O governo Dilma, as direitas fascistas e as esquerdas, por Roberto Bitencourt da Silva

Nunca vi, nem jamais li algo parecido com o que se passa no governo da sra. Dilma Rousseff. Uma presidente sem vontade de governo, sem projeto algum de País. Um governo e um partido (PT) subservientes àqueles que querem varrê-los da cena pública, por permitir umas parcas, tímidas, mas reais melhorias sociais nos últimos anos.

O governo federal e o PT acenam para o PSDB, elogiam as organizações Globo, lançam os juros lá em cima, adotam um ajuste fiscal que incide especialmente sobre as classes médias e populares. Um caso estranhíssimo de desistência – e ainda precoce! – do governo e de abandono da plataforma eleitoral, mesmo que bastante acanhada.

As direitas mais empedernidas, partidárias ou não, são diversificadas. Têm no PSDB um dos sujeitos coletivos que participa da linha de frente do golpismo. Tais direitas, que envolvem diferentes estratos sociais e uma cosmovisão que sinaliza para um liberalismo econômico extremado e uma percepção política fascistóide, não possuem uma pauta clara. São ”contra a corrupção”, na esteira da agenda dos meios massivos de comunicação. O foco que galvaniza as sensibilidades destes setores é “acabar com o PT”, o seu “bolivarianismo”, “comunismo”.

Parece piada, mas não é. Trata-se de um caso muito curioso, já que o PT tem se revelado um gestor “eficiente” do periférico capitalismo brasileiro. Tem combinado acolhimento acrítico e irrestrito de investimentos externos, medidas privatizantes, estímulos à exportação de bens primários, com incentivos à expansão do mercado interno, via programas sociais compensatórios e realização de grandes obras para eventos e moradia. Para qualquer pessoa minimamente razoável, de “socialismo”, “comunismo” nem lembrança. Mas, para as direitas fascistóides, servem como demônios a serem “exorcizados” no Brasil.

Especialmente os bancos e o agronegócio ganharam bastante nestes anos Lula/Dilma. O comércio também foi bastante beneficiado com a elevação do poder de compra, sobretudo, das classes populares, agora em retrocesso. Do ponto de vista de alguns importantes estratos empresariais, nacionais e internacionais, é difícil reconhecer motivações salientes para adesão ao golpismo em marcha.

Contudo, os conglomerados de mídia consistem em setor decisivo. São agentes políticos, não apenas infocomunicacionais, que se arrogam a condição de controladores da agenda pública e de representantes, semiexclusivos, da opinião pública. Eles dão o tom, já que se encontram no centro do poder, de fato: um “príncipe eletrônico”, como classificou o sociólogo Octavio Ianni anos atrás.

Frações das classes médias e trabalhadoras vão a reboque da cantilena destes conglomerados, contra os seus próprios interesses materiais e simbólicos, na esteira dos apelos midiáticos que visam canalizar a frustração e o descontentamento (reais, diga-se, mas mal dirigidos). A opinião pública, esta semana, já tem sido representada por meio de sondagens favoráveis ao impeachment. Instrumento pseudocientífico que visa legitimar ações e posicionamentos golpistas.

Importa frisar que, se essa turma golpista e fascistóide conseguir os seus objetivos, se pode argumentar que os direitos trabalhistas mínimos correm grande risco. Ademais, o incremento da sociedade policial, muito visível no Rio de Janeiro, ficaria, ou está, à espreita. Em relação aos trabalhadores, governos repressivos e nada ciosos com os direitos sociais, como os do PMDB, no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, assim como do PSDB, em São Paulo e Paraná, dão uma amostra do que estaria por vir para todo o País.

De resto, o cenário político é grave, também por falta de opção, por conta da alta fragmentação e desconfiança generalizada entre os setores progressistas. Mormente os partidos mais à esquerda, talhados num enorme e rotineiro dispêndio de energia contra integrantes individuais e coletivos do próprio campo popular-democrático. Contentam-se mais com uma vitória em um centro acadêmico, um DCE ou um sindicato, do que em tecer articulações amplas em torno de programas comuns e iniciativas de relevo para a Nação. Uma triste e inócua realidade há tempos.

Faz-se necessário constituir uma plataforma unitária entre as forças progressistas, democráticas e nacionalistas, pois a sombra do fascismo paira seriamente em nosso País. Uma plataforma de atuação e de elaboração programática, que valorize e respeite as diferenças internas, que guarde maior atenção a um projeto de Nação, do que a vaidades ou “capitalizações políticas” medíocres e irrelevantes, tradicionalmente obtidas em microcosmos políticos corporativos. Urge sair das microesferas e chegar ao grosso da população. Sem unidade, impossível.

Roberto Bitencourt da Silva – doutor em História (UFF) e professor da FAETERJ-Rio/FAETEC e da SME-Rio.

Publicado no Diário Liberdade.

Redação

20 Comentários

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  1. Separar as coisas

    Dilma continua serena e competente e o cargo não é uma coisa a disputar no paredão do Big Brother. Há que dissociar a crise do Governo e, para isso, parte do PT, a parte que errou, deverá juntar uma delegação e bater a porta do Juiz Moro, com o discurso de delação premiada do tipo: quer mesmo esclarecer tudo o que aconteceu no Brasil desde a redemocratização? De punho em alto.

  2. Natural
    Quando nao segue ao curso do rio tudo se acaba.
    Sabemos que se um lider ou um grupo nao direciona nada, outros, projetis, metas, quem canta de galo na madrugada eh o pato!
    Simples! Nao faz, nao deixa e nem escuta. Seu historico de vida nunca foi compartilhar, companheira, time, equipe. E qdo foi ou eh submetida a seguir ordem.
    Dirceu, Palocci, Lula, PT e militancia estao fora de um plano da Dilma.
    Sinceramente Dilma estah doente!
    Nao acredito e temo o pior para e por ela.
    Sinceramente tem horas que nao acredito. Nem se ajudar Dilma quer, entao eh questao da medicina e nada mais.
    Soh nao podem acusar outros da responsabilidade politica da Dilma!

  3. Não nos organizamos para

    Não nos organizamos para combater o golpismo, uma semente ruim que cresceu durante todos os governos do PT, erroneamente achamos que o debate seria feito nas redes sociais, independente do bloqueio que a mídia corporativa dava a qualquer debate relevante. Seguimos a pauta dada pela mídia, reagimos o tempo todo. E agora? Como organizar uma resistência eficaz que não seja atacada e dissolvida pela mídia decadente? A Internet pode até servir para alguma coisa, mas não será um debate aberto que irá devolver o país ao caminho democrático. Com essa desconfiança toda, essa fragmentação toda, esse embate frustrado de quem tem a culpa, de quem tem razão, como vamos nos unir? Os próximos anos serão cruciais para reduzirmos os males que essa crise vai provocar, mais do que provocou. Botar a caixola para pensar. 

  4. Solidão do poder

    Acho que a Dilma está sentido a solidão do poder, onde o PT quietinho e a ela só recebendo ovos e tomates da platéia bêbada. Ela deve estar se sentido num palco abandonada e sem apoio do partido. E os militantes, quietinhos assistindo de camarote, alias, de sofá, o que a midiazona conta sobre a presidenta deles. Frouxos. E os líderes do PT pensando respingar para qualquer lado para não serem acusados de “corrupPTos” só pq defendem a presidenta deles contra os lobos da Wall Street e dos bucaneiros nacionais.

  5. A grande antena que mantém o

    A grande antena que mantém o controle sobre o exército de zumbis que bate os cascos contra fundos de panelas emite seu sinal a partir da sede da emissora carioca. Derrubando-se a globo, restaura-se a democracia.

  6. Famos fazer um resumo da crise que tanto se fala…

     

    vamos ver se entendi….

    quem foi que pegou os 5 milhoes de dólares?

    quem foi que ameaçou as testemunhas e suas familias?

    quem foi que ameaçou tanto a Catta Preta que ela fugiu pra Nova York?

    foi a Dilma ou foi o Eduardo?

    E porque querem tirar a Dilma? ora , é para parar as investigações meu filho…

    para os mafiosos voltarem a sua vidinha mansa, de montar seus esquemas sem serem incomodados….

    querem porque querem roubar na mais completa impunidade, e ai de quem se meter a besta de investigar…

    é pra isso que querem tirar a Dilma e botar o Aecim (ou qualquer outro) no lugar…

    porque aí o Aecim faz um discurso, depois corta a verba da gasolina da pf e num instante a investigação se acaba…

    e a corrupção vai acabar? claro que não meu filho, você só não vai mais ouvir falar nela, porque ninguem mais vai investigar nada….

    e será assim inaugurada a republica dos mafiosos.

    observe que antes de começarem as investigações todo mundo tava caladinho, não digo que gostavam da Dilma, mas ela não tava interferindo nas maracutaias mafiosas, então tava tudo bem, tava todo mundo feliz cada um embolsando o seu…

    mas foi só começarem a investigar, que a turma ficou uma fera…bom era quando os mafiosos ficavam a vontade e ninguem sabia.

     

     

  7. É o que tenho dito: se o

    É o que tenho dito: se o governo Dilma e o PT caírem a culpa se deverá exclusivamente à Dilma e ao PT. Não adianta culpar a oposição, porque ela está fazendo apenas o que deve fazer: oposição, disputando o poder que deseja ter em mãos. Faz parte do jogo político. A alta política é guerra, e desde von Clausewitz se sabe que, numa guerra, as partes em confronto buscam utilizar de todos os recursos disponíveis: econômicos, ideológicos, políticos, jurídicos e, no limite, o militar. Não adianta dizer que são vítimas porque detiveram o poder nas mãos para organizar estratégias eficientes de comando e controle do aparelho estatal e fazer frente aos outros órgãos de poder da sociedade. Se não souberam jogar o jogo, que aprendam a lição de como se joga na alta política e de como se exerce o poder. 

  8. A Presidente é a responsável

    Não adianta querer dividir esta conta. Não é possível em pouco tempo reverter a derrota ideológica do PT e da esquerda .

    A esquerda infantil continuará como sempre foi, infantil. A responsabilidade da crise política é única e exclusivamente do PT e do Governo. A

  9. Há o atacado e o varejo da crise

    No varejo, temos uma presidenta cujos escrúpulos a impedem de fazer a gestão política da nação. Essa peculiaridade se transforma em um defeito talvez absoluto para o cargo que ocupa na medida em que é centralista, tem dificuldade de ouvir, e, talvez, uma certa tacanhez. 

    Poderíamos seguir traçando perfis de indivíduos e de partidos e grupos. 

    Mas essas são apenas causas aparentes da crise, servem mais para explicar porque não acontece algo extraordinário que altere o passo inclemente da História do que porque a crise existe.

    Ela ocorre porque o Governo Dilma, dando prosseguimento ao que ocorreu com Lula no segundo mandato, buscou transitar para um arranjo desenvolvimentista.

    O arranjo desenvolvimentista – noção que aparece de formas variadas nos diversos autores que trataram do problema do desenvolvimento “retardatário”, ou seja, vindo de um passado de atraso crônico – depende de um tipo de suspensão do poder incumbete em relação às forças políticas constituídas. Essas forças são tendencialmente conservadoras ou mesmo reacionárias liquidamente, o que não tende a ocorrer em países que consguirma de fato arrancar. Nestes as forças progressistas e vinculadas ao desenvolvimento nacional conseguiram se impor, e mesmo que tenham se tornado conservadoras em questões sociais, por exemplo, são eminentemente vinculadas à mudança. Em ex-colônias, isso é diferente. Vargas, Floriano, JK e Geisel, com seus defeitos, todos tiveram que comprar essa briga.

    Naturalmente, a questão social pode complicar isso, mas ela não é nem de longe determinante, a menos que se oponha antagonicamente ao interesse desses grupos, por assim dizer, rentistas. 

    É evidente que Dilma, Lula e o PT não estão na corda bamba pela ousadia de suas políticas sociais (cuja intensidade, ao contrário do que supõe o Roberto Bitencourt, é mais que evidente pelos custos incorridos – o Brasil rapidametne se tornou um dos países com maior gasto relativo em políticas sociais – como pelos inúmeros e rápidos resultados obtidos – muito mais rápidos que os alcançados pela Europa social democrata, por exemplo). Essa trilha começou a ser traçada na CF 88, e na verdade seu ritmo esteva mais ditado pela abundância fiscal do que pelo lado do espectro político. Não que o lulismo não tenha discricionariamente sido importante para esse padrão, mas ele se coloca dentro de uma tendência previamente existente, que consegui não apenas resultados socias melhores, mas inclusive uma melhora impressionante na distribuição de renda, sobretudo na renda do trabalho.

    O que Lula e Dilma fizeram contra o script – e aí não posso deixar de lembrar do inacreditável texto do Professor Safatle de hoje, apesar de erudito e loquaz, completamente fora da realidade (acha que o lulismo paga o preço de não ter radicalizado a democracia … ele não deve ler jornais do exterior, ou mesmo textos de ocidentais com autocrítica, como Boaventura dos Santos) – foi peitar esses interesses de forma cada vez mais ousada. Os mortais comuns não sabemos muito bem por onde passam, e qual a linha demarcatória desses interesses digamos assim da elite econômica dirigente. É a que participa das “conversas na sala ao lado” do salão da discussão plenária de que falava Braudel. Mas podemos imaginar que três assuntos lhes são especialmente caros: a taxa de juros e a lógica da dívida pública selicada, o controle da infra-estrutura via concessões sobretudo dos negócios privatizados, e, obviamente, o petróleo. O grande jogo no Brasil se constitui em torno desses 3 grandes filões. E acelerar o desenvolvimento nacional passa não apenas por eles, mas necessariamente por eles. Não tenho certeza, mas desconfio que também passa por transitar para um estágio mais elevado no domínio de tecnologias críticas também é um elemento importante, mas esse depende de elementos cujo controle está mesmo formalmente mais distante do espectro decisório da PR no Brasil.

    Bem, com exceção parcial deste quarto elemento, Lula, e mais ainda Dilma, foram paulatinamente confrontando o pacto vigente (de novo lembrando do Prof. Safatle:  pactos de elites nao dizem respeito a níveis de participação popular, mas a acesso a canais de hipervalorização, sempre mediados pelo Estado – e sempre se assume que Estados periféricos aceitam um nível muito  passivo de mediação). 

    Isso costuma não dar certo. Quando dá é sob regimes muito fortes & com elevada legitimidade.

    Mas houve a impressão de que poderia dar certo no Brasil. Por três principais motivos: 1, somos um país muito grande, e com notável soft power externo (ao menos foi o que parecia entre 2007 até 2011, pouco mais, pouco menos); 2, a opinião pública brasileria era majoritariamente antipática aos interesses rentistas em todos campos referidos (exceto, de novo, o 4o.), e a vitória de Lula e de Dilam sugeriam que não seria fácil reverter esse sentimento; 3, o poder quase absoluto da tríade (UE – EUA e aliados – Japão) parecia severamente abalado pela conjunção de ascensão da China com a resistência da Crise.

    Os autores que se especializaram em tratar do arranque de países atrasados tiveram a seu favor um fato notável: apenas um pequeno punhado de países – um, em sentido estrito, e cinco, em sentido mais amplo – conseguiram-no. Todos o fizeram sob regimes fortes e “populares”. Mas a popularidade dependeu de uma continuada prosperidade. Vale dizer: para conseguir manter uma pressão verossímil sobre as elites rentistas, a liderança insulada precisa de fato de uma ponte com os “de baixo”, a qual apenas scundariamente é dada por políticas socias. O cerne é uma continuada e crivelmente sustentável elevação do padrão de vida de uma grande parte da base da pirãmide social. 

    Outros autores realçam muito a presença de um pacto externo favorável, que corresponde a uma situação em que a elite rentista local se vê relativamente isolada da potência hegemônica e o interesse nacional do Estado consegue se aliar ao daquela potência (em geral por oposição a uma outra potência ascendente). Mas a China vem conseguindo fazer isso em um ambiente que foge bastante a essa descrição desde ao menos uns 20 anos.

    De uma forma ou de outra, com ou sem um arranjo internacional realmente favorável, é preciso que os ganhos de rendimentos dos pobres criem uma sinergia positiva com a produção, o qual se transmita ao investimento sob a perspectiva de ganhos também crescentes. Isso é fundamental para corroer a coesão interna das elites e para aumentar o poder relativo de seus estratos progressistas (em termos ecoômicos e tecnológicos).  Ou seja, é preciso um continuado e sutentável aumento também da produtividade.

    Pode-se discutir as causas desse ingrediante ter soçobrado. A meu juízo, a irresponsabilidade cambial foi crucial, mas é certo que caso não houvesse a recidiva da crise, ou o programa de novas obras e concessões tivesse sido melhor equacionado (inclusive para consolidar o direito ao “justo quinhão” do novo baixo clero liderado por Cunha), ou a aliança entre a mídia e procuradores não tivesse sido tratada com a inefável boa vontade cristã de nossa mandatária, entre outras hipóteses mais criativas, o curto circuito nçao tivesse ocorrido (lembrando que no segundo mandato de Lula o arranjo ia funcionando, com produtividade e slário crescendo sinergicamente, malgrado ter sido ali consolidada a tragédia cambial).

    Tenho uma vontade danada de culpa a Dilma e seus auxiliares da área econômica por tudo isso, mas eu sei que tudo aconteceu em um ambiente de incerteza extremada, e que o futuro brasileiro aparecia emoldurado de alvíssaras, quiçá de possibilidades completamente novas.

    O que era ruim, mas funcionava razoavelmente foi instabilizado e o que vemos dominar a vida nacional são as turbas de interesses mais particularistas e desagregadores. O caminho para recuperar a estabilidade passa por reomntar o pacto com as elites conservadoras que nos dominou claramente até 2005. Só com muita ingenuidade isso implica em liquidar políticas sociais, embora certamente o custo da reversão do ciclo fiscal terá parcela maior dirigida a esses eleitores. Não será bom, mas será melhor do que o caos para que nos dirigimos.  O bom está, com Dilma ou sem Dilma,  fora do horizonte visível. 

     

     

     

     

     

     

    1. Minha análise é simples

      Minha análise é simples: a velha mídia, comandada pela direita, não quer deixar Dilma governar. E pior, tem o apoio da Justiça e do Congresso, duas instâncias de poder cheias de corruptos.

  10. Simplesmente não dá

    Simplesmente não dá pra pensar em uma “plataforma unitária entre as forças progressistas” se isso significa defender a manutenção de Dilma para ela continuar fazendo a todos (“as forças progressistas”) de palhaços.

    Dilma traiu as forças progressistas, logo, qualquer plataforma DEVE ser pensada sem ela, sem sua prepotência autoritária e sem esse seu ministério tacanho.

    Uma vez tendo traído as forças progressistas, se Dilma pretende ainda receber delas alguma comiseração, trate ela de fazer um contundente mea culpa, remover Joaquim Levy da Economia, Tombini do Banco Central e Kátia Abreu da Agricultura… NO MÍNIMO. De brinde, aceitamos também a remoção da besta Mercadante e do pulha Cardozo.

    Quem sabe aí, algo de “plataforma unitária” possa ser ensaiada contra o golpismo fascistóide. Do contrário, dane-se! É melhor pegar em armas contra o fascismo que ser feito de palhaço por um petismo autista.

  11. Um saco esse tipo de
    Um saco esse tipo de artigo!
    O circo pegando fogo e o sujeito criticando o leite derramado.
    Hora de olhar pra frente, buscar saídas.

  12. Mais um texto que começa

    Mais um texto que começa dizendo que quem é contra o governo faz isso por ser contra as tais conquistas sociais. Sinceramente, alguém acredita nisso? Nem li o resto. 

  13. Neste momento, quem puder

    Neste momento, quem puder colaborar com idéias e soluções é ótimo. Agora, ficar só criticando e ajudando a pisotear a Dilma  e o PT não ajuda nem um pouco este País (até os Marinhos e Frias estão percebendo isso). As críticas construtivas são boas mas a gente deixa para depois que saírmos da crise, pelo menos da crise política. 

    1. A solução é devolver o PT à

      A solução é devolver o PT à oposição.

      Do jeito que está hoje, faz-se um governo neoliberal, e ninguém critica.

      Pelo contrário, pedem mais liberalismo, mais estado mínimo, mais arrocho nos servidores públicos, menos impostos, mais liberdade para cartelizar os grandes setores da Economia, mais privatizações, mais amortecimento dos sindicatos, mais bolhas financeiras, mais juros para pagar os rentistas da dívida pública e menos dinheiro para a pobraiada da poupança, mais deus no comando, mais dinheiro para regar o jardim florido dos 1% mais ricos da população.

      Com o PT na oposição, haverá dúzias de parlamentares todos os dias na tribuna gritando e incentivando o povo a resistir ao demônio privatista, pelos direitos humanos, pelos direitos dos trabalhadores, pela distribuição igualitária de renda, pelo direito dos consumidores.

      Como bem sabe a rede Globo, não é a propaganda a alma do negócio. Mas a verbalização, a discussão, o monopólio do microfone em certas instituições, que podem ser o canal 5 ou a tribuna do Senado. É esse tipo de conduta que forma as idéias de uma época. A solução é devolver o PT à liberdade do parlamento, onde se debate idéias e valores sociais. No Executivo, somente o Lula tinha cacife para fazer algo. Mas o custo foi alto, custou a destruição da esquerda como projeto viável. Não há solução melhor do que deixar o partido atuar onde ele pode acrescentar algo. A solução é tirar o PT do Executivo, e devolvê-lo ao Congresso para tentar liderar de novo os movimentos sociais rumo a alguma coisa.

      1. O problema é que ninguém quer

        O problema é que ninguém quer criticar, mas derrubar. E derrubar não vai. 

        Não é só o PT que tem que ter pautas populares; os servidores públicos também que ter solidariedade com os demais trabalhadores e não achar que valem mais do que os outros. Servidor público que ganha bem tem que ter coragem e honestidade para admitir isso perante a sociedade e nào inventar arrocho. Tem arrocho na AGU ou na PF? Para que aquela PEC ridícula? Salário inicial de 16mil é arrocho? Quem critica o PT por ser um governo neoliberal não deveria se juntar aos neoliberais do PSDB e do PMDB. Cobrar coerência do governo é bom, mas agir com coerentemente tô pra ver ainda que é capaz.

    2. Muito bem, Malú! O que não

      Muito bem, Malú! O que não falta é gente cheiade ideias e sem votos; por causa disso, Dilma ficou sozinha com seuseleitores e sairá vitoriosa pqtem a capacidadederesistência de quem foi forjado na luta. As adesões fáceis aos modismos midiáticos não a assustam hoje assim como não aassustaram há 40 anos atrás. Dilma respeita e honra cada voto que recebeu resistindo muito além do limite de pulverização absoluta de qq um de seus críticos. 

      Aoos que querem daraulas a Dilma; a lição básica:, trabalhem para conquistar mais votos na próxima. Com a Globo puxando, até eu posso dar palpite nas estratégias de Zé Dirceu. E, críticas construtiva, tem que servir ao Brasil, Argentina, Equador, el Salvador… Além disso, apontar a solução para o encarceramento aleatório que estamos vivenciando. Dar palpite, na segurança de sua legenda ( ou fingindo não ser vinculado a nenhuma é mole. Quero ver é viver em paz e lutar, sendo petista, hoje.

  14. NÃO É LEITE DERRAMADO. CONTINUA DERAMANDO

    E os conscientes, politizados continuam na mesma: nada de crítica ao PT (ou parte dele, que virou, isso é comum, parecido uma igreja, uma seita). Aoinda falta umas derrotas pra se chorar o leite derramado e mudar, mas mudar, mesmo – o que eu não acredito e lamento (que não mude a essas alturas).

    Não sou fiel.

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