Covid-19: Em meio a sucessivas oscilações, a taxa de mortes tornou a subir, por Felipe A. P. L. Costa

Fato é que a luta contra o vírus prossegue. Máscaras e vacinas seguem sendo as melhores armas para impedir a ocorrência de surtos locais

Covid- 19: casos de óbitos abril de 2023

Covid-19 – Em meio a sucessivas oscilações, a taxa de mortes tornou a subir

por Felipe A. P. L. Costa*

RESUMO. – Este artigo atualiza as estatísticas (mundiais e nacionais) a respeito da pandemia divulgadas em artigo anterior (aqui). Em escala planetária, já foram registrados 685,9 milhões de casos e 6,844 milhões de mortes [1]; em escala nacional, 37,407 milhões de casos e 701,2 mil mortes.

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1. ESTATÍSTICAS MUNDIAIS: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES.

Levando em conta as estatísticas obtidas no início da tarde de hoje (19/4), eis um balanço da situação mundial.

(A) – Em números absolutos, os 20 países mais afetados estão a concentrar 74% dos casos (de um total de 685.895.234) e 69% das mortes (de um total de 6.844.093) [2].

(B) – Nesses 20 países, 489 milhões de indivíduos receberam alta, o que corresponde a 96% dos casos. Em escala global, 658,6 milhões de indivíduos já receberam alta.

(C) – Os 20 primeiros países da lista podem ser arranjados em 11 grupos: (a) Entre 100 e 110 milhões de casos – Estados Unidos; (b) Entre 40 e 45 milhões – Índia; (c) Entre 35 e 40 milhões – França, Alemanha e Brasil; (d) Entre 30 e 35 milhões – Japão e Coreia do Sul; (e) Entre 25 e 30 milhões – Itália; (f) Entre 20 e 25 milhões – Reino Unido (estatísticas congeladas) e Rússia; (g) Entre 15 e 20 milhões – Turquia; (h) Entre 12 e 15 milhões – Espanha; (i) Entre 10 e 12 milhões – Vietnã, Austrália, Taiwan e Argentina; (j) Entre 8 e 10 milhões – Países Baixos; e (k) Entre 6 e 8 milhões – Irã, México e Indonésia.

2. ESTATÍSTICAS BRASILEIRAS: SEMANA 9-15/4.

De acordo com as estatísticas divulgadas ontem (18/4) pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde, foram registrados em todo o país na semana passada (9-15/4) mais 49.140 casos e 404 mortes.

Em relação aos números da semana anterior (2-8/4: 38.838 casos e 255 mortes), ambas as estatísticas subiram e subiram significativamente.

Teríamos chegado assim a um total de 37.407.232 casos e 701.215 mortes.

3. CODA.

Nas últimas quatro semanas, as taxas de casos e mortes oscilaram mais de uma vez. Caíram e depois oscilaram para cima; em seguida, desceram de novo e agora subiram.

A taxa de mortes da semana passada atingiu o maior desde a última semana de fevereiro (20-26/2) (ver a figura que acompanha este artigo).

A grande dúvida que emerge é: Trata-se de um aumento real ou apenas de um artifício, fruto de erros na amostragem ou no monitoramento? (Lembrando apenas que o MS abandonou a divulgação diária das estatísticas em favor de uma divulgação semanal, supostamente mais rigorosa. No momento, porém, eu não tenho como dizer se o rigor melhorou ou não.)

Fato é que a luta contra o vírus prossegue. Máscaras e vacinas seguem sendo as melhores armas que nós temos para (i) impedir a ocorrência de surtos locais; e (ii) impedir o surgimento de novidades evolutivas que venham a promover uma nova e repentina escalada dos números. (Lembrando que a vacina combate a doença, mas não impede o contágio. O que pode impedir o contágio é o uso correto de máscara facial.)

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NOTAS.

[*] Há uma campanha de comercialização envolvendo os livros do autor – ver o artigo Ciência e poesia em quatro volumes. Para mais informações ou para adquirir (por via postal) os quatro volumes (ou algum volume específico), faça contato pelo endereço [email protected]. Para conhecer outros artigos e livros, ver aqui.

[1] As estatísticas mundiais estão a ser extraídas agora do painel Worldometer: Coronavirus (Dadax, EUA), e não mais do painel Mapping 2019-nCov (Johns Hopkins University, EUA). Os dois painéis concordavam em quase tudo, com apenas uma ou outra exceção. A diferença mais gritante estava nas estatísticas chinesas: Tanto no número de casos como no de mortes, o painel que agora estou a seguir registra apenas o equivalente a um quinto ou um décimo dos números que eram registrados no outro painel.

[2] Para detalhes e discussões a respeito do comportamento da pandemia desde março de 2020, tanto em escala mundial como nacional, ver os volumes da coletânea A pandemia e a lenta agonia de um país desgovernado, vols. 1-5 (aqui, aqui, aqui, aqui e aqui).

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*Felipe A P L Costa, é biólogo, pesquisador em ciências biológicas e ecologia.

“Democracia é coisa frágil. Defendê-la requer um jornalismo corajoso e contundente. Junte-se a nós: www.catarse.me/jornalggn”      

Redação

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