Confronto entre civis e policiais provoca intervenção em cidade dos EUA

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Os conflitos entre civis e policiais após a morte de um adolescente negro em Ferguson, nos Estados Unidos, levou o governador de Missouri a intervir no local. A segurança passará a ser feita pelos policiais do Estado, em função dos confrontos registrados no município há quatro dias. A ira da população foi despertada pelo assassinato do jovem Michael Brown por um oficial. Barack Obama pediu contenção na força policial.

Enviado por Assis Ribeiro

Polícia assumirá controle de cidade dos EUA após 4 noites de violência

Da BBC

A polícia do Estado de Missouri irá assumir o controle de segurança da cidade de Ferguson, nos Estados Unidos, depois de seguidas noites de violência, disse o governador.

Nas últimas quatro noites, a polícia local entrou em confronto com manifestantes revoltados com o assassinato do adolescente negro Michael Brown por um policial.

Diante dos confrontos, o governador Jay Nixon anunciou que a polícia estadual iria intervir. O presidente Barack Obama pediu à polícia para não usar “força excessiva”.

Segundo o governo, as cenas dos distúrbios dos últimos dias se assemelhavam a uma “zona de guerra”. “Nós teremos que recuperar a confiança”, disse.

O capitão da polícia do Estado de Missouri Ron Johnson chefiará o policiamento, disse Nixon.

Tensão

A tensão em Ferguson foi provocada pela morte de Michael Brown, de 18 anos, na tarde de sábado, por um policial.

Os detalhes sobre o incidente foram contestados pela polícia, mas testemunhas disseram que o adolescente estava desarmado e com os braços erguidos quando foi baleado várias vezes por um policial.

A versão da polícia é diferente. A instituição disse que houve luta e que o policial sofreu ferimentos faciais.

As autoridades ainda não divulgaram o nome do policial, dizendo que estavam preocupados que a vida dele e da família pudesse estar em perigo.

Essa decisão provocou a ira da comunidade negra de Ferguson e destacou o desequilíbrio racial entre a população e a polícia. Os negros são 67% da população da cidade, enquanto 94% dos polícias são brancos.

Na quarta-feira à noite, a cidade viveu mais um dia de protestos violentos. A polícia local disparou gás lacrimogêneo contra os manifestantes, que ignoraram uma ordem para dispersar.

Várias pessoas foram presas, entre elas dois jornalistas que disseram terem sido agredidos antes de serem liberados.

Em entrevista, Obama disse que não havia “justificativa” para a polícia de usar força excessiva contra manifestantes pacíficos.

Obama também reconheceu a que a polícia enfrentou violência policial e atitudes criminosas desde a morte de Brown.

O presidente ameriano prometeu uma investigação completa pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos sobre a morte do adolescente, e o FBI abriu inquérito próprio.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

4 Comentários

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  1. A mesma polícia que prendeu

    A mesma polícia que prendeu os jornalistas Wesley Lowery do Washington Post e Ryan J. Reilly do Huffington Post por estarem fazendo a cobertura e filmando as atrocidades dos policiais.

    Alguns ainda não perceberam que está ocorrendo pelo mundo um acirramento do estado contra a população.

    Acima do limite, o estado sempre perde essa disputa.

    Tempos que prometem avanços na democracia mesmo com dores para os “rebeldes”, a história demonstra e muito devemos a eles.

    Os conservadores torcem o nariz contra eles e são os primeiros que se aproveitam dos avanços.

  2. copiar e colar
    Na America que tem sua copia aqui,a manutenção de privilegios,a cultura do odio formentada por decadas,tratamento desiguais.O copo da tensão fica cheio e basta mais um fato(e este foi um grave) para entornar o copo.Por enquanto ainda nã contaminou o resto do país,mas pode vir a acontecer conforme a repressão aos protestos,e se com isso aparecer vitimas,e apenas feridas.Aqui em uma escala menor,mas infelizmente tem crescido o ódio,que estava circuncrito na rede,mas comeca aos poucos a ir as ruas,como no caso dos medicos cubanos.Mas graças,por enquanto é um minoria da população.Mas o que aconteceu aqui no ano passado deveria servir de alerta para a direita brasileira que anseia voltar ao poder e reestabeler seus privilegios,servir ao mercado,implantar medidas impoulares,desemprego,arrocho salarial e juros.Com a ascenção econômica de milhões,e mais esta turba de jovens que engrossaram os movimentos,sentir o que é viver como vivemos nas era Collor,Sarney,FHC ,eles enfim vão enxergar que este tipk de politica não cabe mais no Brasil.Torço para que nã tenhamos retrocessos agora nas eleições.

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