Militar envolvido com negociações da Covaxin ganha cargo no Exército

Alvo de investigação na CPI da Covid, coronel Marcelo Bento Pires tem vínculo com as Forças Armadas desde o mês de julho

Agência Brasil

Jornal GGN – O militar da reserva Marcelo Bento Pires, ex-diretor do Ministério da Saúde e um dos alvos de investigação da CPI da Pandemia, foi nomeado a um cargo de assessoria técnica dentro do Exército brasileiro.

O coronel foi exonerado do governo em 09 de abril, mas desde 1º de julho ele tem exercido “a tarefa de assessoramento técnico nos assuntos e atividades de Estado-Maior do Comando Militar do Leste [Rio de Janeiro]” por um prazo de dois anos. A nomeação foi assinada pelo general do Exército José Eduardo Pereira.

Documentos obtidos pela Agência Pública mostram foi a partir do coronel Pires que a Senah (Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários), presidida pelo reverendo Amilton Gomes de Paula, conseguiu acesso ao Ministério da Saúde, onde Amilton e outros representantes estiveram para uma reunião em 02 de março para tratar da “aquisição de vacinas AstraZeneca”.

O coronel Pires também foi acusado pelo servidor público Luís Ricardo Miranda de pressionar pela compra da vacina indiana Covaxin. Por conta dessas intervenções, o nome de Pires foi incluso na lista de investigados pela CPI da Pandemia e, embora o requerimento pedindo seu depoimento tenha sido votado em junho, ainda não existe uma data certa para seu comparecimento.

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