Polícia ataca indígenas em Brasília

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
[email protected]

Os membros do movimento “Levante pela Terra” protestavam pacificamente, nos arredores do Congresso Nacional, contra o PL 490, que pode anular a demarcação de Terras Indígenas. Confira imagens do episódio que circulam nas redes sociais

Foto: Reprodução/Cimi

Jornal GGN – Indígenas, incluindo crianças, idosos e mulheres, foram vítimas de violência da Polícia Militar de Brasília, na tarde desta terça-feira, 22 de junho. Os membros do movimento “Levante pela Terra” protestavam pacificamente, nos arredores do Congresso Nacional, contra o Projeto de Lei (PL) 490, que pode anular a demarcação de Terras Indígenas e está na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. 

O grupo foi alvo de balas de borracha, bombas de gás lacrimogênio e de efeito moral, no estacionamento do Anexo 2 da Câmara. De acordo com informações do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), dois indígenas tiveram ferimentos graves e estão sob observação no Hospital de Base em Brasília. Uma dezena de indígenas também sofreram ferimentos leves e estão em atendimento na tenda da saúde do Acampamento Levante pela Terra (ALT), ao lado do Teatro Nacional. O atendimento de urgência aos indígenas ainda teria sido dificultado pela Tropa de Choque. 

Já a Câmara informou que um policial foi atingido por uma flechada na perna e um servidor administrativo foi ferido no tórax. Os dois foram levados para um hospital particular na Asa Sul.

Este não é o primeiro ataque da PM contra os indígenas. Na última quinta-feira, 17, os militares atacaram os representantes de mais 48 povos originários, que protestavam em frente ao prédio da Fundação Nacional do Índio (Funai). 

A marcha conta com cerca 850 indígenas que acompanham a votação do PL 490, proposto pela ala ruralista, que – na prática – pretende inviabilizar e pode até anular demarcações de terras, em apoio a abertura de empreendimentos como garimpo, estradas e hidrelétricas.

Confira as imagens do episódio que circulam nas redes sociais:

Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador