Xadrez da esfinge do desenvolvimento: ou Lula decifra, ou será devorado

Se Lula não ousar ou fracassar, as próximas etapas serão de uma desagregação ainda maior do país, até que surja um Bonaparte

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Peça 1 – a perda do futuro

Em meados dos anos 90, Brasil, China e Índia eram vistos como os novos candidatos a potência. Os três com grande base territorial, população, matéria prima, sistema científico-tecnológico razoavelmente desenvolvido, uma boa indústria de base.

Trinta anos depois, percebe-se que o Brasil perdeu o bonde. A causa maior foi a profunda financeirização da economia, implementada a partir do Plano Real, mantida pelo governo Lula e aprofundada no pós-impeachment, que corroeu ano a ano a industrialização, trazendo de volta a dependência de produtos primários.

Revendo meus artigos do início do governo Lula, confirmo que ele jamais ousou romper com essa camisa de ferro imposta pelo FMI e, especialmente, pelo governo FHC.

Mas, em 2008 houve o milagre. A grande crise global trouxe desafios novos para o país e para Lula, que percebeu que não conseguiria superá-la mantendo o ritmo dos primeiros anos, apesar do grande bônus trazido pelo boom das commodities. 2008-2010 foi um triênio glorioso, com a explosão das conferências nacionais, trazendo lastro para o grande pacto, um presidente pró-ativo inspirando todas as frentes na batalha contra a crise.

Por isso, quando sobreveio o golpe do impeachment, e o pesadelo bolsonarista, o que acalentava a reação civilizatória era a possibilidade da volta de Lula 2008-2010, não o Lula 2003-2008.

O país passou pelo desmonte pós-impeachment, pelo terraplanismo de Bolsonaro, pelo impedimento de Lula concorrer nas eleições de 2018. Finalmente, vieram as eleições de 2022 e Lula deu a maior contribuição à democracia brasileira, derrotando Jair Bolsonaro.

Venceu a primeira guerra. E agora?

Há dois desafios pela frente. O primeiro, mais imediato, reconstruir parcialmente o estado brasileiro, após a profunda destruição no período Michel Temer-Jair Bolsonaro. 

O segundo, montar um projeto de país, que possa recriar a esperança no futuro.

As eleições de 2022 foram o primeiro tempo da grande batalha civilizatória brasileira. Mas a batalha final será travada em 2026. E o que se tem?

Peça 2 – os vícios da financeirização

O rescaldo desses anos de financeirização foi uma repetição assustadora dos vícios da República Velha na Velha Nova República – inaugurada pelo Plano Real.

A financeirização da economia global, que ficou mais evidente a partir dos anos 90, consagrou dois modelos de gestão, na área públicas e na privada, em tudo similares às práticas da República Velha.

Na política econômica:

  1. Prioridade para o livre fluxo de capitais, com impactos sobre a inflação e sobre o crescimento.
  2. Para perseguir a estabilidade, uso férreo da âncora fiscal e monetária, impedindo o aumento dos investimentos públicos. Na República Velha através do padrão-ouro (que amarrava a emissão monetária às reservas de ouro); na Velha República Nova através da obsessão pelo déficit zero e pelas políticas monetárias restritivas.
  3. Tratamento preferencial ao investimento externo, direto ou na forma de empréstimo. Na República Velha através dos altos subsídios concedidos para as grandes obras (especialmente construção de ferrovias) e ao pesado endividamento público, da União, estados e municípios. Na Velha República Nova, através do financiamento da dívida pública com altas taxas de juros e, a partir do impeachment, a abertura total do setor de serviços e de construção aos grandes grupos internacionais. E uma política econômica que contempla exclusivamente os interesses do capital financeiro não produtivo.
  4. Como resultado, um profundo descontentamento da opinião pública, com enorme aumento da agitação pública. Na República Velha, através das revoltas militares, em torno do Tenentismo; o início da agitação nos movimentos operários, com greves em 1917, 1920 e 1922; a ruptura nas artes, através do Movimento Modernista. Na Velha República Nova, o desmonte da economia com o lavajatismo, o aparecimento de um novo personagem , o homus bobbus – como o cronista americano H.L.Menchen se referia ao comportamento irracional das massas -, capturado pela parte mais irracional da direita.

No plano privado, um estilo de gestão predatório:

  1. O predomínio do capital gafanhoto, que entra e sai do país ao sabor das oportunidades surgidas.
  2. As grandes tacadas na área pública, seja explorando o endividamento público, seja se prevalecendo do poder político para obter concessões, comprar estatais na bacia das almas.
  3. A exploração dos serviços públicos, através de concessões descabidas.
  4. A busca incessante de resultados imediatos, em detrimento do crescimento e da perpetuação das empresas.

O resultado foi essa semelhança desanimadora. De um lado, a economia se tornando cada vez mais dependente de produtos primários. Do lado político, um predomínio do poder financeiro – na República Velha representado pelos cafeicultores-financistas do eixo São Paulo-Minas, na Nova República Velha pelo poder político da Faria Lima. Debaixo dessas camadas, na República Velha uma nova classe média, modificada pela chegada de imigrantes, rompendo a submissão aos coronéis regionais, trazendo novos conhecimentos comerciais e industriais, mas amarrada pela política econômica vigente; na Velha República Nova o terraplanismo ocupando o desânimo da classe média.

Na República Velha, esse modelo foi rompido pelo Senhor Crise, que derrubou Washington Luiz, abriu espaço para a Aliança Libertadora e a ascensão de Getúlio Vargas. Depois, a crise da dívida externa obrigou Getúlio a interromper o livre fluxo de capitais. Cortando as pernas do capital gafanhoto, ele se transformou em capital produtivo, que ajudou a inaugurar o início da industrialização brasileira.

Peça 3 – o Brasil do pós-guerra

A Segunda Guerra Mundial foi a segunda grande crise que chacoalhou o país. Trouxe de volta o conceito de planejamento, a ideia do esforço articulado para superar problemas nacionais.

Depois, houve um salto no desenvolvimento através de dois movimentos centrais.

O primeiro, o investimento na indústria de base que, curiosamente, começa com o governo Dutra e os leilões para as primeiras refinarias nacionais. Depois, por Vargas, com a criação das grandes estatais que garantem os insumos básicos: energia (Eletrobras e Petrobras), financiamento (BNDE), siderurgia (com a expansão da Companhia Siderúrgica Nacional), o início do estudo para a construção de grandes usinas hidrelétricas; os primeiros planos de desenvolvimento, o Plano Lafer e os primeiros estudos da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos. 

Além da indústria de base, houve o desenvolvimento de setores como cimento, produtos químicos, alumínio e bens de capital.

Somado a isso, o desenvolvimento do know how de planejamento, especialmente através da Cemig (Centrais Elétricas de Minas Gerais), criada em 1952 pelo então governador Juscelino Kubitscheck; e dos próprios quadros iniciais do BNDE.

Com essa a base inicial, o governo seguinte, de Juscelino Kubitscheck, trouxe o capital produtivo internacional, através da indústria automobilística, associado ao capital financeiro nacional – que é induzido a se associar às montadoras e aos fabricantes de autopeças.

Mas tudo isso em cima de objetivos claros e de um planejamento minucioso, expresso no Plano de Metas.

Peça 4 – o cenário atual

O que é o Brasil de 2024?  Há um conjunto enorme de atores inexistentes nos anos 50:

  • um mercado financeiro hipertrofiado, mas com uma poupança que, dependendo das políticas públicas, poderia ser canalizado para investimentos de longo prazo;
  • um sistema robusto de financiamento da inovação, que resistiu aos tropeções ao período Temer-Bolsonaro;
  • uma capacidade de planejamento inexistente nos períodos anteriores;
  • uma demanda por otimismo que, à falta de um projeto de país, se expressa ou na insatisfação generalizada com a situação ou na explosão do bolsonarismo irracional;
  • e o grande trunfo, da transição energética.

Além disso, há um conjunto de perigos capazes de estimular a reação civil:

  • o avanço avassalador do crime organizado, trazendo consigo a ameaça concreta a qualquer projeto nacional;
  • a desagregação total da política, submetida ao controle do pior Congresso da história;
  • um vácuo político que, durante a década passada, foi ocupado por militares, por corporações públicas, pela Faria Lima, pelos coronéis políticos, em um sintoma nítido de desagregação nacional.

Lula representa o último laivo de racionalidade na política, a última esperança de um projeto político agregador, de uma derrota final do terraplanismo. Mas desde que consiga definir um projeto de futuro viável e planejado.

Peça 5 – as limitações de Lula

Mas aí surgem as limitações, parte derivada do estilo Lula de governar, acirradas pelo ambiente político extremamente desfavorável.

No impeachment, o Supremo Tribunal Federal convalidou a tese inconstitucional do impeachment sem crime de responsabilidade. Fragilizou ainda mais o frágil presidencialismo brasileiro.

Michel Temer e, principalmente, Jair Bolsonaro praticamente terceirizaram o orçamento para o Congresso. Turbinado pelo orçamento secreto, o chamado Centrão conseguiu ampliar substancialmente sua bancada, criando um risco concreto para a democracia: se, nas próximas eleições, ampliar a bancada conservadora no Senado, ela ver-se-á em condições, inclusive, de impor o impeachment de Ministros do Supremo.

A única maneira de Lula conquistar o apoio do Congresso será através do aumento da sua popularidade.

Mas a estratégia cautelosa de Lula não tem futuro:

  1. Mantém os freios no investimento público para a manutenção, a ferro e fogo, do déficit zero, visando não descontentar o mercado.
  2. Aguarda a queda lentíssima e gradual da taxa Selic para destravar o investimento privado, sabendo-se refém de um Banco Central dominado pelo bolsonarismo de Roberto Campos Neto e seu grupo.
  3. Trata a questão dos investimentos ambientais de forma tópica e isolada, com cada Ministério cuidando individualmente de suas prioridades.
  4. Promove um conjunto de concessões sucessivas aos poderes político, militar e de mercado, o que garante a governabilidade imediata, mas corrói, a cada concessão, o potencial político de Lula.

E há dois pontos de chegada relevantes: as eleições municipais de 2024 e as eleições presidenciais de 2026. Mesmo que acelere a queda da taxa Selic, a partir do próximo ano, não haverá tempo útil para a retomada do crescimento, ainda mais com o pé quebrado do agro, que atravessa um momento difícil de queda nas cotações de commodities.

O resultado dessa falta de projetos está na mídia voltando aos tempos do pré-impeachment, uma desagregação institucional por todo o país, permitindo o avanço do crime organizado, 

Peça 6 – os trunfos

Até agora, houve duas tentativas de ação articulada dentro do governo. Uma, reunião de secretários executivos de Ministérios. Outra, a tentativa de articular uma frente interministerial para definir o conteúdo nacional nas contas públicas. Ambas, por iniciativa de secretários e ministros, sem envolvimento direto de Lula ou da Casa Civil.

A Neoindustrialização exige uma ação articulada entre ministérios, só possível com um grupo de trabalho juntando todos eles e respondendo diretamente ao presidente da República. 

Por outro lado, a única forma de se contrapor ao poder político avassalador do mercado, será definir novos aliados fora do circuito capital financeiro-ruralistas-bancada da bala.

Eles estão aí, à vista de todos, no chamado campo do capital produtivo. Tem as confederações da indústria, do comércio, a ABDIB (Associação Brasileira da Indústria de Base), a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Autoveículos), a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), as associações comerciais, as centrais sindicais, os sistemas de apoio às pequenas e micro empresas, o sistema de financiamento à inovação, os sindicatos representando a construção civil e a construção pesada. 

Todos esses setores seriam aliados de um projeto de crescimento, de desenvolvimento, de reindustrialização. Juntos, têm capacidade de influenciar o legislativo, de se contrapor ao lobby do mercado, mas desde que surja uma liderança agregadora com projeto de futuro: o presidente da República.

Sem esse projeto, pressionar para onde, em que direção? O máximo que se ousa é a criação de algum instrumento novo de captação para o BNDES, uma meta tímida de conteúdo nacional, uma tributação sobre o contrabando praticado pelas grandes plataformas estrangeiras. Com a Petrobras, haverá a possibilidade de um reinício da construção pesada, através dos investimentos em estaleiros. 

Mas é só.

Sem esse fio de prumo, o bolsonarismo cresce inclusive nas federações industriais, nas associações comerciais, na classe média. Há o risco concreto das volta das milícias ao poder em 2026.

Há duas opções para Lula:

  1. Marchar lenta e progressivamente rumo à derrota em 2026.
  2. Ousar colocar em marcha um plano nacional. A ousadia poderá lhe custar o impeachment – como ocorreu com Dilma Rousseff. Mas será a aposta na única tentativa capaz de reverter essa marcha inapelável para o obscurantismo de um novo período bolsonarista. Seria o fim do país.

Mas, para tanto, precisará de um planejamento minucioso, um grupo de trabalho que concatene as ações, receba os inputs do setor produtivo, filtre as decisões mais relevantes e as submeta à análise de Lula, dando-lhe instrumentos para pactos e ações políticas.

Se não ousar ou fracassar, as próximas etapas serão de uma desagregação ainda maior do país, até que surja um Bonaparte, um déspota esclarecido, que sele definitivamente o fracasso da democracia brasileira.

25 Comentários

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  1. O engano fundamental é considerar Lula o governante. Não é. Está mais para Itamar Franco, que também pensava ser o governante e tomou uma rasteira do velho Fernando que mandava, ou melhor, representava quem mandava. Para igualar mais o novo Itamar falta ainda, claro, um carnaval no Rio e uma modelo sem calcinha ou outro episódio similar no grotesco. Lula virou apenas o rei do bla-bla-bla e aspira apenas, para ele a suprema glória, um premio internacional qualquer, de preferencia o nobel. Quem manda mesmo – na verdade, representa muito bem os que mandam – é o novoo Fernando, o mais recente canalha neoliberal brasileiro, o gangster confiscador de velhos aposentados e enchedor das burras dos rentistas, aquele que ia reformar o imposto de renda para taxar os ricos, e lá se vão dois anos e nada. Ano que vem, se o fizer (qua qua qua, diria PHA), vai valer só em 2026, ano de eleição, em que os ricaços abrem as burras para as comissões eleitorais dos seus novos canalhas representantes neoliberais brasileiros. Alguém acha que, jogando a favor da Faria Lima, fazendo dupla Pelé-Coutinho com Campos Neto durante 3 anos, vai jogar contra na hora H, na hora de dar a rasteira e cobrar comissão pelos serviços prestados.

    A itemização tradicional do Autor para revolucionar o Brasil para o futuro bem poderia começar com o item 0: demita FH, Lula. Mas, covardão que se tornou, a rainha da Inglaterrra do Bo Brasil faria isto? Difícil, né.

  2. Vou ler tudo mais tres vezes. (e vou compartilhar com os amigos)
    Até aqora concordo com tudo.
    Tem os krentes e seus 10% SEM IMPOSTO, isentos de críticas, porta vozes de Deus, conforme eles se dizem. E tem o PIG, pai e mãe da campanha incessante contra o interesse do povo.
    Se vem um Bonaparte, não vai parar ai. Espero ansioso pelo personagem que vem depois: Joseph-Ignace Guillotin, (só um médico para dar jeito nos Brasis).

  3. É por aí. Mas o risco estará na importância relativa das receitas oriundas de inversões financeiras nos balanços das empresas, em detrimento das receitas operacionais. Com a manutenção destes juros altíssimos, ninguém corre o risco de investir. Seria preciso uma paulada nas taxas de juros no começo do ano que vem, de tal forma que no final de 2026 o setor produtivo apresente um nível de reação que empolgue toda a nação, como ocorreu com JK.

  4. O que aconteceria se o próprio Lula escolhesse pautar e abandonasse o “ser pautado”?
    ex. Lula faz um declaração de que acha que o Brasil não deve privatizar nada. Que quando o governo puder vai reestatizar a Petrobrás com dinheiro do INSS para ter verba, no futuro, para pagar aposentadorias dignas?
    Em outro evento (com as trabalhadoras domésticas) garantir que o PT não vai permitir o sucateamento com fins de privatização da universidade pública? E que vai ampliar o acesso para os mais pobres?
    No aeroporto alagado Lula comenta que o próximo avião presidencial será comprado da EMBRAER que é a terceira fábrica do mundo e é brasileira.
    e por ai vai….

  5. Ainda Lula:
    No encontro com representante de pais estrangeiro, LULA, o pai, deixa escapar que a taxa de Brasileiros empregados é muito baixa e os salários são baixos. Que o primeiro responsável por isso é o Banco Central que tem um presidente escolhido pelo candidato PERDEDOR das eleições.
    Que não é possível governar em benefício do povo com a chave do banco (e dos juros) nas mãos de adversários do povo. Fala que vai respeitar a lei mantendo o elemento té o último dia, mas não vai negociar o nome do futuro presidente que será homem da inteira confiança do PT.
    E com isso feito as coisas vão melhorar.

  6. “e o grande trunfo, da transição energética.”
    Lula declara: O Brasil vai gastar muito em pesquisa de novas tecnologias para a transição energética. Pesquisa.
    O resto do mundo corre para exaurir o s seus recursos energéticos locais. Os recursos Brasileiros estão no início do seu uso. Lula: Fora estrangeiros roubando nossos recursos. Energia eólica vendida na bacia, gasodutos doados a preço de ROLEX, etc. Os recursos brasileiros serão usados para propiciar vida melhor para brasileiros. Quando nos virmos forçados a implantar outra matriz estaremos preparados pela pesquisa realizada!

  7. “Além disso, há um conjunto de perigos capazes de estimular a reação civil”
    Esse tem nome: PIG.
    Partido da Imprensa Golpista.
    Qual é o tamanho da destruição dos neurônios dos brasileiros realizado pelo PIG?
    Anos a fio despejando um tubo de esgoto de dólares do roubo do Lula e do PT?
    Çejumoro faz a diferença? bolçonário é santo? Tarcísio, o “Imperador de Paraisópolis” é um bolçonário educado? O incrível Huck apoia?
    Se Lula e o PT não aprender isso, A GUERRA ESTARÁ PERDIDA!

  8. “A única maneira de Lula conquistar o apoio do Congresso será através do aumento da sua popularidade.”
    Sem reparos.
    Só acréscimos: Congresso, Militares, Justiça, Academia, etc.

  9. “investimentos ambientais de forma tópica e isolada”
    Por que não firmar compromisso com o termino de derrubada de florestas e melhor um plano federal de reflorestamento? A população do Brasil não vai crescer muito mais que isso, (A Coreia do Sul já calcula ter apenas a metade da população daqui 100 anos!) não é necessário derrubar mais nenhum pé de arvore.
    Quem quer madeira que plante!

  10. Dois acréscimos:
    Não creio em dois impeachment consecutivos. Além do que, Lula ja tem 78 anos. Vai durar até os 120, mas o seu tempo é agora. Não deve esperar mais.
    O GRANDE e principal inimigo é o PIG. O PIG detém a pauta, inclusive das redes sociais. Petista do governo com tesão de dar entrevista na globo deve trocar de partido (vá para o PL que te pariu).
    …………..
    Muito obrigado pela paciência e condescendência.

  11. Compartilhei esse artigo no FACEBOOK.
    Eles removeram alegando que eu estaria desrespeitando as regras de publicação.
    Recorri e eles disseram que iriam analisar e me responder.

  12. Um componente importante e que tem faltado ao País é o de tomar as rédeas do seu próprio destino. Ainda que existam questões mais favoráveis e mais desfavoráveis, sempre e em última instância é o País que toma suas decisões. Pressões todos sofrem, de várias naturezas e razões, mas a decisão é o País quem toma. E quando não se sabe o que de fato se almeja, não se possui qualquer orientação para decidir. Quando há um esboço ou um arcabouço daquilo que é desejado, existe condições melhores de avaliação de tudo o que ajuda e principalmente do que atrapalha. Vencer a desagregação do País, que não se aceita como unidade. Um conjunto nacional estabelecido em República Federativa da qual todos devem fazer parte. O Brasil dos guetos, que não valoriza dentro o que os de fora deram valor-e referido ao colocar lado a lado o Brasil com China e Índia- aquilo que aos trancos e barrancos dava boas vantagens ao Brasil. A falta de unidade, de objetivos a serem concretizados em direção ao desenvolvimento econômico e social, permitiu que o País deixasse de fazer proveito de tudo o que de favorável já possuía. Cada um na defesa do seu gueto causando uma espécie de esfacelamento do País. Retardando seu progresso. É momento de decidir e agir. Não somente ao presidente Lula, mas a todos que ainda querem um País.

  13. Nassif o contexto geral no Brasil e mundo já está favorecendo Lula ele terá só q entender esticar as mãos e pegar, as forças espirituais,água,fogo e terra estão em movimento agora deixando essa minha viagem vamos aos fatos,tentaram colar no governo a pecha de governo do crime,falharam,a pecha do governo do rombo nas contas,falharam e vou ficar só por estas coisas,vai cair no.colo do Lulão,sem mais muito obg ggn !!!

  14. Lula, emparedado, perdeu três chances de aprovar um grande pacote de investimentos: a transição, quando ele teve apoio para mudar o orçamento; o 8 de janeiro, momento que forçou a união dos três poderes; e as enchentes do RS. Todos poderiam ter sido oportunidades para pegar 100 bizinhos de orçamento, jogar isso como capital em um banco público e criar 1 trilhão de crédito para investir em urbanização de favelas. Seria um excelente ponto de partida. Nada foi feito. É uma pena que Lula tenha colocado Haddad na Fazenda, um sujeito que nem da área é.

  15. O que falta a Lula e ao PT é dinamismo e comunicação.
    A Lula tem faltado uma visão de país com suas necessidades e urgências. Precisamos de correções de rumos nas ações do governo. Inescapável a barreira imposta pelo avanço do financismo se não batida de frente. Não significa terra arrasada mas esclarecida reordenação das políticas públicas.
    Se elegeu e sumiu deixando a mídia livre para as mistificações costumeiras da pobreza dos”comentaristas” midiáticos.
    O povaréu é alimentado apenas pelo diversionismo de uma Rede que vive do fluxo de caixa.
    Uma mentira repetida mil vezes se torna verdade.
    Brizola ensinou como vencer a barreira:
    – as palestras nas sextas-feiras.
    O povo tinha uma referência semanalmente para contrapor ao blábláblá global.
    Lula eleito esqueceu do que melhor sabe fazer: se comunicar.
    A mentira repetida sem oposição vira verdade.
    Só o PT não sabe disso.
    E deixa o campo livre para a oposição.
    Burrice ou vaidade ?

  16. Infelizmente os meios de comunicação, concentrados, dispersam a possibilidade de ocorrer um discurso que conflua para a emancipação da Soberania. Outro dia acessei uma opinião de demérito manholhe à primeira página da folha e do globo e do g1 etc. em que espinifrava a denúncia da Africa do Sul no Tribunal Penal Internacional, com digressões sobre ser uma peça inepta por não conter os requisitos previstos no acordo internacional de Genebra. Ao que foi noticiado ontem por Janio de Freitas (https://www.poder360.com.br/opiniao/os-poderosos-engasgam/) de que não só foi aceita a denúncia como houve expedição de mandado de prisão para o primeiro ministro de Israel e seu fantoche general. Os meios justificam os fins escusos de se ridicularizar as posições do Brasil, que foi o primeiro a alertar para o genocídio, no debate internacional. Dizia ninguém mais de que Millôr Fernandes, Jornalista, Dramaturgo, Tradutor, Filósofo: “A imprensa brasileira sempre foi canalha. Eu acredito que se a imprensa brasileira fosse um pouco melhor poderia ter uma influência realmente maravilhosa sobre o País. Acho que uma das grandes culpadas das condições do País, mais do que as forças que o dominam politicamente, é nossa imprensa. Repito, apesar de toda a evolução, nossa imprensa é lamentavelmente ruim. E não quero falar da televisão, que já nasceu pusilânime”.

  17. De tudo o que foi posto, em desenvolvimento claro do roteiro histórico político-econômico dos últimos 60 anos, o que nos resta claro e inegável é que o Brasil só respira quando os Estados Unidos se ferram. Faça o que faça o país, por melhor governado que seja não consegue escapar da sanha de seu opressor. Não é pra crescer, não é pra se organizar, é pra servir, ceder e calar. Assim sendo, das estratégias que o Lula, nosso maior governante até agora, poderia estabelecer, além de um esmerado planejamento, seria – 1- Torcer pelo fracasso lento mas constante dos EUA – 2- Buscar ajuda externa longe do eixo político euro-americano, cuidando para não sofrer sanções descabidas e 3- Conquistar a confiança do povo, o que parece ser o maior desafio, vez que por força da “inteligência” americana todo povo sob seu domínio só pensa e age como ela quer. Os meios de comunicação do nosso país têm que ter a independência mínima suficiente para que o governo tenha voz. Nem comunicações oficiais têm credibilidade neste governo.

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