Intervenção no Rio: Zé Guimarães defende obstruir votação na Câmara

Líder da minoria orienta oposição para barrar pauta que pode perder feito em dez dias se passar do prazo  
 
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(Foto Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados)
 
Jornal GGN – O líder da minoria na Câmara, deputada José Guimarães (PT-CE), está defendendo a estratégia de obstrução da pauta de votação do decreto de intervenção militar na segurança pública do Rio de Janeiro, agendada para apreciação nesta segunda-feira (19) a partir das 19h.
 
O decreto já está em vigor, mas o Congresso tem dez dia para votar a pauta que poderá ser derrubada se não houver maioria ou se passar o prazo. Segundo informações do Estado de S.Paulo, Guimarães participou de reunião do Conselho da República com o presidente Michel Temer hoje e saiu do encontro afirmando que o decreto é fraco. Ele ainda cobrou informações sobre os recursos. “É tudo no escuro, não se tem certeza de nada”, comentou em entrevista coletiva. 
 
Essa última crítica é a mesma apontada pela deputada federal Laura Carneiro (MDB-RJ), favorável a medida e escolhida como relatora do decreto na Câmara dos Deputados que questionou ontem a ausência de um plano básico de estratégia e do detalhamento de recursos no decreto. 
 
Ainda, segundo Guimarães, durante a reunião desta manhã, um dos generais presentes apontou o fato de não existir, pelo menos ainda, no debate um plano com o Judiciário para evitar que presos em operações do Exército sejam soltos logo em seguida. O deputado também criticou o fato de o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, ter entregue suas atribuições na segurança pública. “Era melhor renunciar logo”, concluiu.
 
A oposição, mesmo que reduzida, dará trabalho para o governo submeter a pauta da intervenção para o votos dos parlamentares. Nesta tarde a bancada do PSOL protocolou um Mandado de Segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a votação do decreto de Intervenção Federal na segurança pública do Rio de Janeiro. 
 
No documento, os parlamentares liderados por Ivan Valente destacam que cabe ao Poder Judiciário “examinar a conformidade do processo legislativo com os ditamos constitucionais” indicando que a decisão federal feriu procedimentos ao assinar o decreto sem consulta prévia as entidades ligadas ao tema, como os Conselhos de Defesa Nacional, sem nem ao menos realizar uma oitiva da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. 
 
Leia também: PSOL entra com mandado de segurança contra intervenção no Rio
 
Redação

3 Comentários

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  1. Quanto melhor…
    Vamos obstruir para , juntamente com a reforma da previdência que ficará para o próximo governo, herdar as ambicionadas heranças malditas . Avante meu Brasil varonil.

  2. A intervenção foi aprovada.
    A intervenção foi aprovada. Não existe deputado na esquerda mais incompetente wuebobZe Guimarães. Quando era líder da maioria entregou de bandeja a relatoria e a a presidência da comissão de impeachment, quando pelo regulamento teria direito a uma ou outra.
    É enche a boca para falar que é “líder da minoria”.
    Com a palavra o povo do Ceará.

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