Uma aposta na ruptura da polarização entre PT e PSDB

Comentário ao post “Dilma afirma para Eduardo Campos que será candidata em 2014

APOSTA NA RUPTURA DA POLARIZAÇÃO ENTRE PT E PSDB DAS ÚLTIMAS DUAS DÉCADAS:

Cenário embolado em 2014: 2° turno com Dilma e Marina, será?

Enviado por Oswaldo Conti-Bosso, ter, 15/01/2013 – 14:56

Autor:  

A maneira mais rápida de mudar a sociedade é mobilizar as mulheres do mundo

Caros,

Comentários ao post do Nassif: Para entender o jogo político

Minha aposta num cenário de ruptura da polarização entre PT e PSDB, depois de duas décadas.

A disputa pelo poder na democracia política brasileira, ideologias a parte, “está claro” diria Mário de Andrade, promete muitas jogadas no xadrez eleitoral até 2014. Entre um cenário e outro, entre um extremo com “sangue suor e lágrimas”, e outro com “samba suor e cerveja”.

O cenário embolado que se vislumbra, como o desafio musicado, na tradição das emboladas de “Castanha e Caju”, que tenho como pano de fundo algumas premissas e referências balizadoras:

1- A Revista CartaCapital, edição 730,  da semana passado: “DILMA E O SEU TEMPO“- A edição especial analisa a primeira metade do governo da presidenta Dilma Rousseff. E a Revista CartaCapital dessa semana, sobre Marina e o PSDB, página 12 (página escaneada anexa),

2- A análise do Nassif de hoje, “Para entender o jogo político“,

3- A nova política e as eleições, por Aldo Fornazieri (16-12-12),

4- Brasilianas de 2012 após eleições: A aposta de Marcos Nobre na candidatura de Eduardo Campos para presidente em 2014,

5- A possível volta de Marina Silva no tabuleiro do jogo político (“O canto do cisne negro” – Heitor Villa-Lobos),

6- Minha experiência na política desde os onze anos, sintetizado no texto: Penápolis: “a princesinha da noroeste” (07-10-12).

É aparentemente confortável a situação política da presidenta Dilma Rousseff nesse meio de mandato, conforme as análises da maioria esmagadora na revista, e superando em popularidade o próprio Lula, inclusive na intenção de voto espontâneo. Porém, se em 2013 o crescimento for outro pibinho, como em 2011 e 2012, o gato vai subir no telhado e a porca vai torcer o rabo.

Mas considerando que o Brasil vai crescer 3% em 2013, a Marina Silva vai formar seu novo partido, para disputar as eleições em 2014 e o Governador Eduardo Campos entrando ou não na disputa, o cenário de “o canto do cisne negro” como segunda opção, com segundo turno ou não, é possível para 2014, ou seja, uma ruptura da polarização PT-PSDB, das últimas duas décadas, e aqui eu discordo parcialmente, mas claramente, com a CartaCapital dessa semana – página 12, anexo – quando conclui: “E o PSDB continua a ser a única agremiação capaz de montar uma estrutura competitiva“.

Em 2009, os intelectuais em debate no CEBRAP, as análises políticas (José Arthur Gianotti, Marcos Nobre e Francisco de Oliveira (post meu de 30-08-09: Canto do Cisne Negro) já apontavam um provável enfraquecimento da polarização entre PT e PSDB, com o fator Marina Silva para 2010, o fato não se confirmou, mas a votação expressiva, sem horário na TV, foi revelador.

Marina Silva continua sendo a dissidência da base do PT mais forte até o momento (bem maior que Heloisa Helena) e de potencial peso para 2014, porque dialoga com os evangélicos e com a nova ideologia crescente verde, além de ter a simpatia de boa parte da oposição, e de ser a opção entre briga de egos entre eles.

O cavalo arriado que Aécio Neves perdeu em 2010, na verdade não quis ir para o embate com Serra em respeito ao “Estamento” da Casa Grande, vai certamente lhe trazer mais problemas em 2014, como disse Kassab ano passado para o Lula, “o Serra não apoia o Aécio”.

Marina Silva não pode ser considera uma anti-petista, a não ser para a ala que esta no aparelho do partido, ela até pode operar como um “cenário de normalização”.

O artigo de Aldo Fornazieri é revelador (ele fez a observação no programa Brasilianas da TV Brasil),  a análise toca em pontos importantes para 2014, no meu modesto modo de ver, diz Aldo no artigo:

Em 2010 a grande surpresa foram os 20% dos votos nacionais alcançados por Marina Silva, cuja candidatura estava incursa num contexto de pouco tempo de TV, escassos recursos e débil estrutura partidária, mas articulava uma rede de apoiadores ligados a causas ambientais.”

Caso Eduardo Campos decida entrar para a disputa, rompendo a aliança, aumenta a possibilidade de segundo turno, se Marina conseguir fazer um arco de alianças com os partidos pequenos para aumentar seu tempo de TV, se for para um segundo turno, mesmo sem vencer o embate com Dilma, já será uma vitória espetacular, e ira estar posicionada com destaque, pavimentando sua trajetória para 2018, diria a frente de Aécio e Eduardo Campos.

A trajetória de Marina Silva, quardadas as devidas proproções, pode ser considerada como o Lula da Silva “de saia”, sem o incoveniente de correr atrás de um rabo de saiu alocado na máquina do estado. 

O cenário de normalização que o Nassif descreve, para mim é o começo da dessendência do Lulismo, mas um “mito” não morre da noite para o dia, ou morre?

O cenário é embolado, de rearranjos de forças políticas, claramente de crise e guerra política pela mídia, buscando, “caçando” a judicialização do Lula e o estamento da casa grande apostando tudo na sua condenação.

Eu apostei em 2009 num segundo turno com Dilma e Marina, mas mudei de ideia em 2010, estou renovando a aposta em 2013.

A maneira mais rápida de mudar a sociedade é mobilizar as mulheres do mundo”, Charles Malik, ex-presidente da ONU. (“The fastest way to change society is to mobilize the women of the world”).

Será?

Quem viver verá!

Campanha em 2009 chamando Marina, o PV passou, ela não: 

Luis Nassif

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