Jornal GGN – Indígenas, incluindo crianças, idosos e mulheres, foram vítimas de violência da Polícia Militar de Brasília, na tarde desta terça-feira, 22 de junho. Os membros do movimento “Levante pela Terra” protestavam pacificamente, nos arredores do Congresso Nacional, contra o Projeto de Lei (PL) 490, que pode anular a demarcação de Terras Indígenas e está na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.
O grupo foi alvo de balas de borracha, bombas de gás lacrimogênio e de efeito moral, no estacionamento do Anexo 2 da Câmara. De acordo com informações do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), dois indígenas tiveram ferimentos graves e estão sob observação no Hospital de Base em Brasília. Uma dezena de indígenas também sofreram ferimentos leves e estão em atendimento na tenda da saúde do Acampamento Levante pela Terra (ALT), ao lado do Teatro Nacional. O atendimento de urgência aos indígenas ainda teria sido dificultado pela Tropa de Choque.
Já a Câmara informou que um policial foi atingido por uma flechada na perna e um servidor administrativo foi ferido no tórax. Os dois foram levados para um hospital particular na Asa Sul.
Este não é o primeiro ataque da PM contra os indígenas. Na última quinta-feira, 17, os militares atacaram os representantes de mais 48 povos originários, que protestavam em frente ao prédio da Fundação Nacional do Índio (Funai).
A marcha conta com cerca 850 indígenas que acompanham a votação do PL 490, proposto pela ala ruralista, que – na prática – pretende inviabilizar e pode até anular demarcações de terras, em apoio a abertura de empreendimentos como garimpo, estradas e hidrelétricas.
Confira as imagens do episódio que circulam nas redes sociais:
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