GGN lançará em breve o Projeto Brasilianas, por Luís Nassif

A fase inicial será um piloto com a UnB. Depois, a ideia será estender a parceria às universidades e IFs e aos think tanks

O GGN está se preparando para relançar o Projeto Brasilianas, de discussão de políticas públicas. A proposta será de dar visibilidade às discussões dos grandes temas nacionais.

Hoje em dia, há pelo menos quatro grandes políticas em andamento no governo federal: a Transição Energética, de Fernando Haddad; a Brasil 2050 e as Rotas Transoceânicas, de Simone Tebet; a Nova Indústria Brasil, de Geraldo Alckmin; e a política científico-tecnológica do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, prestes a sair.

Um dos temas preferenciais serão as políticas setoriais, baseadas na receita criada pelo Programa de Desenvolvimento Produtivo, no qual técnicos da Fiocruz planejaram a nova indústria da saúde.

Tratou-se do mais bem sucedido programa de política industrial.

Primeiro,  o governo se valeu do poder de compra do Sistema Único de Saúde (SUS). Selecionou os principais medicamentos. O laboratório multinacional, dono da patente, teria que dar, como contrapartida às compras do SUS, a transferência de tecnologia a um laboratório público.

Depois, o laboratório licenciaria a fórmula para laboratórios privados nacionais. A intermediação do laboratório público foi essencial. Primeiro, porque atuaram para analisar as condições dos laboratórios nacionais candidatos às patentes. Depois, porque se a patente fosse transferida para um laboratório privado, no momento seguinte seria adquirido por alguma multinacional.

O principal formulador do complexo industrial da saúde, Carlos Gadelha, vai trabalhar em uma missão relevante: estudar de que maneira o aprendizado do PDP poderá se estender a outros setores da economia.

Mas o Projeto Brasilianas discutirá também políticas sociais, infraestrutura, modelos de avaliação das políticas públicas, formas de organizar as pequenas e médias empresas e as políticas ambientais.

A fase inicial do Projeto será um piloto com a Universidade de Brasilia (UnB). Depois, a ideia será estendê-las às demais universidades e institutos federais e aos principais think tanks do Estado, como o IPEA, a Finep, o BNDES.

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