Como a poesia e a fotografia podem capturar a apreensão de um instante?

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Como a poesia e a fotografia podem capturar a apreensão de um instante?

Por Andressa Monteiro

Se o instante é tudo o que há e ele é inapreensível, é preciso, pelo menos, tentar comunicá-lo.”

Richard Shepard

A literatura e as artes visuais, principalmente a fotografia, possuem a tecnologia necessária para colocar em prática um desejo que sempre esteve na mente das pessoas: o de fixar momentos da existência – sejam eles de quaisquer natureza sentimental ou psicológica. Para o escritor Mário Quintana, “o fotógrafo tem a mesma função do poeta: eternizar o momento que passa”.

A investigação pelo registro do instante, observada como um dos centrais anseios da arte impressionista, fez com que o pintor francês Auguste Renoir dissesse que “o papel desse tipo de pintura é igual ao do andarilho casual, que, enquanto passa, capta com o olhar este ou aquele fragmento de vida”.

The Canoeists’ Luncheon, 1879-1880 – Pierre-Auguste Renoir

Fonte: http://www.fanpop.com/clubs/fine-art/images/692309/title/renoir-wallpaper

Capturar ou descrever vivências parece ser um dos maiores desafios dentro da comunicação humana. E, no mundo da cultura e das artes, essa intenção pode ser observada por meio da literatura e da fotografia.

A produção de uma imagem fotográfica é um ótimo exemplo de descobertas novas e múltiplas: ela não apenas é responsável por registrar e catalogar um momento, mas por mostrar diversas nuances, ângulos, perspectivas e formas de criação por meio dos olhos do fotógrafo e de como ele optou por editar e manipular o produto de sua imagem final.

A descrição de uma cena, em seus mínimos e reais detalhes, caso a imagem não tenha sido alterada, pode ser facilmente visualizada por uma fotografia. A descrição visual é considerada plena, se as condições da imagem estiverem nítidas e claras sobre o momento retratado.

O texto Literatura e fotografia: o anseio pela apreensão do instante, dos autores Pedro Carlos Louzada Fonseca e Fábio D’Abadia de Sousa Assim, propõe que a literatura, especialmente no campo poético, e a imagem fotográfica possuem a função de ampararem e complementarem uma a outra na hora de contar uma história, e, consequentemente, de registrar um momento – que, de acordo com a escritora Clarice Lispector, pode ser definido como o “instante-já”.

Esse “instante-já” é uma fração de segundos em que a vida se manifesta, mas que é impossível ou improvável de ser apreendida. Ela pode ser entendida e absorvida em um piscar de olhos e de maneira intensa e veloz:

Fotografo cada instante. Aprofundo as palavras como se pintasse, mais do que um objeto, a sua sombra […] O que te falo nunca é o que te falo e sim outra coisa. Capta essa coisa que me escapa e no entanto vivo dela e estou à tona de brilhante escuridão. Um instante me leva insensivelmente a outro e o tema atemático vai se desenrolando sem plano mas geométrico como as figuras sucessivas num caleidoscópio […]. O que te digo deve ser lido rapidamente como quando se olha. (LISPECTOR,1980, p.9).

O que se pode deduzir desse pensamento é que a fração de tempo e de espaço, que ela chama de “instante-já”, tenta, de qualquer forma, apreender, conseguindo ou não capturar a beleza ou sentido de um período passado. Se na literatura, tal fenômeno pode ser mais difícil de ser conquistado, por meio de uma leitura não rápida e pouco descritiva de fatos e imagens, a fotografia não teria mais sucesso na tentativa de capturar esse desejo do “instante-já”?

Se a ilusão da captura é feita por um clique, que pode ter êxito ou não na tentativa do registro, o resultado pode ser considerado algo unânime, extraordinário e único. Ao relacionar a imagem com a palavra, utilizamos recursos vários para a expressão da complexidade dos sentimentos envolvidos em um dado momento.

Uma cápsula do tempo se divide entre expressões da palavra escrita e da imagem. A pergunta a ser feita seria: “O que fotografei é passível de ser fraseado em palavras?”, ou “O que descrevi nessas páginas faz jus a uma imagem fotográfica?”.

Decorre daí, talvez, um dos principais motivos do fascínio exercido pela fotografia. No entanto, se o tempo se converte numa série de instantes fragmentados, nem sempre dará conta, por sua rapidez, de tentar fisgá-lo, de explicar com uma grande riqueza de detalhes uma imagem. Mesmo que pudesse, ainda sim, seria preciso uma nova linguagem para exprimir sentimentos e palavras que a fotografia nem sempre pode oferecer e exibir.

A linguagem, para expressar essa instantaneidade, pode vir também do silêncio e do momento da espera – mesmo que ela nunca venha e gere frustrações constantes ao fotógrafo. Porém, o assunto tratado não é o momento prévio do instante, mas sim no tempo em que ele ocorre.

Se, na literatura, as palavras convertem-se em imagens, na fotografia são as imagens que geram as palavras. Cada um mirará de maneira singular a realidade, de acordo com as características de cada indivíduo e objeto retratado.

A compreensão acerca das relações entre literatura e fotografia passa, em parte, pela discussão sobre a presença e a representação da realidade na obra de arte. Segundo o autor alemão Erich Auerbach:

a mimesis, ou seja, a tentativa de representação dessa realidade passa a buscar o essencial das coisas mediante uma narrativa que tenta apanhar um instante qualquer da vida de uma personagem ou instantes distintos de diferentes personagens.

Um trecho do poema As coisas, do escritor argentino Jorge Luis Borges, ilustra o conceito de tempo passado e de uma descrição escrita dos objetos quase que de maneira fotográfica:

(…) O rubro espelho ocidental em que arde

uma ilusória aurora.

Quantas coisas, limas, umbrais, atlas em taças,

Cravos, nos servem como tácitos escravos,

cegas e estranhamente sigilosas!

Durarão muito além de nosso olvido:

E nunca saberão que havemos ido.

A poesia permite, quem sabe com mais êxito, exibir um gênero formal de escrita mais fragmentária sobre as buscas em torno dos atributos do instante, se comparada a outras vertentes literárias.

Se é em uma fração de instantes que a realidade é buscada pela literatura, a sua aproximação com a fotografia, segundo observa o fotógrafo francês Henri Cartier-Bresson, consegue “comunicar um sujeito em toda a sua intensidade”. Para o artista, “a fotografia é uma ação imediata, e o desenho um ato de meditação.”

Título: Palermo, Italy, 1971, por Henri Cartier-Bresson

Fonte: http://www.pinterest.com/pin/522276888008197570/

A cena fotográfica é mais uma forma de teatralidade, de posturas pré-pensadas e da construção de imagens e aparências. Mas isso não a afasta da poesia. Pelas palavras do autor mexicano Octavio Paz, “a poesia é algo que entra pelos olhos e não pelos ouvidos”.

A poesia e a fotografia mostram universos íntimos e exteriores – objetivos e subjetivos, uma existência mística e intelectual originária de fotografias e capacidade poéticas presentes e pulsantes. A incessante procura do homem por aproveitar bons momentos e vivê-los em sua plenitude, pode ser vista no poema Instantes, da autora americana Nadine Stair.

Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima, trataria de cometer mais erros.

Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.

Seria mais tolo ainda do que tenho sido.

Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério.

Seria menos higiênico, correria mais riscos, viajaria mais,

contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas,

nadaria em mais rios.

Iria a mais lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha, teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.

Eu fui uma dessas pessoas que viveram sensata e

Produtivamente cada minuto da sua vida; claro que tive

momentos de alegria. Mas, se pudesse voltar a viver, trataria

de ter somente bons momentos. Porque se não sabem, disso

é feito a vida, só de momentos.

Não percam o agora. Se eu pudesse voltar a viver,

começaria a andar descalço no começo da primavera e

continuaria assim até o fim do outono.

Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais

amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra

vez uma vida pela frente. Mas, como sabem, tenho 85 anos

e sei que estou morrendo.

Esse realismo resulta da entrega total da poeta à realidade, como uma antena ultrarreceptora, que está apta e disponível a vivenciar, descobrir e aprender tudo o que lhe é mostrada.

Para a escritora americana Susan Sontag,

O compromisso da poesia com o concreto e com a autonomia da linguagem do poema corresponde ao compromisso da fotografia com a visão pura. Ambos supõem descontinuidade, formas desarticuladas e unidade compensatória: arrancar as coisas de seu contexto (vê-las de um modo renovado), associar as coisas de modo elíptico, de acordo com as imperiosas mas não raro arbitrárias exigências da subjetividade.

Tal capacidade mostra que a poesia e a fotografia têm uma visão renovada acerca das coisas. Literatura e fotografia, duas formas de arte aparentemente tão diferentes, são semelhantes em sua essência e manifestação na busca da apreensão e do registro do tempo.

A função da ilustração para comunicar o tempo, o desígnio e a intenção do texto escrito

Na ilustração de jornais, revistas e periódicos mensais e semanais, existe uma mensagem, normalmente retirada de um conteúdo humorístico, critico ou político, que precisa ser comunicada perante o texto escrito ou a estrutura do próprio desenho.

Publicações internacionais importantes, incluindo as revistas americanas The Paris Review, Vanity Fair, Life e, especialmente, a The New Yorker, apontam que texto e ilustração podem ser essencialmente complementares, como afirma o artigo The End of Illustration, de Steve Heller:

(…) Their graphic commentaries on a broad range of social and cultural issues energized the covers and pages of, respectively, The New Yorker, Life and The New Republic, proving that illustration could influence opinion as well as illuminate tex.

 

Cartoon da revista americana The New Yorker.

Fonte: http://www.newyorker.com/cartoons/bob-mankoff/cartoons-can

A relevância da ilustração nos livros exibe distinções entre uma obra ilustrada: na primeira, a imagem é definida apenas como apoio, revigorando o que o texto já diz. No livro ilustrado, a palavra escrita é prescendida ou se torna atuante juntamente com a ilustração.

As ilustrações, nesse contexto, tornam-se reconhecidas como literatura. O ilustrador não cria apenas figuras de uma história para o escritor, mas adquire o mesmo poder no processo de criação de uma obra.

O texto O poder da imagem, publicado no site da Revista Educação, enfatiza a importância da aprendizagem na “leitura de imagens”:

Engana-se quem acredita que a leitura de imagens seja puramente instintiva ou fácil; compreender uma narrativa visual pressupõe uma alfabetização do olhar. Aprende-se a ler, mas também a ver – e o papel do educador é, também, mostrar como decifrar os códigos visuais, muitas vezes extremamente sofisticados. (…) Ao mesmo tempo que pressupõe um aprendizado de leitura, o livro ilustrado traz também uma possibilidade de refinamento da percepção artístico.

As ideias do texto Algumas considerações sobre a Ilustração na Literatura Infantil e Juvenil, do autor e ilustrador Anielizabeth, debatem metáforas, comparações, sínteses, mensagens subliminares, códigos de comportamento ou regionalismos de um texto ou ilustração e da necessidade do ilustrador de fazer com que o leitor entenda o seu trabalho.

A primeira indagação que surge a partir da informação citada acima é: será que o ilustrador/cartunista é tradutor do seu próprio texto? Seria uma pleonasmo reapresentar uma ideia ou argumento já existente no texto por meio de uma imagem? A ilustração de um livro infantil, por exemplo, não traria agudezas, proeminências e detalhes artísticos que precisariam estar presentes na obra para sua melhor compreensão e imaginação?

A avaliação de que as imagens estão substituindo as palavras para as atuais gerações, de que hoje é muito mais fácil ver o mundo de imagens do que se aventurar a ler as palavras, está presente em nossa sociedade. A leitura, então, seria algo mais específico, que ultrapassaria a barreira do visual e se tornaria algo secundário e subjetivo.

Há um hábito de responsabilizar a imagem, ou de culpá-la, por entender que ela pode estabelecer uma relação pobre ou estreita, que tiraria a importância do texto escrito em uma obra literária, desestimulando o desapego à leitura ou “mimando” o leitor a apenas procurar significado em desenhos ou fotografias em um livro infantil, por exemplo.

O escritor argentino Alberto Manguel explica essa problemática pelo ponto de vista educacional-familiar:

As pessoas falam todo tempo [sic] que as crianças e os jovens não leem. Não é um problema isolado, mas consequência [sic]. Instruem a não nos ocuparmos de coisas que tomam tempo, que são profundas, lentas ou difíceis.

 

Afinal, dizem, é muito mais fácil olhar para imagens rápidas e facilmente decodificáveis do que se deter em uma leitura que irá tomar, no mínimo, tempo. A famosa frase “Uma imagem vale mais do que mil palavras”, cabe nesse contexto.

Pode haver a existência da produção de imagens para o consumo de um produto, e outras, para o prazer e complementação literárias. Para o escritor e ilustrador Ricardo Azevedo,

O texto escrito e as imagens constituem códigos diferentes dotados de recursos peculiares e por vezes incompatíveis. Textos literários tendem a ser plurissignificativos e possibilitar diferentes leituras, o que, em princípio, desqualifica premissas como “mensagem” e “chave única de leitura”, ou seja, não combinam com a idéia [sic] de univocidade.

A ilustração e a literatura apraziam, enternecem, ensinam e incitam a imaginação cada vez em que há um diálogo entre métodos que envolvam a didática de uma informação, a arte imagética e a processos descritivos de cenas e acontecimentos da narrativa pela ilustração.

Aqui, é preciso deixar claro que não é criada uma cópia desenhada do que já está escrito, gerando redundâncias na obra, mas possibilitar o entendimento e a sensibilidade que vai além do que já está composto pelas palavras, trabalhando de diversas maneiras com a intuição criadora e fantasiosa do leitor.

O processo de pesquisa é essencial na fase de produção de uma ilustração e texto. Isso porque além das imagens que farão parte do produto final, gravadas no arquivo mental dos leitores e de seus criadores, há outras criadas por meio de um longo e detalhado processo de construção consciente com relação a um público-alvo específico, assim como a história e origem, época, tendências, cores e intenções de cada narrativa.

O ilustrador acaba por zelar pelas qualidades estéticas, funcionais e imaginativas,que fazem parte da criação literária e ilustrativa. O livro ilustrado seria mais uma forma de documentar uma memória iconográfica de uma geração, período ou contexto, imortalizando a literatura, sem banalizar, ou por assim dizer, “facilitar” o entendimento e uso das imagens? Com essa junção de linguagens, o leitor treina seu olhar e mente para entender e identificar com maior agilidade e naturalidade códigos verbais, signos linguísticos, decodificando a pluralidade desses vocabulários.

Desde os prelúdios da escrita, texto e imagem convivem em harmonia e triunfo. O ilustrador e o fotógrafo contrapõem a palavra escrita, enquanto o escritor a cria. O desenho e a fotografia narram e descrevem uma história de forma tão satisfatória e rica quanto um texto, criando obras ilustradas e de arte multidimensionais. O texto ilustrado não é nem a palavra, nem a imagem, mas sim a junção de ambos.

REFERÊNCIAS

ANIELIZABETH. Algumas considerações sobre a Ilustração na Literatura Infantil e Juvenil. Portal do Ilustrador, São Paulo, fev. 2011. Disponível em: http://portaldoilustrador.blogspot.com.br/2011/02/algumas-consideracoes-sobre-ilustracao.html. Acesso em: 1 nov.2014.

AGUIAR, Laura,. O poder das imagens. Revista Educação, São Paulo, ago. 2011. Disponível em: <http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/170/o-poder-das-imagens-234958-1.asp>. Acesso em: 1 nov. 2014.

Borges, Jorge Luís. As Coisas. Tradução de Ferreira Gullar. Overmundo, Rio de Janeiro, RJ. Disponível em: <http://www.overmundo.com.br/perfis/cep-1>. Acesso em 30 out. 2014.

HELLER, Steve. The End of Illustration? Illustrator’s Partnership. Disponível em: <http://www.illustratorspartnership.org/01_topics/article.php?searchterm=00073>. Acesso em: 1 nov. 2014.

Fanpop. Disponível em: <http://www.fanpop.com/clubs/fine-art/images/692309/title/renoir-wallpaper>. Acesso em: 1 nov. 2014

FONSECA, Pedro Carlos Louzada; SOUSA, Fábio D’Abadia. Literatura e fotografia: o anseio pela apreensão do instante. Julho, 2008. Disponível em: <http://www.newyorker.com/cartoons/bob-mankoff/cartoons-can>. Acesso em: 1 nov. 2014.

Pinterest. Disponível em: <http://www.pinterest.com/pin/522276888008197570/>. Acesso em: 1 nov. 2014.

STAIR, Nadine. Instantes. Releituras. Disponível em: <http://www.releituras.com/egomes_borges.asp>. Acesso em: 2 nov.2014.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

5 Comentários

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  1. clique é a sacada do

    clique é a sacada do instante.

    baudellaire previu  na passagem da moça na rua a idade moderna

    meio alucinante e eletrizante e atual.

    breson flagrou meio sem querer um cara pulando em direção a uma tábua

    para ultrapssar a água num dia claramente chuvoso.

    bresson focava a camara nos reflexos dos céus na agua. aí o cara pintou na foto?

    sebastião salgado faz projetos universais de temas a fotografar.

    sebastião salgado é pura poesia  épica.

    millor disse certa vez que a frase

    “uma fotografia vale mais que mil palavras”

    é um prova de que a fotografia não se basta a si mesma , precisa da palavra.

  2. hum.

    às vezes, é estranho ler as explicações racionais daquilo que apenas percebemos pelo instinto e expressamos através palavra, digo no meu caso que escrevo. talvez fosse bom poder trabalhar na ignorância, sempre, sem ter que saber que sempre há um entendimento por trás daquilo que se escreve. isso é um pouco incômodo até. melhor mesmo ir trabalhando e não lembrar daquilo que se faz, quem for ler se quiser que fique pensando.

  3. Referências do texto

    Gostaria de saber qual a referência da citação de Erich Auerbach, não encontrei dentre as referências citadas ao final do texto. Gostaria de ler mais sobre a filosofia dele.

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