Cubana abandona Mais Médicos e pedirá asilo ao governo brasileiro

Sugerido por Braga-BH

Do Estadão

Cubana abandona Mais Médicos e vai pedir asilo
 
Ramona Rodríguez se refugiou no gabinete da liderança do DEM depois de descobrir que ganha menos do que outros participantes do programa
 
Ricardo Della Coletta e Daiene Cardoso / BRASÍLIA – O Estado de S.Paulo

Uma cubana que se apresentou como profissional participante do programa Mais Médicos abandonou o projeto, refugiou-se ontem dentro da Câmara dos Deputados e promete pedir asilo ao governo brasileiro.

Ramona Matos Rodríguez, de 51 anos, disse ter deixado no sábado passado a cidade paraense de Pacajá, onde outros seis estrangeiros atenderiam pelo Mais Médicos, e viajou para Brasília. A médica declarou ter decidido abandonar o programa ao descobrir que o salário pago aos profissionais de outras nacionalidades era de R$ 10 mil, valor que não teria sido informado pelas autoridades cubanas.

Ontem, segundo relato de Ramona, ela decidiu contatar a liderança do Democratas na Câmara depois de falar por telefone com uma amiga em Pacajá. Esta pessoa lhe teria dito que agentes da Polícia Federal estiveram na cidade em busca de Ramona e que o telefone da cubana estava grampeado.

O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), que chegou a levar a médica cubana ao plenário da Casa para denunciar o que chamou de “uso de trabalho escravo” pelo programa, disse que Ramona vai ficar instalada no gabinete da liderança do partido enquanto o governo não deliberar sobre o pedido de asilo. Ele também colocou o espaço da liderança “à disposição” de outros médicos cubanos que queiram se asilar.

Caiado entrou no plenário surpreendendo a todos com a história e deputados do PT chegaram a acionar o Ministério da Saúde para pedir mais informações. O próprio Ministério da Saúde foi pego de surpresa e enviou assessores ao Legislativo. Mas, até as 23h de ontem, a pasta não havia se manifestado.

Natural de Havana, Ramona Matos Rodríguez disse exercer a Medicina há 27 anos, ter especialização em medicina geral integral e já ter participado de uma missão de médicos cubanos na Bolívia. Ela levou à Câmara na noite de ontem uma cópia do contrato para a sua atuação no Brasil. No documento, firmado entre Ramona e “La sociedad mercantil cubana Comercializadora de Servicios Médicos Cubanos” e com duração de três anos, a médica aceitou ganhar o equivalente a US$ 400 mensais, depositados no Brasil; outros US$ 600 seriam retidos em uma conta em Cuba. A médica cubana também alegou que recebia mais R$ 750 da prefeitura de Pacajá como auxílio alimentação e que a hospedagem era mantida pela administração municipal.

Curso. Ramona relatou ter chegado ao Brasil em outubro e ter participado, em Brasília, de um curso de capacitação do programa em suas primeiras semanas no País. Conheceu profissionais do Mais Médicos originários de locais como Argentina e Colômbia, momento em que tomou conhecimento do salário de R$ 10 mil pago pelo programa.

“Em Cuba não se falou nada sobre isso. Me senti muito mal”, relatou a médica em coletiva de imprensa na sala do DEM. Ela conta ter uma filha em Cuba e afirma temer possíveis represálias do regime castrista. 

 

Redação

56 Comentários

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  1. Mais FAKE do que isso, só o

    Mais FAKE do que isso, só o livro do Tuminha… Um refugiado procurar o DEM é como uma gazela refugiar-se do leão pedindo ajuda ao Tigre. Não fecha…

  2. A repercussão na mídia

    Hoje, as rádios mineiras deram grande espaço para o assunto com a apresentação de entrevista da médica se explicando o porquê do abandono do Mais Médicos. Fica apenas alguns questionamentos para o acontecimento:

    Se Cuba é o país que mais médicos enviou ao Brasil, o Governo Federal se preparou para episódios como este? Ou acreditava piamente que não haveria nenhuma deserção?

    Já que o problema era o dinheiro recebido para sobreviver nos cafundós do Pará, não havia possibilidade de negociação?

    E por último, porque ela procurou justamente um Deputado da oposição que meteu o pau no Mais Médicos o tempo todo tendo nenle seu anjo da guarda.

    Como diria a Cristiana, depois de tudo que vimos ano passado na aceitação, julgamento, penas e cumprimento de sentenças na AP 470, podemos por as barbas de molho porquê já acredito em tudo!!!

    1. > E por último, porque ela

      > E por último, porque ela procurou justamente um Deputado da oposição que meteu o pau no Mais Médicos o tempo todo tendo nenle seu anjo da guarda.

      E o amigo queria que ela procurasse quem? Um deputado do PT?

    2. Ela veio como voluntária, sabendo quanto ia ganhar

      Se os outros ganham mais, isso nao importa, ela aceitou as condiçoes. Mas veio só querendo ir para Miami… 

      Ganhar menos que outros nunca foi motivo para asilo. Ela que consiga visto dos EUA, ou que volte para Cuba. Nao vai causar um problema diplomático porque quer se encontrar com o namorado… 

  3. Uma figura de pensamento escravocrata se achando abolicionista..

    Deu agora na Grobo que segundo o Caiado do partido Escravocratas[sic “democratas”kikikikiki] vai se asilar na Terra do Tio Sam, e vc Caiado não vai soltar os escravos da sua fazenda não

    1. Há escravos nas fazendas do

      Há escravos nas fazendas do Caiado? Vou encaminhar uma mensagem ao e-mail do Deputado cobrando-lhe explicações quanto a isso, é realmente um absurdo um deputado usar trabalho escravo. Inaceitável. Vou citar como fonte da informação essa sua mensagem e da usuária Arthemisia. Certamente vocês têm provas do crime do qual acusam o deputado. Até porque sabem que é crime imputar crime a alguém sem provas e não fariam isso justamente contra um congressista.

  4. Nem os terceirizados do

    Nem os terceirizados do Brasil recebem um percentual tão pequeno do que é pago ao terceirizador…

    Se um trabalhador tercerizado receber R$ 900,00 por mês, seu terceirizador não pode cobrar R$ 10.000,00 do cliente.

    Ou será que é “ajuda” ao terceirizador?

    1. Tá ruim de Matemática, hem?

      Desde quando $400,00 + $600,00 + $750 dá 10% de R$10.000,00? Nao sabe a diferença entre dólares e reais nao? 

      Claro que sabe, está só trollando, merecendo seu salário. Bah! 

  5. Apareceu a verdade

    Apareceu a verdade: a Dra. Ramona montou uma farsa para encontrar namorado em Miami

    6 de fevereiro de 2014 | 07:53 Autor: Fernando Brito

    miami

     

    A Dra. Ramona Matos Rodrigues tem o direito de querer viver com o namorado em Miami.

    Isso é um problema dela com as autoridades de seu país e não nos cabe, a brasileiros, darmos palpite sobre as regras cubanas de emigração, que, atualmente, só restringem a saída de médicos, cientistas e militares. Os Estados Unidos restringem a entrada em seu país e que, volta e meia, vemos cenas dantescas de  dezenas de “chicanos” mortos ocultos em vagões de trem para tentar entrar no “eldorado” americano e ninguém diz que, com isso, ferem a liberdade de ir e vir.

    Mas a Dra. Ramona não tem o direito de ilaquear a boa-fé do povo brasileiro montando uma história farsesca sobre as razões de sua tentativa de fuga para Miami.

    A Folha, hoje, revela o suficiente da história para que compreendamos que, como disse Janio de Freitas, esta história “vá dar rumba”.

    A Dra. Ramona se aproveitou da simpatia que lhe teve uma senhora, prestadora de serviços ao “Mais Médicos” para encontrar acolhida em Brasília. Dizia sentir-se só e foi recebida por ela em sua casa, num rasgo de solidariedade.

    Depois de um final de semana, como planejado, foi à embaixada americana pedir para ser “abduzida” àquele país, para surpresa da amiga que, então, disse que para isso sua casa não era abrigo.

    Então a Dra. Ramona montou sua pequena farsa, com a ajuda providencial do deputado Caiado, que critica a “escravidão médica” de Cuba, mas é contra a abolição da escravatura “de peão” proposta na PEC do trabalho escravo.

    Aí veio a cantilena sobre o “fui enganada”, etc, etc, etc…

    A Dra. Ramona usou o congresso e a imprensa brasileira como palco e platéia de seu “teatro”, sem nenhum pudor.

    E os usou porque sabe que, neste país, existe um sistema de comunicação que a transformaria em “heroína” quando é apenas uma pessoa que mente por seus interesses, em lugar de proclamar e lutar por seus direitos abertamente.

    O que, no Brasil, ninguém duvida, poderia ter feito.

    Mas a Dra. Ramona foi contratada por nosso país para atender doentes, não para se portar como uma transtornada – que seja, concedamos a generosa possibilidade – por um amor na Flórida que a leve a mentir na sede do parlamento, diante de toda a imprensa.

    Porque, para esta fila de “vistos” americanos, tem muito brasileiro na frente dela, que sequer vai receber os gordos subsídios que o Governo americano dá aos médicos cubanos dispostos a expatriar-se.

    Ao contrário, se pagassem metade do que paga o Mais Médicos, muitos médicos brasileiros estariam nessa fila, porque Miami. para eles, é lugar de gente.

    Pacajás, no Pará, não.

    Aliás, nada impediria o namorado da Dra. Ramona, se é tão grande este amor, vir para cá.

    Talvez o que o impeça seja, apenas, Miami.

    Mas isso é um problema privado do casal.

    E esse é o pecado imperdoável da Dra. Ramona: transformar os seus quereres pessoais em um caso político em país alheio.

    PS. Desde ontem, no início da tarde, havia essa informação. Como não havia confirmação, não publicamos. Correr o risco da mentira era agir sem dignidade. Coisa que a Dra. Ramona não fez com a opinião pública brasileira.

    1. > Isso é um problema dela com

      > Isso é um problema dela com as autoridades de seu país e não nos cabe, a brasileiros, darmos palpite sobre as regras cubanas de emigração (…)

      Ah, sim. Claro que não. A nós brasilieros só cabe dar palpite (e, mais do que isso, tomar atitudes) em como a Suprema Corte de Honduras interpreta a Constituição do país. Ou às condições que o Congresso do Paraguai considera adqueadas para o impeachment de um presente. Às regras de emigração de Cuba, ou a qualquer regra ou lei de Cuba, não nos cabe dar palpite e muito menos tomar alguma ação.

      1.  
        Se há escravos na(s)

         

        Se há escravos na(s) fazenda(s) desse indiv[íduo não sei, sei que Caiado votou CONTRA a PEC do Trabalho Escravo que permitiria punir escravizadores até com a perda de propriedade do latifúndio base de escravatura.

        1. Criticar um voto do deputado

          Criticar um voto do deputado é muito diferente de acusá-lo de algo que é tipificado como crime. Na área de comentários deste blog come solta a prática dos crimes de calúnia e difamação contra políticos da oposição e comentaristas não alinhados com o petismo. Que no final podem acabar prejudicando é o jornalista dono do blog, não as Arthemisias e os Zés Não sei das Quantas. Denunciei os comentários.

          1. Eu nem mesmo sei o que

            Eu nem mesmo sei o que significa “denunciar” o comentário. Mas se você achou correto fazê-lo, tudo bem.

            Certamente não tenho provas e nem abri nenhum inquérito para investigar denúncias de trabalho escravo contra Ronaldo Caiado; mas as denúncias informais sempre existiram, tanto dos movimentos de trabalhadores rurais, quanto de partidos de esquerda. Você pode querer chamar isso de lenda, mas a falta de investigação oficial não necessariamente significa inocência, e vice-versa. Nem sempre os condenados pelo sistema são culpados. Denúncia oficial mesmo só tenho notícia de uma contra um primo do deputado, se não me engano em uma fazenda em Tocantins.

            De toda a forma, não quero ninguém prejudicado por minha causa. Se o dono do blog achou meu comentário impertinente e que pode oferecer brecha para um processo judicial, que seja retirado. O estranho é que o próprio Ronaldo Caiado acusa um governo de fazer trabalho escravo via Programa Mais Médicos e ninguém o processa por isso. Seria muita cara-de-pau querer acusar alguém de algo que ele mesmo faz. Mas neste país, tudo é possível.

  6. Abriram a porteira.
    Se o

    Abriram a porteira.

    Se o sujeito custa 10 mil e só recebe 1 mil.

    Com certeza vai pedir as contas  para trabalhar por conta prórpia.

    Ah mas eles são forçados a trabalhar.. Aí é escravidão não é ?

    E o pior consentida pelo nosso governo violando a constituição federal.

     

    1. Trabalhar aonde por conta

      Trabalhar aonde por conta próprio ? Ele não pode exercer medicina fora do programa. Vai voltar para casa como depois ? Apesar de sua torcida, seu desejo não vai acontecer.

    2. Nao sao forçados a trabalhar nao.

      Nao podem exercer a Medicina fora do programa Mais Médicos. Mas, pelo menos durante o prazo do visto que tenham, podem ser garçons/garçonetes, vendedores, até atendentes médicos. E depois do prazo do visto expirar, sair do país, claro. 

    1. E também a população

      E também a população beneficiada pelo atendimento dos médicos.

      Engraçado, parece que prefere torcer contra um programa que auxilia milhares de pessoas que não possuiam atendimento médico simplesmente para a política governamental dar errado e talvez o seu candidato tenha melhor sorte na eleição.

      Na minha opinião é um erro absurdo da oposição ficar contra esse programa. É excelente a um custo baixo. Qual outra forma de se conseguir tantos médicos – mão-de-obra caríssima – em tão pouco tempo ? O grande erro desse programa foi a demora em ser implementado. Deveria estar funcionando há 10, 15 anos. Para o bem do País.

      A oposição deveria se preocupar em fazer as críticas aos erros do Governo, que são vários, e não crítica as acertos e aos bons programas.

      Ainda, segundo informações do ministério da saúde, de um total de 5.300 médicos cubanos, apenas 22 desistiram do programa por motivos variados. Veja que apesar da torcida de voces, dá menos de 0,5%.

       

      1. > Na minha opinião é um erro

        > Na minha opinião é um erro absurdo da oposição ficar contra esse programa. É excelente a um custo baixo. Qual outra forma de se conseguir tantos médicos – mão-de-obra caríssima – em tão pouco tempo ?

        Com todo respeito que você merece e que sempre demonstrou merecer, Daniel… pensou antes de escrever isso? Se você, particular, for um empresário e tentar contratar profissionais para trabalhar na sua empresa nas condições em que o governo federal contratou esses cubanos, a Justiça do Trabalho já estaria atracada na sua jugular. E sindicatos e simpatizantes do PT — se não próceres do próprio partido — estariam a acusá-lo de  trabalho escravo.

        Caro Daniel, nada impediria o programa de estar funcionando normalmente, com os salários (não bolsa-formação, salário; a médica em questão tem 27 ANOS de experiência e recebe uma merreca a título de remuneração) sendo pagos diretamente aos profissionais, que teriam seus direitos trabalhistas, garantidos a todos os trabalhadores brasileiros, respeitados. Por que não é assim? Essa é a resposta que deveria estar sendo cobrada do senhor Padilha, futuro governador de São Paulo.

        1. Caro Veiga, as situações são

          Caro Veiga, as situações são diferentes. Mesmo no caso privado existem teiceirizadas de mão-de-obra, e pode sim ocorrer de profissionais recebem menos mesmo atuando nas mesmas condições. Mas isso nem é o caso.

          O contrato é feito diretamente com Cuba ou algo similar.

          Com todo o respeito, mas voce está sendo ingenuo neste último parágrafo. TUDO impediria o programa de funcionar se o Governo quisesse contratar os médicos cubanos diretamente. O programa seria inviabilizado, simplesmente. Na verdade, no fundo é isso que querem, a grande maioria dos que fazem essa crítica.  Isso fica evidente quando se ve que a GRANDE maioria dos médicos do programa são médicos cubanos que vieram juntos. O programa fica  inviável se voce contrata médicos a conta-gotas. Tem um ou outro de outro País e milhares de Cuba. Por que será ? Óbvio, pelas especificidade de Cuba, que forma muito mais médicos do que necessita, além de seu regime político e economico. Que não é problema do Brasil, diga-se de passagem.

          Não cabe ao Brasil dizer o que outros países devem fazer. Se estão nos oferencendo médicos dispostos a trabalhar, ótimo. Se o contrato é celebrado diretamente com Cuba ou outra organização por exigência deles, assim como é feito em outros países, não é problema nosso. As regras do jogo são essas. A outra opção é não fazer o programa e deixar a população sem médicos por mais tempo.

          Aliás, o programa seria inviabilizado da mesma maneira se fosse exigido a todos o revalida. Que evidentemente é uma prova complexa, com o objetivo de barrar a grande maioria de profissionais de atuarem no País. Isso em um contexto aonde faltam médicos no nosso País. Um verdadeiro absurdo.

          Essa crítica carrega um tom moralista e pior, moralista seletivo e não leva a lugar nenhum. A oposição deveria é defender e dizer que iria aprimorar os bons programas que o Governo faz. Ora, seria muito mais prudente se a oposição fizesse o seguinte discurso: O programa é muito bom, mas o Governo demorou muito a implementá-lo, além do que, não ofereceu condições de novas formações de médicos nesse periodo. Nós vamos aprimorar esse programa “mais médicos”, e aos poucos, no momento certo, vamos ir trocando os médicos cujos contratos forem acabando por médicos brasileiros. Algo do tipo. É a crítica construtiva e colaborativa.

          1. > Caro Veiga, as situações

            > Caro Veiga, as situações são diferentes.

            Caro Daniel, até aí você só redescobriu a pólvora. Uma coisa só é igual a ela mesma. A diferença importante aqui, contudo, é unicamente quem é o contratante: o Estado brasileiro contrata profissionais que recebem uma mixaria (segundo a médica desertora, que ainda não foi contestada quanto a esses valores, cerca de mil e poucos reais por mês) ao arrepio da nossa legislação trabalhista. Alega a necessidade de fazê-lo, pela falta de médicos. Ou seja, se há “necessidade” e sendo o Estado parte interessada, foda-se a CLT. E a justiça do trabalho, aquela que persegue empresas que contratam profissionais como PJs (ganhando MUITO MAIS do que 1000 Reais por mês) se calou vergonhosamente.

            > TUDO impediria o programa de funcionar se o Governo quisesse contratar os médicos cubanos diretamente.

            Há argentinos, espanhóis e outros. Em menor número, mas há. Foram contratados junto aos governos da Argentina, Espanha, etc? Mas você tergiversa. A questão não é nem contratá-los diretamente ou por meio de uma organização (desde que a organização esteja instituída no Brasil conforme a NOSSA legislação). É garantir a esses profissionais o que qualquer trabalhador tem direito no nosso país. E isso poderia ser feito, ainda que o regime fosse de terceirização. Em que isso inviabilizaria o programa? Tornando-o mais caro?

            Me assusta ver gente se escandalizando que tão poucos médicos brasileiros (e estrangeiros) tenham aceitado trabalhar nas condições profissionalmente aviltantes do Mais Médicos. Só vindo mesmo de um país onde ter um carro velho ou um computador da década de 1990 é um luxo pra aceitar tais condições.

            > O contrato é feito diretamente com Cuba ou algo similar.

            Sim, Daniel. E daí? Tente o empresário fazer um contrato similar diretamente com Cuba, pra ver se a justiça do trabalho deixa. No Brasil, temos a nossa legislação trabalhista. Se o profissional trabalha aqui, é ela que vale, não a de Cuba, qualquer que seja.

            > Não cabe ao Brasil dizer o que outros países devem fazer.

            Não cabe ao Brasil dizer o que outros países devem fazer com os profissionais que trabalham… lá nos outros países. Aqui dentro, sim, cabe ao Brasil dizer em que condições esses profissionais podem trabalhar aqui.

            > Essa crítica carrega um tom moralista (…)

            Crítica moral e moralista não é a mesma coisa. Acusar de moralista uma crítica de base moral é o lugar-comum de quem, no fundo, não acredita que haja mesmo essa tal de moralidade (e, por conseguinte, nada é imoral tampouco). Mas nem de moral estou falando. Falo de ilegalidade mesmo. Flagrante. Exposta como uma fratura.

            Sabe o que mais? Vou abrir uma empresa e alugar um lote de engenheiros cubanos. Vou pagar bolsa-formação pra eles e fazê-los trabalhar 12, 14 horas por dia. Vou colocar isso no meu acordo com o governo cubano, que não está obrigado a obedecer a CLT, mesmo que esses profissionais trabalhem no Brasil.

            Se o Estado pode explorar o trabalho de estrangeiros, porque eu, o particular, não posso? Ou exploração do trabalho de estrangeiros só é aceitável se for por uma, hum, boa causa (o que o lucro não seria)?

          2. Daniel, se a intenção do

            Daniel, se a intenção do governo era preencher tais vagas porque a presidente Dilma vetou a carreira de estado para médico do SUS ? Você concorda que o dinheiro de contribuintes de um país supostamente democrático financie uma ditadura ? 

  7. Errou o endereço

    O namorado esta em Miami.

    Deveria ir pedir asilo na Embaixada dos EUA, tai o endereço para não se perder : SES – Av. das Nações, Quadra 801, Lote 03 ,70403-900 – Brasília, DF.

    Facil de achar, pede para qualquer taxista no Plano Piloto que ele te deixa lá, não necessita “ajuda” do nobre parlamentar do DEM..

  8. Caro Nassif e demais
    Por

    Caro Nassif e demais

    Por falar em médicos cubanos, quantos pacientes já foram atendidos por eles? Quantas vidas já foram salvas com a vinda deles?

    Ah, desculpe, isso é insignificante, o interessante é falar da saída de uma médica, quando isso muitas deles retornaram a seu país, sem passar pelo Caiado e pela espetacularização midiátiaca anti PT.

    Ela procura liberdade junto ao Caiado?!?!

    Ela está decepcionada com o salário, ninguém melhor do que trabalhar nas fazendas do Caiado.

    Tem coisa que não fecha. Quando isso acontecer, o estrago junto ao povo, já estará feito.

    Saudações

  9. Ideologia é um negócio que

    Ideologia é um negócio que cega mais do paixão por time de futebol. O torcedor de futebol ama o seu clube e ao mesmo tempo o critica duramente. Na política, ao contrário, parece que a escolha de um lado implica necessariamente na adesão incondicional a tudo de bom ou ruim que aqueles que estão do seu lado fazem. Pra mim ser de esquerda ou centro-esquerda e criticar o regime castrista não são coisas excludentes. Não vou aqui questionar as razões pessoais da médica para sua deserção. O fundamental de tudo isso são essas leis atrasadas do governo cubano que ainda perduram. Será que os inúmeros atletas de ponta que desertaram ao longo dos anos não serviram de lição? 

  10. Leitores do “tio rei”

    Entramos em ano eleitoral e várias bombas já começaram a cair numa guerra cuja consequência, como todas as guerras, é destruir tudo, desde que se destrua também os inimigos. Deflagrada a guerra, vejo que um batalhão de leitores (aqueles duzentos comentaristas mais frequentes) e admiradores – por terem a amesma virose – do “tio rei” estão infestando este blog com o seu mal cheiro característico. Ultimamente, o blog está superlotado de trolls, e ler os comentários se tornou um grande sacrifício, porque não tenho fraco pra cheiro de esgoto.

      1. Nada disso

        O André Araújo tem posiçoes a meu ver horrorosas. Mas nao é um troll. 

        Troll é quem infesta um espaço com a intençao clara de inviabilizar as discussoes, metendo os mesmos chavoes em todos os assuntos. Leônidas e Aliança Liberal sao capazes de meter Cuba e Venezuela até em tópicos sobre receitas. 

        A Direita brasileira já se tocou que os blogs progressistas sao o maior antídoto ao PIG, e está procurando desmontá-los, enchendo-os de trolls, de modo a desanimar possíveis leitores. Simples assim 

    1. Caro Niguém – (parece ironia,

      Caro Niguém – (parece ironia, mas lembra do Ciclope antes ter seu olho único perfurado, e ele gritando, que ninguém lhe furou o olho, ante os demais atônitos)

       Boa sua comparação. Gostei.

      Quem sabe alguns poderia fazer um levantamento sobre o Caiado e demais apoiadores.

      Saudações

    2. Não sei no seu dicionário,

      Não sei no seu dicionário, mas quando uma instiuição ou uma pessoa se apropria do produto do trabalho de outra pessoa à força (como faz o Estado Cubano) é sim escravidão e do pior tipo. Não tem essa falácia de economia planificada. Nem livres pra deixar aquele país os cidadãos cubanos são.

      1. “quando uma instiuição ou uma

        “quando uma instiuição ou uma pessoa se apropria do produto do trabalho de outra pessoa à força (como faz o Estado Cubano) é sim escravidão e do pior tipo”

         

        Já ouviu falar em Plano de Saúde?

      2. Capitalismo virou significado de escravidão…

        “quando uma instiuição ou uma pessoa se apropria do produto do trabalho de outra pessoa à força”…

        Isto é capitalismo, acordou parabéns!!!

  11. Os pelegos estao todos

    Os pelegos estao todos alvoroçados falando absurdos para defender algo mais absurdo ainda que é a ditadura Cubana

    O errado é sempre o pobre cidadao cubano nunca os sem vergonhas que mantem o povo no julgo politico escolhido por eles

    Impressionte

    Obs: obvio que ela procuraria um politico da oposiçao

    se fosse do PT prenderia ela ate a chegada de um aviao venezuelano…rs

  12. O Sepulcro Caiado

    O Sepulcro Caiado escravagista

    As justificativas do Ronaldo Sepulcro Caiado para votar contra a PEC do Trabalho Escravo

    Podemos ver que além de coronelista escravocrata, ele é mentiroso contumaz e simula uma cultura que não tem.

    1) Problema de ter votado por traição de acordo do PT uma ova: eles declararam à época que não votaram por discordar da definição de trabalho análogo à escravidão; quando se apertava para dizerem então, vinham e diziam que não tem como dar uma definição correta

    2) Vários parlamentares de partidos diversos votaram a favor, do PSDB, etc. Então todos traíram, menos os escravocratas?

    3) A Constituição já versa sobre o direito pleno à defesa; não precisa dizer caso a caso que precisa em todas as tipificações criminais. Ela é o normativo legal maior prescrito em todos os casos.

    4) Ele não observou isto ao colocar um juiz capanga para censurar o livro do Fernando de Morais “Na Toca dos Leões”, sobre a W/Brasil que aponta a demofobia do Caiado, em que o Fernando não pode se pronunciar nem se defender no processo, e de cara veio condenado a pagar multas a partir de R$50.000,00 para cada vez que expressar alguma queixa com a decisão publicamente. Todos os livros foram recolhidos nas livrarias e editoras. Mas depois com mobilizações da sociedade civil conseguiu se defender.

    5) Mas existe o que conhecemos como flagrante; pessoas são presas em flagrante, autuadas em flagrante, etc. Elas podem recorrer nos termos da justiça, mas flagrante é flagrante. E o que ele quer é uma exceção, que no crime de trabalho análogo à escravidão, não exista consequências do flagrante.

    6) Outra vez ele mostra-se desonrado: eu queria um cara-a-cara com ele sobre isso da família Caiado não ter envolvimento com a escravidão no período abolicionista: há fartas publicações, como uma tese muito elogiada do prof. Allysson Fernandes feita na UNB, pesquisando a cidade de Goiás, sobre as condições da escravidão lá em toda a década de 60, com vários Caiados aparecendo nos documentos de registro em cartório (e o que não era registrado então para fugir das leis antecessoras da Áurea?). Confira aqui também.

    7) E farta documentação, como tantas elencadas por Claudinei Vaz Cardoso e outros mais, sobre a escravidão em Goiás na década de 80, inclusive as que tratam do movimento abolicionista aqui, que estava ativo no estado na época – para quê estaria se não tivesse mais escravos? Engraçado que até no portal do governo de Goiás tem “Quando foi promulgada a Lei Áurea, havia aproximadamente quatro mil escravos em Goiás.”

    8) Além do fato de que diversos fazendeiros dispensaram escravos porque já estava mais caro bancar escravidão do que explorar e extorquir trabalhadores pagando menos do que se gastava com os escravos. Basta ver que a nossa caserna “republicana” era mais conservadora do que a casa monárquica de então, muito mais.

    9) Por fim, esse escravocrata não se explicou, justificou, mas deu um vexame que fez ficar pior do que antes. Tentou usar o macete do “mensalão”: o ódio e decepção do brasileiro foi tão grande com este episódio, que muitos tiram o proveito e pensam que basta evocá-lo que ajuda a dar peso e fazer faler o que não tem nada a ver com ele. Ele pisoteia no caixão dos fiscais e do motorista assassinado em Unaí.

    Postado por informadordeopiniao às 17:51 
    Marcadores: Lutas Sociais, Politicagem

    http://informadordeopiniao.blogspot.com.br/2013/12/o-sepulcro-caiado-escravagista.html

  13. Já estou vendo a Ramona

    Já estou vendo a Ramona puxando manifestações contra o Mais Médicos.

    Seria ela amiga da Yonnie Sanchez, amiguinha do Suplicy?

  14. O cinismo hipócrita e cretino dos trolls e dos neoliberdíocres

    Rapaz, um programa que leva um pouco de alívio a populações desprovidas do país é combatido a ferro é fogo, pelas mais mesquinhas razões humanas e desculpas aberrantes e agora estes mesmos críticos têm uma “epifania” de “solidariedade” com UMA (curioso, não?) da(o)s médica(o)s que sempre rejeitaram ao ponto de incentivar sua má (ou não) recepção no país, é espantosa!

    Agora estão “preocupadíssimos” com a participação do médico no pagamento feito pelo governo. 

    “Revoltados” com a “escravidão” a que os outrora (e ainda, evidentemente) odiados médicos estão “submetidos”!

    Peguemos, capitalistamente, um banco como o Itau: lucro 2013 = 16 BIlhões

    Digamos que  ele tenha uns 100 mil funcionários. Isso daria uma média de 160 mil/ano (de lucro) por funcionário

    Com uma média de salários de uns 40 mil/ano (que não são pagas pelos lucros, mas pelas operações antes dele), “significa” que … os funcionários são escravos do banco! Ou não? N capitalismo naturalmente vale, certo? É parte!

    Não sabem que o contrato é com o governo cubano. Os médicos fazem parte de um programa de lá. E que é feito em várias partes do mundo, com outros países. Falar um leis trabalhistas daqui é muita cretinice!

    Parte do dinheiro fica guardado para a volta (eu fui expatriado de multinacional e além do salário que tinha lá, tinha um salário local cumulativo no Brasil. Eu disse multinacional, estrangeira.

    Mas independente destas considerações, o cinismo da falsa, cínica e oportuna solidariedade com a específica médica cubana ou as “preocupações” com a nova “escravatura” brasileira ou o total desprezo tanto pelos verdadeiros escravos que ainda existem no país por fazendeiros inescrupulosos quanto pela situação de saúde da população carente agora um pouco melhor atendida, é …

    De dar nojo!

    Blheaaaaaarghhh! Huuuooooggghhhh! Voooooommiiithhhh!

     

    1. Caro Cinicus. A alegação do

      Caro Cinicus. A alegação do governo ao lançar o Mais Médicos era enviar médicos para áreas historicamente desprovidas destes profissionais. Parecia algo nobre. No entanto tal preenchimento seria possível com a criação de uma carreira de estado p/ médico do SUS. Tal carreira porém foi VETADA pela presidente Dilma. Aí a máscara caiu…Você acha que sem concurso com carreira teríamos defensores públicos, juízes, promotores, militares, agentes dos Correios, da CAIXA, do BB, etc.. em tais áreas desprovidas ? Médico não é sacerdote, devendo ser tratado como qualquer outro profissional. Vale  lembrar que o governo petista trabalhou pelo veto à PEC 29, além da diminuição progressiva de leitos e do aparelhamento da ANS…Gostaria de sua opinião : não te incomoda ter seu dinheiro de contribuinte financiando uma ditadura como a cubana ?  

      1. Correios, Caixa e BB não têm

        Correios, Caixa e BB não têm carreiras de Estado e muito menos salários como os de juízes e promotores, mas mesmo assim eles estão no interior do país. Essa proposta seria apenas mais um golpe corporativo pra cima da sociedade. A prova disso é tanta que a tal carreira não incluiria nem os profissionais de enfermagem, sem os quais os médicos nào vivem. Daí o que aconteceria seria que apenas uma categoria em todo o complexo sistema de saúde teria um super salário para trabalhar apenas 4 horas diárias, enquanto que todos os outros profissionais de saúde ficariam carregando piano para médicos. Isso é que é proposta.

      2. A preocupação é o corporativismo, a ditadura ou o atendimento?

        Vamos “esquartejar a argumentação por partes, cirurgicamente, para não misturar. Fatos:

        1) Faltam médicos no Brasil (há poucos para a população).

        2) O pouco que existe é concentrado nas regiões mais ricas (ou menos carentes).

        3) Qualquer médico brasileiro pode participar do programa.

        Pelo acima, não me parece que haja conflito algum entre o programa e os poucos médicos brasileiros, dentre os quais mais poucos ainda se sujeitam a ir para o interior, mais árduo e menos rentável.

        4) O dinheiro não está “financiando uma ditadura” , mas dando assistência a brasileiros carentes, por um valor que aparentemente os médicos brasileiros não se interessam. Certamente, uma solução de valor e rapidez bem atrativos.

        5) Não posso falar muito de “carreira” (10 mil mais benefícios para começar uma carreira, depois independente, não me parece mal), do veto a PEC 29, etc., mas sei que :

        5.1) Este mesmo congresso cortou a CPMF e tem uma intenção velada de sangrar a capacidade orçamentária do governo (criar despesas sem receitas, exceto para os “sagrados juros”).

        5.2) O mesmo congresso que o criou em outro governo (FHC) e causou a demissão de um médico sério (Jatene), porque o imposto não foi (irregular e ilegalmente) aplicado na saúde. Pelo menos este governo (pós FHC) o aplicava na saúde.

        Entendo também que o pré-sal irá suprir uma parte da necessidade da saúde (e da educação), mas sei (de fato) que:

        6) A área de saúde pública é uma das mais corruptas do país (equipamentos, suprimentos, falsificações, etc.). Portanto, a aplicação direta de recursos para pagamento de médicos efetivamente alocados e dando atendimento, pelo menos me parece inteligente e eficaz.

        7) De resto, sei que há muita “fartura” (“fartam” leitos, hospitais, equipamentos, etc.). Mas lutar contra qualquer solução, ainda que parcial, mas que melhore os resultados, me parece um contra-senso total e absurdo.

        Este é o papel de governos de sociedades como a nossa, onde a parte melhor resolvida quer que a restante “se exploda”, desde que seus interesse sejam resolvidos.

        Eu, se fosse médico e não tivesse condições de abrir meu consultório, clinica ou outro trabalho rentável (particular, em hospital, etc.) não descartaria começar pelo interior com uns 10 paus (mais benefícios) e fazer meu nome por lá ou para voltar a um grande centro (como particular).

        Porque só se houver “carreira”? Afinal uma hora queremos capitalismo, concorrência e mercado? Mas se possível com um dinheirinho publico e garantido, certo? E que dê tempo de bater o ponto (ou que batam) e faturar um por fora e depois fechar o ponto (que transtorno, esse negócio de ponto, né?). E não estou insinuando que é seu caso, pois vc me pareceu educado e sério.

        Mas o fato é que eu estou bem mais preocupado com a carência de um paciente enfermo do que com a carreira de um médico. Não por desprezo, pelo contrário: por admiração e respeito. Afinal ele já tem muito mais capacidade, competência e oportunidade do que seus (pobres) pacientes para resolver a sua vida, não é mesmo?

        Enfim, se vc é médico, boa sorte e leve meu respeito como tal.

         

        (*) sim, Cuba é uma ditadura, espero que deixe de sê-lo o mais rápido possível. Mmas não é do tipo mafiosa-sanguinário-exploratória de seu povo, como a anterior, apoiada e patrocinada pelos vizinhos, pois iesta nveste na sua gente, que tem índices humanos muito bons, alguns de “primeiro mundo”.

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