Peça 1 – as peças do jogo militar
À medida que os fatos vão se somando, fica cada vez mais claro que a intentona de 8 de janeiro foi uma tentativa de golpe militar, assim como o bolsonarismo foi apenas uma capa para a tomada de poder pelas Forças Armadas.
Mostramos um apanhado de reportagens do GGN no post 10 reportagens para entender a volta do partido militar, por Luis Nassif
Artigo 1 – “Xadrez de Tarcísio, o super-ministro de Bolsonaro, e os negócios do poder militar”. De 06.12.2021
Artigo 2 – “Xadrez de como Braga Netto tentou operação Davati quando interventor no Rio”. De 01.08.2021
Artigo 3 – Xadrez para entender a história do cabo das vacinas. De 02.07.2021
Artigo 4 – “Entenda a Medida Provisória do governo que beneficiou vendedores de vacinas”. De 11.07.2021
Artigo 5 – “Militar envolvido com negociações da Covaxin ganha cargo no Exército”. De 11.08.2021
Artigo 6 – “Xadrez do fator militar”. De 21.09.2017
Artigo 7 – “Xadrez do caso Marielle e da luta pelo poder com Bolsonaro”. De 14.03.2022
Artigo 8 – “O Xadrez da guerra mundial entre os poderes”. De 18.11.2016
Artigo 9 – “Xadrez do governo Temer e o fator militar”. De 07.05.2016
Artigo 10 – “O Xadrez das vivandeiras dos quartéis”. De 17.10.2016
Peça 2 – os militares no golpe de 8 de janeiro
Agora, à medida que os fatos vão inundando o noticiário, fica nítido que a intentona de 8 de janeiro foi uma tentativa de golpe militar, do planejamento à execução.
Em algum ponto da história, vão aparecer as evidências da mão da inteligência militar na guerra híbrida que levou à criação do “mito” Bolsonaro e à sua vitória. Ou alguém, em sã consciência, acreditaria que o desenvolvimento de uma máquina sofisticada como aquela saiu da cabeça de Carlos Bolsonaro, o mais desequilibrado dos filhos de Bolsonaro?
Nos preparativos para a montagem do governo Bolsonaro – segundo me confidenciou um político com o qual jovens olavistas vinham se aconselhar – os militares entraram armados de dossiês. Em várias disputas de cargos, candidatos olavistas eram eliminados por dossiês preparados pela inteligência do Exército.
A ideologia militar começou a ser plasmada com base na ultra direita americana e nos livros do general General Sérgio Augusto de Avelar Coutinho, falecido em 2011.
O principal combustível para o ativismo militar, no entanto, foi Sérgio Moro e a Lava Jato. A partir da Lava Jato começa a atuação do general Villas Boas.
O golpe tem as seguintes digitais militares:
Ponto 1 – o questionamento das urnas eletrônicas pelo Exército.
Ponto 2 – a montagem de acampamentos em regiões sob comando do Exército, com familiares de militares compondo o grosso dos acampados.
Ponto 3 – a articulação nacional com financiadores, permitindo um modelo padrão de financiamento das ocupações. Depois, a maneira como houve a articulação do lúmpen – o pessoal barra pesada que pintou de todos os cantos do país e acampou em território do Exército. Note-se que foi um pacto entre militares, organizações criminosas atuando no garimpo, na Amazônia, CACs etc.
Ponto 4 – a ocupação dos 3 poderes, caracterizando um golpe de Estado clássico, como justificativa para uma operação da Garantia da Lei e da Ordem, que jogaria o comando em mãos militares. Na ocupação, misturaram a bandidagem com famílias – com crianças e velhos – para inibir a defesa e, provavelmente, pensando em produzir uma tragédia que fosse o estopim final do golpe. Essa inteligência estratégica não brota do nada.
Ponto 5 – o fato do único local que não foi defendido ser o Palácio do Planalto, único sob segurança militar.
Ponto 6 – a proteção dada pelos militares aos invasores, no Palácio, e, depois, nos acampamentos, impedindo a entrada da Polícia Federal até que os acampados saíssem em segurança.
Aliás, é inacreditável a falta de escrúpulos de colocar familiares na linha de frente.
O golpe não deu certo pela ação fulminante do Ministro da Justiça Flávio Dino, intervindo na Segurança Pública do Distrito Federal, com o interventor assumindo de forma fulminante o comando da Polícia Militar.
Ponto 7 – o fato do Alto Comando não ter soltado uma nota sequer de condenação aos terroristas.
Ponto 8 – Bolsonaro ter tirado o time de campo antes de terminar o mandato, certamente com receio de pagar a conta do golpe em andamento.
A cada dia fica confirmada a hipótese de analistas militares, de que Bolsonaro não passou de um laranja para a implantação de um poder militar pelo voto.
Mesmo assim, o fato do golpe nao ter sido consumado mostra que se, de um lado, há conspiradores militares, por outro não se obteve a unanimidade para aplicar o golpe.
Peça 3 – a desmilitarização do governo
Ponto 1 – Assumir o controle dos sistemas de inteligência. Conforme o GGN publicou, o Comando de Defesa Cibernética do Exército (ComDCiber) e a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) adquiriram sistemas sofisticadíssimos de monitoramento de redes sociais e de espionagem, sem nenhuma supervisão civil.
Ponto 2 – Lula assumir-se definitivamente como Comandante em Chefe das Forças Armadas. O primeiro passo foi dado, ao decretar uma intervenção civil contra o golpe de Estado. O segundo será colocar o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) sob controle de um civil. Por mais que o general Gonçalves Dias seja um militar honrado, o espírito de tropa é muito forte nas Forças Armadas, para um trabalho de conter uma conspiração essencialmente de militares.
Ponto 3 – a consolidação gradativa de militares legalistas na hierarquia das Forças Armadas. Obviamente não se acelerará esse processo com promoções baseadas na antiguidade.
Ponto 4 – a identificação dos militares golpistas. Em um primeiro momento, aqueles diretamente envolvidos com a quebradeira. Em um segundo momento, os envolvidos com o planejamento dos atos. O inquérito das fake news, conduzido pelo Ministro Alexandre Morais, já deve ter mapeado muita coisa. Será relevante um foco especial nos militares bolsonaristas, generais Braga Neto, Augusto Heleno, Luiz Eduardo Ramos e Paulo Sérgio.
Pela ampla reportagem do Fantástico, constata-se que o Quartel Geral do Exército, em Brasilia, abrigou criminosos com antecedentes, terroristas, que planejaram explodir um caminhão de combustíveis no Aeroporto. Mesmo após esses episódios, o Exército continuou defendendo os acampados.
Peça 4 – o papel da mídia
A mídia precisa, definitivamente, defender a democracia e deixar de lado o temor reverencial em relação aos militares.
O off indiscriminado sempre foi uma das sete pragas do jornalismo. Como o jornalismo de clicks exige notas rápidas e constantes, passaram a proliferar não apenas as fontes em off, mas os coletivos. O repórter conversa com UM militar – ou nenhum. Pouco importa se é sargento ou general, se ganhou uma boquinha do governo Bolsonaro ou não. Qualquer declaração, por mais estapafúrdia que possa ser, ganha status e é publicada com destaque nos jornais, atribuídas a “fontes do Exército”. Vale o mesmo para “empresários”, “fontes do mercado”.
Mais que isso, essa falta de cuidados dos editores, e da pressão por notas, abre um amplo espaço para fontes inexistentes.
Por exemplo, Lula declarou que vai tirar os militares do Palácio por desconfiar deles. É óbvio que haverá militares insatisfeitos com as declarações. Logo, não haverá o menor problema se eu criar um militar genérico e atribuir a ele declarações que, certamente, algum militar poderia fazer.
Como militar profissional não fala para a mídia, cria-se o viés de que as “fontes” – existentes ou não – são militares ativistas, conspiradores. E, aí, o jornal amplia o alcance das declarações, tratando-as como se fosse de um genérico Forças Armadas.
Analise os dois artigos abaixo. Selecionei porque são recentes e de jornalistas experientes, dos melhores que se têm na praça.
“Desconfiança de Lula amplia crise com as Forças Armadas” saiu no Estadão.
Começa com uma frase bombástica:
“A desconfiança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a atuação das Forças Armadas é vista na caserna como um pedido de divórcio litigioso”.
Se é divórcio litigioso, e as Forças Armadas têm o poder das armas, acabou o governo. Dá para entender o poder das palavras mal colocadas? Não há nenhuma posição oficial no Alto Comando, nenhuma declaração em on.
O absurdo não termina aí.
“Na economia, as Forças Armadas são contra a criação de uma moeda comum do Mercosul. A discussão já provocou ruídos. O governo alega que a ideia não diz respeito à adoção de uma cédula única, como o euro. As conversas giram em torno da possibilidade de se estabelecer uma moeda comum, que seria usada em negociações comerciais entre integrantes do bloco sul-americano. Mesmo assim, militares acham que a proposta fere a soberania nacional”.
Desde quando as Forças Armadas opinam sobre política econômica? Conversa-se com um militar palpiteiro, ignorante no tema, cuja opinião – sobre economia – tem tanto valor quanto qualquer conversa de bar, e publica-se que “as Forças Armadas são contra a criação de moeda comum do Mercosul”.
Daí, como o Estadão é sempre Estadão, traz de volta o espírito das vivandeiras dos quartéis:
“Passaram-se mais de seis anos desde então, mas a relação entre Lula, PT e Forças Armadas dá sinais cada vez mais claros de desgaste, que muitos consideram incontornável”.
O país institucional lutando ferozmente para a consolidação das instituições, e o jornal decretando um rompimento completo entre governo e Forças Armadas. E para quê? Para vender a ideia da Terceira Via. Não aprenderam nada.
O país nem saiu de um processo nítido de golpe institucional, e as vivandeiras dos quartéis voltam a explorar os velhos estratagemas antidemocráticos.
A segunda matéria é “Generais: Lula “queima pontes” ao falar que “perdeu confiança” em militares”. Quem é a fonte? Segundo a reportagem, um influente general da reserva com passagem pelo governo federal. Precisa mais? A reportagem transformou em verdade acabada a opinião de um general de Bolsonaro.
O ponto central é simples. Se a mídia quiser, de fato, cumprir com sua responsabilidade institucional, deveria seguir os princípios:
- Só ouvir militar sobre temas ligados à defesa.
- Condenar expressamente qualquer tentativa de golpe militar.
- Acabar com esse anti-jornalismo declaratório, que ajuda apenas a desinformar e a ampliar a influência dos golpistas.
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Excelente, como sempre. Mas será que o Lula irá tomar mesmo providências contra as FFAA? Tenho dúvidas. Há sinais de que a área econômica está se rendendo ao mercado.
Fácil falar, difícil fazer……
Diferente das forças policiais que estão em constante estado de alerta, enfrentando confrontos diários, com muitas perdas de vida.
…..o comando das forças armadas tem uma situação tranquila…
O poder é prazeroso, mas tem suas complicações, um aumento exponencial das disputas internas seria inevitável, principalmente considerando as domen continentais desde país…
E um golpe dentro do golpe nunca pode ser descartado, muito pelo contrário.
Colocando em risco a própria vida e de seus entes queridos.
Sim o golpe tem um preço e não é barato.
E visível q a mídia tem dado mais destaque ao governo paralelo w se o stalou em Miami do q no governo Lula. Mais destaque a Janja , a Dino, a Moraes do que a Lula .depois q o Washington posto publicou reportagem de que o exército peitou Dino até com tanques impedindo o de prender terroristas refugiados nos quartéis, nada já mais a dizer sobre o que pode vir daqui em diante. Um governo tutelado por golpistas é um governo também golpista. Se Lula aceitar isso se igualará a Temer ou mesmo Sarney. Enfraquecer a figura de Lula diante das invasões parece ser a tônica da grande imprensa agora
Exercitozinho elitista, golpista desde o DNA, Imprensa grandona filha das elitezinhas – eis os barqueiros do inferno nacional! Até quando?
Pergunta q não quer calar? Por q os EUA, sabedores dos atos terroristas praticados pelo Guaidó das Milícias lá apaniguado não tomou nenhuma atitude para expulsa lo ou deter esse entra e sai de pirocas em seu território? A impressão q se tem é que Biden espera um apoio mais ostensivo ã política externa americana no mundo. Do contrário, ele já teria mandado Bozo e sua trupe pra Guantanamo, ali pertinho. Esses revolucionários da Disney não sossegarão enquanto medidas duras contra eles não forem tomadas, custe o q custar, mesmo existindo o risco de o pais enfrentar situações de conflito mais sérias nesse momento de divisão construído pelos poderosos para inviabilizar um projeto de pais mais Justo. A escolha de Múcio como um apaziguador de animos deu mais munição a essa gente q viu no ato do presidente uma atitude medrosa. Lula precisa destituir esse ministro, assumir seu posto de comandante e só depois escolher o ministro q devera ser seu elo com as forças armadas
Obra de arte essa reportagem. Nassif é um dinossauro do jornalismo.
Possivelmente um governo militar, se o golpe tivesse dado certo, seria a continuidade da ultracorrupção implementada no governo Bolsonaro, cuja síntese são os gastos com cartão corporativo.
Foi essa corrupção que não permitiu que o golpe fosse consumido, afinal quem quer regime de exceção hoje no Brasil, não são os militares, são bandidos da pior marca, cuja exposição gradual está sendo feita,
Madeireiros ilegais, donos de garimpo ilegal, prefeitos corruptos beneficiados pelo orçamento secreto, CACs, tudo que de pior o país já produziu em decorrência da lava jato
Os militares que entraram na onda são os mesmos que estão comendo nosso dinheiro público como DASs nos gabinetes, os que compraram viagra, que não querem largar a teta, alias querem a vaca toda, pelos mesmos motivos que os toscos querem golpe
Continuar a ultracorrupção
De qualquer forma, os milicos milicianos já conseguiram uma proeza que nem Jesus Cristo conseguiu: A unanimidade!
Hoje,100% da população brasileira, da direita a esquerda, estão convencidos que esses milicos milicianos não prestam para nada.
Parabéns ao sujeito que ocupava o Palácio do Planalto. Nenhum governo de esquerda do mundo teve essa capacidade de demonstrar tão cabalmente a inutilidade e insignificância dessa gente.
A mídia brasileira é imprestável, Nassif.
A primeira página da Folha de hoje diz em letras garrafais que Ministros de Lula governaram os Estados mais desmatados.
Durante os quatro anos que esteve na presidência, Jair Bolsonaro incentivou o desmatamento e desmantelou a estrutura federal de proteção ambiental. Mas segundo a Folha a culpa do desmatamento é do PT.
A lógica jornalística da Folha de São Paulo é tão alucinada e doentia quanto a dos terroristas que invadiram o STF para garantir a posse do mito.
É fato que existe uma minoria da população que não é simpática à Democracia. Essa minoria prefere uma Ditadura Militar, onde os direitos universais não são respeitados. Eu sugiro que dessas pessoas procurem morar em Países onde impera a Ditadura. Somente uma sugestão.
O caminho todos sabemos, profissionalização do exército, redução dos cargos, reforma previdenciária para eles, fim da progressão de carreira por antiguidade, mas fazer tudo isso levaria a uma tentativa de guerra civil, o mais fácil é sucatear as forças, como a Argentina faz e o Brasil fazia antes do Lula, não adianta dar pérolas aos porcos.
Lamentavelmente Lula NÃO tem o comando das FAs, e o plano ao meu ver para domingo era inclusive matá-lo. O que fazer? Sinceramente não sei, é um nó dificil de desatar.Em um país sério os militares envolvidos em planejamento de golpes já estariam presos e próximos a execução.
Fala-se aqui no mal que é a promoção por antiguidade, não é bem assim.
Primeiro que ela não existe como estão pensando, o que se sobressai é o discurso da “meriticracia”, é sobre ela que se constriu o sistema de promoções.
Vide o processo de promoção a oficial general: escolha.
Também vai mudar o quê? No caso dos Comandantes de Força qual seria a opção? Nomear o mais moderno dos oficiais generais e acelerar a promoção nos níveis inferiores? Para que se está tudo contaminado. Encontrar um legalista, HOJE, é como achar um pote de ouro no final do arco-íris.
Não foi por falta de aviso. Não foram poucos os que alertaram que, em algum momento, teríamos a “invasão do capitólio” versão brazuca. Mas deixaram o absurdo acontecer.
A tática também era sabida. Cientes de que uma quartelada tradicional teria um amplo repúdio da comunidade internacional, uma empreitada destinada ao fracasso, estimularam de forma calhorda e criminosa lunáticos de toda espécie para que provocassem um caos. As FFAA aguardaram ansiosamente pelo chamado para “restaurar a lei e a ordem”.
Talvez planejassem se somar aos lunáticos e dar o golpe, se houvesse uma grande mobilização pelo país. Porém o mais provável é que pretendessem aumentar o seu poder de barganha e tutela diante do novo governo, para defender cargos e mamatas na máquina pública. Mas Lula não caiu nessa armadilha, armada cinicamente pelo seu Ministro da Defesa, pasmem.
Com o leite derramado, tem muita gente especulando sobre como isso foi possível. Mas isto é secundário. O mais importante é o que se fará daqui pra frente.
O “x da questão” é o grau de degeneração interna das forças armadas e das polícias estaduais. Afinal, elas são as executoras do “monopólio da violência legítima” em que se funda o Estado de Direito. Enquadrá-las é o primeiro desafio.
A começar pelos generais mamateiros, patripócritas, que dizem defender a nação com ardor quando é descaradamente evidente que se trata de assegurar suas vantagens e privilégios. Vide a presença destacada das famílias militares nos acampamentos à frente dos quartéis.
Não será fácil empurrar os fascistas de volta para o armário. Eles perderam a vergonha e os escrúpulos ( se é que tinham algum) depois que descobriram que são muitos. Estão espraiados por toda a sociedade brasileira, significativamente presentes em todas as instituições civis que deveriam ser as guardiãs da democracia.
O fascismo tem uma base social numerosa e não desprezível: a classe média. A mesma que a filósofa Marilene Chauí definiu tão bem: “A classe média é uma abominação política, porque ela é fascista, uma abominação ética, porque ela é violenta, e ela é uma abominação cognitiva, porque ela é ignorante”.
Os fatos do dia 8 de abril foram o demonstração prática desse fascismo, da violência e da ignorância que impera em amplos setores da classe média brasileira, simbolicamente materializada na destruição da pintura de Di Cavalcanti.
Enfim, como dar um basta à escalada de insanidade, que já prenuncia atos terroristas com intuitos genocidas?
Vai ser uma batalha longa e cotidiana. Pra início de conversa, o “Brasil 2023” tem que ser a “Argentina 1985”. A derrota eleitoral do nazismo brazuca, que ganhou a sua cara contemporânea com a ascensão do bolsonarismo, tem que ser levada até às últimas consequências. Estamos diante de um momento histórico, uma chance rara de, finalmente, punir aqueles que historicamente sempre atentaram contra o Estado Democrático de Direito. Alguns já tinham percebido isto e ensaiaram o manjado lenga-lenga de “revanchismo”. Mas meteram os pés pelas mãos no 8 de janeiro e agora o caldo entornou. Não se pleiteia um conjunto de atos punitivos que se esgotem em si mesmo, mas que sejam apenas um marco inicial para enterrarmos o que existe de mais deplorável na nossa sociedade. Porque essa será uma tarefa para uma ou duas gerações. Mas é urgente dar início a esse processo. E a oportunidade está dada. A conjuntura nos é favorável. A elite econômica brasileira,o tal “mercado”, que tanto se aproveitou desses quatro anos obscuros, já percebeu que é melhor se livrar desse entulho. Aproveitou o que pode deste desastre para maximizar seus ganhos. Porém agora o cenário internacional exige outra postura deles, sob pena de terem seus negócios ameaçados. E o Tio Sam, o que sempre nos tutela como se fôssemos o seu quintal, não teria ressalvas a fazer. Ele está às voltas internamente com o espectro do trumpismo ensaiando um retorno ao poder.
Para fazer uso de um linguajar meio clichê, a “correlação de forças” está a nosso favor. Não é mais o tempo de conciliações,do “comer pelas beiradas”. É necessário o enfrentamento. Se não o fizermos agora,nessa janela de oportunidade que se abriu, o retrocesso poderá vir antes do que se espera (Imaginem se Trump retoma o poder!)
Não será fácil. Haverá reações hidrófobas, novas intentonas golpistas, além das ameaças do histórico terrorismo militar dos “para-sares e riocentros”. Não sabemos quando a história nos dará outra oportunidade. Então, que tenhamos a “virtu” necessária para agir com vigor nesse momento de “fortuna”.
Poisé “seo Nassif”…isso não tem fim …sempre essa estória atrasando o país, enquanto estão discutindo novas formas de energia, a indústria 4.0, 5.0, 6 0….nos aqui, empacados nos anos sessenta….e somos uma democracia, acreditem ou não, terra que deveria ser da livre iniciativa, das inovações sociais e tecnológicas…. entretanto, TODOs brigando pela teta gorda do Estado… ninguém quer largar essa mamata, rentistas abutres querem os seus 700 bilhões em juros e outros tanto em dividendos, limpinhos de impostos, senão o Brasil quebra, segundo seus lacaios da mídia canalha, essa por sua vez vive de verbas públicas e assinaturas inúteis pagas pela viúva, funcionalismo de alta pluma exigem suas mamatas, senão viram-se contra o próprio sistema que os emprega elegendo-o como o maior inimigo a ser abatido, não os arrombadores de caixa a vinte bilhões o quilo, aliás, um tal panamericano manda lembranças… quanto aos milicos, urge acabar com o serviço obrigatório, chega de mão de obra barata, diminuir o efetivo para tropas que realmente tenham utilidade e ocupação, soldo condizente com o serviço relevante dos soldados, fim da justiça milica, e limpeza geral em todos os níveis da Administração, que sejam água e óleo…. é a minha opinião de cidadão.
Ontem vi o filme ” O Gangster” com o Denzel Washington. Historia simples , baseada em fatos reais. Troca-se o nome dos personagens pelos dos generais que gostam mesmo e de grana e teriamos um filme brasileiro.
“Sigam a grana”, é a máxima das investigações. Isso ta valendo para agora.
A grana fácil e o poder absoluto corromperam a cadeia de comando do Exercito.
Eu só acrescento que o Bolsonaro não fugiu, ausentou-se, e o fato faria parte da elaboração do golpe. Voltaria já como ex presidente, e aclamado pelo seu eleitorado, seria o líder popular do levante. O “Coselho das Forças Armadas, depois de medidas radicais contra os poderes constitucionais, marcariam novas eleições no prazo de 90 dias… : “A Farça”!
Como o Ministro da “Defesa” está mais parecendo um simples peão nesse Xadrez, o Rei (Presidente) está constantemente ameaçado. Os “Cavalos”, as “Torres” e os “Bispos”, todos fardados, por enquanto, fazem o que querem, impunemente. Só o Moraes, de fora do “governo”, tem agido como se fosse a Rainha. Mesmo assim, quase só alcançou peões. Esse tabuleiro (cenário) não está me parecendo muito democrático.
Parece que Nassif é conivente com seus amigos jornalistas. Em suas críticas, a meu ver, os trata como inocentes e ignorantes, sendo que sabem muito bem o que estão fazendo, e o fazem bem há tempos.
É só ver, mudando bem de assunto, o caso Americanas. Alguém sabe onde está Miguel Gutierrez, o CEO da firma por 20 anos? São essas perguntas que ninguém se faz, a mídia muito menos. Em relação ao Exército é a mesma coisa….ninguém chega no detalhe de pesquisar sobre a ligação de oficiais brasileiros com os EUA, os diversos cursos e boquinhas por lá. Seremos sempre subservientes a seus interesses geopolíticos enquanto nós, da esquerda, não passarmos a nos esforçar para construir um aparato de comunicação robusto para conquistar corações e mentes da população!
Certamente você não acompanha o GGN. Tem dezenas de matérias sobre a invasão militar.
Não há temor reverencial, há convergência de interesses. E a mídia somente defende a democracia quando no palácio estão políticos de sua predileção, como disse Leonel Brizola. Essa é a grande falácia da Democracia: as eleições são livres e serão respeitadas, desde que os candidatos da predileção do sistema financeiro sejam eleitos, e tenham a chancela dos militares. Caso contrário, abrem-se as portas da desestabilização, do lawfare, e demais artifícios de que dispõem essa gente para trazer de volta o poder às suas mãos. Os militares gostam do cheiro de seus cavalos, e os barões da mídia de suas carreiras – com trocadilho incluído. Ao povo, cubos de açúcar quando votarem direitinho, e chumbo grosso quando se comportarem mal.
Somente um adendo, a “justiça” militar já está com prazo vencido.
É a certeza da impunidade dos altos coturnos.
Olá Nassif,
Ainda não ficou claro para mim, se essa tentativa de golpe foi exclusivamente militar, sem a participação de Bolsonaro,(mesmo que, por vias indiretas), ou se foi uma tentativa de golpe planejada por Bolsonaro e bolsonaristas, incluindo aí setores minoritarios das forças armadas. Penso cá com os meus botões, se os militares quisessem mesmo dar um golpe, por que não concluíram com uma tomada de poder no ato de domingo, com a invasão dos três poderes pelas forças armadas e a decretação de estado de sítio e coisa e tal? Nessa tentativa de golpe, Bolsonaro teria algum papel? Ele seria levado ao poder novamente, ou seria um golpe exclusivamente das forcas armadas que colocariam no poder uma junta, ou um general, como nos anos 60/70?1
TÁTICA PARA DERRUBAR O MORAL DE QUALQUER UM com a técnica do terror: a pessoa não deve conhecer em que posição se encontra nem o que pode acontecer dalí pra frente. Cria-se dissonância cognitiva por meio de ambiguidades, pouca clareza nas posições oscilantes (aproximações sucessivas), entre severa medida disciplinar e promessa de bom tratamento, junto com notícias contraditórias e fake news. Com o tempo a pessoa perde a noção se um determinado projeto aproxima-se ou distancia-se do seu objetivo. Nestas condições, mesmo o indivíduo com ideias claras, disposto a correr riscos, bloca-se confuso, inseguro. (fonte: Time Perspective and Morale, Kurt Lewin, Boston,1942; alemão pioneiro da guerra psicológica. Concebeu o programa “fascismo da face democrática) /// Mourão, na qualidade de agitador fascista defende e minimiza a devastação de Brasília como “desobediência civil”, prova que o livro de Lewin é estudado no Instituto Sagres (Rand Corp) /// Os terroristas que tramaram o atentado com bomba no aeroporto de Brasília, foram bem mais longe do “mito” com o seu plano “Beco sem saída”: bombas nos banheiros da Vila Militar, da Academia militar e de alguns quartéis. Os bolsonaristas da bomba queriam caos, mortes e intervenção militar; o “mito”, apenas reajuste salarial, sem machucar ninguém. A história ensina por analogia. A experiência histórica não é viver no presente olhando para trás, mas caminhar de volta ao passado e retornar ao presente com a consciência alargada.
Existe interconexão do rolo compressor do mal com os mais prestigiosos centros mundiais do saber e de psicologia aplicada por isso pode surpreender um Reitor defendendo terrorismo bolsonarista ou o cinico professor da Univ. de Oklahoma entrevistado pelo Farsa de S.Paulo: o calhorda estudou a Lava Jato -a fundo- pra saber o que as baratas do planalto já sabiam: um plano para indispor parte da sociedade contra os poderes instituídos, passando a ideia de que todos eram corruptos com o resultado de consolidar a extrema direita no Brasil (que hoje conta oficialmente com mais de 334 células neonazistas ativas em quase todo o território nacional) /// As mais importantes universidades estadunidenses são parcialmente ou inteiramente ramificações da CIA: Stanford Research Centre (Stanford, Cornell e Berkeley são importantes coberturas da CIA), MIT/Sloane (dinâmico centro de atividades da CIA), Centro Superior de Ciências Comportamentais de Palo Alto, Instituto de Pesquisa Social junto à Universidade do Michigan, Wharton School of Business junto à Universidade da Pennsylvania, Harvard Business School (o Departamento de Psicologia de Harvard faz parte de uma operação de cobertura da CIA), London School of Economics, National Training Laboratories, Esalen Institute, National Institute of Mental Health, National Institute of Drug Abuse, Office of Naval Research, Houston Institute (fundado em 1961 por especialistas do Rand Corp), Manhattan Institute, International Foundation for Development Alternatives com sede em Genebra, Executive Conference Centre, todos, sem exclusão, com o escopo de contribuir a um imponente programa de domínio político /// No atual mundo da hipocrisia e engano, não existem casos fortuitos, nem coincidências, nem imprevistos.
(fonte: EL INSTITUTO TAVISTOCK, Daniel Estulin, Ediciones B.S.A., Barcelona, 2011)
OS ESTRATEGISTAS – De onde partiu a ideia de cooptar terroristas usando a camisa da Seleção? Perguntem ao #changeBrazil. O planejamento é evidente mas atribui-lo aos militares brasileiros significa reconhecer um status que eles nunca tiveram porquê sempre foram executores de programa vindo de fora. Foram e são adestrados para perseguir e abater brasileiro /// A oficialidade no Brasil é autística de formação, afastada do mundo civil e desvairadamente convicta de suposta superioridade. Um jornalista recordando oficiais macufos de mentes mal formadas, aliciados na Itália (FEB) pelos EUA, observara: “incutiram duas obsessões nos babaquaras: voltaram convictos da infalibilidade da democracia “do grande irmão do norte” e a certeza da incapacidade dos civis de dirigirem o Brasil”. Os cinco pontos com os quais os macucos justificavam suas ações ostensivamente eversivas, eram: I- Faliram as elites civis do Brasil II- Os quadros dirigentes são mal escolhidos III- Tem havido completo descaso pelos problemas do país IV- Prevalece no trato da coisa pública o interesse pessoal sobre o interesse nacional V- A corrupção se alastra. Esses pontos permanecem fixos nas declarações dos parasitas expoentes das Forças Mamatas /// O general Rocha Paiva, officer boy escroto, é gerente do Instituto Sagres, covil onde agora analisam o revés sofrido e aguardam instruções para reorganizar o terrorismo. O Instituto Sagres é uma sucursal do potente think-tank Rand Corporation com sede central em Washington, 1800 pesquisadores e especialistas falantes 75 línguas, recrutados em 50 países, lotados em escritórios e sedes na América do Norte, Europa, Austrália e Golfo Pérsico. Para ter-se uma ideia de grandeza, o pessoal de nacionalidade estadunidense vive e trabalha em 25 países. É financiado pelo Pentágono, Exército, Marinha, Aeronáutica, e Agências de Segurança Nacional (CIA) dos EUA e de outros países junto com potentes ONGs internacionais. O Rand Corp reconhece cinicamente o próprio mérito na estratégia que derrotou a URSS obrigando-a consumir recursos no extenuante embate político-militar da Guerra Fria. É dos tempos do Vietnam que o Rand planifica guerras dos EUA contra países pobres e fracos., destruindo, saqueando, exterminando e poluindo tudo sem conseguir vence-las militarmente. Em 2019 esse think-tank diabólico apresentou oficialmente o plano Overextending and Umbalancing Rússia (em curso): circundar a Rússia com bases nucleares da OTAN próximas às suas fronteiras, asfixiar a vida dos russos com embargo econômico total e fornecer armamento letal e sustentamento econômico à Ucrânia. Outro plano conhecido, solicitado pelo Exército, tem o título War with China: Thinking Through The Unthinkable [Guerra à China: Pensar Através do Impensável] Nota – impensável é uma guerra termonuclear – vencível – (acredite se quiser).
OS GUARDIÕES DO TEMPLO – Palácio do Planalto desguarnecido? – O caso das Torres Gêmeas fez escola: um grupo de buzungas sequestra aviões de linha com passageiros no país mais vigiado do mundo (que nesse dia, por coincidência, estava sem vigia); na sequência abatem as duas torres (a terceira caiu de medo) matando 4 mil; enquanto isso os outros buzungas atacam o … Pentágono!!
Chamem o Cunha! —— Gozação a parte é preciso conhecer e repetir os nomes dos lesa-pátria que deram o governo à quadrilha do marginal que bate continência à bandeira dos EUA. O combo Moro-Bolsonaro-Braga Neto é a merda que veio à tona para que a latrina da nossa história voltasse ao passado fedor /// Cito dois tópicos de um post que li em 2015 – 1) A Polícia Federal exerce suas funções com extrema parcialidade e de forma midiática – 2) Para o Presidente das entidades da Polícia Federal na Câmara dos Deputados, a PF recebe regularmente recursos da CIA, do FBI e da DEA no montante de USD 10 milhões anuais, depositados diretamente em contas individuais de policiais federais /// Bozo e Torres foram aos EUA para acompanhar os eventos e receber instruções em tempo real sem precisar de celular; a dupla Moro-Delagnol também viajava de “férias” para receber instruçōes na Harvard Business School onde foram adestrados /// Dilma fez “cara feia” pro Obama pela espionagem da NSA mas foi à Harvard com a sua “armada brancaleone”, denunciar o golpe arquitetato e dirigido em Harvard. “Entre 1993/94 um membro do movimento monarquista me confidenciou que Harvard gestara uma “onda” conservadora. Há grande orquestração do “Império do mal” instabilizando o Mundo. Tudo isso visa apear do poder as esquerdas na América Latina. Vejo que as polícias estaduais têm papel ativíssimo na atuação de grupos de extrema direita no Brasil” (comentário de um leitor na rede) /// Os militares bolsonaristas atacaram o Estado brasileiro por dentro, nas instituições culturais, científicas e nas empresas estratégicas. Para fazer esse serviço serve tudo menos escrúpulos, dignidade e patriotismo. O Brasil precisa com urgência de mais militares, políticos, jornalistas, professores, magistrados, cidadãos, terrivelmente patriotas e intelectualmente honestos.
Concordo com o JK3. Jogar a culpa nos militares é diversionismo, eles são apenas proxys nessa estratégia. Os militares apenas passam o pano e deixam a coisa acontecer, quem fez o trabalho pesado mesmo foi o judiciário. Afinal, quem impediu o Lula de ganhar a eleição de 2018? O tweet do Villas Boas foi somente um endosso, um recadinho que as FA estavam de acordo com tudo que o judiciário estava fazendo. Muito falam sobre os militares, mas vejo poucas matérias sobre a classe do judiciário brasileira, suas origens e sua invisibilidade, apesar da importância que sempre tiveram e que só cresce. Entendo o medo de processos, somente falar sobre os aumentos salarias dessa corja já é suficiente para ser processado, mas bem que poderiam dar o trabalho de escrutinar essa galera a um site ou blog estrangeiro, que pudesse jogar luz na lama que essa classe está atolada e que poucos ousam se meter