O Ministério da Saúde anunciou que mais 625 municípios brasileiros receberão a vacina contra a dengue a partir desta sexta-feira (26). As cidades contempladas estão localizadas nos estados de Alagoas, Ceará, Sergipe, Rio Grande do Sul, Piauí e Mato Grosso.
De acordo com a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente da pasta, Ethel Maciel, as novas regiões foram definidas a partir de uma lista de prioridades feita no início do ano. Com isso, 1.330 cidades, em 25 unidades da federação, passam a contar com o imunizante.
Segundo dados da última terça-feira (23), desde o início da distribuição, 1.682.139 doses de vacinas foram enviadas aos Estados. Desse total, 48,19% das doses foram aplicadas, mostram os registros de aplicação.
Até o momento, este mês, 117.530 doses de vacinas foram aplicadas, o que representa uma redução de quase 75% em comparação ao mês de março, quando 463.481 doses foram utilizadas. O ministério diz, no entanto, que a baixa pode estar relacionada ao atraso no registro da aplicação pelos municípios.
A partir da ampliação da vacinação, o governo alertou também que já se prepara para um novo aumento de casos de dengue, a partir de novembro. Mas, de acordo com Ethel, assim como houve uma antecipação no pico de casos neste ano, é possível que isso ocorra novamente.
“Apesar de estarmos numa tendência de queda e estabilização em diversos estados, precisamos deixar claro que muitas pessoas ainda vão ficar doentes, mas podemos evitar muitos óbitos“, disse a secretária, durante coletiva de imprensa, em Brasília.
Vale lembrar que, atualmente, pessoas de 6 a 16 anos podem ter acesso às doses. Antes, a faixa era de 10 a 14 anos.
Casos
Ao todo, o Brasil soma 3.852.901 casos prováveis da doença, segundo os dados do painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde, atualizado na última quarta-feira.
Já o número de mortes confirmadas é de 1.702, sendo que 2.216 casos ainda estão em investigação no país. Infelizmente, os registros de óbitos em decorrência da dengue nesses primeiros quatro meses de 2024 bateram o recorde do século.
Desde janeiro, nove Estados e o Distrito Federal (DF) já decretaram situação de emergência por causa da doença, que tem afetado mais as mulheres, que contabiliza 52,5% das ocorrências prováveis, contra 44,8% dos homens. No geral, a faixa etária mais afetada é dos 20 aos 29 anos.
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