Um raio-x das exportações de commodities, por Luís Nassif

Em 12 meses, as exportações de soja aumentaram 12,68%, fruto do aumento de 48,6% nas cotações e de 1,6% na quantidade.

Cotação do minério de ferro e de outras commodities já perde força com surto do coronavírus na China. Foto: Reprodução/Agência Vale

Analisando-se os dez commodities com maior peso na pauta de exportações, a comparação do acumulado de 12 meses com o acumulado de 12 meses de 6 meses atrás, traz algumas conclusões curiosas.

Em relação a 6 meses atrás, houve uma melhora de US$ 2 bilhões nas exportações.

Houve um aumento nas vendas acumuladas de soja (4,61%) e óleo bruto (4,43%). E uma queda de 2,77% do minério de ferro e quedas substanciais de alumina, algodão em bruto e madeira.

Decompondo-se em quantidade e preço médio de venda, concluem-se os seguintes pontos:

  1. A alta da soja foi fruto do aumento da cotação (9,94%) e da quantidade (2,49%).
  2. No caso de óleo bruto, pesaram a cotação (3,71%), mas sobretudo a quantidade (17,744).
  3. A queda de 2,77% nas vendas de minério de ferro deve-se a uma enorme queda na quantidade vendida (-31,04%).

Em 12 meses, as exportações de soja aumentaram 12,68%, fruto do aumento de 48,6% nas cotações e de 1,6% na quantidade.

No caso de óleo bruto, a alta de 22,11% deve-se a 73,56% de aumento na cotação e 14,61% na quantidade.

A queda de 28,86% no minério de ferro deveu-se à queda de 17,25% no preço médio de exportação.

Em 2 anos, as divisas com soja aumentaram 50,98%, devido à alta de 52,7% nas cotações e de 2,6% na quantidade.

Óleos brutos quase dobraram, devido à alta de 27,56% nas cotações e de 25,23% na quantidade.

E minério de ferro experimentou queda de 17,81%, fruto da queda de 5,54% na quantidade.

No gráfico abaixo, dá para sentir o período favorável para a soja.

Do mesmo modo, óleos ganharam na cotação e na quantidade, embora se observe uma pequena queda no preço médio.

Já minério de ferro teve queda tanto na quantidade quanto no preço.

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