Brasil ganha leitos de UTI, mas distribuição regional ainda é desigual

Covid, dengue, acidentes de trânsito e envelhecimento da população influenciaram aumento, mas no Amapá, população só conta com UTIs na capital

Crédito: Geraldo Bubniak/ Agência Estadual de Notícias do Paraná

O relatório da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib) apontou que o Brasil teve um aumento de 52% de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em 10 anos, porém a desigualdade na distribuição de unidades ainda é desigual entre regiões e classe social. 

Um dos fatos que justifica o aumento de leitos foi a demanda durante a pandemia de Covid-19. Cinco anos atrás, o país somava 55 mil leitos de UTI. Em 2022, o Brasil ganhou 15 mil leitos a mais.

O surto recorde de dengue no Brasil este ano também contribuiu para o aumento de leitos, assim como a incidência de acidentes automobilísticos e a demanda gerada pelo envelhecimento da população.

Desigualdade

Ainda que o Sistema Único de Saúde (SUS) tenha 37.820 leitos, pouco mais que a rede privada (35.340), a disparidade fica evidente a partir da constatação de que os dependentes do SUS têm menos leitos à disposição. 

A cada 100 mil habitantes, o SUS tem proporcionalmente 24,87 leitos. Na rede privada, a proporção é de 68,28 a cada 100 mil.

A situação é ainda mais grave fora das capitais, pois enquanto a proporção de leitos é de 70,39 unidades para cada 100 mil habitantes, no interior o montante vai para 25,58.

Na região Norte, a dificuldade de acesso ao tratamento intensivo é ainda maior. Todos os 213 leitos estão na capital, Macapá – o que significa que 290 mil pessoas não estão distantes deste tipo de cuidado. 

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