Para cobrir cubanos, Brasil perde 34% dos médicos da Saúde da Família

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto Araquém Alcântara
 
 
Jornal GGN – O presidente eleito Jair Bolsonaro comemorou o edital do Mais Médicos após a saída dos cubanos como se a questão tivesse sido resolvida pela adesão de 8,3 mil profissionais com diplomas validados no Brasil. Mas dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta quinta (29) indicam que para cobrir o buraco no Mais Médicos, o governo criou outro no programa Saúde da Família. 
 
É que dos 8,3 mil médicos já selecionados para o programa Mais Médicos, para compensar a saída dos cubanos após a eleição de Bolsonaro, 34% são do programa Saúde da Família e estão “migrando” de olho nas “vantagens” do Mais Médicos. É o que afirma o jornal O Globo.
 
No total são pouco mais de 2,8 mil médicos do programa Saúde da Família que estão deixando suas bases. O número, pelos relatos do diário, pode aumentar porque ele foi calculado quando a base do Ministério da Saúde dispunha de 7,2 mil dos 8,3 mil cadastrados pelo edital do Mais Médicos.
 
Até o momento, o edital preencheu 97% das vagas deixadas por cubanos. Mas menos de 3% dos profissionais selecionados começaram a trabalhar.
 
Dos cerca de 230 médicos que se apresentaram para trabalhar, metade escolheu cidades do Sudeste, sendo 84 delas paulistas ou mineiras, informa o El País.
 
“Sete Estados ainda não receberam nenhum profissional selecionado: Alagoas, Amazonas, Amapá, Maranhão, Rio Grande do Norte, Sergipe e Piauí. Os Estados da Bahia e do Ceará foram os que tiveram mais municípios de extrema pobreza escolhidos pelos médicos que se apresentaram para ocupar os postos, com oito e cinco cidades, respectivamente.”
 
Além do índice pequeno de médicos de prontidão, o Ministério da Saúde teme desistências de última hora e, por isso, começou um mutirão de ligações para os médicos.
 
De acordo com o El País, 21% das cidades escolhidas pelos médicos com diploma validado no Brasil são de considerada de extrema pobreza. Quase 30% são regiões metropolitanas ou capitais. “Até agora, apenas um dos 34 Distritos Sanitário Especial Indígena (DSEI) recebeu médico brasileiro, na Paraíba”, anotou o veículo.
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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