Xadrez dos cenários com Bolsonaro e o tiro de partida de Lewandowski, por Luis Nassif

Os cenários são válidos não como verdades absolutas, mas como método para permitir a discussão organizada.

Peça 1 – os analistas do foco único

Traçar cenários políticos é tarefa complexa, por envolver um conjunto grande de variáveis e de temas, a economia, a política, os aspectos psicossociais, os movimentos do governo e do Congresso etc. Não é meramente uma analise dos movimentos do Congresso.

Fuja dos analistas políticos de foco único, e da análise estática. Há motivos para essa desconfiança.

  1. Há inúmeros fatores psicossociais que interferem na opinião pública e, no final da linha, vão bater nas preferências eleitorais ou no posicionamento das instituições. Composições, alianças, partidos políticos antecipam esses movimentos. 
  2. O estado de espírito da opinião pública depende da sensação de bem ou mal estar social, influenciado por inúmeros fatores. A economia é um deles, mas não o único. A sensação de segurança, a leniência com a violência política, a maior ou menor resistência das instituições contra os abusos anti-democráticos são outros fatores. São conhecidos os processos midiáticos de criação de perigos (lembrem-se dos arrastões na praia, nos tempos de Brizola), de derrubada da auto-estima (Copa do Mundo, mesmo antes dos 7 x 1).
  3. Por outro lado, há inúmeros fatores que afetam as instituições, tornando-as mais ou menos resistentes em relação aos poderes do Executivo.

Por tudo isso, a analise empírica dos fatos é essencial em momentos de ruptura, como o que vivemos atualmente.

Peça 2 – os analistas unidirecionais

Exemplo desse viés analítico unidirecional foram as últimas eleições. Confira:

Padrão histórico – O primeiro turno começa indefinido, abrindo espaço para outsiders. Assim que começa o horário gratuito, é recomposta a bipolarização tradicional entre PT e PSDB, partidos com maior tempo de televisão.

Novos fatores – não se considerou: A) A delação da JBS, jogando o PSDB na vala comum dos partidos corrompidos. B) O fenômeno das redes sociais sendo trabalhadas há anos pela direita. E mais o adicional, a facada em Bolsonaro permitindo exposição maior na TV e desobrigando-o dos debates políticos. 

Resultado final – Geraldo Alckmin, do PSDB, terminando com 5% dos votos.

Vamos a uma exemplo dessa metodologia no quadro atual:

Cenário atual – Bolsonaro tem recuado em muitos pontos, sob pressão das instituições e do Congresso. No momento, seu Partido 38 é inexpressivo e com poucas condições de se viabilizar. Sua base no Congresso é difusa.

Avaliação – Bolsonaro é a favor do estado de exceção apenas na retórica. No mundo real, se sujeita aos limites constitucionais.

Conclusão – se ele aceita, agora, o jogo democrático, significa que continuará jogando de acordo com as regras do jogo.

Ou seja, presume-se que todos os fatores permanecerão estáticos, e que o comportamento dos Bolsonaro, com poder consolidado, será similar ao comportamento atual, com poder em consolidação. Ora, um cenário pressupõe a tentativa de identificar os fatores relevantes e prever sua evolução. Senão, não é cenário, é fotografia.

Os cenários são válidos não como verdades absolutas, mas como método para permitir a discussão organizada. Decompondo o cenário em fatores, fica mais fácil questionar ou avalizar o resultado final e a própria lógica da disposição dos fatores.

Dadas as incertezas do cenário, a conclusão depende muito mais de cálculos de probabilidade intuitivos do que de certezas enganadoras.

Peça 3 – Bolsonaro e o AI-5

No nosso cenário, há uma certeza: os Bolsonaro são defensores incondicionais do estado de exceção e inimigos declarados do processo democrático. Tendo condições, implantarão seu AI-5.

Agora mesmo, planejam ampliar o conceito de GLO (Garantia da Lei e da Ordem)  permitindo o excludente de ilicitude (autorização para o militar matar) em manifestações contra o governo.

Mais que isso, pretendem utilizar o GLO para acionar a Força Nacional em episódios de invasão de terra, atropelando completamente a autonomia federativa.

Finalmente, explicitando a ameaça de um novo AI-5, não apenas através de filhos alucinados, mas do próprio Ministro da Economia, Paulo Guedes.

Tudo isso ao mesmo tempo em que as reformas vão destruindo direitos básicos da população da base da pirâmide e que a América Latina arde em chamas.

Portanto, a análise de cenários consiste em identificar os fatores centrais que impactarão positiva ou negativamente a força do bolsonarismo, para avaliar se ele conseguirá juntar as condições para o golpe final nas instituições. 

Peça 4 – fatores determinantes

No curto prazo, há um conjunto de fatores que poderão fortalecê-lo.

 

  • Economia experimentando alguma melhora cíclica.

 

Mais do que a situação econômica do momento, o que define o estado de espírito da população são as expectativas em relação à economia. Após períodos de ascensão social, qualquer interrupção nas expectativas de continuidade da ascensão gera resistências. Exemplos típicos são os metalúrgicos do ABC nos anos 70, terminando a década em muito melhor situação que no começo, mas com as expectativas frustradas pela crise. O segundo exemplo são os incluídos do período Lula-Dilma.

Por outro lado, depois de períodos de aperto, pequena melhora, por menor que seja, angaria apoio pela sensação de que, qualquer movimento contrário, colocará tudo a perder. Meros voos de galinha podem gerar clima de apoio. 

Juros baixos e câmbio alto produzirão efeitos positivos na economia e fortalecerão o bolsonarismo? Ou persistirá o mal-estar com uma economia que continua andando de lado?

É questão crucial: em 1968, um dos grandes enganos da esquerda foi supor que as reformas de Campos-Bulhões mergulhariam o país em uma recessão por tempo indeterminado.

 

  • A tutela do mercado

 

O desmonte do estado social, a privatização selvagem, abrindo espaço para grandes negócios, garantem o apoio ao bolsonarismo por essa entidade chamada mercado e pelo conjunto das associações empresariais. Por outro lado, as extravagâncias internas e externas do bolsonarismo, mais as manifestações que explodem em toda a América Latina, acenderam luz amarela para os grandes investidores.

Qual tendência prevalecerá, de apoio ou descarte?

 

  • A tutela das Forças Armadas

 

A corporação necessita de bandeiras de legitimação. Definitivamente, sua bandeira deixou de ser a defesa de algum projeto nacional ou de um entendimento mais sofisticado sobre o conceito de soberania, como em outros momentos da história, nos anos 30 e no pós-64. 

Hoje em dia, a única forma de soberania que entendem é a territorial. Reagem às tentativas de instalação de bases estrangeiras no país, ou de internacionalização da Amazônia. Mas não demonstram a menor sensibilidade para outra formas de enfraquecimento da segurança nacional, como a venda da Embraer, a privatização da Eletrobras, com consequências dramáticas para um insumo estratégico, o desmonte da engenharia nacional, ou mesmo a expansão econômica do crime organizado.

Por outro lado, há indícios de interferência militar brasileira na política interna de vários vizinhos, Bolívia, Venezuela, Colômbia e Chile. Os militares, estariam redescobrindo seu papel nesse cenário extemporâneo de guerra fria? Essa é a pergunta que vale a estabilidade democrática ou a volta aos tempos do AI-5.

 

  • O papel do STF

 

O guardião da Constituição está dividido em relação à marcha do arbítrio de Bolsonaro. Há um núcleo legalista corajosa, integrado por Gilmar Mendes, Marco Aurélio de Mello, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski. Um núcleo confuso, com Dias Toffoli e Rosa Weber. E um núcleo não confiável, em relação à defesa dos valores democráticos, integrado por Luis Roberto Barroso, Luiz Edson Fachin, Luiz Fux e Carmen Lúcia. E mais Alexandre de Moraes. E um caso rumoroso pela frente: as suspeitas que pairam sobre a família Bolsonaro, não apenas em relação ao caso Marielle como há inúmeras manifestações anti-democráticas. 

Peça 5 – O bolsonarismo em marcha

Em regimes efetivamente democráticos, Bolsonaro já teria sido detido pelas instituições. Cada dia de vida significa o fortalecimento de sua estrutura, em cima dos seguintes trunfos.

  • O fato de ser governo, que lhe confere poder de coerção e de cooptação.
  • O peso do eleitorado, calculado em 1/3.
  • A violência da sua militância.
  • Redes associadas que estão sendo armadas, composta por neopentecostais, clubes de tiro, milícias, empresas de segurança doméstica, baixo clero das Polícias Militares, ruralistas.
  • A expansão econômica acelerada do crime organizado, especialmente do modelo de ocupação territorial das milícias.
  • Infiltração nas instituições, especialmente nos Ministérios Públicos, Judiciário, policiais, incluindo a Polícia Federal, associações empresariais e parte da mídia.

Por outro lado, estão enrolados até o pescoço em uma série de episódios que podem gerar movimentos de impeachment no Supremo. 

Em artigo para a Folha, o calmo e firme Lewandowski rompeu a blindagem, o pacto de silêncio do STF, ao alertar Bolsonaro que abusos de autoridade poderão provocar o impeachment.

Vamos ver quais por quais caminhos a história vai se desenrolar.

Luis Nassif

23 Comentários

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  1. Ao mesmo tempo em que acerta em cheio quando aponta a falta de visão estratégica para os grandes e reais problemas da nação, se recusa a aceitar a principal causa que embota, que embaça, que distorce a visão do empresariado, da mídia, dos militares, da alta burocracia…Ou seja, a ideologia. É por meio dela que fazem a leitura dos fatos e decidem agir. Em outras palavras, toda e qualquer ação ou inação tem um componente básico: isso favorece ou não a oposição, ao Lula, ao PT, PT, PT e “as esquerdas”?

    Nunca é demais lembrar da frase do Orlando Geisel, na véspera do AI-5, temendo que qualquer “fraquejada” pudesse fortalecer os adversários ao ponto de permitir as condições pra eles “darem na nossa cara”.

    É assim que eles pensam; é só isso que enxergam; é isso que PROJETAM nos outros.

  2. Lewandowski surfou calmamente na crista da onda com apoio nas leis da física…
    hão há falar, reconhecer ou concordar com o grau de liberdade de uma molécula gasosa, passageira, pretender mover-se no meio de outras de estruturas sólidas

    no popular: as dinâmicas violentas e agressivas não se equilibram, antes desaparecem

  3. Nassif, eu imagino que além desse bem desenvolvido xadrez, uma avaliação sobre um possível e fabuloso lucro, que a fabricação de informações, notícias e até mesmo a fabricação de ameaças alarmistas possa render altos ganhos a quem tiver acesso antecipado aos lançamentos e/ou as fabricações, dos balões alarmistas de ensaio cairia bem, em algum espaço desse novo xadrez. Então, o possível tamanho lucro gerado por essas táticas alarmistas e adicionados a outros possíveis lucros tais como: supervalorização das empresas bélicas + super aumento de áreas na Amazônia devastada, para o agronegócio + os astronômicos ganhos que os bancos desfrutam e mais ainda irão desfrutarem com a reforma da previdência + a desoneração de impostos na folha de pagamento para o empregador + o casamento com igrejas evangélicas + liberação geral de agrotóxicos + entrega da Embraer, da Petrobras, da Base de Alcântara + Eletrobras + valorização do ensino privado, entre outros, talvez após um estudo, uma avaliação e um entrelace de ligações xadrezistas que você tão bem sabe desenvolver. Afinal, para grandes capitais, quanto bem vinda seria o conhecimento antecipado de um jogo de táticas alarmistas?

  4. Este pessoal deve estar comprado em dólar no mercado

    Além disso a Balança Comercial está negativa em novembro, com queda significativa das exportações, já refletindo a politica da relações exteriores

  5. Por outro lado, há indícios de interferência militar brasileira na política interna de vários vizinhos, Bolívia, Venezuela, Colômbia e Chile.
    Vc se esqueceu do Paraguai!!!

  6. O saldo negativo da Balança Comercial em novembro vai provocar a reversão das expectativas positivas por parte dos empresários em relação ao atual governo, vai começar a cair a ficha.

    Com o liberalismo econômico, a queda da atividade econômico provocando a queda na arrecadação de impostos e taxas, vai aumentar o aperto fiscal, e continua a espiral recessiva.

    As manifestações, inclusive com uma grande participação da classe média, é uma questão de tempo.

    1. Não protestarão.
      São covardes demais para isto.
      Como os bozos sabem desta covardia ficam jogando falas de excludente de ilicitude, ai-5, etc etc
      O brasil se transformará naquela africa mais pobre, miserável.
      Não vejo nenhum futuro sorridente para os brasileiros.
      É o que merecemos pela burrice, covardia e preguiça.

  7. Que nossos analistas de conjuntura desenvolvam possíveis cenários dos fatos alencados por Nassif.
    No meu modesto entender, creio que faltou apenas um aspecto que embora crucial nesse momento, é sempre descuidado no Brasil: A Conjuntura Geopolítica (CGP). Com a globalização, a terra virou uma casca de noz onde a política externa intensifica-se no seu eterno jogo de gato e rato, pressão e contra-pressão, pesos e contra-pesos. A CGP tornou-se mais importante do que nunca. Vivemos outra “guerra fria”, um recrudescimento das relações internacionais. Sabemos também que da luta entre o Mar Bravio (?) e os Fortes Rochedos (?) quem leva a pior são os Mariscos. Infelizmente, a bola da vez (os mariscos) é nuestra América Latina. Pior, já não se fazem mais militares nacionalistas como antigamente.

  8. Só falta combinar com o fator 4M (Mourão, Mercado, Moro e Marinhos). Acho difícil a maioria das FFAAs não apoiar o impeachment do Bozo se ele tentar o golpe. Será tentador demais o cavalo passar encilhado para as FFAA’s ganhar mais poder com Mourão e na posição de “legalista contra um golpe anti-democrático” televisionado pela Globo. Seria a realidade cínica caindo do céu no colo, de presente.
    De desgastados com Bozo, os militares teriam uma segunda chance de revitalizarem-se no poder, com mais compustura e liturgia, portanto com mais força e autoridade do que Bozo para imporem medidas autoritárias. O próprio mercado deve preferir a troca do capitão encrenqueiro pelo general C.D.F., pois repaginaria a agenda de reformas neoliberais com caras novas, incluiria um discurso “social” (ainda que só na teoria, sem colocar em prática o pobre no orçamento), como o discurso recente do Armínio Fraga, e como Castelo Branco fez logo após 1964 com o estatuto da terra.
    Moro é outro que tem tudo para aderir à “cadeia da legalidade” de Mourão. Sob o tacão de Bozo, a única chance de Moro ter futuro é construir dossiês secretos sobre a família Bozo e soltar uma bomba em algum momento para derrubar Bozo, repaginando sua imagem como “caçador de políticos corruptos, doa a quem doer, inclusive a seu chefe presidente”. Sairia da decadência atual para a posição de forte candidato da direita em 2022.
    Bozo não tem o intelecto, nem a tenacidade, nem a liderança de um Salazar, um Mussolini, um Golbery para liderar um golpe ditatorial. O problema é a natureza dele que o leva a ser usado com boi de piranha para aventurar-se e ser descartado, levando outros mais tenazes ao poder para fazer o que Bozo queria com o golpe.

    1. Caro, a globo está se preparando para assumir o governo diretamente e não através de marionetes.
      Estão trabalhando a candidatura do Hulk todos os dias de olho na própria sobrevivência.
      Sabem que estão seriamente ameaçados de falência por causa do google, netflix e, agora, amazon, grupo Turner querendo comprar o campeonato brasileiro, etc etc
      Não tem como competir com estes gigantes mundiais. Então, a salvação será ser governo sem intermediários.
      Por isto não criticam uma vírgula da agenda econômica do guedes, que é a agenda da globo.
      Quando assumirem o poder a desgraça já estará feita e nós pagaremos a conta para salvá-la.
      A globo só pensa nela, o resto que se exploda.

    2. Olá,
      sua argumentação faz todo o sentido.
      Mas penso que é não fácil se livrar do Bolso. Dói reconhecer, mas há um personalismo claramente fascista na sua figura. Em um segmento que deve estar entre 15 e 20% do eleitorado, ele é (tragicamente) popular, gostemos ou não. Nos estratos que o Nassif costuma citar (baixa patente das polícias e exército, além de amplos setores da classe média), diria que ele muito popular. Moro e Mourão são figuras anódinas, de carisma zero. E o Bolso sabe disso.
      Ele é a representação simbólica do homem branco medíocre. Mourão é general e o outro bosta de Maringá é ex-juiz.
      Para o bolsonarista não importa se o Bolso matou a Marielle, se o dólar for para 7,00, se os direitos trabalhistas foram para o saco. Ele será apoiado incondicionalmente.
      Aliás um paralelo com as igrejas pentecostais: a pessoa vai ao culto e vê a prosperidade de pastor. O pastor é a representação simbólica do sucesso, mas não comenta que são “muitos são chamados, mas poucos são escolhidos”.
      Ando muito pessimista. A situação só vai piorar. Os Bolsonaros estão em cada esquina.
      Abraços e boa sorte a todos.

    3. democracia… democracia… processo democratico etc etc etc….

      Mas como é democracia tirar alguem eleito pela maioria com esmagadores 10 milhoes de diferença na frente (a quem diga que foi muito mais, nao confiam nas urna eletronica e em quem contrala elas) sem qualquer crime? como isso é democratico, me expliquem

  9. A economia brasileira pode crescer por causa do mercado interno e por causa do mercado externo (exportações). No último item, as exportações podem ser de produtos primários, como grãos, minérios e abacates. O Brasil já exporta muito e a economia mundial não consome mais. As exportações podem ser também de produtos manufaturados, mas já se foi a época em que nossos manufaturados eram competitivos. A desvalorização do Real vai dar um leve alento, mas os empresários sabem que isso é temporário e ninguém vai investir para expandir produção ou melhorar a qualidade. Outro dia, comprei um ombreloni com uma base que é uma mesa com armação de aço, construída de tiras de aço carbono soldado e mal pintado. Produto de baixa qualidade que poderia ser fabricado em uma pequena empresa de qualquer cidade média brasileira, mas foi importado da China. A indústria brasileira está desmontada. Sem política industrial, ela definhará até a morte. Não será a alta do dólar que vai mudar a situação.
    No mercado interno, o poder de consumo está no chão. O que se tem, na melhor das situações, é substituição de empregos por outros que pagam ainda menos. Por dogma, Guedes não vai lançar mão de investimento público. Quem vai investir nesse contexto?
    Patrimônio público passa para mãos privadas. O pré-sal vai para controle externo. As novas controladoras compram o máximo lá de fora. A Petrobras vende óleo cru e importa derivados. O setor elétrico passa para as mãos dos chineses, mas não investirão sem previsão de elevação da demanda. Só aumenta nossa vulnerabilidade.
    O governo militar ergueu a atividade econômica com investimento público. Construíram uma grande infraestrutura. O governo atual nem cogita isso.
    Vivemos uma situação completamente irracional. Por isso não há como explicá-la supondo que os responsáveis agiram com racionalidade.
    A maioria da população foi levada a crer que estava tudo errado e deveríamos recomeçar do zero com um completo idiota no comando. A maior parte desse grupo ainda não admitiu que fez bobagem. Torçamos para que isso ocorra enquanto ainda há uma nação para reconstruir.

    1. O Sr. Alcides Carpinteiro afirma que a economia brasileira pode crescer por causa do mercado externo (exportações).
      Pois bem. O Brasil agora está exportando carne bovina para a China e, por conta dessa exportação, só na semana passada a carne subiu de preço três vezes. Por conta desse crescimento da economia brasileira através da exportação, o Brasil bate recorde histórico no consumo de ovos. Em pouco tempo, a população sentirá as consequências do consumo excessivo de ovos.

      E viva o Mito!

  10. Ainda quero acreditar que as Instituições já se deram conta do RISCO da familícia, e por isso estão se movendo pra sacá-lo a partir de 2021, junto com seu vice. E pq 2021, talvez pra dar chance do Congresso, nomeando um presidente interino (provável R.Maia), pacificar um pouco o cenário político.
    HOJE os crimes e ofensas dos Bozosódies são flagrantes ..a LAVA JATO, desmontada e desmoralizada, precisa PRESTAR CONTAS dos seus crimes ..o aparelhamento e a tentativa de exceção, é uma realidade cotidiana ..as iniciativas da familicia, em maioria, são sempre reformadas e/ou deformadas num Congresso que, apesar dos tolos, resiste ..na economia colhem-se insucessos, e pelas contas EXTERNAS um tremendo TSUNAMI ameaça invadir as praias brasileiras já atingidas pelo petróleo misterioso.
    Enfim, é aguardarmos e TRABALHARMOS cotidianamente pra que a dessência e a ética prevaleçam, e que o BRASIL se veja, dentro dum menor espaço de tempo possível (quiçá 10 ou 20 anos), retornando a um caminho que hoje até bem pouco tempo trilhávamos.

  11. Não acredito numa quartelada ou coisa do gênero.
    A força da milicia sempre esteve em aparelhar as instituições com gente de confiança e pelo suborno ( entre outras atividades ilicitas) coações e chantagens.
    Se a economia não prospera e o estado esta fragilizado, ausente ou foi reduzido ao mínimo ( especialmente sob batuta neoliberal) os agentes econômicos procuram outras formas de prosperar, mesmo que sejam ilicitas.
    É o jogo pela sobrevivência, muito bem explicado pelo filme “o parasita” que recomendo.

    Acho que uma análise das principais peças na constituição do governo, tanto para se proteger como para atacar a democracia deve ser vista. Isto porque o processo de impedimento pode ocorrer pelo STF e pelo CN e ainda pode haver cassação da chapa pelo TSE.
    Quem está lá? Tem relação com o clã? Foram colocados lá por eles?
    No CN, Rodrigo Maia tem sido um garantidor da democracia, ainda que esteja usando o cargo para aprovar destruição de direitos com propostas neoliberais. Ele sempre se levanta contra as falas atentatórias do governo. Tem histórico, o paí foi exilado, ele mesmo nasceu no exílio. Já Alculombre(?), mal abre a boca e parece ser movido pelo interesse de se tornar governador.
    A PGR hj é ocupada por Aras, posto lá por Bolsonaro e tem sido um zagueiro e tanto, quando há visivelmente uma troca de favores pois ele também tem conquistado vitórias nas contenções da lavajato e ao mesmo temo reduzindo a possibilidade de punição do grupo.
    STF, são 11. Merece uma analise detalhada. Mas diria que o presidente Toffoli tem se descolado de Bolsonaro e promovido uma volta da estabilidade e contenção do grupo coligado a lava-jato. Ainda sim, há de ser entender que no que vem 2 outros ministros serão nomeados por Bolsonaro e suas nomeações passam pelo Senado de Alcumlobre, este mesmo que tem interesse em se eleger governador.
    PF segue dividida entre moristas e bolsonaristas, qualquer investigação seria contida.

    1. Não haverá quartelada (*) porque Mourão é o vice eleito. Para quê?
      Esqueça cassação de chapa pelo TSE, porque a direita não vai tirar Mourão da linha de sucessão, abrindo espaço para novas eleições com grande chance da esquerda ganhar. Não se esqueça que Haddad começou o 2o. turno perdendo de 60% x 40% e terminou perdendo de 55% x 45%. Bastava virar mais 5% dos votos úteis para vencer.
      Sintomático o distanciamento de Toffoli do Bozo. Toffoli tem general na assessoria. Significa que o apoio das FFAA’s a Bozo subiu no telhado.

  12. “a única forma de soberania que entendem é a territorial. Reagem às tentativas de instalação de bases estrangeiras no país, ou de internacionalização da Amazônia.”
    E a entrega de Alcantara *sem contrapartida* é resistencia ao que?

  13. Gostei demais do termo Bolsonarismo(termo fofo q inconscientemente remete a ser antilulista e esconde todo o seu extremismo nada conservador/cristão e q têm forte apoio nas igrejas q sempre jogam indiretas,piadinhas,mentiras,difamações em seus cultos com o objetivo de desmoralizar oponentes e consolidar interesses empresariais poderosos)me deu até vontade de ser um Bolsonarista e acho q tá/tão citando
    pouco,Bolsonarista isso Bolsonarismo aquilo,precisa mais.
    Quanto à economia q vai crescer fiquei até animado com esta informação e nem precisa dizer q são só números fictícios ao povão e q vai beneficiar só meia dúzia de especuladores financeiros.
    Quanto às Instituições,são covardes e vão ser engolidas pelas milícias ou os militares(serão uma coisa só?Sei lá !)

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