O troco sutil das mulheres no Estado Islâmico, por Ruben Bauer

por Ruben Bauer Naveira

Com base numa interpretação discutível para uma passagem no Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, os combatentes do Estado Islâmico acreditam que, se morrerem como mártires na Jihad (guerra santa contra os infiéis, e para eles “infiel” é qualquer um, mesmo muçulmano, que não seja da linha wahhabita professada por eles), eles irão para o Paraíso, e lá receberão, como recompensa pelo seu martírio, setenta e duas virgens cada um.

Isso dá uma ideia do tamanho da obsessão dessas criaturas pelo sexo…

Bem. Fato é que os jihadistas buscam o martírio – por isso é tão comum que ataquem o inimigo de forma suicida, como homens-bomba, ou como motoristas de carros-bomba, ou avançando de peito aberto mesmo (algumas batalhas na Síria, com em Deir-ez-Zor, têm sido no estilo Primeira Guerra Mundial, com os jihadistas chegando até as trincheiras das tropas de Bashar Al-Assad depois que acaba a munição das metralhadoras).

Fato também é que esse espírito aguerrido torna o Estado Islâmico difícil de ser derrotado militarmente.

Pois bem. Os curdos – que quase foram dizimados pelo Estado Islâmico – viraram a sua sorte na guerra quando passaram a arregimentar as suas mulheres para as tropas, para então descobrirem que… os jihadistas fogem apavorados quando veem mulheres combatentes do lado inimigo! Isso porque na cultura deles seria desonroso ser morto por uma mulher, e se assim acontecer eles não irão mais para o paraíso, e ficarão sem as suas 72 prometidas virgens – morreriam por… nada.

Confira, por exemplo, aqui.

Isso é que é usar a misoginia deles contra eles próprios…

 
Redação

10 Comentários

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  1. Condução coercitiva do Ex-Presidente Lula
    É preciso entrar com representação contra esse juiz na corregedoria do TRF, urgente!!!

  2. Bravas mulheres curdas

    Bravas mulheres curdas enfrentam os fanáticos do Estado Islâmico.

    Qual lado é bombardeado diuturnamente pela Turquia, membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte?

    Pois é. 

  3. O MÁRTIR

    Pois é, o jihadista, morto em um ataque suicida, com bomba, chega ao Paraíso.

    – Conforme o prometido, aqui estão as 72 virgens a que você tem direito. Mas temos um problema.

    – Qual?

    – Nos destroços não conseguimos encontrar o seu bilau…

  4. Desmistificando o Conservadorismo

    Desmistificando o Conservadorismo

    Posto alguns videos aqui, para desmistificar o o Conservadorismo, e desfazer a idéia de que seria o pior dos mundos, quando na verdade não é. Estes são videos de uma brasileira que aceitou uma proposta para trabalhar como professora de inglês na Arábia Saudita, e foi para lá com seu marido, onde ambos viveram por muitos anos.

     

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=birP5A7oc5o align:center]

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=tQc_CMlye9A align:center]

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=ZOqkcu9Ay1Q align:center]

    Todos os relatos, de como vivem as mulheres na sociedade islâmica, moças que saem para passear  normalmente, vão fazer compras, vão aos shoppings, apenas com muito mais roupa do que no ocidente. Segundo relatos, as mulheres no interior tem de usar o véu, o Nicab, e na capital do pais, são dispensadas de usar véu. Este costume milenar, seria na verdade para proteger as mulheres, pois nesta região antigamente, ocorriam muitos raptos de moças, e como o véu que é igual para todas as mulheres, fica dificil a um perseguidor, identificar ou diferenciar uma mulher da outra. Em uma região onde existem tantos conflitos e guerras, a sociedade achou um meio de viver em paz, com leis severas, e disciplina perfeita.

    
    Muito interessante notar os relatos sobre as salas de aula na Arábia, a educação esmerada dos alunos, a disciplina perfeita, o respeito para com os mais velhos, coisa cada vez mais rara no Brasil. É o paraíso para um professor dar aula, num país com tanta disciplina. São relatos de um povo extremamente organizado, e disciplinado. A disciplina perfeita da juventude árabe, seria um belo exemplo  que o povo brasileiro poderia aprender, se não se considerar superior e tiver humildade para tanto
    Para quem tiver curiosidade, esta professora do video fez muitos outros videos, sobre suas viagens pelo mundo Árabe, relatando sempre o lado bonito dos países por onde passou.
    Muito bonita a visão desta professora, de que não há cultura superior, ou inferior, apenas culturas diferentes da nossa.

    O fato de um povo ter costumes conservadores, não significa que a mulher seja obrigatoriamente inferior ao homem. Na verdade as mulheres e homens seguem suas vidas com respeito, Dignidade e recato.

    “A mais elevada forma de inteligência é a capacidade de observar sem julgar”

    ” Conservadorismo nos costumes, no recato não significa obrigatoriamente mahismo. Podemos nos vestor conservadoramente, e não sermos machistas”.

    “Não há nada de ruim no conservadorismo, contanto que eu não o imponha para os outros. O mesmo diz respeito ao progressismo”.

    A mulher no mundo Árabe é  atendida com todo o respeito na sociedade e no comércio, apenas por outras mulheres. Medicas mulheres para atender mulheres; Vendedoras mulheres ( nas grandes lojas) para atender clientes mulheres. Professoras mulheres para dar aulas a alunas mulheres. Tudo para evitar que a mulher sofra assédio ou seja desrespeitada, e não precise perder a sua Dignidade.

    O caso de  brasileira que foi trabalhar na Arábia Saudita, confirma que nunca foi tão respeitada em toda a sua vida. Os Árabes são sim um povo civilizado e que tratam suas mulheres com respeito. O desrespeito, quando ocorre, ocorre dentro de casa, pelo próprio marido, uma vez que a lei islâmica não se mete em questões conjugais. . Isto quando a mulher se casa com a pessoa errada. Mas isto de casar com o homem errado, e ser oprimida pelo próprio marido, acontece em qualquer lugar no mundo, até no Brasil, até no ocidente.

     

     

     

     

  5. Superstição

    Os Árabes tem pavor de serem mortos em combate por mulheres, pois eles tem a superstição de que se forem mortos por mulheres, não irão para o paraíso. Logicamente, que Maomé nunca disse tamanha tolice, isto é superstição do povo.

    As combatentes se aproveitam desta superstição, para guerrearem e infundirem terror nos adversários.

  6. Na Síria o povo curso de

    Na Síria o povo curso de auto-organizou em provícias chamadas cantões, são três cantões que formam Rojava, na lingua curda quer dizer Curdistão  do Oeste. O mais conhecido cantão é o da Região de Kobani, formado por esta e mais 7 cidades além das vilas. Em Kobani se deu a maior resistência do povo curso contra o Estado Islâmico. O PYD, Partido da União Democrática dos curdos na Síria, Aliado do PKK Turco, fundou a A YPG em 2004, que são as forças militares curdas na Síria é composta de homens curdos e alguns estrangeiros. A IPJ é formada por mulheres curdas, tendo notícia de algumas estrangeiras. São guerreiras jovens e bem treinadas, que afugentam os jihadistas não porque são mulheres mas porque são excelentes combatentes, são disciplinadas e com excelente aproveitamento em combate.

    Os Curdos da Síria se autorganizaram com base na Democracia Radical, onde os líderes dos cantões e das cidades são eleitos e destituidos em praça pública. Mais em http://anovademocracia.com.br/no-140/5648-kobane-rojava-a-luta-das-mulheres-curdas .

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