Cafezá – Catarina e Jarirí, uma paixão sobre-humana

 

Entonces, Cafezá, Chuvilinda atarrachô seus bico um poco, uns doisi tons, adispois subiu mais i désceu dinuóvo, inté disatarrachá pa intrá num dó maió, nivélanu cos acórdi qui tinha dexadu cas foia dos gaial, qui siguia com passos du batido dos tronco, qui isfrégava u subaco dos seos braçu i  fazia friquiçãozim cum seos dedos di fôim, qui as veizi istalava, as veizi tudo sóluçava, as veizi gargaiava i farfalhava, as veizi trintrimnuinim, i as gota iscurria pelas veia das foia i batia nu chão sua pércução di naná, as veizi os cutuvelo dos gai longo batia nos nó das noguera. I éra tudo uma feira livre dada pur Chuvilinda, seos mimos, seos caldos, presentes concédidos para o povo limpo, libertos da secura dacuela májienti oca, qui há centenas di anus num próduz música, só silênçu cortanti, insuportávil. I tudu éira animado pela dança dos ventos, qui atravéssava riscanu os çalão da mata, entranu nos tubos dos instrumento, suas ruas i vielas, pá ispaiá as énérjia di Chuvilinda.

Mestre Bódim, entonces, parô, i disse:

Chuvilinda diminuiu um poco pá oiá panós. Éila qué vê si a jiente tá iscuitanu u qui éila tá falanu i cantanu.

Ieu to, mestre. Ieu seio iscuitá a bela vóz da sua cantora namórada.

 

Redação

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