Nota de esclarecimento: cisternas de polietilieno na Paraíba

Nota em resposta ao post “Cisternas de polietileno preocupam famílias na Paraíba”

Resposta da Acqualimp, fabricante de cisternas de polietileno distribuídas pelo Programa Água para Todos, do Governo Federal

03 de abril de 2013

A Acqualimp, empresa responsável pela produção de cisternas de polietileno distribuídas pelo Programa Água para Todos, tomou conhecimento sobre a postagem publicada em 27 de março no blog de Luis Nassif – “Cisternas de Plástico chegam à Paraíba e preocupam famílias e organizações de agricultores do Polo da Borborema”, – na qual detectou informações equivocadas, e, por isso gostaria de ter a oportunidade de esclarecer os mitos e as verdades em relação a este tipo de reservatório.

Qualidade, durabilidade, custo e meio ambiente
É preciso esclarecer que as cisternas de polietileno são adequadas para a região do semiárido e não deformam em função de altas temperaturas, conforme informado pela postagem. A resina de polietileno somente pode fundir a uma temperatura de 147o C, sendo que na região do semiárido a temperatura máxima pode oscilar em torno de 50o C em períodos de clima mais severo. Além disso, os reservatórios são utilizados em países com temperaturas semelhantes ou até mais críticas que as encontradas no Nordeste brasileiro.

A durabilidade e resistência é outra característica do reservatório. O polietileno, por sua elasticidade, impede que os tanques apresentem fissuras e trincas, fatores estes que podem colaborar para a contaminação da água tornando-a imprópria para consumo. O uso do polietileno também impede vazamentos, assim como a contaminação por outros líquidos e resíduos sólidos. Desta forma, preserva a qualidade da água e promove saúde. A manutenção é de baixíssimo custo, necessitando de limpeza interna uma vez por ano, a qual pode ser feita pelo próprio beneficiado. O polietileno é o material mais utilizado na construção civil para o armazenamento de água. Hoje, 80% das caixas d’ água do país utilizam essa resina.

A vida útil de uma cisterna de polietileno, se bem administrada pelo beneficiado, é de até 30 anos, o que confere aderência na relação custo benefício. Ao final deste período, o polietileno pode ser reciclado e utilizado para a fabricação de equipamentos como biodigestores e fossas sépticas. O polietileno é inerte (não passa por nenhuma reação química em contato com a natureza) e, por isso, não polui o meio ambiente, conforme informado pela publicação.

As cisternas de polietileno são produzidas no Nordeste e geram empregos na região
A Acqualimp instalou oito novas unidades fabris – Montes Claros (MG), Teresina (PI), Penedo (AL), Petrolina (PE), Maracanaú (CE), Simões Filho (BA), Cabo de Santo Agostinho (PE) e Palmas (TO) -, as quais fomentam a economia local a partir da fabricação de cisternas de polietileno. A iniciativa permitiu a criação de mais de 940 postos de trabalho, diretos e indiretos (todos ocupados por trabalhadores da região) e forte geração de renda. A Acqualimp utiliza polietileno produzido na região Nordeste, o que colabora com a cadeia industrial da região.

Contrato com o governo federal prevê assistência aos beneficiados
A Acqualimp entregou até agora ao governo federal aproximadamente 87 mil cisternas e a expectativa da companhia é produzir pelo menos mais 80 mil reservatórios em 2013. A situação que motivou a reportagem do Globo Rural citada na postagem é referente a 180 deles (ou 0,002% do total produzido). Em nenhum dos casos houve rachaduras ou vazamentos que comprometessem a função principal do reservatório, que é acumular água da chuva para o consumo adequado dos beneficiados. Assim que a Acqualimp detectou a questão, decidiu realizar pequenas mudanças na parte superior do reservatório para que o equipamento ficasse mais resistente para transporte, manuseio e instalação nas condições severas do semiárido, o que inclui longas distâncias até a casa do beneficiado, estradas de terra, condições precárias de carga e descarga etc. Além disso, todas as cisternas que apresentaram problema foram imediatamente substituídas, sendo que a Companhia assumiu integralmente todos os custos de retirar, reinstalar e repor água ao reservatório para que a família não ficasse sem água. Portanto, não houve nenhum custo adicional ao governo ou aos beneficiados, as cisternas têm garantias constantes em contratos, e os contratos estão sendo integralmente cumpridos.

A Acqualimp esclarece também que em função do projeto disponibiliza uma linha gratuita para atender aos beneficiados, que podem contatar a companhia em caso de dúvidas e até pedir a troca do reservatório, se necessária. O telefone 0800-081-6060 está disponível de 2ª a 6ª das 8h às 17h.

Referência e benefícios reais
É importante ressaltar que a multinacional destacada no post é o Grupo Rotoplas, líder mundial em reservatórios de polietileno rotolmodado. O grupo está presente em 18 países em toda América Latina, e com sua tecnologia e capacidade de produção tem ajudado governos da maioria dos países onde atua a mitigar os efeitos das secas que ocorrem em todos eles, desde o México até Argentina.

O Grupo Rotoplas está no Brasil desde 2001, por meio da sua filial brasileira Acqualimp, gerando empregos, renda e arrecadando impostos. Muito embora a Acqualimp esteja alocada no sudeste, é importante esclarecer que as sete fabricas dedicadas a fabricação das cisternas estão todas no nordeste e uma no norte (totalizando oito novas unidades fabris), portanto a produção das cisternas não acontece em SP e sim nessas regiões que consomem os produtos, por isso a estratégia de montar as fabricas próximas aos locais necessidade, gerando emprego, renda e impostos, localmente, principalmente nordeste.

O governo federal decidiu utilizar a tecnologia do polietileno no semiárido como forma de aprimorar as políticas já desenvolvidas para os moradores da região, dando velocidade ao Programa Água para Todos e atendendo com mais rapidez milhares de famílias que hoje necessitam com urgência de reservatórios para o armazenamento de água. Uma cisterna de polietileno pode ser instalada e pronta para uso em até três horas.

As cisternas de polietileno estão mudando para melhor a vida de milhares de famílias do semiárido que antes não possuíam estrutura adequada para armazenar água nos períodos de estiagem. Os reservatórios estão chegando a pessoas que em muitos casos dependiam de pequenos tanques para armazenar água da chuva ou de caminhões pipa. Essa realidade aumentava a probabilidade de doenças como viroses e diarreia e tornava mais constante os longos deslocamentos para açudes distantes. Os reservatórios são úteis mesmo em períodos de seca, pois facilitam o recebimento de água de caminhões pipa e evitam que as famílias tenham que se deslocar por quilômetros até um açude. Para se ter uma ideia dos impactos diretos e indiretos, uma pesquisa da ONU mostrou que quanto mais fácil o acesso à água, menor a chance de crianças e adolescentes faltarem à escola.

É importante lembrar que a escassez de água submete milhões de brasileiros a uma condição de risco hídrico gravíssimo há séculos e os expõe a doenças e condições sub-humanas de sobrevivência. Frente ao quadro, todas as tecnologias disponíveis devem ser bem vindas, não somente as usadas como também outras ainda não usadas, independente de beneficiar setores ou industrias especificas. Somente o uso das diversas tecnologias poderão acelerar os programas oficiais em implementação e dotar cada família do semiárido com uma cisterna para armazenamento de água de chuva. Portanto, a Acqualimp acredita que ambas as tecnologias empregadas na região – polietileno e placa – são complementares e atendem ao objetivo final do governo de erradicar o risco hídrico no semiárido do País. Não é papel da companhia comparar as tecnologias e sim colaborar numa causa maior para atender as necessidades das milhares das pessoas que sofrem com a seca. Diferente do apontado na postagem, a Acqualimp acredita que os grandes beneficiados são os sertanejos, que hoje têm onde armazenar água com qualidade e segurança.

Por fim, abaixo seguem quatro links de reportagens que atestam os benefícios sobre a chegada das cisternas de polietileno na região do semiárido e como a vida do sertanejo mudou para melhor desde então.

Globo Rural
http://g1.globo.com/economia/globo-rural/videos/t/edicoes/v/comunidades-rurais-de-pernambuco-recebem-cisternas-para-enfrentar-a-estiagem/2153858/

GRTV 1a edição – TV Grande Rio – Petrolina/Pernambuco
http://www.sendspace.com/file/zi6eqm

GRTV 2a edição – TV Grande Rio – Petrolina/Pernambuco
http://www.sendspace.com/file/nl664a

Nordeste Rural – TV Verdes Mares – Fortaleza/Ceará
http://www.sendspace.com/file/twdvuj

A Acqualimp permanece à disposição para novos esclarecimentos que se façam necessários e, numa próxima oportunidade, gostaria de ser considerada para poder esclarecer os mitos e verdades.

Luis Nassif

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