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Peça 1 – a geopolítica e os negócios
O que Musk faz com o Twitter é o mesmo que Rupert Murdoch fez com a Fox News e Roberto Civita com a revista Veja, arrastando boa parte da imprensa brasileira consigo. Trata-se de transformar seus veículos em atores políticos principais e, com o poder conquistado, barrar a entrada de competidores e alavancar os negócios.
No meu livro “O caso Veja: o naufrágio do jornalismo brasileiro”, narro em detalhes como se misturavam jogadas políticas e interesses empresariais.
Agora, o que ocorre é um jogo de poder mundial.
As nações são parte relevante na estratégia de negócios de suas empresas. É só conferir o papel dos Estados Unidos – inclusive na desestabilização do governo Dilma Rousseff após a descoberta do pré-sal -, e a China, apoiando suas multinacionais.
Além disso, as últimas décadas de ultraliberalismo, criaram um novo ator político: os bilionários atuando politicamente e, se for necessário, alavancando a ultradireita e participando de processos de desestabilização de países que jogam no seu time. Está aí o impeachment da Dilma Rousseff para comprovar.
Há duas maneiras do partido dos bilionários atuarem: uma light e outra de parceria direta com a ultradireita.
Peça 2 – o estilo de influenciar
O que a Transparência Internacional e a Fundação Lemann tem em comum? O mesmo modus operandi e o mesmo diretor Joaquim Falcão.
O modus operandi consiste em se apresentar como uma fundação sem fins lucrativos e sem remuneração, interessada apenas em fornecer assessoria técnica ao governo. Mas, na condição de “assessor técnico”, poder opinar sobre verbas públicas.
Foi o que a Fundação Lemann tentou fazer com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), assinando um convênio para assessorar o programa de banda larga nas escolas. O presidente da Anatel era Leonardo Morais. Bastou a troca de presidência para a nova diretoria denunciar o acordo e pular fora.
A Fundação Lemann concentrou-se, então, no Ministério da Educação, no mesmo papel de assessorar no programa de banda larga das escolas.
Depois do golpe das Americanas, a revelação das relações com Elon Musk terá bastante impacto sobre os negócios e a imagem de Lemann. Monta-se o mesmo jogo de desestabilização política presente na Lava Jato – que tinha na TI seu braço internacional.
Peça 3 – o enfrentamento dos estados nacionais
Por outro lado, esse poder descomunal do Partido dos Bilionários e das big techs criou pontos de conflito com as nações organizadas.
No início, tentaram se sobrepor aos estados nacionais. Perderam quando Mark Zukenberg, da Meta, teve que prestar contas ao Congresso americano. Depois, esse conflito se arrastou para outros países:
– Combate à desinformação e notícias falsas:
– Alemanha: Multa de até €50 milhões para plataformas que não removem conteúdo ilegal prontamente.
– França: Lei que exige que as plataformas identifiquem e removam conteúdo de ódio dentro de 24 horas.
– Proteção da privacidade dos usuários:
– União Europeia: Lei Geral de Proteção de Dados (GDPR), que impõe regras rígidas sobre como as empresas podem coletar e usar dados pessoais.
– Brasil: Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), com regras semelhantes à GDPR.
– Promoção da concorrência:
– Estados Unidos: Investigações antitruste contra empresas como Facebook e Google.
– Austrália: Lei que obriga as plataformas a pagarem por conteúdo de notícias.
Alguns exemplos específicos de países que enquadraram as redes sociais:
– China: O governo chinês impõe um controle rígido sobre a internet, incluindo o bloqueio de sites e redes sociais estrangeiras.
– Rússia: Lei que exige que as plataformas armazenem dados de usuários na Rússia e que removam conteúdo considerado “extremista”.
– Índia: Lei que exige que as plataformas identifiquem a origem de mensagens encaminhadas e que removam conteúdo que possa incitar violência.
Peça 4 – a parceria com a ultradireita
A saída encontrada foi a participação em processos de desestabilização de países e nas parcerias com a ultradireita.
As investidas de Elon Musk no Brasil não se limitaram aos contatos com Jair Bolsonaro. Aproximou-se também das Forças Armadas, a ponto de ser condecorado pelo então Ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, com a medalha da Ordem dos Mérito da Defesa, para civis e militares que prestaram “relevantes serviços às Forças Armadas”.
Essa aproximação com a ultradireita e com o poder militar garantiu bons negócios a Elon Musk e à Starllink.
Conforme reportagem do Teletime, os sites de compras públicas mostram contratações de conectividade Starlink pelo Exército, pela Marinha, Tribunais de Justiça, Tribunais de Contas Eleitorais e até mesmo por Tribunais Regionais Eleitorais. Como as Forças Armadas são especializadas, também, nas chamadas guerras híbridas, só se entende essa preferência pela Starlink no plano das afinidades políticas. Ainda mais sabendo-se que a empresa é sustentada por grandes contratos com o governo norte-americano. Musk nao abre o capital da Starlink, porque a empresa não se paga até agora e não dá pra saber os detalhes financeiros.
O argumento de que a empresa tem gateways no Brasil (estações terrenas por meio das quais os satélites se conectam entre si e com a Internet) não basta para justificar as compras. Segundo o Teletime,
“São estações bastante simples, que abrigam apenas um conjunto de antenas, e muitas delas não estão ativadas ou sequer mostram, pelas imagens de satélite, quaisquer sinais de edificação. Esses gateways estão ligados à rede brasileira de telecomunicações e, no limite, podem ser objeto de uma intervenção direta, seja por uma ação Judicial, da fiscalização da Anatel (uma ação de bloqueio) ou até mesmo, em casos extremos, de órgãos de Defesa”.
Com a entrada de uma nova tecnologia – a comunicação por laser entre satélites -, a rede de satélites fugirá completamente do controle das autoridades nacionais. Mais que isso, como lembra o Teletime:
“Com um apertar de botão, o controlador do serviço de satélite poderia cortar o sinal de todos os usuários no Brasil, incluindo Marinha, Exército, TREs etc. Como, aliás, Elon Musk fez na Ucrânia em 2023”.
É por isso que a Europa trabalha em um modelo próprio de tecnologia, o Canadá investe na constelação Lightspeed, a China trabalha na Constelação Guowang, a Rússia no projeto Esfera, além de vários outros países europeus.
Daí a necessidade premente de Musk, de se aliar a governos de ultradireita. Por aí, pode-se entender sua ofensiva contra Alexandre de Moraes e o governo brasileiro.
Peça 4 – a guerra da década
Por muitas razões, o Brasil é peça chave para os negócios de Musk.
Seu principal produto, a Tesla, está sendo ameaçada pela BYD, da China, que mostrou mais velocidade que ele na entrada no Brasil: montou uma fábrica aqui e já adquiriu minas de lítio, matéria prima essencial para as baterias. Aliás, o lítio é uma das matérias primas estratégicas para a nova etapa tecnológica, e tem chamado a atenção as muitas descobertas de jazidas no Brasil. A Starlink é outro produto com enorme potencial de ampliação no Brasil.
Esses três mercados – carro elétrico, lítio e Internet – estariam escancarados para Musk na eventualidade da volta da ultradireita ao poder. Por aí se entende sua tentativa de desestabilização das instituições brasileiras.
A parte mais relevante dessa disputa é que a guerra Musk x Supremo Tribunal Federal será histórica e ajudará a mudar os rumos das big techs no mundo. Musk é um Bolsonaro das big techs, sem limites, mostrando de forma explícita os riscos embutidos no setor.
Por isso mesmo, a disputa será acompanhada de perto por todas as nações democráticas do planeta.
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Boa, Nassif!
É muito fácil desarmar essa guerra, Nassif.
Basta tratar Elon Musk como um nóia viciado em drogas, porque é justamente isso que ele tem sido.
Minha primeira reação ao incidente envolvendo Elon Musk e o STF foi aplaudir a decisão da Suprema Corte brasileira. Mas depois, pensando melhor percebi que talvez o Ministro Alexandre de Moraes tenha esquecido um fato pessoal relevante acerca do caricato empresário sul-africado naturalizado norte-americano.
Elon Musk é viciado em drogas. Sendo assim, a justiça deveria ser um pouco mais tolerante. Talvez fosse melhor o STF deixar aquele nóia falando sozinho do que dar a ele uma plataforma para continuar atacando o Brasil. Em suma foi isso que eu disse hoje no respectivo Inquérito.
https://www.linkedin.com/posts/fabio-de-oliveira-ribeiro-85347a232_incidente-activity-7183524264732463104-eyAj?utm_source=share&utm_medium=member_desktop
Na entrevista o Filósofo e Geógrafo Milton Santos já antecipara em quase vinte anos essas questões: a globalização teria pontos frouxos de controle, que seriam as grandes corporações de dados que avançariam sobre as particularidades dos estados nacionais, com uma democracia de mercado. Sobre os “centros frouxos de controle”, entre o 23’39” e 24’40”. https://www.youtube.com/watch?v=xPfkiR34law
Nassif, sem entrar no mérito do texto, eu vos digo:
Aterrador que esse suposto embate seja travado pelo poder judiciário, e não pelo Congresso e pelo presidente.
Digo suposto porque não creio nem por um segundo nas intenções do STF, pelos motivos óbvios que a história nos conta.
A disputa não é por que tipo de regulação as empresas de dados vão experimentar, mas tão somente quem vai cobrar o pedágio.
Não cabe ao Poder Judiciário, senão como um última razão, definir os contornos e limites da chamada liberdade de expressão, e antes, do funcionamento de empresas no país.
É o Congresso, e também o presidente da República que dirão quem vai exercer qual atividade e em que circunstâncias.
Ponto.
Se não for assim, é melhor entregar as chaves do buteco.
Infelizmente, Lula chegou no ápice da sua longa carreira de covardias, que ele, de forma condescendente, chama de conciliação.
Grave.
Nesse xadrez o xeque mate já foi dado em poucos movimentos.
Esse cara fraudou o mercado de ações americano várias vezes e nada aconteceu. É óbvio que ele tem costa quente e só age com anuência do Tio Sam.
Por favor, Nassif, peça aos seus colegas advogados para me ajudar, e me respondam:
Passei o dia inteiro ouvindo gente boa dizendo que Alexandre Moraes não podia agir de ofício, pois juiz que ele é.
Ora, eu sou um néscio, mas sei que o juiz Moraes age como presidente de um inquérito, aberto com interpretação de que o regimento da casa assim autoriza.
Se é um juiz do tipo de inquisição ou de instrução, para ficar mais suave, ele pode e deve agir de ofício, sob pena de prevaricar.
Se ter inquérito no STF presidido por um juiz é correto, é outra coisa.
Mas do jeito que está não há de se falar em excesso do juiz que agiu sem provocação.
A atitude que se exige dele, a inércia, só é imposta na ação processual.
Estou errado?
Por favor, socorro.
Obrigado Nassif por esse Xadrez. Entendi tudo. Valeu.
Cara, você é muito bom!
Digno do PHA.
Primeiro vc sabota a base de Alcântara explodindo a mesma depois vc sede o espaço da base para o Tio Sam no governo do Bozo e depois vc vira refem da Starlink…que Lindo neh !!
É uma briga selvagem mas q escancara a fragilidade do Brasil diante de ataques midiáticos. Num mundo em profundas transformações políticas e econômicas e caminhando para um conflito armado de proporções talvez jamais vistas,um louco empresário consegue fazer esse estrago todo nas instituições brasileira mais importantes da república.Fico imaginando q nesse momento onde a América latina se tornou a grande colônia a ser explorada nas próximas décadas por suas riquezas minerais, agora não mais tão disponíveis na Ásia e África, já q por lá russos e chineses d já começam ocupar seis espaços, diminuindo o poder do ocidente. Ainda q Musk seja um aloprado, certas coisas por ele ditas aproximam se bastante da verdade ou são de fato dados por ele obtidos dos órgãos de informação dos EUA. De qualquer forma acho essa situação vergonhosa o o Brasil q nesse momento carece de uma liderança capaz de responder a altura esses ataques e de defender os interesses nacionais. País dividido, congresso medíocre, judiciária uma ópera bufa e Lula…bem, Lula já cumpriu seu belo papel no poder da República e os anos vindouros dele serão voltados à reconstrução das instituições, da civilidade e talvez da economia. Acho humilhante pra ele desempenhar um papel secundário no palco político enquanto ministros q não nunca tiveram o voto popular arvoram se pelos quatro cantos do mundo como paladinos da democracia, qdo muitos deles tiveram papel crucial no golpe de 2018 e na vitória de Bolsonaro
Ou as nações reagem a esses gângsteres ou serão dizimadas por eles. Isso foi tentado no Estados Unidos e depois relaxado. Aí veio 1929, e a seguir, 1939. Aí veio Camp David, mas… Eisenhower, ao deixar a Casa Branca já alertava para a volta do descontrole. E aí veio Reagan, e o culminar do egoísmo randista com seu devoto, Alan Greenspan… e aí veio a “exuberância irracional”, e depois 2008. São como lagartas: comem tudo; não deixando nada. Mesmo que morram a seguir. Alegres por também terem matado dezenas, centenas de milhões.
Um bilionário q por capricho e vaidede gastou uns bilhõezinhos ora ele LUTA PELO BRASIL,deixem as más línguas falarem o q querem mandou embora oito mil mas tudo bem aliás teve um véio da H… aqui q ajudou aprovar leis ai o seu património disparou e resolveu por capricho patrocinar um clube no RJ o é uns 300 milhões pra satisfazer o seu ego?E as locadoras de video?Quem as comprou e as detonou(as maiores)acabando.com esse lindo negócio popular empresarial?E as casas Bahia?Bom tem até propaganda do Mus.k no jornal dos bilionários Nacional explicando simpáticamente quem é ele,e o mercado imobiliário mais acessível a quem tem dinheiro estruturado nos anos antwriores?E a energia e alimentos caros ?E o crédito difícil dos anos.interiores?Ora estava se formando um MUNDO PARA RICOS E ESPECULADORES enquanto isso bolso nos distraia com superficialidade pois o brasileiro gosta de novelas em varios capítulos seja por bem ou por mal o q importa é repercurtir nas redes pois dá engajamento sem mais querendo escrever mais muito obg equipe gegeeneee !!!
Lula eleito+moraescontrabolso=clima de Vitória abafando (imorensa inflou)Primeiro ano Lula+moraescontrabolso=avanços extraordinários abafados!!!Bolsogoverna+Lulaéodiabo=6anosderetrocessosfinanceirosa99porcentodopovo
Obs.:O jogo é mental Haddad tava ensinando matemática ao povão e todos sabendo q dinheiro tá indo pra cá e dinheiro indo pra lá havendo distorções (caso do bc)e escassez para todas as áreas no governo passado,tão querendo tirar o foco e imprimir pautas deles,o.governo ptecisa impor suas pautas e assuntos pois está com a máquina na mão!!!
e muito prazer ter um jornalismo de verdade sem encomenda
alexandre de moraes é filhote de um golpe de estado, ou seja, é tão espúrio quanto foi temer e boçalnaro e até pior, pois vitalício. percebe-se isso de uma teratologia que aconteceu no processo que envolvia a marcela temer, em que provas sumiram do processo, numa fraude processual sem precedentes e de escândalo indizível. infelizmente, ou felizmente, as big techs proporcionam o contraponto ao “jornalismo” praticado pela mídia. então, se houver a regulação das plataformas, pode haver censura aos contrapontos que Jornalistas como Luis Nassif, Jânio de Freitas, Bob Fernandes nos proporcionam. temos de ter muita cautela ao que pode ser proposto, pois os conglomerados de mídia nacionais têm interesse na mantença do oligopólio da informação, como forma de se imiscuirem nos governos locais e federal, para barganharem parcela considerável do erário. aqui a notícia do sumisso de documentos do processo que envolve temer, marcela e outros:
“Nenhum arquivo furtado do celular da primeira-dama faz parte do processo, que antes estava em segredo de Justiça, mas agora se tornou público. O aúdio da conversa de Marcela com o irmão desapareceu do processo.”
https://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/hacker-condenado-por-chantagear-primeira-dama-disse-ter-audio-que-jogaria-nome-de-temer-na-lama.ghtml
Eu não sabia porque ele comprou o twitter, agora sabemos: pra manipular e aterrorizar o mundo! Ele quer satélites que so ele pode controlar, esse playboy é louco, filho de dono de minas de diamantes e se vende como quem cresceu trabalhando muito!