Covid-19 – De volta à trilha descendente?, por Felipe A. P. L. Costa

Semana passada, ao que parece, retomamos a tendência declinante em ambas as taxas. E que tendências seriam essas?

Covid-19 – De volta à trilha descendente?

por Felipe A. P. L. Costa [*].

Ontem (13), de acordo com o Ministério da Saúde, foram registrados mais 14.768 casos e 415 mortes em todo o país. Teríamos chegado assim a um total de 4.330.455 casos e 131.625 mortes.

Na semana encerrada ontem (7-13/9), as médias semanais das taxas de crescimento (casos e mortes) chegaram a 0,65% e 0,55%, respectivamente. São os valores mais baixos desde o início da crise.

A média semanal da taxa de crescimento no número de mortes nunca parou de cair. São agora 25 quedas consecutivas (22/3-13/9).

No caso das novas infecções, porém, a média andou derrapando. E mais de uma vez. Semana retrasada foi uma delas, conforme alertei em artigo anterior – ver ‘Derrapamos. É óleo na pista ou estamos sem freio?’.

Semana passada, ao que parece, retomamos a tendência declinante em ambas as taxas. E que tendências seriam essas?

Conforme discuti em artigos anteriores (ver aqui, aqui, aqui, aqui e aqui), os resultados observados em cinco das últimas seis semanas (3/8-13/9) coincidem bem com as projeções que fiz para um cenário RÁPIDO (ver a figura que acompanha este artigo), de acordo com o qual as médias semanais iriam cair em média 0,2% por semana [1]. A única exceção até agora foi justamente o resultado da semana retrasada.

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FIGURA. A figura que acompanha este artigo mostra os valores esperados para as médias diárias no número de novos casos (eixo vertical) em cinco cenários diferentes (a taxa cai 0,05%, 0,075%, 0,1%, 0,15% ou 0,2% por semana), até 27/9. No pior cenário, LENTO (linha vermelho escuro), a média seguiria aumentando até o fim de setembro – a rigor, até a primeira semana de dezembro (não mostrado), quando só então atingiria o seu máximo (111.521) e começaria a declinar. O gráfico mostra também os valores observados nas últimas seis semanas (Real; linha alaranjada). Na semana retrasada (31/8-6/9), houve uma derrapada; na semana passada (7-13/9), porém, os resultados tornaram a se aproximar da trajetória prevista pelo cenário RÁPIDO.

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Coda.

A um ritmo de queda (médio) de 0,2% por semana, tanto para o número de casos como para o de mortes, nos próximos dois domingos as estatísticas deverão chegar próximas a 4.469.718 casos e 134.902 mortes (20/9) e 4.549.546 casos e 136.344 mortes (27/9).

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Notas.

[*] Para detalhes e informações sobre o livro mais recente do autor, O que é darwinismo (2019), inclusive sobre o modo de aquisição por via postal, faça contato pelo endereço [email protected]. Para conhecer outros livros e artigos, ver aqui.

[1] Em números absolutos, eis os somatórios das últimas seis semanas (casos e óbitos): 301.745 e 6.945 (3-9/8); 304.775 e 6.803 (10-16/8); 265.586 e 6.892 (17-23/8); 256.528 e 6.084 (24-30/8); 275.210 e 5.822 (31/8-6/9); e 192.934 e 4.975 (7/13/8).

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Redação

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