Uma nova pesquisa da Quaest, divulgada neste domingo (13), mostra a interferência significativa de uma eventual candidatura do influenciador Pablo Marçal (PRTB) à Presidência da República em 2026.
Se as eleições presidenciais fossem hoje, os eleitores de direita e extrema-direita estariam divididos entre Marçal e Tarcísio de Freitas (Republicanos), atual governador de São Paulo e um dos nomes cotados para substituir o inelegível Jair Bolsonaro (PL) nas urnas.
No cenário simulado pela Quaest, Marçal e Tarcísio estão tecnicamente empatados em segundo lugar, com 18% e 15% dos votos, respectivamente. O presidente Lula (PT), a principal aposta do campo progressista, vence a reeleição com 32%.
O racha da direita diante da ascensão de Marçal
Indo mais a fundo, a pesquisa deixa claro o atual racha da direita e extrema-direita, após a campanha eleitoral polêmica de Marçal pela Prefeitura de São Paulo. Enquanto Lula conserva 71% dos eleitores que votaram nele no segundo turno de 2022, os votos daqueles que apostaram em Bolsonaro se diluem entre Marçal (33%) e Tarcísio (32%). Indecisos em relação ao petista somam 11%, já no caso do ex-presidente o índice chega a 18%.
Marçal também mostra que está crescendo a partir da percepção do eleitor de quem seria o candidato “mais forte” contra Lula. Neste caso, o influenciador contabiliza 15%, tecnicamente empatado com Tarcísio (13%) e com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (12%).
Na rede social X, o diretor da Quaest, Felipe Nunes, ressaltou que “os dados da pesquisa apontam para duas consequências das eleições deste ano pensando em 2026: (1) Marçal conseguiu nacionalizar seu nome com a nacionalização da campanha de SP, e (2) dentro do eleitorado anti-petista de 2022, surgiu um novo nome para disputar o espólio de Bolsonaro”.
Mais da metade dizem que Lula não deve se reeleger
O levantamento também mostra que de julho a outubro cresceu o percentual de brasileiros que acham que Lula não deveria ser candidato à reeleição. Hoje, 58% dizem que o petista não deve se reeleger, enquanto 40% acreditam que ele deveria concorrer. Outros 2% não souberam ou não responderam.
Sobre a pesquisa
A Quaest entrevistou 2.000 eleitores em todo país, entre 25 e 29 de setembro, dois dias antes das eleições municipais. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.
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