
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi proibido de deixar o país por tempo indeterminado, nesta segunda-feira (9). A decisão do Ministério da Justiça local tem como pano de fundo acusações de insurreição contra o líder do Executivo, após sua tentativa de impor a lei marcial no país.
A proibição foi anunciada pelo comissário de serviços de imigração da pasta, Bae Sang-up, durante uma audiência parlamentar. A informação também foi confirmada pelo procurador-chefe do Gabinete de Investigação de Corrupção para Altos Funcionários, Oh Dong-woon.
No último sábado (7), Suk Yeol fez um pronunciamento à nação para se “desculpar” por ter decretado a lei marcial, medida que restringe o acesso a direitos civis, sob a alegação que estaria protegendo a nação “da ameaça das forças comunistas norte-coreanas”.
A ação gerou uma crise política no país e o decreto foi revogado seis horas depois que foi anunciado. Parlamentares da oposição, então, apresentaram uma moção de impeachment contra Suk Yeol, que não avançou no parlamento por causa do boicote de deputados aliados ao governo.
A ação precisava do apoio de pelo menos oito membros da sigla do presidente, o Partido do Poder Popular (PPP), além dos votos favoráveis de dois terços da Assembleia Nacional. Durante a votação, no sábado, os deputados do PPP deixaram o plenário em protesto e apenas três membros da sigla participaram da sessão.
Após isso, os opositores passaram a acusar o PPP de tentar um “segundo golpe”. “Este é um ato ilegal e inconstitucional de uma segunda insurreição e um segundo golpe”, disse Park Chan-dae, líder do partido Democrata da oposição, que anunciou uma nova tentativa de aprovar uma moção de impeachment, agora no dia 14 de dezembro.
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