Maira Vasconcelos
Maíra Mateus de Vasconcelos - jornalista, de Belo Horizonte, mora há anos em Buenos Aires. Publica matérias e artigos sobre política argentina no Jornal GGN, cobriu algumas eleições presidenciais na América Latina. Também escreve crônicas para o GGN. Tem uma plaqueta e dois livros de poesia publicados, sendo o último “Algumas ideias para filmes de terror” (editora 7Letras, 2022).
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Álvaro García Linera: “Milei é um fóssil dos anos 90, um exotismo para o Ocidente”

Quando um discurso tão agressivo e de ruptura pode ser eficaz? Não em qualquer momento. Mas quando há disponibilidade e fragilidade cognitiva

Foto: Oliver Kornblihtt / Mídia NINJA – Flickr

Álvaro García Linera: “Milei é um fóssil dos anos 90, um exotismo para o Ocidente”

“E surge um fóssil no sul da América Latina que diz: “O Estado é um roubo, o Estado é uma agressão”. São 40 anos de atraso frente à astúcia do Ocidente”.

Comentário e tradução de Maíra Vasconcelos

A frase que dá título a esta matéria foi dita por Álvaro García Linera, ex-vice-presidente de Evo Morales, na Bolívia, e um dos principais intelectuais da América Latina, em uma entrevista realizada pelo jornalista argentino Mauricio Caminos (@mauricaminos), e publicada no jornal digital “elDiarioAR, em maio deste ano.

Nesta coluna do Jornal GGN, pode-se ler a tradução* desta entrevista, escolhida pela relevância da análise feita por Linera, quando esteve de visita à Argentina. Com uma visão afiada frente à situação sócio-política e econômica da Argentina, hoje governada pela ultradireita de Javier Milei, Linera, que esteve no governo durante os 13 anos de Morales, comenta sobre a batalha cultural encampada pelas ultradireitas globais, o esgotamento do modelo neoliberal da década de 1990, sobre o qual Milei retorna como um “fóssil”, em suas palavras.

Analisou também o surgimento de fenômenos políticos como Milei, sua capacidade de entender o cenário atual e de se conectar com as queixas e os anseios da sociedade argentina, e o uso que faz de discursos religiosos. “As direitas continentais e globais escavam nas estruturas mentais das pessoas todo o sedimento religioso inculcado desde a infância”, disse.

Além da inflação herdada pelo extremista Milei, do governo do ex-presidente Alberto Fernández (2019-2023), para se falar apenas da inflação dos últimos anos, Linera comentou também as amarras do progressismo latino-americano, especialmente na Argentina, que não conseguiu resolver os problemas durante suas primeiras gestões, e tampouco posteriormente quando tiveram nova oportunidade de governança. Segundo ele, deveriam ter tomado medidas “muito fortes” de redistribuição de renda. Mas foram administrativos, quando deveriam ter sido transformadores, e não tiveram “coragem histórica”. Logo, o ex-vice-presidente falou de seu receio quando a esquerda deixa nas mãos da direita, ou da ultradireita, decisões políticas de caráter histórico. 

O que a Argentina viu diante da ascensão iminente de Milei?

-Quando um discurso tão agressivo e de ruptura pode ser eficaz? Não é em qualquer momento. Mas quando há uma disponibilidade e uma fragilidade cognitiva. Assim, as redes podem ter o poder que atribuímos a elas, e a virulência do discurso rupturista. Em momentos de estabilidade, nada acontece… as redes desempenham um papel marginal, os discursos rupturistas são curiosidades. Em momentos de crise cognitiva, de cansaço com o que existe, de ruptura moral, as redes podem fazer um bom trabalho e os outsiders podem aparecer como os grandes salvadores.

O tecido da sociedade argentina já estava rompido antes de Milei.

-E ele soube como capitalizar isso. Por que tanta importância aos jovens? As redes ajudam, mas, por acaso, esses jovens conheceram o neoliberalismo da década de 90? Aqueles com mais de 40 anos conheceram e disseram: “Não pode ser, vamos voltar a isso”. Mas os jovens conheceram o bem-estar inicial e depois o mal-estar, a inflação, a precarização, a perda de direitos, a perda de expectativas. Esses jovens não são alienados, eles são muito sensatos. O que acontece é que, às vezes, os mais velhos, queremos culpá-los por nossas deficiências. E são pessoas para as quais os atores do presente não lhes oferecem futuro. Então aparece alguém e diz: “Escutem, tenho a solução”. Solução falsa e irresponsável, mas é alguém que lhes fala sobre futuro, enquanto todo o resto está falando sobre o passado. As pessoas, nesses momentos de crise, abrem seus cérebros, estão dispostas a ouvir coisas diferentes ao que estavam ouvindo até então. E é aí aparecem os “Mileis”.

-A inflação é a gota d’água?

-A inflação não é a culpada, mas é uma síntese desse presente opressivo que não me dá perspectiva de futuro. É o grande disparador, porque o dinheiro é o grande socializador da modernidade. Nesse nosso encontro, o dinheiro é um mediador, pois temos que pagar esse café. Estou pensando qual sapato vou dar de presente para minha filha, estou pensando em dinheiro. Vou pegar o metrô, aí está o dinheiro. No dinheiro se resume seu poder: quanto você pode comprar, quantas dívidas você pode pagar… É um poder social. E quando esse poder social começa a se diluir, como a fumaça, ele afeta o trabalho. Não é possível que amanhã meu trabalho valha a metade do que vale. É um escândalo. Não posso viver permanentemente assim, tentando pegar fumaça. A inflação é um dissolvente de lealdades sociais, de afinidades, de confiança, de previsões. E Milei lhes diz: “Eu tenho a solução para essa angústia estrutural, de vida e existencial. Vou lhes dar segurança”.

E a sociedade começou a ouvi-lo.

-Ele é o homem que soube como conectar com o elemento central da vida das pessoas e aquilo que é o indicador de poder na sociedade: o dinheiro.

O que significa o fato de que Milei e a crise inflacionária tenham surgido durante o último governo peronista-kirchnerista, que poderia ser definido como um governo progressista ou de esquerda em termos latino-americanos?

-A inflação não foi causada pelo kirchnerismo; ela começou com o Macri. O progressismo chega com a missão de acabar com a inflação, porque a inflação atinge principalmente as pessoas mais vulneráveis. Quando cheguei aqui, 15 dias depois que Alberto Fernández assumiu, havia uma inflação de 50% ou 60%. É controlável. Mas ela sobe… 90, 100, 120, 130. Ele termina o governo com uma inflação de 150%. O progressismo recebeu uma herança de inflação crescente e não teve a força, nem a audácia de acabar com a inflação. Pelo contrário, a aumentou. Isso é devastador. O problema do progressismo, em geral, na América Latina e, em particular, na Argentina, é que em sua segunda onda, voltam ao governo, porque as forças conservadoras não resolvem os problemas que já começaram a se manifestar desde 2015. Entra um governo de direita (Mauricio Macri, 2015-2019), não resolve os problemas e o progressismo retorna. Mas aqui há um anacronismo do progressismo: ele enfrenta os novos problemas com as medidas e as ações da primeira onda. E são insuficientes.

-Podemos pensar que a direita também volta com as mesmas receitas antigas.

-E não estão indo bem, é claro. O problema é que, quando aparece de novo o progressismo, a sociedade e seus problemas já haviam mudado. Deveria ter tomado medidas redistributivas muito fortes. Sempre há uma solução, mas para isso se requer coragem histórica. E a segunda onda progressista é uma segunda onda administrativa, não transformadora. Mas os problemas eram esmagadores. E você intensifica a crise herdada, de modo que o resultado é o descontentamento, a frustração, o desencanto, a abertura cognitiva a coisas novas, porque as outras falharam. Quer dizer, bem-vindo a novas propostas que podem ter pernas curtas, que estão gerando muita dor, mas que, em princípio, parecem levar em consideração sua frustração e te oferecem uma saída.

-Milei promete atravessar o deserto a partir de uma narrativa bíblica, guiado pelas forças do céu. O que significa esse componente religioso?

-Em crises cognitivas e de horizonte preditivo, as pessoas necessitam duas coisas: certeza e uma certa mística messiânica. É sempre assim. Você precisa de uma voz que diga: “Atravessaremos o deserto, mas chegaremos ao oásis”. Quando tudo está ruim, ninguém acredita que no dia de amanhã estaremos bem, mas sabe que tem que atravessar um período de trânsito doloroso que será recompensado. E o líder messiânico diz: “Há um final feliz”. É uma lógica cultural muito popular que é ativada nesses momentos de crise cognitiva em todas as partes do mundo.

-Isso é algo próprio da direita ou ela sabe como usá-la melhor do que a esquerda?

As direitas continentais e globais escavam nas estruturas mentais das pessoas todo o sedimento religioso inculcado desde a infância, geração após geração. E iluminam, e utilizam essas estruturas religiosas. E, por isso, podem sintonizar tão rapidamente. Criam estruturas interpretativas de fácil sintonia, porque são esses sensos comuns sedimentados ao longo do tempo. A mesma coisa aconteceu na Bolívia, durante o golpe contra Evo, eles entraram com a Bíblia. E esses preconceitos contra o popular, o indígena, seriam limpos pela voz vivificante e a palavra do Senhor, da Bíblia e da religião.

-Então, não é casual o lado religioso que o Milei parece exacerbar? Ele fala de “pessoas do bem” ou “o princípio da revelação”.

-O esquema religioso é muito polarizador e muito violento, porque é um “eu” que está de mãos dadas ao Senhor e a um “outro” que está de mãos dadas ao maligno. E o que você faz com o maligno: você o destroi, não o reconverte. Não existe maligno reconvertido, ele é exterminado. Os movimentos coletivos e políticos da direita são autênticas cruzadas culturais e ideológicas, porque seu mundo é bipolar. Não há meio-termo, não há mais ou menos bons. Essa é uma diferença notável em relação ao popular, que é sempre muito inclusivo e não vingativo. Não tenho visto mobilizações plebeias desbordadas, vingativas, mas sim vejo ódio na mobilização conservadora. Por isso que Milei, em seu discurso e em seus gestos, está expressando essa fúria. E toda essa vestimenta religiosa lhe é funcional.

Nessa linha, o senhor também argumenta que o mercado não gera comunidade. Então, o que esperar do livre mercado sem restrições?

-O mercado sempre promoverá respostas individuais, porque ele desafia sua capacidade de gastar, economizar, comprar, como sendo uma questão pessoal. O mercado impõe respostas individuais e a reação inicial à crise é sempre individual. Mas isso também tem um limite, porque o mercado nunca pode abarcar tudo. A mesma coisa aconteceu na década de 90, e foi isso que as políticas de mercado não viram, se consideravam onipotentes e onipresentes, mais do que agora. A sociedade sempre tem outras estruturas moleculares subterrâneas de associatividade: o grupo de amigos, a associação de bairro, o clube esportivo, o círculo de vizinhos. As estruturas moleculares nunca são completamente varridas pela lei do mercado. E sob queixas ou rupturas morais específicas, essas microestruturas fragmentadas e locais são as que, em um ato de fusão, formam grandes estruturas de ação coletiva. Estou impressionado, por exemplo, com a marcha dos jovens da universidade pública.

-O que o senhor viu na marcha federal de 23 de abril? Em seu último livro, está destacada a importância do transbordamento dessas estruturas moleculares para a democracia.

-A educação na Argentina faz parte do imaginário da modernidade. A Argentina é uma sociedade construída em torno do mito da educação, e quando ela é atacada, há algo por trás. E isso vai depender da incapacidade ou da habilidade do governo para que esse potencial social unificador continue sendo implementado ou permaneça contido. Na falta de habilidade dos governantes, há sempre o primeiro impulso à conversão de uma potência em realidade.

-Foi o primeiro revés sofrido pelo governo, mas não houve uma oposição que pudesse capitalizar isso.

-E melhor. Temos de deixar que surja algo novo contra o Milei. É preciso que surja algo novo, pois isso mostrará a criatividade inventiva do movimento. As tentativas de querer capturar e capitalizar isso rapidamente em alguma outra realidade, vão gerar distanciamento, porque a experiência do que não foi bem feito ainda está na memória das pessoas. Mas cuidado, são os erros do governo que ajudam a potenciar as coisas. Hoje a iniciativa histórica está do lado deles. E vai ser assim por um tempo.

-Quanto tempo de graça pode durar um ciclo conservador e recessivo?

-O que o governo está fazendo é enfrentar o principal problema das pessoas, que é a inflação, de uma maneira muito primitiva: recortou o consumo, esfriou a economia, demitiu pessoas do Estado, suspendeu obras públicas. Ainda há inflação alta, mas há uma direção: o governo está mostrando ao seu eleitorado que está atravessando o deserto. É um caminho doloroso, mas finalmente é um caminho. Antes, você não tinha estrada. Você ainda tem a confiança extra que as pessoas lhe deram, e ela não se desvanece tão rapidamente porque a crise é de enorme magnitude. Agora, para que o plano funcione, é necessário que haja um fluxo de dólares. Mas ele está brigando com os chineses, que são os que têm o dinheiro. Os produtores de soja estão poupando a colheita porque especulam que haverá uma desvalorização. E o FMI também não vai emprestar mais (dinheiro), a menos que Trump vença em novembro. Essa é a parte que está começando a falhar.

-Ou seja, há uma interdependência entre a confiança social e os fatores externos ao seu governo. Em última análise, tudo depende da velocidade com que conseguirá reduzir a inflação.

-Nestes tempos, nada é infinito. As confianças têm um tempo limitado. Você pode esticá-la um pouquinho como uma chicletes: seis meses, oito meses, um ano, mas tenha cuidado, tampouco exagere. A paciência em tempos de crise é curta, não são cheques em branco. A inflação é um triturador de lealdades. E pode ter um problema se se desconecta demais entre a contração da economia, a limitação do consumo e os dólares que não chegam. Hoje, o governo não consegue levar a inflação a 1% ou 2%, o que seria a grande vitória, que lhe permitiria quatro anos de relativa estabilidade. Alguma coisa tem que ser feita para conseguir dólares. Nesse caso, não há milagre. Se conseguir reduzir a inflação até o final do ano, terá um reconhecimento social. Caso contrário, o homem terá problemas.

-Sua principal tese ultimamente é que atravessamos um período preliminar, de transição entre o fim do neoliberalismo ou a queda do consenso de Washington e um novo ciclo econômico e de acumulação que ainda não emergiu. Onde o senhor coloca o Milei?

-Milei é um fóssil dos anos 90, porque nos anos 90 não havia fronteiras. Éramos um mundo sem fronteiras. Os nacionalismos eram uma lembrança do século XIX, porque o mercado global solucionaria tudo para você. Ele acredita nisso, mas hoje é um fóssil. Ninguém no mundo fala disso. O Ocidente sobre o qual o presidente fala somente existe em sua cabeça. O Ocidente está começando a apostar nesse modelo híbrido de protecionismo e livre comércio. O Ocidente está dizendo: “Senhores, a festa do livre mercado acabou e agora é preciso ter políticas híbridas de protecionismo e de livre mercado”. E surge um fóssil no sul da América Latina que diz: “O Estado é um roubo, o Estado é uma agressão”. São 40 anos de atraso frente à astúcia do Ocidente.

-Milei está fora do tempo, não é que esteja adiantado?

-Milei é um exotismo. Porque o mundo está começando a ir em direção às políticas híbridas de uma mistura de mercados livres e protecionismo. Os Estados Unidos e a França declararam que sua indústria, suas cadeias de valor, devem ser protegidas. Biden subsidia a indústria norte-americana e o Trump diz que vai aplicar um imposto de 60% sobre as exportações chinesas. Que tipo de livre mercado é esse? Make America Great Again. Esse é o Trump.

-Como o senhor explica a afinidade entre o Milei e o Trump?

-O Trump abraça o Milei porque é necessário confrontar com os progressistas. Mas eles são dois universos diferentes. É por isso que Milei, no meio do Ocidente, é um exotismo que faz lembrar os bons tempos dos anos 90. Ele é tido por eles como uma espécie de amuleto, mas sabem que já  não corresponde aos novos tempos. O Ocidente está mais inteligente.

-O Milei é uma figura radical. Que alternativa deve surgir do progressismo?

-Em tempos de crise, as lideranças têm de ser radicais. Não é um momento administrativo. Essa foi a lacuna entre o presidente Alberto Fernández e a realidade argentina. Você tinha um governo e um candidato administrativo para um momento de ruptura. Essa equação não se encaixava. Uma liderança administrativa é quando as coisas estão indo bem, e você só precisa continuar puxando o que funciona bem. Quando as coisas não estão indo bem, é preciso ser disruptivo, radical. À sua maneira, Milei foi uma criatura de seu tempo. Há três anos, Milei era um exotismo televisivo para distrair as pessoas antes de irem dormir. Em tempos de crise, não. É uma opção. Os disruptores se tornam uma opção. E se o Milei consegue a estabilização (do país),  pode esquecer por alguns anos.

-Como se opor a isso, então?

-Se ele alcançar a estabilização, não poderá manter o discurso disruptivo, porque as pessoas também exigem estabilização. Mas se o Milei não conseguir fazer essa aterrissagem, será preciso ter lideranças mais disruptivas. E é nesse ponto onde vejo um limite do progressismo. Não vejo disposição para disputar outro curso de ação possível. Vejo mais uma estratégia para desgastá-lo, para queimá-lo. Vamos ver até onde ele vai. Pode ser que sim. Mas se você não esclarecer isso às pessoas, mesmo na marginalidade, sobre possíveis ações diferentes às que estão em vigor atualmente, quando as pessoas abrirem a mente para novas possibilidades, o que elas encontrarão é um vazio. Quando isso acontece, quando a disponibilidade surge, mas não há projetos para o futuro, o que pode acontecer é uma implosão social.

-Qual seria o plano de ação para essa alternativa progressista?

-O progressismo tem de se preocupar com o que preocupa as pessoas: inflação, emprego, segurança. Para essas questões, é preciso ter uma resposta. Cursos de ação possíveis, confiáveis e práticos. Talvez não te ouçam hoje, mas em algum momento, se isso falhar, você poderá ser objeto de atenção social. E me preocupa o fato de deixar a iniciativa histórica nas mãos da direita. A grande tarefa do progressismo hoje é permitir que o debate aflore, e pare de se concentrar em si mesmo: liberar o debate progressista que muitas vezes foi restringido pela obediência, pela lealdade, pela disciplina. Não depende apenas da existência ou não de um líder, mas de um conjunto de ideias e reformas para transformação da sociedade argentina que, logo, se incorporem em um líder. O progressismo não tem ideias novas no continente, ele vive das lembranças dos bons tempos, e com nostalgia não se vence, se ganha sempre com a esperança de futuro.

*

Link da entrevista em espanhol: “Álvaro García Linera: Milei es un fósil de los ‘90, un exotismo para Occidente”:

https://www.eldiarioar.com/politica/alvaro-garcia-linera-milei-fosil-90-exotismo-occidente_1_11342460.html

**A última entrevista traduzida nesta coluna aqui no Jornal GGN foi um ping-pong do jornalista argentino Sebastián Lacunza (@sebalacunza) com o ex-presidente Alberto Fernández (2019-2023).

O texto não representa necessariamente a opinião do Jornal GGN. Concorda ou tem ponto de vista diferente? Mande seu artigo para [email protected]. O artigo será publicado se atender aos critérios do Jornal GGN.

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