PF indicia senadores Eduardo Braga e Renan Calheiros por corrupção

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Parlamentares são acusados de atuarem para favorecer grupo farmacêutico no Congresso Nacional, em troca de propina

Senadores Renan Calheiros (à esquerda) e Eduardo Braga. | Foto: Reprodução/Agência Senado)

A Polícia Federal (PF)  indiciou os senadores Eduardo Braga (AM), líder do MDB no Senado, e Renan Calheiros (MDB-AL) por suposta prática de crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O ex-senador Romero Jucá (MDB-RR) também foi indiciado. As informações são do colunista Aguirre Talento, do portal UOL.

Segundo as investigações, o grupo farmacêutico Hypermarcas, atual Hypera Pharma, teria desembolsado R$ 20 milhões em propina para os senadores, para que eles pudessem atuar em favor da organização em um projeto de lei que tramitou no Senado nos anos de 2014 e 2015 sobre incentivos fiscais a empresas.

De acordo com a PF,  o esquema ocorreu por intermédio do empresário Milton Lyra, apontado como lobista intermediário do MDB. Calheiros, por sua vez, ainda teria indicado um nome para a diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para auxiliar nos interesses do grupo empresarial dentro do órgão.

O inquérito, aberto em 2018, é um desdobramento da Operação Lava Jato a partir da delação premiada de Nelson Mello, à época um dos diretores da antiga Hypermarcas. Ele contou que firmou contratos fictícios com empresas indicadas por Milton Lyra, sem prestação de serviços, com o objetivo de repassar os valores aos políticos.

Após seis anos de tramitação, o relatório final do inquérito foi enviado no mês passado pela PF ao Supremo Tribunal Federal (STF), sob sigilo. O relator do processo na Corte, ministro Edson Fachin, enviou o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR), que irá decidir se apresenta denúncia contra os senadores.

No caso de Romero Jucá, o caso foi entregue à Justiça Federal do Distrito Federal, porque ele não tem mais foro privilegiado.

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