A UNE, UBES e ANPG divulgaram nota pública na tarde desta terça-feira (22) manifestando indignação com “as estarrecedoras gravações em que o ministro da Educação [Milton Ribeiro] admite, de viva voz, beneficiar amigos de determinados pastores na liberação de verbas públicas do MEC, atendendo ordem direta do próprio presidente da República”, Jair Bolsonaro.
Segundo as entidades estudantis, “trata-se do funcionamento de um gabinete paralelo, às margens da legalidade e sob critérios políticos e ideológicos nada republicanos.”
Os estudantes afirmam que o MEC foi “transformado num grande balcão de negócios a céu aberto para alimentar esquemas eleitorais do presidente”, enquanto a saúde pública do País é esvaziada.
UNE, UBES e ANPG “repudiam a negociata em curso e exigem transparência, impessoalidade e projeto amplamente discutido com a sociedade para a utilização dos recursos do cidadão brasileiro.”
“Se antes, por não lutar por avanços na educação brasileira, já não reunia condições de seguir à frente do MEC, diante deste escândalo, o ministro perdeu todas as condições de permanecer no cargo”, afirmam as entidades, que cobram “providências” do Congresso para “cessar esse descalabro”.
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