Vereadora Thais Ferreira é vítima de alienação parental

Dolores Guerra
Dolores Guerra é formada em Letras pela USP, foi professora de idiomas e tradutora-intérprete entre Brasil e México por 10 anos, e atualmente transita de carreira, estudando Jornalismo em São Paulo. Colabora com veículos especializados em geopolítica, e é estagiária do Jornal GGN desde março de 2014.
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Ex-marido e pai de dois filhos da vereadora mostra nuance da violência de gênero na política ao tentar desmoralizá-la e obstruir sua reeleição

Como se não bastasse a tensão própria de uma campanha eleitoral, a vereadora Thais Ferreira (PSol), candidata a reeleição no Rio de Janeiro, tem sofrido com a violência de gênero por meio de ameaças feitas pelo pai de seus dois filhos mais velhos.

Desde quarta-feira, o ex-marido e pai dos filhos de Thais Ferreira vem espalhando posts nas redes sociais dizendo que não tem acesso aos filhos por culpa da vereadora.

Entretanto, os filhos não querem ver o pai depois que o mais velho foi agredido fisicamente, conforme acão que corre na justiça desde 2021. A vereadora, que briga na justiça pela guarda unilateral dos filhos, chegou a receber medida protetiva e irá reivindicar tal proteção novamente.

Em função da nova investida do genitor, foi montado um esquema de proteção para as crianças com a rede de apoio da parlamentar. “Estamos mais alertas, avisamos na escola e evitamos que as crianças saiam de casa”, declarou Thais Ferreira.

Para a parlamentar, a intenção do ex-marido é desmoralizá-la perante a sociedade e os filhos e visa tentar impedir um novo mandato – Thaís Ferreira é a atual presidente da Comissão de Direitos da Criança e do Adolescente, que recebeu mais de 2 mil denúncias, incluindo a dela, desde fevereiro de 2020..

“A tática usada para afetar o trabalho de mulheres com vida pública é muito mais comum que se pensa e expõe a violência que muitas passam ao terem sua maternidade atacada para enfraquecer suas trajetórias. E geralmente usam como arma a alienação parental, que é uma forma cruel de violência política de gênero”, avalia Lígia Moreiras, doutora em Saúde Coletiva pela Universidade Federal de Santa Catarina e mestra em Psicobiologia pela Universidade de São Paulo.

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