Luís Roberto Barroso, o iluminismo ao creme brule

Encerra-se num ciclo, o país entra em uma nova etapa. Seria a pós-modernidade? Seria o pré-futuro? O país perdido anda atrás dos novos intérpretes, aquelas pessoas dotadas da acuidade maior, dos que sabem ler através dos tempos, entender os registros da contemporaneidade com a visão de futuro e ler o passado com a visão de presente e tudo embalado em sólidos conhecidos políticos, sociológicos.

A falta de rumo nacional gerou um tipo novo de compulsão: os desbravadores de futuro, intelectuais ou políticos acostumados com a superficialidade atávica da chamada mídia de massa, especialistas em manejar conceitos de senso comum.

Qual o novo campeão que se apresenta? O Ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), através das páginas ilustríssimas da revista Veja, um dos símbolos maiores da cultura nacional da pós-verdade.

No artigo que escreveu para a revista, Barroso propõe uma inovação sociológica, uma espécie de manual Marcelino de Carvalho de boas maneiras politicamente corretas, um compêndio de frases de senso comum aplicadas à análise política. Algo assim: “como participar de um sarau líbero-político sem fazer feio”.

Como um intelectual da moda, Barroso inicia seu artigo definindo os modismos sociológicos. Diz que “narrativa” é palavra da moda. E, sentencioso, diz que “considero-a melhor do que pós-verdade, oficialmente vencedora do ano de 2016”.

Há alguns anos, “narrativa” é palavra mais batida que “empoderamento”, mas deixa para lá. Novo é o que se nos parece novo. E o Ministro Barroso acabou de mergulhar nos múltiplos significados de “narrativa”.

Modesto, inova escrevendo um artigo jornalístico com bula.  

No abre, explica ele que seu artigo se propõe “a definir a relação do indivíduo com o país, com os outros e com o mundo, um esforço de auto compreensão, de reconstrução da própria trajetória e da busca de um sentido para o futuro”. É pouco? “Nela está embutida a exigência de se fazerem diagnósticos certos e sem idealização, e de se buscarem as soluções que o realismo e o bom-senso impõem”.

Vamos ver como nosso brasilianista padrão Veja enfrenta o desafio que se propôs.

Parte 1 – a parte positiva do Brasil

O brasilianista tardio mergulha em Gilberto Freyre – perdão, nos estereótipos de Freire – e enaltece a democracia racial, a diversidade religiosa, as fronteiras pacíficas, as riquezas naturais, o bom humor, alegria de viver. “Gente sem medo e sem culpa de ser feliz”, conclui. Fica a impressão de que Barroso pesquisou fundo esse Brasil no filme “Sabor de Paixão”, onde a “brasileira” Penélope Cruz, dona de um restaurante na Bahia, mora em um apartamento com amigos gay, cozinha que é uma maravilha e tem um namorado que faz serenatas românticas. http://www.adorocinema.com/filmes/filme-25121/

Parte 2 – a parte negativa

O Mago de Apipucos sai de cena e entra o Iluminista do Leblon. Menciona a violência, os assassinatos, os crimes de gênero, a falta de habitação, de saneamento, a favelização, a degradação ambiental. E dá-lhe problemas de educação, segurança, poucas instituições de ensino de destaque e estatais soterradas pela corrupção. Nada de que se possa discordar. Nada que exija maior acuidade sociológica para identificar.

Vamos à síntese, que Barroso batizou de “a nova narrativa para o país”.

Parte 3 – a nova narrativa e o oficialismo

Diz Barroso modestamente que precisamos de uma nova narrativa, um exercício de pensamento original, “que ajude a definir o nosso lugar no mundo”, uma nova narrativa capaz de olhar para frente e para trás, de apresentar diagnósticos e propostas. E abre o Olimpo mencionando modestamente seus colegas brasilianistas, Euclides da Cunha, Freyre, Sérgio Buarque de Hollanda etc, incluindo artistas como Villa-Lobos, Chico e Caetano.

Identifica três “disfunções atávicas” do Estado brasileiro: o patrimonialismo, o oficialismo e a cultura da desigualdade.

O “oficialismo” é o ato de depender do Estado, “isto é, da sua bênção, apoio e financiamento(…) para todos os projetos pessoais, sociais ou empresariais”.

Diz ele que todo mundo anda atrás de emprego público, crédito barato, desonerações e subsídios. Inclui no oficialismo desde o patrimonialismo mais anacrônico até instrumentos de política econômica que são padrão em qualquer nação civilizada.

Trata o “crédito barato”, isto é, a parcela mínima do crédito que guarda alguma isonomia com as taxas internacionais, como se fosse um anacronismo dos dependentes de Estado. “Cria-se uma cultura do compadrio”, diz ele, referindo-se a um Estado que com todos seus defeitos, foi personagem central para a maior política de inclusão social da história e, em alguns momentos, promotor de desenvolvimento, um Estado que gerou um BNDES, uma Finep.

Enfim, não demonstra o menor discernimento para entender adequadamente o Estado, de maneira a separar os vícios das obrigações.

Parte 4 – a cultura da desigualdade

Diz ele que como não existe no Brasil uma cultura de que todos somos iguais, cria-se um universo paralelo de privilégios, imunidades tributárias, foro privilegiado, juros subsidiados, auxílio-moradia, carro oficial. Enfim, uma mixórdia em que mistura instrumentos de política econômica com mordomias generalizadas.

Para seguir o padrão – de sempre mencionar o iluminismo, como se ele fosse seu profeta –  define outros profetas nacionais, todos juristas como ele, como Joaquim Nabuco, Ruy Barbosa, San Thiago Dantas, “nenhum deles foi a voz que prevaleceu em seu tempo”. 

Poderia estudar um pouco mais o papel de Ruy no “encilhamento” e na Constituição, ou se aprofundar nas propostas de San Thiago. Com seus vícios e qualidade, todos ostentavam um grau de compreensão de país do qual Barroso está a léguas de distância.

Finalmente propõe o “projeto progressista“, com os eixos econômico, serviços públicos de qualidade e sistema fiscal menos regressivo. E “uma onda de patriotismo e idealismo”.

Não cometeria a injustiça de dizer que Barroso é raso como Cristovam Buarque. Mas passa perto.

Antes dele, no fim do século 19, um autor brasileiro, Manuel Bonfim, se encantou com a cultura política norte-americana, como Barroso se encanta, se encantou com as formas de participação social dos EUA, que fazem o encantamento do nosso Iluminista do Leblon. Mas conseguiu tirar um conjunto de definições objetivas sobre o papel do Estado, propondo um desenho de país com muito mais solidez do que os chavões brandidos por Barroso.

As discussões sobre o papel do Estado são muito mais complexas do que essas simplificações made in GLobonews. Exigem o claro entendimento sobre o papel do Estado como agente moderador das desigualdades, como instrumento de desenvolvimento. Implica em entender o papel da inovação – que, pelo artigo de Barroso, nasce do boto -, do financiamento, da criação de ambientes econômicos isonômicos com o mercado global e, ao mesmo tempo, discutir as formas de controle do Estado, para impedir o exercício arbitrário da vontade.

Implica em muito mais, no papel do orçamento público – que Barroso trata com a mesma profundidade com que analisa o orçamento de uma dona de casa. Exige um entendimento adequado sobre a função anticíclica dos gastos públicos.

Enfim, um desafio extraordinário, que exigirá pensadores sólidos, sem se prender a chavões ideológicos, à compulsão estatista da esquerda e ao mercadismo sem limites de nossos liberais de boutique. Equivale a pensar projeto de nação, algo que vai muito além dos modismos narrativos da mass-midia.

O novo país exige novos intérpretes. Mas seguramente, não será a superficialidade de Barroso que conseguirá desbravar os novos caminhos.

Luis Nassif

83 Comentários

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  1. Penduricalhos do Estado que

    Penduricalhos do Estado que paga a ele um dos maiores salários de júizes no mundo. Engraçado como fala de politicos e da sociedade como se o poder judiciário fosse um primor de austeridade, coerência e eficiência. Isso para não falar da honestidade. 

    Pós verdade é o iluminismo dele. 

    Aliás, o supremo é a própria pós verdade, vide teoria do dominio de fato. Pode até não ser, mas vamos acreditar que é. 

  2. O futuro está em alguma

    O futuro está em alguma menina que está hoje entre seus 15 e 18 anos. Pode escrever aí. É a geração que ocupou as escolas. Eles (elas) entendem exatamente o que está acontecendo. Torço para que o PiG e a “meritocracia” não os levem embora, seria realmente uma pena. Aquela menina secundarista, a Ana Julia, que deu uma aula na Assembleia Legislativa do Paraná. Essa é a interpretação correta dos nossos tempos e é isso o que amedronta os donos do poder. Poucos notaram, mas logo após o discurso dela, houve um esforço conjunto da direita e dos golpistas para diminui-lo e desmoralizá-lo. Vi isso de uma maneira rápida e enfática como poucas vezes vi. Eles já sabem disso, mais do que a gente.  

    1. Até ess geração poder

      Até ess geração poder concorrer a presidência, esse país estará morto !!!

      Essa geração que está agora entre 20 e 30 anos é um Saco de bosta !!!

      80% é ultraliberal reaça coxinah e os outros 20% é esquerdinah DCE Troska cirandeira.

  3. Eh disso que o supremo

    Eh disso que o supremo precisa mesmo!

    Uma Carmen Lucia de saias, tao Rainha da Inseguranca que te da ate medo de a ouvir fal…

    Opa!  DUAS CARMENS LUCIAS, eu queria dizer.

    E se uma delas vacilar no amontoado de clichees…  os testiculos caem no chao e elas broxam para todos os sempres…

    O iluminoso gostaria de nos dizer mais rapido exatamente QUEM ele vai tirar da cadeia por pedido da rede golpe em poucos dias?

    Ou eh pedir demais?

    Nao, Nassif.  Pode publicar.  O item eh tao beijabunda -o dele, nao o seu- que esta claro que ele foi cooptado.  Que pena que eh tao feiiiiiiinho…  uma fiuuura so!

    A maquiagem dele vai ser feita por quem? (eh que a Abril ja nao tem dinheiro, e esta claro e evidente que foi pedido “de alguem”…  Alguem da rede golpe, claro.)

  4. Às vezes me custa muito

    Às vezes me custa muito acreditar que um Ministro do STF tenha tão pouco conhecimento sobre o Estado e suas funções, especialmente em países com imensas desigualdades como o Brasl. Impressionante como pode um homem desse quilate imaginar que possamos ter, num passe de mágica, um Estado que não cumpra as funções tão bem elencadas no texto do Nassif.

    Juro que, a certa altura, me veio o temor de que Barroso ia adotar a tese do “bolsa esmola”. Se repudia juros subsidiados – essenciais, por ex, para programas como MCMV – me parece razoável pensar que rejeita, igualmente, dinheiro em espécie repassado diretamente do Estado para famílias de baixa renda.

    Aliás, será que Barroso sabe o que é uma família de baixa renda? Terá ele ido alguma vez ao Nordeste ou Norte, via terrestre, passando por cidadezinhas perdidas no interior do país, sem estrutura, sem empresas, sem recursos, onde o Bolsa Familia, depois de instituído, passou a movimentar uma pequena economia local? Será que Barroso tem noção de que o país só muito recentemente contou com um programa sério de eletrificação rural, o Luz para Todos, que trouxe enormes contingentes populacionais da idade média para o Sec. XXI?

    Quando ouço o que Barroso diz me vem à mente a Corte brasileira do Império, constituída por homens formados na Europa, mas que nada conheciam do país onde viviam.

    Aliás esse é um problema endêmico no STF brasileiro. Estudaram muito, mas sabem quase nada.

  5. O que ou quem transformou o Barroso num canalha covarde

    Barroso era uma notoriedade, uma cabeça racional e humana que faltava no STF. Vibramos quando ele foi para o STF, ele mostrou que faltava Iluminismo naquele STF. Mas, de repente, ele se tornou um papagaio que repetia pensamentos de iluministas e não sabia mais o significado do que dizia, ele se tornou covarde, canalha e deu um chute naquele Barroso pré-STF.

    O mesmo ocorreu com Fachin, que se tornou Fraquin, covarde e canalha.

    1. Paraíso Fiscal, talvez seja a razão…

      Luís

      O ponto de inflexão, na minha limitadíssima percepção, ocorreu quando espalharam um boato de que a mulher dele, Luís Roberto Barroso, tinha uma empresa de fachada num paraíso fiscal.

      Se o boato era verdadeiro ou falso, ficamos sem saber. Porém, a partir desse dia ele mudou o comportamento. Ou será que estou errado ?

    2. Rabo

      O “poder” financeiro global pega pelo rabo a qualquer um que mostre fragilidade.

      Por isso saiu Joaquim Barbosa do STF, depois que pegaram ele com AP em Miami.

      O Barroso segue pelo mesmo caminho, através da sua mulher, que com offshore comprou imóvel de luxo a poucos quilômetros de Miami

      Fux com a filha, Dias Toffoli por favor feito pelo Gilmar. E por aí vai…..

      O sujeito, com rabo preso, fica muito estimulado para agir em favor do capital global. Pode perguntar ao Temer.

      1. Este é o X da questão

        Além da ignorância, que possibilita a manipulação midiática das massas, o poder se mantém através da hábil utilização dos podres dos agentes chave: políticos e juízes. Dilma foi um caso à parte, não tinham como manobrá-la como marionete presa pelas cordas da chantagem. Mas ser honesta não basta onde a versão supera os fatos. Ela se fiou muito na crença de “quem não deve, não teme” e aí todos os “rabos presos” se juntaram para linchá-la. O sistema se perpetua pelo uso de suas marionetes, que são a maioria não por um mero fruto do acaso… a minoria, ou não faz diferença ou é descartada, como finado Teori.s

  6. Será que…

    Por serviço público de qualidade o seu Barroso entende também um Judiciário que não leve anos pra julgar ações penais enquanto os réus mofam na cadeia, ministros do Supremo que não passem anos barrando processos cruciais com pedidos de vista e juízes que não ganhem penduricalhos nababescos e ilegais?

  7. Nassif,
    Pelé é a única

    Nassif,

    Pelé é a única contribuição da civilização brasileira para o mundo. Dê um desconto ao Barroso. A mediocridade é a regra desta terra.

    O sujeiro acumulou alguma riqueza, algum prestígio, e usou-os bem para conseguir um lugar no STF. Depois de estrear naquela casa sendo enquadrado por uma campanha na internet, ele tenta desfazer a má impressão que deixou sua coragem ao projetar a imagem de iluminista. Tal qual Cistóvam Buarque, enganará apenas os mais tolos do que ele próprio, que não são poucos. Mas ele sabe que aqueles que deseja impressionar enxergam apenas pedantismo naquilo que ele vê como inteligência.

    1. Entenda a mediocridade como um bem ou um dom da humanidade

       

      Alcides Carpinteiro (sábado, 04/02/2017 às 23:03),

      Faltou escrever direito o final do seu parágrafo. O certo seria dizer “A mediocridade é a regra deste planeta Terra.”

      Parafraseando maldosamente Luis Nassif diria que você se deixou acometer da mesma compulsão que frequentemente acomete Luis Nassif: a compulsão pelo estadista. Aliás, ao ler a frase de Luis Nassif: “a compulsão estatista da esquerda” eu entendi “compulsão estatística da esquerda”. Fiquei confuso porque não tinha ouvido falar que a esquerda tivesse compulsão pela estatística. Depois eu achei que ele queria dizer estadista e ai eu nem precisaria parafrasear parodiando Luis Nassif. É uma crítica que eu sempre faço a ele ficar a procura de um grande nome nacional que tudo resolva.

      Luis Nassif como inúmeros aqui no blog incluindo você não aceitam a mediocridade da natureza humana. Estão sempre a procura de um super-homem. Luis Nassif foi durante muito tempo um defensor dos 12 jatenes, como se o próprio Jatene fosse um Jatene.

      Eu concordo que o texto de Luis Roberto Barroso seja medíocre, mas peço que você mencione alguém capaz de fazer um texto melhor do que o de Luis Roberto Barroso. E daria a opção de você buscar esse super-homem em outro país.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 04/02/2017 (Em Pedra Azul)

      1. Prezado Clever, tem uma piada

        Prezado Clever, tem uma piada misogina, antiga, dos tempos do permissível politicamente incorreto, pouco engraçada, que fala de um julgamento nos grotões de Pindorama, de um marido traido que matou a mulher. Sem posses para contratar advogado da “civilização” e não havendo advogado na cidade o juiz nomeou para a função de defensor do acusado um cidadão comum, de poucas letras, beirando o analfabeto. Após o discurso acusador do promotor, o “advogado” de defesa, percebendo que o juri era composto só de homens, disse apenas: “Num intendo nada desses negócio de leis, só o que sei é que se tiver algum jurado corno que condene, os resto tem que inocentar”.  Absolvido por unanimidade ! Conclusão: Esse “advogado” da anedota, longe de ser um super-homem, escreveria um texto melhor que o o juiz porque apesar de não conhecer a Doutrina conhece a realidade que o juiz desconhece.

         

  8. Sinceramente, muito

    Sinceramente, muito pretensiosa e arrogante a crítica do jornalista. As ideias relatadas NÃO são bobagem, são reflexões tão válidas quanto as com que o próprio jornalista costuma nos brindar nesta página; tão embasadas ou pouco embasadas quanto estas. Respeito MUITO o trabalho do jornalista Luis Nassif, mas desta vez deixou a hybris tomar conta, permitindo-se dirigir a um outro uma crítica que poderia caber perfeitamente a si mesmo.

    1. Por outro lado

      Tão tá Ralph,

      O velho Luís deixa de ser jornalista com opiniões jurídicas e o outro Luís deixa de ser juiz com opiniões jornalísticas.

      A grande diferença meu caro é que fazer Jornalismo pode ser ou não do agrado de quem lê, e uma ou várias decisões jurídicas vão FUDER meio ou o mundo todo, sobretudo se quem a profere está a serviço das castas econômicas, politicas e culturais. Um está na vida das opiniões por opção e outro, vemos agora, esta na vida jurídica como finalidade e a serviço dos que mandam. Só de escrever para a inominável percebe-se o que realmente ele é. Razo.

    2. Prezado,
      nunca tive a

      Prezado,

      nunca tive a pretensão de enquadrar meus artigos jornalísticos na lista dos grandes intérpretes do país. Nem de me equiparar a Ruy, Nabuco e Dantas com ideias chinfrins. Não conheço o suficiente de Brasil e de sociologia para uma obra acadêmica, mas conheço o suficiente para identificar as análises medíocres.

  9. Um artigo para a Veja …

    Um artigo para a Veja já deveria ser considerado crime ….

    E ele foi nomeado por quem mesmo !?

    Espero ver a crítica do juiz que o Temer vai nomear ….

  10. Se houvesse prêmio anual de pedante e/ou pernóstico

    Ele ganhava todos os anos . Sempre que assisto o STF e vejo o Barroso é a única coisa que consigo pensar

  11. Nem esperou esfriar o artigo
    Nem esperou esfriar o artigo onde sugere que nossas universidades públicas deveriam adotar o sistema de financiamento de Harvard. E ninguém pensou nisso antes.

  12. Bufão

    O processo de desmoralização do poder legislativo e executivo, levado a cabo pelos próprios e pela mídia golpista, resultou na transferência de parte do poder político para o judiciário. Dotados de superpoderes, juízes e procuradores acreditam-se deuses infalíveis e donos absolutos da verdade. Seus egos se expandem à velocidade da luz. Mas para os cidadãos mortais, a luz emitida pelos “príncipes da justiça” ilumina-lhes tão somente a prepotência, a arrogância, a soberba, a ausência de autocrítica. Perdem a noção de seus limites, enfim, perdem a noção do ridículo. Correm o risco, não distante,  de caírem do olimpo e se transfomarem em bobos da corte.

  13. Um Brasil único no mundo?

    Só se tivesse continuado uma monarquia parlamentarista, única na América, o invés de copiar desgraçadamente a república ianque. Enfim, não estamos em busca de ser a pérola barroca, queremos é um Estado menos achacador e menos demagogo. Ninguém aguenta mais tanta pobreza financeira, simbólica, cultural, participativa. Ninguém aguenta mais o comodismo que nos aprisiona em um sistema que nos ilude há 128 anos. Olhemos os dados da ONU, quais são os modelos e formas de governo que dão mais certo nos quesitos economia, igualdade social, educação e saúde? Presidencialismo mal aparece. Esse sistema não presta, pois não gera simbiose política, em compensação gera esse eterno sonho de amanhã será melhor. Depois de 128 anos o sonhador já morreu? Ninguém vive tanto tempo. A fome é hoje, a desqualificação é hoje, o achaque é hoje.

    1. Nao entendi

      Qual o problema específico do presidencialismo? Acho que nao captei.

      Seu argumento apresentado em forma de pergunta eh o seguinte: “Olhemos os dados da ONU, quais são os modelos e formas de governo que dão mais certo nos quesitos economia, igualdade social, educação e saúde? Presidencialismo mal aparece. nao encontra respaldo estatisco nenhum.”

      Quais dados da ONU? Eu creio que sua opiniao nao procede nem em termos de sucesso interno de um modelo politico, nem em termos “desenvolvimentistas”.  Para alem disso, a ONU é a policia internacional, a planificadora da economia internacional e o legislativo internacional de um imperio ocidental do qual somos vistos como latinos mas nao ocidentais.

      A única alternativa seria o parlamentarismo. Alerto que o executivo existe justamente como contrapeso ao outros poderes para que o legislativo nao queira passar aquele ar hiprocrita e mentiroso que o judiciario geralmente passa: de se julgar “tao tecnico” que se ve como apolitico.

      Repudio veemente a primeira afirmacao hipotetica. A monarquia associada ao republicanismo+democracia é uma afronta a cidadania e a isonomia, mas primeiramente ao intelecto humano. Depois dizer que no brasil há pobreza cultural…nem vou entrar no mérito mas querer discutir isso nesses termos rico/pobre, vamos dizer assim para sermos amenos, é no min “entrar no mato sem cachorro”.

       

       

       

  14. Estamos em um caminho sem volta

    O governo de conciliação liderado pelo pelo PT promoveu uma inclusão social, que nos coloca no caminho sem volta para uma sociedade mais igual, o que vai fazer do Brasil e da América Latina um dos maiores mercados consumidores do mundo.

    Apesar da recessão e dos retrocessos, a vida de milhões de famílias ainda não foram afetadas significativamente, mas tudo indica que se a aprofundar a recessão haverá uma reação da periferia urbana com confrontos violentos, onde até uma revolução social que provoque profundas e rápidas  alterações no estado brasileiro não está descartada.

    Na medida em que se iniciar um movimento dos setores organizados em contra o recesso social e politico, haverá uma adesão gigantesca dos moradores das periferias urbanas, principalmente dos mais jovens.

    Há um exército adormecido nas periferias, que se colocado em movimento por uma luta contra  o retrocesso social, farão os movimentos de 2013 parecerem reunião de bar de esquina.

    Se houver eleições em 2018, elas serão o caminho para a retomada do processo de distribuição e a consolidação de um dos maiores mercados consumidores do mundo, caso contrário estaremos nas portas da revolução social no Brasil e da América Latina.

     

     

    1. Fazia tempo que não topava

      Fazia tempo que não topava com um comentário do Roberto São Paulo por aqui. Adoro ler. É pragmático e sempre bem embasado. Agora aparece com esse comentário bastante esperançoso. Será se você vai se aproximar da verdade mais uma vez, Roberto? Tomara meu Deus…

    2. Penso que a chance de NÃO

      Penso que a chance de NÃO haver eleição presidencial em 2018 é de 97%.

      Tenho certeza de que a maior preocupação dos golpistas é evitar estas eleições, com ou sem Lula. Neste momento estão a bolar alguma estratégia palatável para apresentar à população.

      Desta gente espero qualquer tipo de armação. 

  15. Transformaram o stfezinho

    Transformaram o stfezinho nessa espelunca de porta-de-cadeia. Há anos não passa por lá um constitucionalista da gema. Esses ditos “adoutorados” aqui e acolá, em síntese, não passam duns “descriados-literatos-intelectualóides”. Mas, que fazer se eles, mais do que serem indicados pela presidência da república, precisam passar por sabatinas entre debilóides-acolherados-em-negociatas e, pior, por eles aprovados (ou não). A partir daí, mesmo não gostando da “peça”, o Lula não conseguiu “emplacar” nem o Tarso Genro. Aí está o tribunalzinho acostado em alambrados. Esse, apenas mais um pedantes além de qualquer conhecimento: poderíamos dizer a ele que “é o sistema, ó, pós narrativa-destrembelhada”? Melhor não, vá que me desenquadre ou coisa igual. Haja país merreca.

  16. Nassif nocauteou com

    Nassif nocauteou com elegância. Por ora só falta uma nota de um juiz de piso elogiando as platitudes, aí será o soco que Cassius Clay evitou em George Foreman. 

  17. Um iluminista

    Barroso aponta sua lanterna mágica à fonte da obviedade e dela absorve todo o conteúdo. Sua grande contribuição para o país é apresentar o comportamento e ideias que aqueles que querem construir a nação não devem ter. Agora, voltando ao bisines. O que é um estadista? O que é projeto de nação? Vamos tratar disso no blog?

    1. Agradeco pelo video

      Me parece patologico a dificuldade que juristas tem em expor qualquer coisa com clareza. A arrogante ambicao de prover um ar técnico ao direito comumente se transforma num emaranhado sematico e logico transbordando palavras que eles consideram “jargoes” mas que no fim nao passam de rasgacao de seda mal utilizidados. Outras áreas abordam os mesmos temas com muito mais clareza e muitas vezes operacionalizado muito mais coerentemente.

      Por isso, fazia tempo que eu nao assitia advogado falando de direito. Apesar de näo ter “aquela fala contundente” o Sr. Zaffaroni realmente expöe de forma clara, inclusive com modestas incursoes em questoes espistemologicas quando menciona alguns autores, a falacia e o perigo do uso pratico de conceitos como o da seg nacional justamente para “legitimamente” permitir o abuso de instrumentos juridicos e da burocracia policial contra toda sorte de supostos infratores. A fala dele cai como uma luva de pilica dando nessa Farsa a Jato.

      Detalhe que aquela abobalhada e incontida da Janaina Gardenal tava la fazendo de conta que estava ouvindo. Para ver que informacäo e educacao nada valem ser uma formacao solida e permanente do carater.

  18. O proselitismo inutil dos juizes

    Assim como certos senadores que nunca fizeram nada de concreto par melhorar, agilizar o Senado em suas despesas e produtividade, há juizes que também se exibem na mídia com um  proselitismo superficial e blasée, esquecendo que eles atuam em uma das insitituições mais importantes para uma nação: o Judiciário. JUstamente a insitituição que se afunda em uma maré de descrédito por conta de sua lerdeza, suas contradições, suas arbitrariedades e seletividade- Barroso podria gastar suas energias midiáticas a favor de uma Justiça melhor para o Brasil e não insistir em um proselitismo inutil .É  fácil  ca….. ditar regras….

    .

  19. O imaculado

    Há muito tempo, tenho ojeriza à Veja. Viro meu rosto quando percebo-a pendurada numa banca de jornais, ou numa pilha de revista em revistaria. Certa vez, fiz um mote com a rediviva propaganda “Assine a Veja e ganhe…” – a escuridão, escrevi. Um dia, como tenho presbiopia e estava sem óculos, aproximei-me pensando tratar-se de outra revista. Que asco! Li um disparate completamente sem nada de real sobre Lula. Deu vontade de rasgá-la ali mesmo, confesso. Tal foi a minha raiva, que imaginei que revistas daquele teor deveriam exalar cheiro, para evitar que pessoas distraídas como eu cometessem o erro de entrar em contato visual com aquela publicação de merda. Cheiro de merda é o que ela tem em suas profundidades.

    A julgar pelo artigo referido pelo post, Barroso, portanto, encontrou na “Veja” seu lugar, cujo formato caiu-lhe com perfeição. Quando de seu ingresso no STF, sorri alegremente. Eu conhecia um pouco sobre seu trabalho e hoje deploro que tenha conseguido encontrar seus assentos: STF e Veja. É muito estranha a virada de 180 graus de Luís Roberto. Alguns dirão: Bolso cheio. Outros dirão tratar-se de um bom ator. Eu adiciono que pensa ser imaculado. De fato, quem encontra assento no STF sente ser – com todo respeito –  a própria Virgem Maria. Ninguém jamais conseguirá derruba-lo de seu pedestal. Pois que fique lá imaculado pela chuva de merda que o pega sem guarda-chuva.

     

    Quando comecei a ler o post, lembrei-me de Darcy Ribeiro, cujo caráter e bom humor sempre me animou:

     

    Darcy Ribeiro foi eleito em 8 de outubro de 1992 para a cadeira 11, que tem por patrono Fagundes Varela, sendo recebido em 15 de abril de 1993 por Cândido Mendes.[4]

    Em seu discurso de posse, deixou registrado:

    Confesso que me dá certo tremor d’alma o pensamento inevitável de que, com uns meses, uns anos mais, algum sucessor meu, também vergando nossa veste talar, aqui estará, hirto, no cumprimento do mesmo rito para me recordar. Vendo projetivamente a fila infindável deles, que se sucederão, me louvando, até o fim do mundo, antecipo aqui meu agradecimento a todos. Muito obrigado.
    Estou certo de que alguém, neste resto de século, falará de mim, lendo uma página, página e meia. Os seguintes menos e menos. Só espero que nenhum falte ao sacro dever de enunciar meu nome. Nisto consistirá minha imortalidade.”

    Esqueci de dizer que quanto mais me afasto de “Veja”, mais compreendo o Brasil.

     

  20. Roberto Mangabeira Unger

    O eminente professor de Harvard poderia ser esse intérprete, Nassif? É o guru do Ciro Gomes. Parece que Unger está trabalhando para montar o projeto da candidatura de Ciro em 2018. Nassif não gosta de Ciro Gomes, acho que é uma questão pessoal (rsrsr..)porque o Ferreira Gomes representa uma esquerda substantiva, coisa que Nassif é, então deviam está mais unidos em meu entendimento.

    1. Várias dúvidas

      “porque o Ferreira Gomes representa uma esquerda substantiva”

      Quem é este tal Ferreira Gomes?

      O que é “esquerda substantiva”?

      Perguntei só para entender o que você quer dizer.

      Claro que você não pode estar querendo dizer que o Ciro, aquele político tão heterodoxo nas suas filiações partidárias, seja de Esquerda.

    2. Que esquerda substantiva ???

      Que esquerda substantiva ??? Aquela que vota a favor da PEC doorçamento e a favor do impeachment ??? Aquele partido que, mesmo na oposição, apoia todas as barbaridades do Temer no Senado ???

       

  21. Prezado
    Bom dia
    O iluminismo

    Prezado

    Bom dia

    O iluminismo do lebron é igual ao de higienopolis!

    Viva a distopia dessas castas privilegiadas!

    No pasquim, quem vai ler?

  22. Fim do jornalismo.
    Gostei

    Fim do jornalismo.

    Gostei desta sacada :

    ”’Modesto, inova escrevendo um artigo jornalístico com bula.”

    Se vc ler bula de remédio,feita por advogados, não se toma nem água. 

  23. O Ministro

    Luís Roberto Barroso é um homem extremamente inteligente. Ele é tão inteligente que é capaz de decorar um dicionário, um gorila também.

  24. V Internacional (Maiakovski)

    (tradução: Augusto de Campos)

    Eu
    à poesia
    só permito uma forma:
    concisão,
    precisão das fórmulas
    matemáticas.
    Às parlengas poéticas estou acostumado,
    eu ainda falo versos e não fatos.
    Porém
    se eu falo
    “A”
    este “a”
    é uma trombeta-alarma para a Humanidade.
    Se eu falo
    “B”
    é uma nova bomba na batalha do homem.

     

     

  25. Barroso, mais um

    Mais um coxinha alienado, dando palpites sobre o lugar onde mora temporariamente, como se Brasil fosse uma casa alugada.

    A mulher do Barroso, por meio de offshore pessoal, comprou imóvel em Florida a poucos quilômetros de Miami. Algum dia, num barzinho de Miami, recebendo aposentadoria integral, Barroso contará – em “ingrés” – para outros gusanos latino-americanos, os seus sábios palpites para fazer de Brasil um país melhor; melhor para os outros, os que ficamos por aqui mesmo.

    Uma pessoa que não acredita no Brasil nem no seu futuro como nação, não merece ocupar um cargo tão relevante na administração pública. Credibilidade zero para mim.

  26. Barroso é uma fraude assim

    Barroso é uma fraude assim como Fachin, a suprema taverna federal (STF) é o típico tribunalzinho de país de terceiro mundo sempre encontrando uma solução jurídica para que os ricos continuem mais ricos e os poderosos mais poderosos.

    A principal função da cúpula do judiciário seria proteger a constituição federal e evitar o golpismo atávico que assola o país há pelo menos um século, antes de ter sido um fracasso retumbante nessa missão o STF ajudou a aplicar mais um atentado à democracia do país, melhor seria ter a honestidade ilegal do TRF4 que simplesmente declarou que moro não precisava seguir a lei.

    Chega de teatro, penso que uma profunda reforma do judiciário terá que ser encarada mais dia menos dia, fazer de conta que uma corte aonde gilmar mendes dá expediente que não consegue fazer um relés sorteio para definir um relator sem trapacear é séria é enganar a si próprio. 

  27. Intelectual?

    Publicar na Veja é mole…. queria ver tentar publicar estas idéias numa revista indexada e com avaliação por pares. Ou então apresentar toda essa enxurrada de “novos conceitos” e “narrativas” num congresso de sociologia. Acredito que ele escreva para alguns convertidos e, principalmente, para seu próprio ego.

     

  28. inspiração

    em um artigo tão brilhante e prenhe de conteúdos, o ilustríssimo ministro só pode ter-se inspirado e outro brasileiro de escol, o conde afonso celso em sua opus magnum “porque me ufano do meu país”.

  29. A superficialidade repetitiva.

    Nada de novo a não ser as repetições de sempre. O que é grave diante  de tudo que vivemos. Como muitos, faz uma crítica genérica ao brasileiro. Usa os mesmos bordões tão batidos; da democracia racial, a termos como patrimonialismo, e ou o peso do estado. Critica  investimentos de estado como BNDES e FiNEP dando a eles o mesmo status que dá às  benesses pessoais taõ presentes em setores como o seu. E é esta mistura  propositada que liga investimentos, e patrimonialismo que é o mote do golpe, mas sabe-se que é  puro discuros ideológico. 

    Estas benessses  que ministros ganham tão presentes em tantas repartições se misturam com o termo patrimonialismo, mostrando uma superficialidade repetitiva, que quer no fundo sempre dizer que o que se precisa é um estado mínimo. Barroso parece repetir em toda a sua superficialidade e termina assim justificando a posição contrária aos programas sociais, ou pior ainda não os vê como programas, mas sim como caridade patrimonialista.  Confundir investimentos e programas sociais com patrimonialismo, é feito todo dia por aqueles que hoje , lucrando,  entregam o país para o mercado ou  defendem a privatização do ensino, o fim da previdência, o fim das aposentadorias etc…… Eu pergunto o que são estes  empresários que não investem nem empreendem enquanto não tiverem garantias do governo?   Não menciona a relação entre queda de impostos e patrimonialismo. Não analisa  esta tentativa de reformar as leis traballhistas para  judicialmente gerar mais lucros para uma parcela pequena da sociedade. Superficializa o discurso do credito fácil num  país onde os maiores  juros da face da terra são praticados. . Se esquece que quem mais lucrou com o estado são os que por temor de perder o controle, hoje o privatizam. Pois eu diria que patrimonialismo é entregar a Siderurgia Nacional a preço de banana. È entregar o pré-sal  e a tecnologia. Patrimonialismo é  entregar todo o patrimônio físico das teles de graça. E como se vê com o aval do MP, e de parcela importante do Judiciário..

    Eu devo cobrar e esperar que um jurista no cargo máximo mostre em sua análise pelos menos uma maior   profundidade   sobre o papel do judiciário    na política, na economia ,na sociedade e na vida de milhões de desempregados. Barroso  parece que está falando de longe, de algum lugar distante,  sem mergulhar nas águas lodosas do papel do judiciário na nossa realidade.

      Se houvesse compreendido  Joaquim Nabuco, compreenderia melhor o Brasil  para compreender as heranças do escravismo e lendo Jessé de Souza veria o papel disto tudo na nossa realidade atual. De que me adianta ter um jurista que é eximio conhecedor “técnico” das leis que defende a privatização de uma Universidade Pública. De que me adianta um jurista  e ministro do STF que ignora o seu papel e de sua instituição nos rumos do país.   Diante deste momento, onde o judiciário é monstro acéfalo empurrando o país para um precipicio, o nosso jurista tem pouco a falar.

    Mas vou lhe dar o benefício da dúvida até o último recurso, jamais vou parar na segunda instância.

  30. Caro Nassif
    Já li seu

    Caro Nassif

    Já li seu livro Os Cabeças de Planilha e vc disse (não lembro se em um post ou em uma antiga coluna na Folha de SP) que a situação do Brasil, nos dias de hoje, se assemelhava ao Brasil dos anos 1920, onde o mundo desmoronava e bestas como essa infestavam nossa sociedade.

    Havia um Brasil selvagem, forte e intenso que frutificava à sombra do discurso oficial, ebulindo e pronto para emergir e destruir a “Antiga Ordem” (ou o antigo regime); mas que foi preciso uma crise para derrubar o Brasil antigo, que já estava podre. E este crise era externa

    Eu fico pensando se já não passamos do derrubar este modelo antigo? A crise piora e parece que nos encaminhamos para uma acomodação a lama decantando na sujeira; não há manifestações, protestos, nada (nos anos 1920, pelo que me lembro, o Brasil praticamente passou em estado de sítio)

    Li um livro muito bom (Desagregação – George Packer) que narra o processo de desmanche da sociedade norte-americana; a partir da inserção radical de valores como individualismo extremado, egoísmo e meritocracia (entendida como a sua responsabilização pelo seu fracasso) a aprtir dos anos 1970 (o início do neoliberalismo, se não me engano), resultando na primazia do capital financeiro; que liquidou inclusive com laços comunitários e até familiares.

    Não estamos, por sermos uma cópia da sociedade norte-americana, entrando num processo deste tipo? Vejo em nossa sociedade, principalmente os jovens de nossas grande cidades, um mimetismo da sociedade norte-americana e de seus “valores” (valores neoliberais, impostos por décadas de doutrinção maciça) como individualismo feroz, egoísmo e apego a valores materiais como símbolo de sucesso.

    Tenho observado que vc ficou mais pessimista com o futuro do Brasil, e eu também

     

  31. “que ajude a definir o nosso

    “que ajude a definir o nosso lugar no mundo”

    Com acertos e erros, tivemos um ciclo em que o se procurou “definir o nosso” NOVO “lugar no mundo”, mas a turma da casagrande, da qual os principais agentes dos golpe fazem parte, preferiu o velho, aquele em que se vive com as calças arriadas e a bunda virada para o norte, mas é o povo que leva o o ferro. Aliás, o povo, diga-se de passagem, parece que se acostumou e gosta de levar ferro. É só ver os resultados das eleições municipais.

  32. Barroso: meu ex (mesmo!) professor (3)

    Trecho do post “O STF do(s) Golpe(s): Vol. 1 – que fazer com ele? (série em 3 posts)”:

    (…)

    (iii) Novos critérios de seleção?

    Talvez seja hora de pensar em outros requisitos. Senão formais, ao menos para a fase discricionária de seleção de nomes pelo Executivo para a indicação ao cargo de Ministro.

    Diante do que observamos nos últimos anos, sugiro aos futuros ocupantes da cadeira de Presidente da República ao menos os seguintes:

    (1). Eliminar, prima facie (de cara!), pavões. Não é muito difícil identifica-los. A plumagem e o cuidado exagerado que têm com elas os entrega fácil, fácil.

    Por quê?

    Porque acima de tudo estão as tais das plumas, ora!

    Mas e o país?

    País? Que país? …

    Adotando-se esse critério ao menos um Ministro da nova safra teria sido rifado. E rifado prima facie!

    (2) Fazer – coisa básica nos EUA – um background check minucioso. Ou seja, uma checagem cuidadosa do seu histórico, para que se identifiquem pontos dignos de censura (como violência doméstica), controversos, constrangedores ou escandalizáveis, como o patrocínio de ações polêmicas enquanto advogado ou planejamento tributário.

    Checagem dos candidatos, mas também de parentes próximos, como aprendemos!

    Que se avalie então, diante do inventário desses “esqueletos no armário”, o potencial de ensejarem no mínimo “pressões indevidas” e, no máximo, chantagens abertas.

    No último momento, caso a candidatura resista a essa avaliação, que se confronte o candidato com esses “esqueletos”, para que se afira como lida com os mesmos quando levantados.

    Uma advertência: nossa própria história ensina que essa varredura e confrontação não é sem riscos!

    Pode gerar, como já gerou, ódio figadal do investigado “exposto”. Ódio esse dissimulado, disfarçado naquela oportunidade e guardado “com carinho”, apenas a espera do momento de dar o troco.

    Ainda assim, creio que o saldo seria positivo. Para cada desequilibrado dissimulado que entrasse, ao menos se evitaria a entrada de pavões evidentes e também do tipo tratado no próximo item.

    (3). Eliminar, no extremo oposto àquele ocupado pelo “pavão”, pessoas de personalidade tímida demais, inseguras demais e, assim, facilmente “enquadradas”. Quer pela mídia, quer por bullies histriônicos no pleno.

    Ressalte-se que esse “enquadramento” é do tipo “morde e assopra”, ou, como chamam os gringos, abordagem do tipo “cenoura e porrete”.

    Isso porque muitas vezes se dá pela (falsa) lisonja.


    Só eu fico constrangido com (i) a falsidade de quem faz o afago e (ii) o deslumbramento e o preço ~barato~ de quem o recebe?
    Que prêmios vagabundos!
    Cada um sabe ao que almejar na vida, né…

    É até em certa medida previsível, do ponto de vista da psicologia humana, a facilidade de cooptação dos tímidos (não todos!) pela lisonja. Personalidades, afinal, do tipo que nunca foi o “popular da turma”. Que nunca se destacou da multidão….

    É até natural: o ser humano é animal social, dividido entre os imperativos biológicos contraditórios de cooperação, mas também de competição. A necessidade de sobressair está impressa no nosso DNA desde tempos imemoriais, visando à própria perpetuação.

    Vejam: a reprodução humana é sexual (e não assexuada ou por brotamento, p.e.).

    Assim, carece do concurso de outro indivíduo. Indivíduo esse a ser atraído!

    Dessa forma, é seguro afirmar que o ostracismo involuntário, principalmente nos anos formativos, gera passivos para a autoestima para toda uma vida. Passivos esses que a psique, em princípio, buscará zerar. Mesmo quando a perpetuação do DNA não é mais um imperativo biológico para aquele indivíduo em particular. O que importa é o imprint, a “impressão” deixada na sua psique determinando:

    – Destaque-se quando possível.

    *

    E agora?

    Como negar a “glória” a si quando chegou a própria hora de brilhar?

    É justamente a oportunidade de “mostrar para todo eles”, não?

    O momento de ir à forra!

    Pouco importa que “eles” sejam apenas fantasmas do passado. Isso não os impede de assombrar uma psique ferida ontem, mas não tratada. E que, assim, hoje ostenta as marcas de uma cicatrização ruim. Queloides ainda doloridos ao toque.

    *

    Aqui limito a abrangência de “pessoas de personalidade tímida” à modalidade stricto sensu. Ou seja: àqueles genuinamente tímidos em excesso. E não àqueles que se in-timidam por não terem a bagagem intelectual – seja de conhecimento técnico, seja de capacidade cognitiva – para serem Ministros do STF.

    Ora, a savana africana já ensina a segunda lei da selva:

    – Quando se é apenas uma gazela, a melhor chance de fugir das garras da leoa – aquela que impõe a primeira lei da selva, a “lei do mais forte” – é correr junto com a manada.

    Passar batido!

    Apenas mais um…

    Não discernível na multidão:

    (…)

    1. ”Eliminar, no extremo oposto

      ”Eliminar, no extremo oposto àquele ocupado pelo “pavão”, pessoas de personalidade tímida demais, inseguras demais e, assim, facilmente “enquadradas”. Quer pela mídia, quer por bullies histriônicos no pleno.”

      Você está falando sobre ingresso na alta corte judiciária com prerrogativas intelectuais que suplantam a carolice psicanalítica (tão cara em Pindorama) como qualificador para tal ingresso ou está falando do paredão do BBB?

       

  33. desgraça das nomeações de

    desgraça das nomeações de Lula Dilma para a corte maior. 

    desgraça daquele olimpo que corrompe qualquer um que lá chegar. 

    não é essa uma “epistemologia do sul” que Boaventura Santos tenta fazer possível existir/necessária.

    vamos sofrer mais anos ainda, fomos desgraçados por um sistema político que permite entrada de seres como os que vimos em 17/abr na câmara (o tal dispositivo que leva a reboque pequenos bandidos, no sentido literal e figurado), fomos desgraçados por um sistema tributário que isenta os corruptores, fraudadores e sonegadores; por uma mídia concentrada nas mãos de seres assaz mentirosos; por um sistema judiciário que nunca trabalhou para a democracia em parte alguma na história e que por aqui…bem, nem precisa continuar.

    estamos desgraçados e a unica reação possível, a “experiência das ruas”, parece esmaecida, porque, claro, temos polícias que trabalham também para a manutençao das coisas como estão.

    quantos de nós podemos engrossar as fileiras da reação, sem medo? 

     

  34. Descartes

    Fica difícil saber onde está a ignorância e a esperteza. Há, como num teste, questões fáceis; Temer, por exemplo, Cármen Lúcia, há algumas mais complexas Serra, Gilmar Mendes. Barroso é destas questões que devemos parar para pensar. A mediocridade e a falta de dignidade são moeda corrente nos três poderes brasileiros. E como há mais vaidade do que cabe em FHC, a exposição da má fé, da obtusidade e da desavergonhada canalhice aflora na imprensa indigna deste nome. Mas, e aí reside o verdadeiro perigo para nosso País, há nos Impérios Coloniais o permanente projeto de dominação e a forma de implantá-los. Veja, v.g., Moro e o Departamento de Estado. “Cursos” abundantes nos EUA para figuras de proa de todos os governos. Caro Nassif, voz solitária, são poucos que hoje podemos identificar como nacionalistas, dedicados e corretos. Felizmente ainda que poucos, eles existem. Só não existe espaço para eles nos veículos de comunicação de massa, ao contrário das fraudes: FHC, Barroso, Demósthenes etc etc etc. Faz-me lembrar uma das glórias da poesia espanhola do século XV, Jorge Manrique: “Así los bienes – muriendo y con sudor – se procuran y los das; los males vienen corriendo; después de venidos, duran mucho más”. (Oh mundo! pues que nos matas…)

  35. Não defendo Barroso mas

    Não defendo Barroso mas suspeito que nesse momento qualquer pessoa que tenha poder institucional ou adere ao golpe da forma que for – ação ou omissão – ou, desculpe a má palavra, perde sustentação.

     

    1. Também imagino que a NSA

      Também imagino que a NSA coletou muitas informações para sustentar esse golpe e usou para negociar. Oposição, STF e  mídia tiveram que escolher entre alvejar um governo “desalinhado com Washington” ou virarem alvo de vazamentos. Acredito que a agência reuniu informações suficientes para persuadir todos que fossem necessários para concretizar a deposição do governo e sua substituição por um govrerno pró-mercado.

      Imagino que as espionagens da FIFA e CBF  tenham revelado informações envolvendo a Globo, que embora sempre tenha sido golpista, se engajou como nunca dantes. Dos políticos da oposição nem se fala. FHC, Aécio e demais, que antes eram amigos do Lula, viraram inimigos ferozes para salvarem a própria pele.

      Os Ministros do STF também são muitos suspeitos. Sempre foram, mas agora são mais do que nunca. O golpe do impeachment só foi possível com o aval da Corte.

  36. Sempre confundo Barroso com
    Sempre confundo Barroso com Arnaldo Jabor. Os dois palhaços bufőes săo muito parecidos e năo apenas fisicamente: estão para a diversão da malta aprisionada na bolha, até o dia em que o diabo os carregue mas como vaso ruin năo quebra

  37.  
    O Nassif sempre foi afiado,

     

    O Nassif sempre foi afiado, agora deu pra ser demolidor.

    Belo duelo com o Eugênio Aragão.

    Ambos estão cutucando cirurgicamente a parte mais sensível de certos “intelectuais” atuais: o ego inflado.

    Nesta era em que quanto mais tosco, mais famoso, é delicioso ler artigos como este.

    Também por isto o GGN é minha principal fonte de política diariamente.

     

  38. Quando um dos maiores

    Quando um dos maiores constitucionalistas de nosso país, ministro do STF, tem sua “narrativa” desconstruída com tamanha clareza, fica evidente o grave problema que perpassa nosso judiciário e a formação educacional do país. 

    Se a cúpula demonstra uma formação de almanaque,escamoteada pela “ignorância pomposa” dos salões e convescotes acadêmicos, é de dar arrepios o nível da turma que encosta o umbigo nos balcões de fóruns e delegacias. Os novos hunos e cruzados envergam jalecos e togas.  

    Mas, infelismente, em tempos de pleno intertrenimento, massa crítica virou artigo raro, tal qual trufas brancas, permitindo manifestação de boçais em todos os campos, sem filtros que desmistifiquem a superficialidade. Nossos luminares são como grandes rios com águas barrentas e opacas, que escondem o quanto são rasos e assoreados pelo comodismo e conveniência.

     

  39. Narrar é tramar.

    Não faz muito tempo que profissionais de outras áreas (história e direito, por exemplo) descobriram, com atraso, algo que na minha (literatura e cinema) já sabíamos desde sempre: que ao utilizarmos a linguagem criamos narrativas, em que há personagens, no tempo-espaço, e principalmente narradores capazes de orquestrar pontos de vista diferentes sobre algo. Narrar é tramar. Uma história pode ser contada de diversas maneiras e formas. Isso que pode parecer óbvio, é complicado, pois permite ao jornalismo de uma GloboNews, por exemplo, falar em “narrativa do golpe”, atribuída ao PT. Nesse caso, narrativa é algo ficcional, é coisa do “outro”, não de quem fala na GloboNews, que seria a detentora da “verdade dos fatos”, e não criadora de suas próprias narrativas. Daí essas figuras midiáticas, como Barroso, usarem tão mal esses conceitos.

  40. Exceção Dá

    Exceção Dá Suspeição

     

    http://mundovelhomundonovo.blogspot.com.br/2017/02/excecao-da-suspeicao.html

     

    Quando a gira girou

    13 Vós sois o sal da terra;

    14 Vós sois a luz do mundo.

    Mateus 5:13,14

     

    A Verdadeira Amizade

    “Todos os argumentos do mundo não me tirarão a certeza que tenho de suas intenções e de sua maneira de pensar.” Montaigne

     

    Vista Dá Revista

    Trocando Politiquês, Gramatiquês e Juridiquês em Miúdos aos trancos e barrancos

          

     

     

                

  41. Miragens no deserto
    Nassif, com seu conhecimento jornalístico e seu indiscutível compromisso com o país e seu povo, poderia fazer um raio X dos ministros do STF – já vi alguns, pontuais, como este, mas seria bom um sumário para uma visão panorâmica (história profissional antes de chegar à Corte, posições políticas declaradas ou dedutíveis, ligações com grupos e instituições de Poder, como chegaram à indicação, tomada de posição em casos emblemáticos em julgamentos pré STF e como ministros, a ordem de aposentadoria e vacância).

    Seria importante que essas informações fossem levadas ao conhecimento público de modo mais assíduo pra que déssemos ao STF o lugar que lhe cabe e pudéssemos, como cidadãos, tomar consciência, e atitudes, em relação às engrenagens que nos ameaçam, inclusive, com a cassação do voto, a alternativa habitual para interditar a oposição à esquerda.
    Repito que, pessoalmente, não considero a atual escalação do STF digna da função e da responsabilidade – a mudança da missão e objetivos feita pela atual presidente não deixa dúvidas sobre seu apetite por protagonismo político-eleitoral, dela e outros da instituição, que extrapolam os limites do ativismo judicial a ponto de suprimir a separação dos poderes.

    Parece que muitos lá já deixaram de lado a preocupação precípua com a responsabilidade jurídica do cargo e fazem da corte mero trampolim para atividades pessoais questionáveis. Assim, temos a presidente CL, que admira a “ousadia dos canalhas”, se aproveita do vácuo institucional de respeitabilidade e se coloca como “poder moderador” na ruína que é a composição dos poderes executivo e legislativo; daí para ser apontada, seriamente, como nome para a presidência do executivo é um passo para os que, em sua ingenuidade ou intenções lupinas, vêem na escolha de uma ministra com alterego de madre superiora para moralizar uma máfia legalizada a solução para o problema da política nacional, sempre provisória!
    O Brasil que domina a formação de opinião (mídia criminosa e indústria do entretenimento – capitaneadas pela G.lobo.empeledecordeiro.con, o AntiMidas fecalóide –, redes sociais eletrônicas que as repercutem ou alimentam) é como aquele que, quando a seleção de futebol passa vexame, busca soluções pelotiqueiras (não, não quis dizer “politiqueiras”, mas é quase a mesma coisa) ou desesperadas exatamente na fonte dos problemas (a bagunça institucional se agravou quando o STF abdicou de sua função para permitir que a politicagem mais desavergonhada decidisse os rumos do país, à revelia do instrumento constitucional mais respeitável, as eleições democráticas).
    Pergunto aos entusiastas de Carminha presidente do executivo por que não dão a mesma importância à reforma política, que deveria corrigir o descalabro que obriga um presidente eleito pelo povo a compor com mais de 30 partidos – a indústria de partidos e o comércio de apoio, não por acaso, são as únicas áreas da “economia política” com superávit recentemente, que o digam o nebuloso sr. Kassab (PSD), o corvo Cunha (PMDB) e o quarto irmão Marinho, Aécio Neves (de pó e não de gelo).
    O sr. Gilmar Mendes age conforme o objetivo de sua escolha, um interventor dos interesses do PSDB na arena jurídica. Toffoli é obscuro como magistrado, exceto em sua fidelidade ao colega GM. Até Marco Aurélio Mello cedeu ao canto da sereia da aprovação midiático-populista. Barroso aspira a grilo falante da G.lobo.empeledecordeiro.con ou a um cargo qualquer num governo que a emissora apóie – a vitaliciedade do cargo limitada aos 70 anos para aposentadoria concorre com outros desejos de relevância social ligados ao poder e à fama. Quanto ao resto, não os conheço o suficiente para opinar nesse aspecto.

    Como é inútil esperar leite de pedregulho, seria tão interessante pra cidadania desesperançada se aqueles proeminentes em suas áreas, com visão progressista e preocupados com nosso país e nosso povo, se juntassem para formular alternativas, propostas para retomarmos o rumo e peristalticamente ejetarmos a corja que corrói diariamente não apenas o país mas a própria alegria de aqui viver…

    Claro que não invento a roda! É a saudade de um Brasil de anos atrás em que um gênio do povo, formulou e criou, na lei 10683/2003, um grupo da sociedade civil para pensar sobre o país e colaborar com o governo – o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.

    Como se vê, o problema do Brasil não é de candidato a presidente – ao menos para a esquerda – mas de pessoas dispostas a se corresponsabilizar pela construção do país como cidadãos e não como acionistas interesseiros. A atual composição do STF não recomendaria a maioria sequer para a recondução ao cargo, se fosse necessária, que dirá para qualquer outro papel de liderança nacional. Apenas para a Direita e para o Centrão que abominam a Política e vivem de armar arapucas a velha política disfarçada de toga – ou de “não político” que zomba de garis e enfeia cidades – pode ser um atalho temporário para deter a Esquerda em seu momento de birra e crise de amadurecimento. Judiciário querendo ser Executivo e Executivo querendo ser Judiciário, Legislativo barganhando com o dois para manter seus privilégios, Empresas de comunicação que vendem publicidade como notícia ou arte para influenciar o povo e assim governar os três poderes, seria essa a razão de nosso fracasso, uma crise vocacional? Ou de vergonha na cara?

    SP, 04/02/2017 – 19:28

    1. O ideal e o surreal
      No trecho “A atual composição do STF não recomendaria a maioria sequer para a recondução ao cargo, se fosse necessária, que dirá para qualquer outro papel de liderança nacional.”, a recomendação presumida com base nas qualificações técnico-jurídicas, éticas e de independência política, não apenas dos ministros mas de seus sabatinadores em ambiente ideal de democracia saudável.

      Naturalmente, considerando os próprios argumentos expostos, da politização viciada do STF e das relações nada republicanas entre os três poderes desde o consórcio golpista tomar o poder, e com a recente divulgação da alta possibilidade de um reles rábula assumir a vaga do respeitado Teori Zavascki, como resultado de um acordo político costurado por Gilmar Mendes e o megadelatado interino ilegítimo, claro que se houvesse a necessidade de recondução, nas atuais circunstâncias de submersão do país no fundo do esgoto a que pode chegar um país-colônia, seria quase automática. Aliás, agindo a corte com tamanho despudor, corporativismo e parcialidade, sendo isenta de ameaças à sua liberdade funcional – não falemos da ameaça Renaniana de mexer nos bolsos e regalias –, imagina-se o que ocorreria havendo a (de)pendência de reeleição…

      Pergunto à equipe do GGN o que a sociedade civil pode fazer para questionar a legitimidade do nome indicado ao STF por um político que deveria ser impedido de interferir em um tabuleiro que lhe compromete. Juridicamente existe alguma possibilidade de impedir esse absurdo? Não é possível aguardar até que um governo eleito pelo povo assuma? Já foi lembrado que um ministro do Executivo indicado pela presidenta eleita Dilma Roussef foi impedido de assumir sob falsas ilações de favorecimento jurisdicional, exatamente para enfraquecer seu governo e dar curso ao golpe. Cadê o PGR?
      Se a suposta escolha for concretizada e aceita pelo Senado, sinceramente, a teoria de atentado ao ex-ministro se torna a única compreensível para não imaginar que o Brasil foi abandonado pela sorte, afinal, todos os passos da operação abafa para proteger PMDB, PSDB e asseclas e confirmar a Operação BlindaRato como arma política contra o PT, com efeitos de longo prazo, estão se concretizando dentro de um cronograma sincronizado demais para ser coincidência.
      Estaria o Universo conspirando contra a Justiça?

      SP, 06/02/2017 – 15:29

    2. PEC da bengala

      No trecho “limitada aos 70 anos para aposentadoria”, leia-se  “limitada a 75 anos para aposentadoria compulsória por idade”, conforme alteração prevista na EC 88/2015 e na Lei Complementar 152/2015.

       

      SP, 06/02/2017 – 17: 59

  42. Luís Roberto Barroso, o iluminismo ao creme brule

    -> O novo país exige novos intérpretes. 

    só para não deixar passar a oportunidade. o Brasil já tem um grande novo intérprete. e o GGN tem prestado em excelente serviço em divulgá-lo, e as suas idéias e reflexões.

    trata-se de: Jessé Souza.

    através dele, está em curso uma revolução na sociologia brasileira. ainda não totalmente conhecida, e menos ainda assimilada.

    .

  43. barroso

    Não se meta o pato a ganso.

    Como ministro do Supremo , Barroso deveria ser guardião da Constituição e não golpista.

    Se como ministro é uma fraude, melhor, muito melhor seria calar a boca e sumir.

    Ele e os demais 10, idem, idem,    

  44. barroso

    Não se meta o pato a ganso.

    Como ministro do Supremo , Barroso deveria ser guardião da Constituição e não golpista.

    Se como ministro é uma fraude, melhor, muito melhor seria calar a boca e sumir.

    Ele e os demais 10, idem, idem,    

  45. Esse daí era (bem escrito,

    Esse daí era (bem escrito, era) meu exemplo de constitucionalista. Livros excelentes, boas aulas e discursos. Chegou bem no STF inclusive na questão da regulação do processo de impeachment. Aí levou cinco minutos de pancada da grande mídia e tornou-se este “creme brulé”. Que decepção, barroso. Para “melhorar” basta tomar chá da tarde com gatinho angorá, MT e Quadrilha e assinar uma coluna semanal na veja…

  46. Sem moral,se pautam e se
    Sem moral,se pautam e se intimidam pela mÍdia,burlam,se omitem,distorcem as leis do país aos quais são absurdamente pagos para defendê-la e agora vem com essa conversa mole,eles realmente acham q os brasileiros são bobos e realmente vivem em outro mundo !
    MOMENTO REALIDADE:Põe esta casta na média salarial do país e uma mesa na calçada p eles terem contato com o povo,q saram rapidinho do estrelismo e salto alto!!

  47. Barroso filho de Vassouras, varrido pelo Nassif

    A mediocridade do STF não tem limites, dia sim outro também seus ministros mostram-se indecentes.

    O Brasil com mais de 200 milhões de habitantes, com uma cultura rica, mas ter um ministro tão raso como Barroso, seja ser mais uma vez entristecedor.  O ministro vai até um meio de comunicação explicitamente partidário expor sua indigencia intelectual num nivel tão baixo.

    Aí um blogueiro mais asseado, poe-se a varrer para o lixo a sujeira do filho de Vassouras.

  48. Narra mihi factum dabo tibi jus

    Caros debatedores,

    o texto do r. jornalista obriga-nos a ter que consultar nossas anotações para tecer um comentário mais embasado. 

    Mas isso  pode não ser necessário para alguns que já dominam o tema.

    No meu caso, talvez,  é só  para manter aquele  “ar” de “intelectual” . Aliás, como diria Darcy Ribeiro: não confiem em “intelectuais”

    Portanto, “fi-lo poque qui-lo” ( ou porque o quis) kkkk.

    Separei partes do texto para comentar rapidamente. Vejamos

    Parte do texto acima: O brasilianista tardio mergulha em Gilberto Freyre – perdão, nos estereótipos de Freire – e enaltece a democracia racial, a diversidade religiosa, as fronteiras pacíficas, as riquezas naturais, o bom humor, alegria de viver.

    Comentário que não é meu. Está no Casa Grande e Senzala:

    “informa Vilhena, “que por aquelle antigo e mao habito, sem lembrarem-se do seu estado e caracter, vivem assim em dezordern com mulatas e negras de quem por morte deixam os filhos por herdeiros de seus bens; e por estes e semelhantes modos vem a parar nas mãos de mulatos presumpçosos, soberbos e vadios muitas das mais preciosas propriedades do Brasil, como são aqui os engenhos que em breve tempo se destroem com gravíssimo prejuiso do Estado […].”

    (…)

    Acresce que a atividade patriarcal dos padres, embora exercida, muitas vezes, em condições morais desfavoráveis, trouxe à formação do Brasil a contribuição de um elemento social e eugenicamente superior. Homens das melhores famílias e da mais alta capacidade intelectual. Indivíduos educados e alimentados como nenhuma outra classe, em geral transmitiram aos descendentes brancos, e mesmo mestiços, essa sua superioridade ancestral e de vantagens sociais. Inclusive a da cultura intelectual e a de riqueza.

     

    Meu comentário inicial: vejam só essa passagem do livro do Freyre. Tirem suas conclusões. Caso necessitem releiam mais páginas em volta desse fragmento textual para comprovarem o “contexto”. Assusta? Ora, eis a nossa “democracia” caudilhista de meia tigela!!!

     Prossigo.

    Penso que com fulcro em  “nossa”  “democracia racial”, com pitadas de Homem cordial, dentro de um Estado positivista de  a la ‘Comte com Durkeim, sem Saint Simon e sem Marx, com “liberais” de meia tigela , bradando  autoritarismo travestido de democracia, é possível extrair algumas pistas fundamentais para se compreender um pouco o “estado” coisa  em que vivemos.

    E por falar em “estado”, mas agora no sentido ” de direito e democrático”, vamos combinar…:

    Maxima venia, mas o ministro também se enquadra na condição  de:

     Diz ele que todo mundo anda atrás de emprego público, crédito barato, desonerações e subsídios. 

    Caso contrário, sua excelência deveria sair do “ESTADO-JUIZ” deixando  o cargo de ministro do supremo. Talvez, nessa onda de privatizações, poderíamos acabar com o Poder judiciário deixando tal tarefa na mão da arbitragem. Que tal?

    Olha, senhores debatedores, a desilusão tem rondado  a minha cabeça.

    Ultimamente, estou tentando encontrar alguma saída para nós, brasileiros, em sua maioria OTÁRIOS ( como eu!) ; tento encontrar alguma luz no fim do túnel que não seja o recorrente e resiliente trem de ferro vindo em nossa direção, a fim de encontrar algum fim  que não seja o fim da picada!

    Será mesmo que a nossa “ética” só fica no umbigo?

    E a sua  moral? Será mesmo a de desejar a morte, com requintes de crueldade,  de alguém que já  se encontra em  “estado” de morte?

    Francamente…

    O patrimonialismo fisiocrata ,aristocrata, burocrata, magnata, primata, iluminista de periferia  parece estar contido em todos os poderes, inclusive, dentro de hospitais, de  escolas “sem partido” com partido,  “comunidades” sem saneamento básico, orçamento privado travestido de público e por aí vai…

    Por fim:

    Narra mihi factum dabo tibi jus” ( narra-me os fatos e eu(estado-juiz) te darei o direito.

    Bom, tentei narrar alguns fatos. Resta agora receber, como de hábito geral, desde a revolução burguesa francesa, aquele constitucionalismo Burguês, é claro…

     

    Saudações 

     

     

  49. Democracia Racial Barrosiana

    Quer dizer que o Excelsior Ministro acha que temos uma democracia racial?

    Ele acha que o Brasil é uma democracia racial nada obstante mais de 60% da população carcerária seja constituída de negros? Que o número de vítimas negras de assassinatos seja maior, etc?

    Realmente, muita acuidade na superficialidade.

  50. Será diferente se do iluminismo comer o pão pela vida do mundo

    À IMAGEM DO MUNDO DE DEUS

    Precisamos comer o creme de conversão da essência do homem, cujo valor está na carne, porque, se estamos mortos entre os banqueiros e o Estado, aqui com Cristo viveremos!.

    João 6: 51, 54 a 58: 

    (51)  ” Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; “e o pão que darei pela vida do mundo é a minha carne.

    (54) – “Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia (DESSE CAOS).

    (55) – Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida.

    (56) – Quem comer a minha carne e beber o meu sangue (entendimento)  permanece em mim, e eu nele.

    (57) – Assim como o Pai, que vive, me enviou, e igualmente eu vivo pelo Pai, também quem de mim se alimenta por mim viverá. 

    (58) – Este é o pão que desceu do céu (SISTEMA), em nada semelhante àquele que os vossos pais comeram, e, contudo, morreram; quem comer este pão viverá eternamente.”

     

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