A nação do bundalelê, por Arnaldo César

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Do blog de Marcelo Auler

A Nação do bundalelê

por Arnaldo César

Desde quando tomaram o poder, os golpistas que se aboletaram no Palácio do Planalto, em Brasília, passaram a comandar o País na base de chantagens, truques ardilosos, chicanes, acordos por debaixo dos panos e pequenos expedientes.
 
É verdade que a política brasileira sempre se movimentava dentro dessa lógica. Só que antes agiam na calada da noite. Hoje, os bucaneiros de plantão fazem isso às claras. Ás vezes na frente das câmeras, em cadeia nacional.
 
O pudor – sentimento de vergonha por atos que firam a decência –  foi mandado ás favas.

 
O recém-empossado presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mal havia acabado de contar os votos que lhe reconduziram ao cargo, colocou em votação o regime de urgência para um destes desavergonhados projetos de lei. O que livrava a cara dos partidos de qualquer tipo de prestação de contas junto aos tribunais eleitorais.
 
Maia e os parlamentares por ele comandados – inclusive os do PT – imaginavam que com esse movimentos sorrateiros iriam conseguir blindar suas respectivas agremiações das garras da “Operação Lava Jato”. Por sorte deram com os burros n’água. E, agora vão ter que inventar um novo truque parlamentar para enganar o populacho.

O expediente maroto acabou rendendo dores de cabeça para o jovem presidente da Câmara. Na base da retaliação, a Polícia Federal mandou escancarar no “Jornal Nacional” que o nobre deputado fluminense andou embolsando um jabaculê de R$ 1 milhão, pagos pela empreiteira OAS.

Lá das masmorras de Curitiba, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), bafejado pela mídia golpista como o “inteligente dos políticos em atividade”, anunciou, durante a sua inquirição pelo juiz Sérgio Moro, que também padece de um aneurisma cerebral.  Aproveitou que a Nação ficou consternada com a morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia por conta de doença idêntica, e representou o seu papel de vítima.  Algo ratificado, posteriormente, num artigo nas páginas de opinião da “Folha de S.Paulo”.

Entorpecidos por tantas e repetida trampolinagens, a maioria dos brasileiros, talvez, não se deu conta do escárnio a que foram submetidos. Afinal, a palavra “político”, no Brasil, sempre rimou com “espertalhão”.

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Redação

6 Comentários

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  1. a nação….

    Sabe o que falam dos espertos. Sempre encontrará outro mais esperto que ele. Somos a Pátria dos Espertos. Explica muito da situação nacional que não se altera. Quando do golpe no governo Collor, que parecia proveitoso e grande oportunidade, as vantagens momentâneas silenciaram pseudo-democratas. Cuspiram para cima. 20 anos depois?! Como explicar ou condenar a atual sitaução, se ela foi redigida e construída por golpistas. Os de ontem junto com os de hoje. O golpe contra o governo Collor foi contra o povo, não contra uma figura. Assim como o de 2016. Um governo sem apoio politico só pode ser substituído por outro governo eleito. Democracia plena, geral e irrestrita. Obrigatória na sua construção, facultativa e livre na sua execução. Do povo, pelo povo, para o povo. Mas nesta democracia burguesa liberal, nossa elite esquerdopata fundamentalista não crê. Ainda hoje, em pleno 2017, quer forçar sua opinião que a sociedade precisa ser representada por terceiros e não por ela mesma. Como manter o Poder e  o discurso, se a sociedade já demonstrou que são dispensáveis e substituiveis? Como?! Para uma elite que acredita ser dona do Estado e instituidos divinamente como Salvadores da Patria? Na atual situação à beira de um colapso institucional, governados por um presidente sem votos, quando os dois que tiveram mais de 100 milhões de votos não governam, ainda se programa o voto em urna eletrônica. Agora ainda mais vigiada e controlada através da biometria, ainda mais ditatorial e obrigatória. Ainda mais custosa e burocrática, que elevará para inacreditáveis 500 milhões de reais por pleito, farra de Tribunais e Juízes do Sistema Eleitoral. Não se falou de voto facultativo, referendos e plebiscitos de toda ordem e momento em urnas de papelão como em qualquer democracia mais verdadeira que a nossa.  É muito fácil explicar o Brasil. E lamentar.         

  2. Oh! senhores, isto é só o fim

    Camisa de Vênus. Discípulos de , talvez, o mais escrachante músico brasileiro – Raul Seixas – na década de 80 , já previa qual seria o nosso fim. Enfim, apertaram o botão de “foda-se . Nós estamos aqui para livrar a nossa pele e ninguém tem nada a ver com isto.” Nada mais se encaixa, dizia a canção da citada banda baiana de rock nacional. E é verdade. O povo dividido entre coxinhas e mortadelas e aqueles que ainda relutam tomar um partido, se por acaso se manifestrem deste ou daquele jeito, são rotulados em um dos grupos, mesmo que critique os dois, ou varie suas opiniões entre concordar com este ou aquele. O conluio PSDB/PMDB temerista/mídia que se mantém intacto ri de nós. O Poder Judiciário, domado pela batuta do Sérgio Moro já mudou de sede. Hoje o festejado magistrado de piso de curitiba já não desfruta de prestígio algum. Foi chutado, pois não apita mais nada ( aliás como previsto). Hoje os heróis da putaiada são Edson Fachin, que embora possa não ter quisto isto, há de lembrar o que aconteceu com o seu colega de toga, do qual ninguém sabe a verdade sobre o seu destino findado na baia de Angra dos Reis. Embora o tão rápido desfecho e o ” não se fala mais nisso” , hipóteses não devem ser descartadas. Isto é o fim. é o fim do sonho da justiça social, do desenvolvimento , do projeto de nação, da inclusão do Brasil dentre os maiores países do mundo. Mumias de outrora revelaram-se poderosas e os monstrinhos que criaram rezam com sucesso a mesma cartilha. Pindorama retorna a mediocridade de sua subserviência e aos discursos vazios da hipocrisia e falsidade de quem a comanda. É o pior dos quadros.  

  3. deu no brasil 247:
     
    Confira,

    deu no brasil 247:

     

    Confira, abaixo, transcrição textual da determinação da diretora da GNEWS:

    — (…) Fachin vai liberar todos os vídeos das delações [da Odebrecht] de uma só vez. Não dará tempo de decupar [analisar e editar] as imagens… Você vai liderar uma força-tarefa em Brasília. Sua equipe vai assistir a todos os vídeos das delações. Assim que ouvirem “Lula” ou “Dilma”, coloquem no ar, na hora, ao vivo, interrompendo qualquer programa, no Plantão. Depois a gente assiste o resto. Dilma e Lula têm que ser denunciados na frente de qualquer outro delatado

    Segundo a fonte, aparecerão nomes de políticos importantes de todos os partidos, incluindo PSDB. A estratégia em questão serve para que Lula, Dilma e o PT não se beneficiem do prejuízo de imagem que terão seus adversários.

  4. A Nação do …….
    Vamos à moda francesa. Será o final da IV República. Falta-nos um De Gaulle. Temer é caricatura. Como já dizia o General acima citado. Não o povo, mas sua classe dirigente

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