um ‘sopão’ em uma igreja católica, na comunidade de Itapoã, distrito de Brasília.

Segundo ele, no ano passado não tinham tantas vacinas disponíveis e a aquisição foi lenta devido aos impasses com os próprios fabricantes. “Não tinham tantas [vacinas] disponíveis, mas, também por outro lado, o que ofereciam pra gente o contrato não era possível ser assinado daquela forma, bem como não tinha aprovação da Anvisa”. 

Ao lado do ministro da Defesa, Braga Netto, Bolsonaro salientou ainda que “as Forças Armadas estão à disposição para começar também a colaborar” com o cenário atual, isso após o setor indicar possível ruptura com o governo no início da semana. 

Críticas ao isolamento social 

O isolamento social é uma das medidas indicadas pelos órgãos de saúde na contenção da transmissão da Covid-19. Mesmo após o Brasil registrar recorde de mortes pela doença nos últimos dias, com mais de 3.700 mil óbitos contabilizados somente na quinta-feira, Bolsonaro voltou a criticar a medida e os governadores que adotaram essa postura.

“Com mais desemprego, com a política do fecha tudo e fica em casa, mais gente está comendo menos, alguns passando necessidades seríssimas e nós temos que vencer”, disse. 

“Não podemos esquecer a situação do emprego, o vírus o pessoal sabe que nós estamos combatendo com a vacinação, nós apoiamos medidas protetivas. Agora, tudo tem um limite”, continuou.

“Nós sabemos que a grande parte dos prefeitos querem uma mudança nessa política, que está na mão do presidente. Sou contra o fecha tudo, de fato alguns dos governadores fecham tudo e os  prefeitos são obrigados a cumprir (…) Mas o que vale para o final da linha são as medidas restritivas impostas por prefeitos e a grande parte dos prefeitos não concordam com a política radical do fecha tudo”, completou.

Redação

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