Taxa de informalidade chega a 40%, segundo IBGE

Embora indicador siga abaixo do patamar pré-pandemia, 34,7 milhões de pessoas estão trabalhando por conta própria

Foto Repórter Brasil

Jornal GGN – A taxa de trabalhadores atuando de forma informal no país chegou a 40% no trimestre até maio, o que corresponde a 34,7 milhões de pessoas atuando sem carteira registrada, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

No trimestre anterior, a taxa foi de 39,6%, com 34 milhões de informais. Há um ano, a variação era de 37,6%, com 32,3 milhões de pessoas no mercado informal.

“Hoje temos 2,4 milhões de trabalhadores informais a mais do que há um ano. Contudo, se olharmos o trimestre pré-pandemia (dezembro a fevereiro de 2020), os informais somavam 38,1 milhões de pessoas a uma taxa de informalidade de 40,6%”, diz a analista do IBGE, Adriana Beringuy, em nota. “Ou seja, por mais que os informais venham aumentando sua participação na população ocupada nos últimos trimestres, o contingente ainda está num nível inferior ao que era antes da pandemia”.

Os informais são os trabalhadores sem carteira assinada (empregados do setor privado ou trabalhadores domésticos), sem CNPJ (empregadores ou empregados por conta própria) ou trabalhadores sem remuneração. Por tudo isso, o nível de ocupação (48,9%) continua abaixo de 50% desde o trimestre encerrado em maio do ano passado, o que indica que menos da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país.

Mais trabalhadores subutilizados e desalentados

Já o contingente de pessoas subutilizadas, que são aquelas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas ou na força de trabalho potencial, foi de 32,9 milhões no trimestre até maio. A taxa composta de subutilização também ficou estável (29,3%) em relação ao trimestre anterior (29,2%).

Os trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas atingiu 7,4 milhões, um aumento de 6,8%, com mais 469 mil pessoas. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior esse indicador subiu 27,2%, quando 5,8 milhões de pessoas estavam subocupadas no país.

Os desalentados, que desistiram de procurar trabalho devido às condições estruturais do mercado, somaram 5,7 milhões de pessoas, patamar estável ante o trimestre anterior, mas 5,5% acima do visto em 2020 (5,4 milhões).

Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador