A fé sob a perspectiva da Ciência Espírita, por Marcos Villas-Bôas

A fé sob a perspectiva da Ciência Espírita

por Marcos Villas-Bôas

A fé, ao longo da história humana, vem sendo quase sempre associada à crença religiosa dogmática. É tida por uma crença em Deus pautada na interpretação da palavra de algum Messias por um grupo de indivíduos que estão à frente de determinada religião. Como a fé fica associada à crença em dogmas peculiares a cada religião, isso leva ao afastamento entre os seus adeptos, pois cada qual argumenta que os seus dogmas são os únicos corretos.

Numa visão da Ciência Espírita, a fé é muito mais do que mera crença, e tal crença não é dogmática, mas científico-filosófica, como qualquer outra crença humana deve ser, ou seja, devemos acreditar em algo, apesar de sempre abertos a mudar de posição, porque há explicações racionais e plausíveis para aquilo, mas cientes de que contamos também com nossa intuição e nossos sentimentos nas tomadas de decisão. Do contrário, a tendência de se cair em ortodoxias/dogmatismos e misticismos é enorme, o que afasta os humanos da realidade e os segrega.

Segundo os Espíritos explicam em diversas obras psicografadas, a fé é uma crença, porém, mais forte do que isso, é um sentimento inato, escrito na consciência (ou inconsciência) de cada um:

“A fé é o sentimento inato, no homem, de sua destinação futura; é a consciência que tem das faculdades imensas, cujo germe foi depositado nele, primeiro em estado latente, e que deve fazer eclodir e crescer por sua vontade ativa.

Até o presente, a fé não foi compreendida senão sob o aspecto religioso…” (Mensagem de um Espírito Protetor, Evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec, p. 189).   

Muito mais do que uma obra religiosa, o Evangelho segundo o Espiritismo é um livro filosófico que traz interpretações dos Espíritos acerca da moral cristã. Ele analisa trechos da Bíblia para dar a visão dos Espíritos sobre ela, estabelecendo uma filosofia de elevada carga moral e extremamente racional. 

Assim como muitos já acreditam, com facilidade, desde bem novos, em uma porção de ideias das quais nem sequer tinham ouvido falar, ou que praticam determinadas faculdades, como a caridade, desde muito cedo por estarem elas sedimentadas em suas consciências; a fé é desse gênero de faculdades que nascem com o ser. Todo humano nasce com esse germe, como a coragem e outras faculdades, que são, inclusive, maximizadas pela própria fé.  

Como o humano é “construído” ao longo de várias encarnações, a fé dele pode ser mais ou menos forte de acordo com o que fez durante os muitos séculos de existências. É claro que alguns indivíduos acreditam mais em si e numa ordem progressiva das coisas do que outros.

Os que têm a fé mais desenvolvida geralmente são dotados de maior força de vontade e resiliência perante as dificuldades da vida, de modo que ela é uma importante capacidade socioemocional, devendo ser trabalhada com esforço:

“A árvore da fé viva não cresce no coração miraculosamente.

Qual acontece na vida comum, o Criador dá tudo, mas não prescinde do esforço da criatura.

(…) A maioria das pessoas admite que a fé constitua milagrosa auréola doada a alguns espíritos privilegiados pelo fator divino.

Isso, contudo, é um equívoco de lamentáveis consequências” (Vinha de Luz, psicografia de Chico Xavier, Espírito Emmanuel, p. 50).  

A fé é, portanto, mais do que mero acreditar; é sentir dentro de si uma força, uma faculdade a ser desenvolvida. É a confiança nas capacidades depositadas em si pela natureza e na existência de uma ordem natural progressiva.

A fé é paciente, pois sabe que tudo gira dentro de uma ordem de coisas a caminho do progresso. A fé é corajosa, pois sabe que os esforços bem direcionados serão recompensados em algum momento. A fé é caridosa, pois sabe que a lei natural recompensa, ainda que em outras vidas, aquele que age pelo bem do próximo.

A fé desperta, portanto, uma porção de outras faculdades fundamentais, fazendo até mesmo com que o ser não interrompa o seu trabalho, e até o intensifique, quando for dura e repetidamente agredido pelos que dele discordam, sabedor de que cada um terá o que merece no momento adequado.

A fé meramente humana acredita no sucesso dos seus empreendimentos baseados no esforço. Aqueles que põem tudo de si em busca de algum fim ao menos próximo do concretizável fatalmente terminam alcançando-o. Boa parte dos humanos não chegam a suas metas por terem dificuldades de defini-las em face de questões socioemocionais, de modo que passam toda a vida mudando de objetivos e nada relevante atingem.

Outros sabem o que querem, porém não têm fé o bastante de que podem alcançar, ou não conseguem traduzir sua fé na força necessária, ou não aplicam tal força no meio mais adequado para atingir a meta.

A fé divina, por outro lado, aquela que diz respeito à continuação da vida, à nossa existência enquanto Espíritos e à existência de uma ordem natural progressiva, é a que está mais apta a desenvolver nossas faculdades socioemocionais, acarretando-nos as principais metas que qualquer ser humano deve almejar: a paz interior por meio do progresso moral e intelectual sob a perspectiva do Espírito.

O homem de fé é mais emocionalmente estável, pois sabe que as expiações lhe ensinam e fortalecem. Isso tudo é entendido empiricamente, observando aqueles que têm fé e a nós mesmos quando agimos proativamente com essa confiança na ordem natural que, apesar de enganar a muitos sobre isso, está sempre evoluindo.

“A fé é força divina, sendo o conjunto das virtudes que se apoderam da nossa consciência, instalando o amor em nosso coração. O Espírito, mesmo movendo-se em um corpo físico, pode acionar as forças da fé; depende dele mesmo, no aprimoramento das suas qualidades no campo dos sentimentos, alinhavando, todos os dias, a força mental na educação dos seus próprios pensamentos, cuja convivência com eles ainda são segredos, sendo área enorme para ser trabalhada pela disciplina, como pela instrução” (Cura-te a ti mesmo, psicografia de João Nunes Maia, Espírito Miramez, p. 48).

A fé, para além de uma crença raciocinada, um sentimento, uma faculdade, pode ser entendida como um conjunto de faculdades socioemocionais, pois, como visto, dela depende o seu desenvolvimento.

O livro “Foco triplo: uma nova abordagem para a educação”, do maior especialista do mundo em inteligência emocional, que é doutor em Psicologia por Harvard e autor do best-seller Inteligência Emocional, Daniel Goleman, e do professor do Massachussetts Institute of Technology (MIT), Peter Senge, defende uma reforma da educação que desenvolva muito mais as faculdades socioemocionais por meio da Aprendizam Socioemocional (ASE), mas com uma repaginação desta.

Com base em diversos estudos científicos e em experiências bem sucedidas realizadas em escolas, eles defendem que é preciso construir uma educação que desenvolva as faculdades naturais das crianças, despertando, por exemplo, o foco, a atenção, o planejamento de médio a longo prazo, a empatia e outros aspectos socioemocionais do indivíduo que são muito mais importantes para o seu sucesso do que costumeiramente se imagina.

A fé pode ser entendida também como a crença na importância dessas faculdades naturais de caráter socioemocional, ou o próprio conjunto delas, que nos conectam com o nosso íntimo e com os outros, indo além do mundo materialista e superficial ao qual a maioria dos humanos ainda estão muito ligados e pelo qual ficam distraídos em relação ao que realmente importa, que é a busca de paz de espírito, de fortalecimento de faculdades que permitam sermos melhores conosco e com os demais, gerando mais felicidade para todos.

Outro aspecto da fé está consubstanciado no fato de que o pensamento humano tem um enorme poder ainda desconhecido, comprovado em parte por meio do chamado efeito placebo. Se a Medicina aceita que a fé do indivíduo na cura por determinada substância placebo travestida de um remédio, de fato, provoca aquela cura, ela atesta que o poder da mente tem grandes efeitos sobre as doenças do corpo. 

O vencedor do Prêmio Nobel de Medicina em 1912, o francês Alexis Carrel, realizou importante estudo científico sobre o poder da oração, que está registrado no livro A oração: seu poder e efeitos. Ele o inicia assim:

“A Nós – homens do Ocidente – a razão parece-nos muito superior à intuição, preferimos grandemente a inteligência ao sentimento. A ciência irradia, ao passo que a religião extingue-se. Seguimos Descartes e abandonamos Pascal.

Desta maneira, procuramos principalmente desenvolver em nós a inteligência. Quanto às atividades não intelectuais do espírito, tais como o senso moral, o senso do belo e – sobretudo – o sentido do sagrado são desprezadas por forma quase completa. A atrofia dessas atividades fundamentais torna o homem moderno um ser completamente cego, e essa enfermidade não lhe permite ser um bom elemento constitutivo da sociedade.

[…] O sentido do sagrado exprime-se, sobretudo, pela oração. A oração, como o sentido do sagrado, é, evidentemente, um fenômeno espiritual. Mas, encontrando-se o mundo espiritual fora do alcance das nossas técnicas, como devemos, portanto, adquirir um conhecimento positivo da oração? Felizmente, o domínio da ciência abarca a totalidade do que é observável e pode, por intermédio da fisiologia, estender-se até as manifestações do espiritual. Assim, é pela observação sistemática do homem que reza que nós poderemos aprender em que consiste o fenômeno da Oração, a técnica da sua produção e os seus efeitos” (p. 2).

Mais à frente, o vencedor do Nobel de Medicina volta a falar sobre o poder da fé e da oração observado empiricamente por ele:

“São os efeitos curativos da oração que, em todas as épocas, têm despertado principalmente a atenção dos homens. Hoje ainda, nos meios em que se reza, é corrente ouvir-se falar de curas obtidas graças a súplicas dirigidas a Deus ou aos seus santos. Mas, quando se trata de doenças susceptíveis de se curarem espontaneamente ou com a ajuda de medicamentos vulgares, é difícil saber qual foi o verdadeiro agente de cura. É apenas em casos em que a terapêutica é inaplicável, ou em que ela não produziu efeito, que os resultados da oração podem ser verificados por forma segura. A repartição médica de Lourdes tem prestado um grande serviço à ciência, demonstrando a realidade dessas curas. A oração tem, por vezes, um efeito que podemos chamar explosivo. Há doentes que têm sido curados quase instantaneamente de afecções tais como o lúpus facial, cancro, infecções renais, tuberculose pulmonar, tuberculose óssea, tuberculose peritoneal etc. O fenômeno produz-se quase sempre da mesma maneira: uma grande dor e, em seguida, a percepção de se estar curado. Em alguns segundos ou, quando muito, em algumas horas, os sintomas desaparecem e as lesões orgânicas cicatrizam” (p. 10).    

Se a faculdade da fé, esse poder mental, fosse mais bem desenvolvida, muitas doenças seriam evitadas ou curadas com facilidade, pois bastaria o indivíduo estar em bom estado de espírito, acreditando não haver razões para ficar doente, que ficaria logo curado, desde que merecesse, uma vez que há vários casos irreversíveis.  

Não são poucas as histórias de pessoas que se curaram até mesmo do câncer sem os tratamentos indicados pela Medicina. Há muitíssimo que a ciência humana ainda não sabe sobre o poder da mente, do Espírito, das vibrações, daquilo que lhe parece transcendental.

A Ciência Espírita quer se afastar da fé exclusivamente religiosa, daquela ideia de fé distorcida pelo homem, que busca apenas retornos egóicos, como ganhos financeiros, males para os inimigos, soluções místicas e afins, mas que não pretende realizar uma reforma íntima, um desenvolvimento das suas faculdades.  

A Ciência Espírita ajuda, portanto, a restaurar as religiões, corrigindo distorções feitas sobre a similar filosofia moral que foi propagada por grandes missionários como Zaratrusta (Zoroastro), Buda, Jesus, Francisco de Assis e outros. Como diria mais uma vez Emmanuel, na psicografia de Chico Xavier:

“Qual a finalidade do esforço em minha vida? Esta é a interrogação que todos os crentes deveriam formular a si mesmos, frequentemente.

O trabalho de auto-esclarecimento abriria novos caminhos à visão espiritual.

Raramente se entrega o homem aos exercícios da fé, sem espírito de comercialismo inferior. Comumente, busca-se o templo religioso com a preocupação de ganhar alguma coisa para o dia que passa.

Raciocínios elementares, contudo, conduziriam o pensamento a mais vastas ilações.

Seria a crença tão-somente recurso para facilitar certas operações mecânicas ou rudimentares da vida humana?” (Vinha de Luz, p. 102).

A educação deveria ter como um pilar central o desenvolvimento da fé raciocinada, da relevância das faculdades socioemocionais como passos essenciais para o sucesso do indivíduo na vida. Uma educação de sucesso nesse sentido levaria a uma sociedade muito mais evoluída em termos de respeito ao próximo, à sua liberdade, ao mesmo tempo em que se buscaria uma maior igualdade e um relacionamento fraterno.  

A escola precisa ter a religiosidade e a espiritualidade fortes dentro dela, enquanto que os locais de cultos religiosos deveriam ser compreendidos como centros de educação sobre espiritualidade e filosofia moral visando ao desenvolvimento das faculdades naturais humanas, e não como espaços de meros rituais e propagação de dogmas, que costumam descambar para o exercício do poder sobre os fieis e/ou para a obtenção de ganhos financeiros.

 

Redação

30 Comentários

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  1. Foi mal cara, mas se a Fé não
    Foi mal cara, mas se a Fé não for baseada em Jesus, tudo é em vão. Religiões estão erradas, mas Cristo é o certo.

  2. Fé em nosso atual estágio

    Fé em nosso atual estágio evolutivo é algo que tem de ascender PRO EU ACREDITO POR QUE COMPREENDO e/ou A RAZÃO SANCIONA.

  3. Fé raciocinada???

    Não seria contraditório pretender associar a fé espírita à ciência, a partir de conceitos como “sentimento”, “crença”, “capacidade socioemocional”??? A fé espírita, como toda e qualquer outra fé religiosa, está centrada num dogma irrecusável: Deus: a causa primeira de todas as coisas (Questão nº 1 do Livro dos Espíritos), que deve ser aceito, a despeito da impossibilidade de fundamentá-lo racionalmente. Sem a crença irrefletida na inteligência Suprema, não há Espiritismo. Nesse sentido, se o Espiritismo pressupõe o acolhimento indisputável de um princípio ‘lançado’ como Verdade Absoluta, sem razões que o suportem, não resta qualquer margem para experimentar uma fé raciocinada (um conceito constitutivamente paradoxal).

  4. Kardecismo não é ciência

    Não adianta tegiversar, o kardecismo nunca foi, não é e nunca será ciência. É uma seita religiosa. Ciências são a sociologia, a antropologia e a psicologia que podem sim investigar o kardecismo, mas com outros critérios que nada tem que ver com os kardecistas. Além disso, qualquer teólogo crítico, de alguma das muitas correntes derivadas da alta crítica alemã, pode investigar o próprio conteúdo ultra conservador das ideias dos tais espíritos que falam nos livros do Kardec. Podem demonstrar os níves de supostas verdades e como elas se justapõem num corpo doutrinário que pode muito bem ser rastreado politicamente como ideologia repressora e legitimadora tanto do colonialismo francês, quanto da sociedade de classes capitalista da qual o kardecismo é somente mais uma emanação ideológica autojustificadora.

  5. Corrijam o título do artigo , está errado.

    O correto é “A fé sob a perspectiva do espiritismo”.

    Não existe “Ciência espírita”, espiritismo não é Ciência.

  6. Cérebro normal pensar por sinapses.

    Dos espíritos – por gases no intestino! Pois: “Como a fé fica associada à crença em dogmas peculiares a cada religião, isso leva ao afastamento entre os seus adeptos, pois cada qual argumenta que os seus dogmas são os únicos corretos”.

    A fé une os fracos em rebanhos, demonstrou o grandíssimo Nietzsche em A GENEALOGIA DA MORAL. Os espíritas não aceitam que vão morrer, findar um dia, e orgulhasamente inventam encarnações e reercanações. 

  7. Uso de excrementos de fantasmas!

    Como a fé fica associada à crença em dogmas peculiares a cada religião, isso leva ao afastamento entre os seus adeptos, pois cada qual argumenta que os seus dogmas são os únicos corretos.

    As asneiras de Marcos são sem fim – todas os fieis de outras religões possuem dogmas que os afastam. MAIS – os espíritas não possuem dogmas que os afasta de outras religiões!

  8. Prisão de ventre filosófica espírita!

    Numa visão da Ciência Espírita, a fé é muito mais do que mera crença, e tal crença não é dogmática, mas científico-filosófica, 

    A ignorância espírita é imensurável, pois:

    1°) fé é desejo – e desejo é involuntário;

    2°) ciência (hipoteses, teorias, métodos, falseabilidade); filosofia (a grosso modo – reflexão).

    3°) conclusão: fé ou crença em fantasmas não pode ser ciência e filosofia.

  9. Usar fezes para pensar dá nisso:

    mas cientes de que contamos também com nossa intuição e nossos sentimentos nas tomadas de decisão. Do contrário, a tendência de se cair em ortodoxias/dogmatismos e misticismos é enorme, o que afasta os humanos da realidade e os segrega.

    Silogismo da aberração espírita:

    1°) Sentidos – maneiras como o corpo se relaciona com os objetos; – Aristóteles

    2°) Sentimentos – processos biológicos-psiquicos ante a objetos e pessos – Freud.

    3°) Conclusão – apenas animais e humanos fragilizados decidem pelos sentidos e sentimentos. Tomás de Aquino escreveu a Suma Teológica guiado mediante a razão, não pelos sentidos e sentimentos. 

  10. Uso de gás metano!

    Segundo os Espíritos explicam em diversas obras psicografadas, a fé é uma crença, porém,mais forte do que isso, é um sentimento inato, escrito na consciência (ou inconsciência) de cada um:

    Inconciência (palavra para fugir do conceito de inconsciente) segundo quem? Assinale:

    a] Durkeim – “As Regras do Método sociológico”;

    b] Franz Boas – “A Mente do Ser Humano Primitivo”;

    c] Lévi-Strauss – “Antropologia Cultural II”;

    d) Freud – “O Eu e o Id”;

    e) Lacan – “O Seminário, mais ainda”.

  11. Mentira espírita!

    Muito mais do que uma obra religiosa, o Evangelho segundo o Espiritismo é um livro filosófico que traz interpretações dos Espíritos acerca da moral cristã. Ele analisa trechos da Bíblia para dar a visão dos Espíritos sobre ela, estabelecendo uma filosofia de elevada carga moral e extremamente racional. 

    Silogismo da dissimulação:

    1º) O Evangelho Segundo os Fantasmas – em parte é mediúnica, autoria de fantasmas

    2º) Filosofia – ação exclusiva da reflexão – da mediação categorial sobre objetos;

    3º) logo – os delírios de Kardec não são filosofia.

  12. Marcos e o uso reflexivo do reto!

    É tida por uma crença em Deus pautada na interpretação da palavra de algum Messias por um grupo de indivíduos que estão à frente de determinada religião. 

    Acima outra estupidez espírita. Pois.

    A fé não é concessão de deuses, basta consultar livros da antropologia e de Freud. 

    A fé nasce da fraqueza de alguns homens, da projeção que fazem do desejo de contralar seus medos e dominar a deusa fortuna. 

     

  13. Marcos pensa pelo reto!

    É tida por uma crença em Deus pautada na interpretação da palavra de algum Messias por um grupo de indivíduos que estão à frente de determinada religião.

    A estupidez dos espiritas é sem fim. Vejamos:

    1°) não existe apenas um Deus (em Deus): mas deuses diferentes e distintos – o deus jeova é o sacerdotes hebraicos com um superego rigido, Zéus é um deus imoral que trai e mata, Exu – o melhor de todos, pratica o  bem o mal.

    2°) messias é coisa cristã;

    3º) logo – mais uma mentira espírita.

  14. provincianismo e ignorância no blog

    A despeito de que o sr. Villas-Bôas gostaria que fosse “Fé”  a palavra vem do latim , fide, e tem uma definição muito precisa : Fé é a adesão de forma incondicional a uma hipótese que a pessoa passa a considerar como sendo uma verdade sem qualquer tipo de prova.

    Ou seja , a fé é a supensão do espirito critico e da duvida e o alcance da sublimação pela ignorância. Abrir mão dos conflitos internos por uma paz mediada pela ignorância. 

    O sr. Villas-Bôas cria toda uma definição provinciana e particular de fé para tentar fundamentar sua seita e explicar a cura de doenças que seriam melhor tratadas com uma vida regrada : obedecer horários de sono e repouso ,boa alimentação, exercicios físicos regulares.  

  15. PERGUNTEI PRA MINHA MÃE

    Certa feita, o que ela, como pessoa esclarecida que é, depois de ter sido crente da assembléia de deus por longos anos e, finalmente ter acordado para a vida, o motivo pelo qual existiam religiões como essas.

    Ela respondeu-me:

    “Tem gente que erra tanto na vida que se perde e quando uma tábua de salvação surge, por mais suja ou escorregadia que seja, a ela se agarra para se salvar.”

    Ela, para minha surpresa e tristeza, voltou a ser crente. Caiu no conto da IURD, para quem dá o dízimo na esperança de voltar aos tempos de bonança e ainda invoca o “meu deusinho”. Pelo menos pecou bastante fora da igreja.

    Os cristãos semearam sua fé junto com a escravidão, as guerras e a exploração pelo mundo, estatizando um poder que interfere nas nossas vidas até hoje.

    Os muçulmanos matam, estupram, abusam, invadem escravizam, guerreiam em nome do Islã.

    E os judeus iniciaram tudo isso.

    Para ambos, cristão e muçulmanos, a vida é uma só, o inferno e suas labaredas acompanharão aqueles que não aceitarem as suas convições. Seus deuses são injustos, preconceituosos e perversos mas, e daí, poder é pra isso.

    Nenhum problema.

    Quando você se emputece com esses deuses, ou desconfia que a sua vida pode ser melhor se não raciocinar nesses termos porque, aliás, dentro desses termos é impossível desenvolver algum raciocínio, você não encontra nada.

    Você está no ocidente. Aqui, ou você é cristão ou você é pagão.

    Num respirar de discreta liberdade para pensar mais adiante, ainda que sem negar o cristianismo,( ), surge então o espiritismo.

    Temos um espírito, que coisa! Que descoberta!

    Podemos explicar injustiças, abusos, localizar-nos na história, tolerar parentes chatos, largar do marido ou da mulher ou  tolera-los para redimir as faltas passadas. Nossas inimizades são explicadas.

    Claro que os hindús, os chineses, os japoneses  e outros orientais já tinham espírito, só nós, os ocidentais  cristãos que não mas, comparado ao cristianismo, ao judaismo e ao islamismo o espiritismo é um verdadeiro apanágio. É o princípio de um caminho onde pelo menos você existe e não está perdido, você pode começar a explicar-se a partir de si.

    É uma religião que por questões circunstanciais teve que travestir-se de ciência (cê é besta de enfrentar a igreja)

    Alan Kardec (cognome), viveu entre 03.10.1804 e 31.03.1869, sendo contemporâneo de Helena Petrovna Blavatsky ( 1831 a 1891), que efetivamente trouxe todo o conhecimento oculto sobre espiritualismo para o ocidente.

    Foi um momento histórico de suma importância para o desenvolvimento de nossa religiosidade. Uma espécie de despertar.

    Ambos combatidos até a morte, deixaram suas heranças a quem se interessasse por elas, como mais uma opção para quem quisesse direcionar sua vida tanto pela fé quanto pelo conhecimento oculto.

    De toda sorte, não acho que quem tenha fé tenha o direito de impo-la a outrem por qualquer motivo.

    Tampouco quem não tenha teria o direito de ridicularizar a fé alheia.

    Ter fé é um direito, não obrigação.

    E não ter fé pode ser um dom.

    Aquele que não precisa mais de religião já encontrou a si mesmo.

    Mas ninguém chega à conquista de si mesmo sem trilhar esses caminhos.

    É depois do fundo do poço e da incredulidade total é que se reconquista a si mesmo,  quando se sobrevive,  e

    se alguém lhe deixou uma pista no caminho.

    Ainda mais, penso que as pessoas que se arrogam superiores por sua racionalidade ou cultura ridicularizando aqueles que têm  fé, são  tão ou mais perniciosas que os fundamentalistas ortodoxos, posto que agem do mesmo modo.

    RESPEITO É BOM E TODOS MERECEM!

     

     

     

     

  16. Marcia Eloy: censura espirita!

    A espírita Marcia Eloy, nos comentários sobre/sob artigo de Dora Incontri, de 03/07/2017, as seguintes palavras ao GGN: “O GGN colocou 27 mensagens 27 mensagens do Sr. Ronaldo, e não colocou a minha mensagem. Eu sou espírita, aceito criticas, se forem racionais, mas deboche não”.

    O que ela objetivou? Instigar a moderadora do CGN que censurasse minhas análises, usando da estratégia:

    1º) Que ela fora censurada – o blog não colocou seus comentários. 2º) Que eu uso – deboche.

    A moderadora respondeu citado um comentário de Marcia Eloy acerca de um comentário meu, que Marcia já apagou! A moderadora do blog gentilmente refutou sua afirmação de que fora censurada, enquanto eu me deleito em deboches, assumindo ela – Marcia Eloy – postura de vítima: 

    a censurada X o debochado!

    1. Não fui ferido por tal estratégia de Marcia Eloy.

      Incialmente comento essa estratégia para torna-la clara, não para me colocar como vítima, pois:

      1º) Procedo nos meus comentários e nas minhas análises – são diferentes – segundo os preceitos da CF de 1988, artigo 5º – é livre a manifestação do pensamento, exercicio de manifestação de convicção religiosa ou política, livre expressão intelectual;

      2º) Uso intencionalmente o deboche – pois nem a CF nem o CP proibem ou criminaliza-o. 

      3º) Contudo, uso o deboche filoficamente – nos termos da maiêtica de Sócrates e do cinismo de Diogenes Laêrtios, embora não pretendo ter tomar cicuta como o primeiro nem viver como pária como o segundo. 

      Não sou nem assumo posição de vítima!

      1. Do deboche.

        1º) A maiêtica socrática paria os conceitos no debates com os que se julgavam sabedores dos conceitos acerca das coisas.

        Sácrates pergunta – o que é um cavalo? Sofista respondia – é um animal! Sócrates – mas uma vaca não é um animal também? Sofista – possuia patas e mama. Sócrates – …

        2º) Usei desse procedimento com Marcos Villa, artigo de 19/09/2016 – “Espiritismo, Sociedade e …” Ao responder na parte reservada a comentar, a fragilidade das opiniões de Marcos gritaram. Desde esse artigo, ele não emitiu mais opiniões no comentar. Travei um debate acadêmico, com a formalidade e rigor conceitual exigidos.

        Mas: doxa não é episteme!

      2. Anonimato: a CF proibe (art. 5º), eu cumpro.

        O mesmo não o faz Marcia Eloy e inúmeros outros espíritas nesse blog. 

        1º) Não procedo juridicamente contra eles por isso, nem faço julgamento moral. Quem não dá publicidade a sua pessoa deve ter suas razões. Não concordo, mas respeito.

        2º) Assumo plubicamente minha identidade: meu nome esta registrado por completo no blog, assim como minha formação acadêmica e meu local de trabalho. Tudo comprovado por um simpeles acesso a plataforma Lattes – lá se encontra minha vida!

        Não me escondo, nem sou dissimulado. 

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