
A cidade de São Paulo viveu nesta terça-feira (1º/2) uma tragédia repetida: uma enorme cratera se formou em um local próximo à Marginal Tietê, entre as pontes do Piqueri e da Freguesia do Ó.
Segundo as primeiras informações oficiais, publicadas pela página da TV Cultura, o afundamento do piso no local foi resultado do rompimento de uma coletora de esgoto da Sabesp, provocado pelas escavações relativas à obra da Linha 6 (Laranja), do Metrô de São Paulo.
Ainda não há maiores informações sobre o tamanho da cratera, e se ela pode continuar crescendo – ao menos três pistas da Marginal Tietê permanecem interditadas desde a manhã desta terça, sob risco de desmoronamento. Tampouco se sabe sobre possíveis mortos ou feridos provocados pelo acidente.
As obras da Linha 6 do Metrô seriam um dos trunfos de campanha de João Doria, seja para uma eventual campanha presidencial como candidato do PSDB, ou sua tentativa de se reeleger para o governo estadual, para manter a hegemonia do partido em São Paulo, que já dura 28 anos.
O governador realizou vídeos mostrando o início das obras e prometia a entrega das primeiras estações para 2023.
Cratera de 2007
As reportagens sobre o acidente em diversos meios de comunicação mostram uma imagem semelhante ao de outra tragédia praticamente idêntica: no dia 12 de janeiro de 2007, também se formou uma enorme cratera em um local próximo à Marginal Pinheiros, que chegou a alcançar 80 metros de diâmetro.
A causa daquele desmoronamento foi a mesma: obras do Metrô de São Paulo – no local, atualmente, está a Estação Pinheiros, da Linha 4 (Amarela).
O governo estadual paulista naquele então também era do PSDB. Segundo a edição do dia seguinte do Estadão, o governador de São Paulo – na época, José Serra – declarou que “olhando daqui parecem carrinhos de brinquedo”, em referência a como o desmoronamento engoliu veículos próximos e pessoas que caminhavam pelo local.
Aquela primeira cratera provocou a morte de sete pessoas. Apenas uma delas era um trabalhador das obras do Metrô. As outras seis vítimas eram transeuntes que tiveram o azar de estar passando pelo local justamente naquele momento.
Em 2016, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) anunciou a sentença definitiva do caso, e absolveu todos os 12 réus, com o argumento de que “há dúvidas se os técnicos da obra poderiam prever a cratera”, e que “uma condenação, com preocupação de dar satisfação social, diante de tamanha tragédia, por si, não se justifica”.
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Tenho admiração pelo GGN, mas esse tipo de matéria apenas destrói sua credibilidade e imparcialidade. Utilizam a mesma estratégia dos adversários, que é torturar as circunstâncias e fazer das contingências da vida um motivo para colocar a culpa em um governante oi o seu partido. Se o PT estivesse governando São Paulo, será que isso não teria acontecido do mesmo jeito?
Façam um exercício sincero. Se o PT estivesse no governo de são Paulo, a matéria seria a mesma?