O que pensam os militares sobre o golpismo de Bolsonaro 

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Historiador Manuel Domingos Neto conta a opinião “unânime” entre os oficiais sobre a política brasileira; assista

(FOTO: MARCOS CORRÊA/PR)

Há um pensamento unânime entre oficiais das Forças Armadas sobre a conjuntura política no país, após a ameaça iminente de ruptura democrática com o plano de golpe de Estado orquestrado por Jair Bolsonaro (PL) e aliados. 

O problema que atinge o Brasil é, acima de tudo, a “polarização política”. Pelo menos essa é a avaliação de agentes que conversaram com historiador e autor do livro “O que fazer com o militar?” (2023), Manuel Domingos Neto.

Em entrevista ao jornalista Luís Nassif, durante o programa TVGGN 20H, exibido na noite desta segunda-feira (4), no Youtube, Domingos revelou os bastidores desses diálogos. 

Eu passei um longo tempo sem conversar com oficiais, porque não dava. Mas eu retomei as conversas com alguns e há uma unanimidade em considerar que o principal problema é a polarização política do país”, explica. 

Querem acabar com a polarização mas, ao mesmo tempo, não admitem que tenham contribuído para essa polarização. Aí, fica uma coisa difícil”, completa o historiador. 

Seguindo com o bate-papo, Domingos abordou como a figura de Bolsonaro tomou força a partir de sua “família militar” e como a responsabilização de militares que conspiram pelo golpe ainda é um desafio e “institucionalmente limitada“.

Assista a entrevista na íntegra a partir dos 33 minutos e 44 segundos:

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2 Comentários

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  1. Do céu é que não caiu. Faltou sabedoria e sobrou esperteza, malandragem. Os sérios deixaram acontecer pra ver como é que ficava. Enquanto grassou pelos quartéis e o extrato médio da sociedade o azedamento das relações, cruzaram os braços e apenas olharam.
    E os tiranoides de guerra, literalmente, inclusive, sempre a postos para uma boa oportunidade de tacar fogo no mundo e depois vender as cinzas… decidiram – E PERMANECERÃO DECIDIDOS – a executarem suas “medidas saneadoras” contra a ‘corrupissão’. Dos outros, claro.
    Deu no que tá dando.
    E Lula, justo Lula, o alvo, vai ter que executar uma política muita mais engenhosa que a de Otávio, que sepultou a República romana e a transformou num Império. Como a natureza de Lula não é disso… et coetera.

  2. A presidência da República Federativa do Brasil tem que fazer urgentemente uma cartilha, para que seja distribuída a população e que explique o papel, a função e as limitações das Forças Militares brasileira, dentro da República Federativa do Brasil e regulamentada pela Constituição Federal.

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