Impunidade de Deltan é retribuição pelo golpe e crimes contra a democracia, por Jeferson Miola

A impunidade de criminosos poderosos não só aumenta o descrédito numa justiça apodrecida, corrompida e injusta, mas causa asco e vômito

Por Jeferson Miola

A impunidade do Deltan Dallagnol é o pagamento das instituições do regime de exceção em retribuição pelos crimes perpetrados por ele e seu bando contra a democracia brasileira.

O arquivamento do processo movido pela defesa do Lula desde 15 de setembro de 2016 – há incríveis 4 anos! – pelo Conselho Nacional do Ministério Público [CNMP] não atesta a inocência e a lisura do Deltan e dos outros elementos da Lava Jato.

Isso porque 8 dos 11 integrantes do CNMP reconheceram que eles agiram ilegalmente na divulgação espalhafatosa do power point contra Lula transmitido ao vivo pela Globo durante horas e repercutido exaustivamente na bancada de “notáveis juristas” da emissora.

Mas, apesar da maioria esmagadora reconhecer as práticas ilícitas dos procuradores, o Conselho decidiu “tecnicamente” arquivar o processo. O motivo? A prescrição dos prazos!

Foi, evidentemente, uma prescrição fabricada; uma prescrição arquitetada pela plutocracia incrustrada no MP e no judiciário com truques institucionais, canalhices processuais, desfaçatezes, ardis, jogadas ensaiadas e toda sorte de patifarias.

Basta lembrar que o CNMP adiou o julgamento ou retirou o processo da pauta por  42 vezes, para assim impedir que criminosos que aparelham as instituições de Estado para fins políticos e pessoais fossem julgados no mérito; como, aliás, aconteceria em qualquer país onde as instituições de fato “funcionam normalmente”.

Com o falso pretexto de combate à corrupção, os elementos da Lava Jato cometeram a mais terrível das corrupções – a corrupção do sistema de justiça do país para propósitos pessoais, políticos e partidários.

A impunidade de criminosos poderosos não só aumenta o descrédito numa justiça apodrecida, corrompida e injusta, mas causa asco e vômito.

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Redação

4 Comentários

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  1. o PT tem que parar de ficar fazendo discurso como se houvesse surpresa nestas ações do CNMP e propor um projeto de lei para extinguir este órgão, que só serve para acobertar os maus atos dos procuradores…. pode ate recriar outro órgão com a mesma função, mas composto por pessoas da sociedade civil, e não por procuradores

    1. Que sejam procuradores concursados, mas com regras de conduta definidas em lei (proibição de usar o cargo para fazer política) e mecanismos de controle eficientes, esses sim realizados pela sociedade civil. Controle externo tanto para juízes quanto para procuradores.

  2. Em todas as classes sociais há criminosos. E o poder dos criminosos está diretamente associado à sua classe.
    Criminosos da Classe D e E – com cadeias e presídios abarrotados desses cidadãos, tem poder mínimo de crimes, roubam celulares, tanto de distraídos como num arrastão relâmpago, fumam e vendem uns baseados e uns pinos de cocaína e outras drogas ilícitas. Roubam uns fios de cobre e alumínio aqui e ali e alguns calçados de marca e outros objetos meio “abandonados”.
    Criminosos da Classe C – esses são muito perigosos. O grupo é formada por milicianos, traficantes, organizações criminosas diversas. Não tem piedade. Matam até seus pares e muitas vezes até cuida do enterro; somem com os corpos. Se sustentam explorando os criminosos da classe D e E, e como serviçais da classe A e B. Esses criminosos da classe C, quando presos, sempre aparece os criminosos da classe A e B para livrá-los, se for conveniente para a própria classe A e B.
    Criminosos da classe A e B. São de altíssima periculosidade. São extremamente poderosos. São capazes de destruir uma nação inteira, usando e abusando da “justiça”, da “lei” para perseguir quem tem idéias e atitudes discordantes das suas. Dissimulados, falsos, arautos da “moralidade”, sem moral alguma. Gostam de aparecer fazendo caridade, palestrando em ambientes sofisticados, suntuosos, igrejas, “congregações” câmaras, senado, assembleias, tribunais, telejornais,…
    Mas lembre-se; não se engane
    A classe D e E, 10% são criminosos.
    A classe C, não se assuste, 50% são criminosos.
    A classe A e B, a poderosa, 80% são criminosos. No caso dos “lavajatistas”, 98% são criminosos.
    Essa é a sociedade brasileira. A “elite do atraso”, como diz o nosso grande professor Jessé de Souza.

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