No DF, operação tartaruga vira operação padrão

Aparentemente, não há polícia mais ineficiente do que a do Distrito Federal, exceto para reivindicar aumentos de remuneração e benefícios. Volta e meia fazem movimentos constrangendo o governador, exigindo cada vez mais, talvez estimulados pelas mordomias dos Poderes da República, com os quais convivem. No momento, quando ocorre um pico de criminalidade, temos mais uma operação tartaruga. O povo que se vire com o crescimento da violência, em índice maior do que a maioria dos estados, apesar do pequeno território a ser vigiado.

A remuneração dos policiais de Brasília já é a maior entre as polícias do país, muitas com salários insuficientes para a responsabilidade e risco, mas eles pedem muito mais do que permite o orçamento. No dia de hoje, após saberem que o Judiciário proibiu a operação tartaruga, estão iniciando a “operação padrão”. Ou seja, desrespeitam e colocam em risco a sociedade e o Estado Democrático de Direito.

Políticos, da oposição ao governo, apoiam ou no mínimo se omitem nesses movimentos. Quando muda o partido no poder, os que antes eram governo passam a apoiá-los. Os governos, enfraquecidos, vão cedendo e depois, como acontece em muitos estados, apelam para aumentos de impostos para os mais fracos ou pleiteiam ajuda do governo federal.

Outros agentes públicos ou privados podem tentar se aproveitar de suas funções essenciais no funcionamento dos serviços para pleitear aumentos durante a Copa do Mundo (das companhias áreas, por exemplo).

Claro, estamos em uma democracia, movimentos reivindicatórios devem ser vistos com naturalidade. Mas como fazer quando quem reivindica tem funções com tanto poder que podem constranger a população e governos e elevar suas remunerações muito acima da média das demais?

Redação

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