O agente Guarany e a bomba na OAB, por Marcelo Auler

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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do blog de Marcelo Auler

O “Mensageiro da Morte”: o agente “Guarany”

“Sargento paraquedista levou a bomba à OAB”

Marcelo Auler

Magno Cantarino Mota, mais conhecido como “Guarany”, sargento paraquedista que por livre e espontânea vontade serviu como agente do Centro de Informação do Exército (CIE) durante o período mais duro da ditadura militar, foi o portador da carta-bomba que, em 27 de agosto de 1970, matou Lyda Monteiro da Silva, a então secretária do presidente do Conselho Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Seabra Fagundes.

A carta era dirigida ao presidente da Ordem e tinha como objetivo, ao matá-lo, intimidar a instituição que empunhava a bandeira da redemocratização do país, a punição dos culpados pelas violações aos Direitos Humanos cometidas nos 16 anos de ditadura (64 a 80) e os esclarecimentos sobre os mortos e desaparecidos políticos.

Magno Cantarino, em 1981, na cena do atentado à bomba no Riocentro. Foto : Anibal Philot/O Globo (cedida à CEV-Rio)

Magno Cantarino, em 1981, na cena do atentado à bomba no Riocentro.
Foto : Anibal Philot/O Globo (cedida à CEV-Rio)

A revelação da identidade do portador da carta-bomba, o “mensageiro da morte” de Lyda Monteiro, foi feita na manhã desta sexta-feira (11/09) pela Comissão Estadual da Verdade, do Rio de Janeiro (CEV-Rio) em cerimônia da qual participaram Felipe Monteiro da Silva, filho de Lyda, o presidente do Conselho Federal da OAB,  Marcus Vinicius Furtado Coêlho, a secretária de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, Teresa Cristina Cosentino e o vice-presidente da OAB-RJ, Ronaldo Eduardo Cramer Veiga.

A cerimonia foi presidida pela presidente da CEV-Rio, Rosa Cardoso, e o presidente de honra da Comissão, Wady Damous, hoje deputado federal pelo PT do Rio de Janeiro. Foi Damous, há três anos, quando tomou possse na CEV-RJ, quem prometeu a Felipe Monteiro que apurar o  assassinato da mãe dele  era uma questão de honra. Ao discursar, Felipe confessou-se “aliviado” cm o resultado da appuração.

 Ele agora declarou esperar que o ministro da Defesa, Jacques Wagner, e os comandantes das Forças Armadas peçam desculpas não apenas à família de Lyda Monteiro, mas a toda a nação brasileira pelo envolvimento de militares no atentado terrorista que roubou a vida de sua mãe

Na próxima semana, como informou Wadih Damous, ele, Rosa Cardoso, e Marcus Vinicius irão levar todas as evidências recolhidas pela CEV-Rio para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Caberá à Procuradoria aprofundar as investigações e decidir se deve ou não denunciar Magno – por enquanto o único envolvido que se conhece que está vivo – pelo homicídio. Teoricamente, como o crime foi cometido em 1980, ele não se beneficia da Lei da Anistia, de 1979.

Wadih, Rosa e Marcus Vinicius também deverão procurar o ministro da Defesa a quem além de entregar o material levantado nos últimos dois anos pela Comissão, cobrarão o pedido de desculpas proposto por Felipe Monteiro.

Ao longo destes 35 anos, muitas pessoas apontaram para o agente “Guarany” como o portador da carta-bomba. O próprio, em 2014, ao ser procurado pela jornalista e pesquisadora da CEV-Rio, Denis Assis, parecia querer falar sobre o caso, mas recuou por interferência de sua mulher.

Havia evidências e testemunhos, faltava, porém, quem o reconhecesse como o homemvisto com a carta-bomba na sede da OAB. Isto foi conseguido pela CEV-Rio, na semana passada, quando uma testemunha que se encontrava no prédio da Avenida Marechal Câmara, centro do Rio, e crusou com o portador da carta-bomba, o reconheceu nas fotos apresentadas por Denise de Assis, na presença de Felipe Monteiro.

O agente paraquedista não agiu sozinho. Segundo depoimento do ex-delegado de Policia Civil do Espírito Santo, Claudio Guerra, o chamado autor intelectual do plano foi o já  falecido coronel Freddie Perdigão Pereira, que por muito tempo atuou no CIE, mas também teve participação ativa no DOI-CODI/RJ e na agência do Rio de Janeiro do Serviço Naciuonal de Informações (SNI), onde estava quando decidiu pelo envio da carta-bomba.

O terceiro militar envolvido também já está morto. Trata-se do sargento Guilherme Pereira do Rosário, paraqudeista da turma de Guarany, especialista em explosivos. Ele montou o artefato levado por Guarany à OAB, em uma oficina de um primo seu, como revelou à CEV-Rio o ex-delegado Guerra,  que convivia com todos eles, principalmente com Perdigão.

Rosário faleceu ao tentar executar um novo atentado que, pelas evidências levantadas, partiu do mesmo grupo de militares: a explosão de uma bomba no show em comemoração ao dia do trabalhador, no Riocentro, Zona Oeste do Rio, em 30 de abril de 1981. Acabou sendo a única vítima fatal da bomba que ele próprio montou. Com ele estava o então capitão Wilson Dias Machado, que mesmo bastante ferido conseguiu sobreviver.

Na noite do atentado do Riocentro, Guarany estava no local. A foto dele acima  é um recorte de uma foto maior em que ele aparece ao lado do Puma onde seu colega de farda e de quartel, Rosário, faleceu com a bomba no colo. Segundo explicou à CEV-Rio o coronel Paulo Malhães, o artefato explodiu quando a corrente do relógio do sargento fez o contato com os polos positivo e negativo do artefato.

Magno Cantarino, com a pistola no coldre, ao lado do Puma em que morreu seu amigo Rosário Pereira Foto: Anibal Pilhot/O Globo (cedida à CEV-Rio)

Magno Cantarino, com a pistola no coldre, ao lado do Puma em que morreu seu amigo Rosário Pereira
Foto: Anibal Pilhot/O Globo (cedida à CEV-Rio)

Como nesta seta-feira lembrou o jornalista Chico Otávio em reportagem em O Globo, Rosário, dias depois do atentado à OAB, foi encontrado por duas parentes de Lyda Monteiro na beira do túmulo dela, chorando, como se estivesse pedindo desculpas. As duas senhoras só vieram a saber a identidade daquele estranho visitante quando da sua morte no Riocentro, através das fotos divulgadas pelos jornais.

Nas entrevistas dadas à CEV-Rio nos meses de fevereiro e março de 2014, Paulo Malhães, ao ser questionado sobre a possivel participação de Guarany na morte de Lyda, admitiu o envolvimento, apenas ressalvando que ele não seria o autor da ideia:

“Eu conheço o Guarany. Pode até ter sido enviado por alguém para colocar essa bomba. Partir dele, não”.

Além de Guerra, dois outros companheiros de Guarany revelaram  à CEV-Rio que é ele quem aparece no retrato falado feito na Policia Federal, em 1990, em um segundo inquérito o qual, controlado pelo próprio Perdigão, tentou jogar a responsabilidade no americano  Ronald James Watters, que acabou inocentado pela Justiça por falta de provas.

Valdemar Martins, também paraquedista da turma de Guarany e Rosário, no último dia 3 confirmou o que já havia dito em 2014 à Denise Assis:

“Na época em que eu estive ai dando o depoimento para vocês, vi algumas fotos … Falei que era o Magno Cantarino Motta… Um agente que era sargento paraquedista, que serviu na mesma unidade que eu, junto com o Guilherme Rosário, ai no Rio de Janeiro. Era o agente Guarany… Confirmo que era o Magno Cantarino Motta, sargento paraquedista que serviu na minha unidade...

CEV-Rio: Então podemos considerar um depoimento oficial para a CEV-Rio, uma declaração sua de que reconheceu aqui na sede da Comissão o paraquedista Magno Cantarino, o agente Guarany, como autor da entrega?

Valdemar: Sim.”

O outro testemunho foi de Emanuel Matos Pontes (Manolo), ex-militar do Exército, cedido ao DOPS para missões do CIE. Apresentou-se como amigo, quase irmão, do agente Guarany. P≥rocurado por Denise Assis, em 2014, sabendo do câncer do amigo, recomendou: “Vocês deveriam procurar o Guarani. Estive  hospedado na casa dele e ele está bastante fragilizado. Este é o momento de procurá-lo. Quando estivemos juntos senti que ele quer falar. Ele ficou rodeando o assunto, mas eu não quis aprofundar”. Manolo faleceu recentemente, em Salvador, onde residia.

 

Todo o trabalho da CEV-Rio foi relatado, na enttrevista concedida nesta sexta-feira, pela presidente da Comissão, Rosa Cardoso, através de um dossiê, reproduzido abaixo:

CEV-Rio aponta autores do atentado à Bomba na OAB

Após uma investigação que durou dois anos, a Comissão da Verdade do Rio comprovou uma hipótese sempre levantada: o atentado  contra a OAB, praticado em 27 de agosto de 1980, foi obra de um grupo de oficiais ligados ao Centro de Informação do Exército (CIE). A investigação da CEV-Rio chegou a quatro testemunhas que caracterizaram a autoria do fato. Uma ocular, que reconheceu a pessoa que levou a bomba à OAB, e três agentes vinculados à estrutura repressiva da ditadura.

O sargento Magno Cantarino Mota, formado na turma de paraquedistas do Exército, foi quem entregou pessoalmente a carta com o artefato que vitimou D. Lida Monteiro, secretária do então presidente da OAB, Seabra Fagundes. Na atividade de agente da repressão vinculado ao CIE, Magno adotou o codinome “Guarany”.

Para executar a ação, Guarany subiu pelo elevador até o 4º andar do prédio da OAB, na Av. Marechal Câmara, 210, Centro do Rio – endereço em que hoje funciona a CEV-Rio. Segundo a testemunha ocular, que dialogou com o militar momentos antes de ele entregar o envelope pardo, contendo a bomba de fabricação artesanal, o sargento vestia calça e camisa social “como os muitos rapazes que trabalhavam pelos escritórios da região”. A testemunha relatou também que ele tinha cabelos encaracolados abaixo das orelhas e aparentava pouco mais de trinta anos. De estatura média, falava pausado e agiu com cordialidade com as pessoas que encontrou em seu trajeto.

Segundo as testemunhas ouvidas pela CEV Rio, a ação foi comandada pelo coronel Freddie Perdigão Pereira, do CIE, e a confecção da bomba esteve a cargo do sargento Guilherme Pereira do Rosário, morto no atentado ao Riocentro, no ano seguinte, em consequência da explosão da bomba que trazia no colo, também de sua fabricação, e que seria  instalada no interior do auditório, onde cerca de 20 mil pessoas comemoravam o 1º de Maio.

Naquele período, a OAB  tinha um papel importante na defesa dos direitos humanos e restauração das liberdades democráticas. Para intimidar a entidade, o grupo que agia sob o comando do Centro de Informações do Exército, iniciou uma série de atentados, que teve como alvos parlamentares de oposição, bancas de jornal, jornais e entidades como a ABI, numa tentativa de responsabilizar organizações de esquerda.

O RELATO DAS TESTEMUNHAS

A principal testemunha identificou o autor do assassinato a partir de fotos, do retrato falado feito na época, e de outro, confeccionado no ano de 2000. Em seu último depoimento, assinou uma declaração que confirma o reconhecimento do agente Guarany, nos seguintes termos:

Lyda monteiro “Eu, Testemunha X, declaro para os devidos fins, à Comissão da
Verdade do Rio, que reconheci na foto para mim exibida onde aparece o rapaz
de camisa branca, perto de um ferido no interior de um Puma, a mesma pessoa
que me abordou na entrada da OAB, no dia 27 de agosto de 1980.”

A seu pedido, visando preservar a sua integridade e segurança, a CEV-RIO não divulgará o seu nome. A proteção à identidade da testemunha é autorizada pelas normas do Direito Internacional a da Lei que constituiu a Comissão da Verdade.

Examinando uma foto em que “Guarany” aparece em 1981, socorrendo os colegas atingidos dentro do Puma, no Riocentro, vestido com uma camisa clara e uma arma de uso das Forças Armadas enfiada no coldre, ela confirmou que, vendo-o “mais novo, e de corpo inteiro”, reconheceu “o porte” do agente que esteve na OAB no dia do assassinato. “O mesmo cabelo e o mesmo tipo”.

No último dia 3 de setembro, a Comissão do Rio ouviu o depoimento do paraquedista da turma de 1964, Valdemar Martins. Ao examinar o retrato falado de “Guarany” e a foto do Riocentro, onde ele aparece jovem, sem qualquer dúvida, Valdemar afirmou:

O agente Guarany em 1981 (esq.); o retrato falado feito em 1990 (centro); e Guarany em foto mais recente, levada à CEV-Rio pelo jornalista Chico Otávio. (Reprodução)

O agente Guarany em 1981 (esq.); o retrato falado feito em 1990 (centro); e Guarany em foto mais recente, levada à CEV-Rio pelo jornalista Chico Otávio. (Reprodução)

“ Na época em que eu estive ai dando o depoimento para vocês, vi algumas fotos … Falei que era o Magno Cantarino Motta… Um agente que era sargento paraquedista, que serviu na mesma unidade que eu, junto com o Guilherme Rosário, ai no Rio de Janeiro. Era o agente Guarany… Confirmo que era o Magno Cantarino Motta, sargento paraquedista que serviu na minha unidade...

CEV-Rio: Então podemos considerar um depoimento oficial para a CEV-Rio, uma declaração sua de que reconheceu aqui na sede da Comissão o paraquedista Magno Cantarino, o agente Guarany, como autor da entrega?

Valdemar: Sim.”

O ex-delegado do DOPS-ES, Claudio Guerra, afirmou à  Comissão em três oportunidades que Guarany trouxe a bomba para a OAB; que a o sargento Guilherme do Rosário foi o encarregado de sua fabricação e a que a ordem para a execução do atentado partiu do coronel Freddie Perdigão Pereira na sede do SNI, do Rio.

Em depoimento 26 de fevereiro de 2014: “O Perdigão mandou.”

Em depoimento no dia 3 de setembro passado: “ Quem montou a bomba foi o Rosário, numa oficina dum primo dele, que parece que tem até hoje.”

Em email no dia 11 de junho de 2014: “A Carta Bomba era endereçada ao Presidente do Conselho Federal da OAB, Eduardo Seabra Fagundes, por uma fatalidade quem abriu a carta foi a senhora Lyda. Quem entregou a carta, o artefato, foi o agente Guarany, Magno Cantarini Mota, que está vivo e reside em Campinho, próximo a Jacarepaguá.

Posso ainda afirmar, que, na mesma ocasião, o mesmo grupo (Equipe secreta de militares do Cel. Perdigão composta, pelo Sgt Rosário, Guarani e outros, foi responsável pelo artefato que foi colocado no gabinete de um vereador, não lembro o nome, e outra na Tribuna da Imprensa. A motivação, o combate intensivo que a OAB fazia para que fossem apontados os responsáveis pelos desaparecimentos e torturas”.

A quarta testemunha ouvida Emanuel Matos Pontes (Manolo), ex-militar do Exército, cedido ao DOPS para missões do CIE. Apresentou-se como amigo, quase irmão, do agente Guarany. Sua declaração para a pesquisadora  Denise Assis, da CEV Rio, é a seguinte: “Vocês deveriam procurar o Guarani. Estive agora hospedado na casa dele e ele está bastante fragilizado. Este é o momento de procurá-lo. Quando estivemos juntos senti que ele quer falar. Ele ficou rodeando o assunto, mas eu não quis aprofundar. Estava hospedado na casa dele e ele poderia ficar aborrecido. Sinto que agora, que ele passou por este período da doença, está fragilizado, ele repensou bastante a vida. Senti que essas coisas desta época estão incomodando e ele quer falar, mas para mim é difícil. Com jeito, vocês indo lá, ele acaba contando. Foi ele quem levou aquela bomba da OAB e ele não pode continuar negando isto. O Rosário fez a bomba, mas foi ele quem levou.”

Diante de tais fatos, a Comissão da Verdade do Rio considerou identificados os autores do crime do ponto de vista factual, conforme a praxe das Comissões de Verdade. Identificou também a cadeia de comando da época, relacionada ao fato.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

13 Comentários

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    1. E você tem algum valor???

      Quem quer a volta da ditadura teme os fatos e esconde a verdade. Se os verdadeiros beneficiários e escondidos da ditadura forem punidos as chacinas e a tortura que campeia no meio policial seriam eliminadas.

       

  1. Corrigir o introito!!!!

    Prezado senhor Marcelo Auler.

    Queira, por favor, revisar a introdução do primeiro parágrafo deste interessante texto e de forma a não diminuí-lo de importância e onde confunde a data e o período “mais duro da ditadura civil militar” e sugiro que relacione o fato à situação política do momento (1980 – Figueiredo) demonstrando a profunda divisão nas Forças Armadas e na própria cúpula Militar devido as divergências políticas entre eles, sugiro também relatar as patéticas omissões e os apoios do Legislativos e Judiciários a esse fato mais que asqueiroso. Completando ainda seria muito interessante descrever as farsas montadas pelas investigações militares transformando seus incompetentes e sanguinários agentes em “vítimas” da “Esquerda”

    Atenciosamente.

    CGBrambilla12092015sbc.

    1. Quem implantou o caos???

      Sua observação é equivocada, a história não pode ser esquecida e muito menos manipulada se até dos fatos você tem medo digo-lhe que você não tem nada a contribuir e não serve para nada.

       

      1. A verdade, os documentos secretos foram revelados.

        Em 1964 o Rio era uma maravilha, garota de Ipanema, volei na praia, chopinho, estava tudo em paz, os jovens vibravam com a corrida ao espaço entre os EUA e a Rússia, Os EUA eram um país racista e segregacionista em 1964. O papel que demonstra o patrocínio americano às Marchas da Família foi descoberto pelo cientista político Luiz Alberto Moniz Bandeira, um dos maiores especialistas nas relações entre Brasil- Estados Unidos. Trata-se de um telegrama “top secret” enviado pelo então embaixador americano no Brasil, Lincoln Gordon, à Casa Branca, ao Departamento de Estado e à CIA no dia 27 de março de 1964, quatro dias antes do golpe. No telegrama, Gordon menciona que a CIA empreendera covert measures (medidas encobertas) para viabilizar as passeatas: “Suporte velado às passeatas pró-democracia (a próxima grande acontecerá no dia 2 de abril aqui no Rio, e outras estão sendo programadas), uma discreta palavra do governo dos EUA demonstrando preocupação com esses eventos e o encorajamento de sentimentos democráticos e anticomunistas no Congresso, nas Forças Armadas e nos grupos amigáveis de trabalhadores, estudantes, na Igreja e nos negócios.” Leia tudo abaixo.

        http://www.istoe.com.br/reportagens/1217_OS+EUA+NO+GOLPE+DE+64

  2. Saudosismo

    Tenho a impressão que vi vários cartazes de movimentos dos coxinhas pedindo a Volta dos Militares. Há muitos saudositas daquele tempo que atualmente se exercitam atirando bomba em quem não concorda com suas ideias, sem nenhuma apuração policial. A nossa mídia abriga todas esssas idéias fascitas e são as maiores incetivadoras desses eventos desde o tempo de Getulio

  3. Não são militares, são terroristas.

    Isso aí não é militar, é terroristazinhos como qualquer outro de qualquer espécie.

    Ficam tentando se esconder atrás de farda, mas foram terroristazinhos como qualquer talibã do

    Al caeda.

  4. Nazifascistas em ação no dia do TRABALHO

    Assim como o policial nazista Breivik  atentou contra os jovens que comemoravam o dia do trabalho na Noruega, matando 69 jovens um a um, com seu fuzil com mira telescópica além de colocar um carro bomba na cidade que matou 8 pessoas, aqui também no RioCentro onde um festival de música comemorava o dia do trabalho, os agentes nazifascistas da ditadura queriam detonar bombas, só que devido a impunidade que esses experimentavam, pois eles podiam tudo, num moderno carro puma, na época, armados até os dentes, devem ter tomados uns chopes para executar a ação terroista e graças ao bom Deus, se atrapalharam e uma bomba explodiu no colo de um deles matando-o e ferindo gravemente o outro, outras bombas não detonadas foram retiradas, e o repórter do Cruzeiro que estava no RioCentro teve a sorte de fotografar, pois naquela época era tudo abafado rapidamente. Essa ação estava planejada com bastante antecedência, inclusive o general Figueiredo que gostava mais do cheiro de cavalo do que do povo, soube um mês antes e nada fez parta impedir. Os nazistas odeiam o dia do trabalho.

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