Dilma denuncia o golpe sem poupar elite, políticos e grande mídia

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – No Senado, durante a fase final do julgamento do impeachment, a presidente Dilma Rousseff fez um discurso firme, claro e por vezes emocionado, endereçado principalmente aos senadores indecisos, aos traidores de ocasião e aos que articularam o seu afastamento.

Denunciando o “golpe de Estado” decorrente de um impeachment sem crime fiscal comprovado, ela não poupou citações aos responsáveis pela atual ameaça de ruptura democrática: a elite econômica, a classe política derrotada nas urnas e perseguida pela Lava Jato e setores da mídia que vergonhosamente silenciaram diante da fragilidade e desfaçatez do processo. 

O discurso começou próximo das 10h desta segunda-feira (29), com Dilma pedindo desculpas por erros que cometeu em sua gestão. “Acolho essas criticas com humildade, até porque como todos eu também cometo erros e tenho defeitos. Mas entre meus defeitos não está a covardia”, disparou Dilma.

“Na luta contra a ditadura, recebi no meu corpo as marcas da tortura. Amarguei por anos a prisão. Vi companheiros sendo violentados e sendo assassinados. Na época, eu era jovem, tinha muito a esperar da vida, e tinha medo da morte e das sequelas da tortura na minha alma e no corpo. Mas não cedi. Resisti. Não mudei de lado. Apesar de receber o peso da injustiça nos meus ombros, continuei lutando pela democracia”, disse.

Em outra passagem, numa tentativa de atingir os senadores que a abandonaram em meio ao processo, ela disse que “se alguns rasgam o seu passado e se rendem às benesses do presente, que respondam à sua consciência. A mim, resta lamentar pelo que se tornaram. E resistir. Finquemos o pé no lado certo da história, mesmo que o chão trema e ameace, de novo, nos engolir.”

OS AGENTES DO GOLPE

Dilma fez questão de ir ao Senado, olhar cada um de seus juízes nos olhos, porque tem a “serenidade” de quem não cometeu nenhum crime de responsabilidade fiscal. Ela afirmou, contudo, que não poderia deixar de fazer um paralelo com o julgamento que sofreu durante a ditadura. Ambos teriam um ponto em comum: ao seu lado, no banco dos réus, sentou-se a democracia.

Para Dilma, o impeachment é desdobramento de um atentado à soberania popular. “Sempre que o interesse da elite econômica e politica é ferido nas urnas, conspirações são tramadas resultando em golpe de Estado”, pontuou. “Trata-se de ação deliberada que conta com o silêncio cúmplice de setores da grande mídia brasileira.”

A presidente lembrou que a instabilidade gerada em seu governo nasceu no dia em que o PSDB de Aécio Neves foi derrotado nas urnas. Desde então, inúmeras ações para impedir que Dilma tivesse governabilidade foram deflagradas, de contagem de votos a pedidos de investigação nas contas de campanha. Até que os “derrotados nas urnas” teriam encontrado nos alvos da Lava Jato fortes aliados para encampar o impeachment. 

Citando a inércia e a pauta-bomba criada pela maioria oposicionista que se forjou no Congresso – que só passou a analisar matérias econômicas importantes para tirar o país da crise quando o impeachment já caminhava para o Senado – Dilma disse que “foi criado assim o desejado ambiente de instabilidade propício ao impeachment sem crime de responsabilidade.”

Ela também citou as chantagens de Eduardo Cunha (PMDB), que deflagrou o impeachment após não prosperar sua exigência para que o PT o ajudasse a impedir a cassação do mandato no Conselho de Ética. “Nunca aceitei na minha vida ameaças e chantagens. Se não o fiz antes, não o faria sendo presidente”, disse Dilma.

Ela também disparou, indiretamente, contra o governo do interino Michel Temer (PMDB), que ajuda Cunha a adiar ao máximo sua cassação em plenário. “Quem age para poupar ou adiar a condenação de uma pessoa que é acusada de corrupção, cedo ou tarde pagará o preço de sua falta de compromisso com a ética.”

OS MOTIVOS PARA O GOLPE

Dilma afirmou que ficou claro ao longo do processo no Senado que querem tirá-la do poder pelo “conjunto da obra”, algo que é conferido apenas ao povo e apenas durante as eleições. 

Os alegados crimes fiscais, segundo ela, guardam controversias, inclusive porque o Ministério Público Federal concluiu, após uma investigação sobre seis tipos de pedaladas fiscais, que não houve dolo, nem afronta à Lei de Responsabilidade Fiscal, tampouco desrespeito ao Congresso.

Sobre os créditos suplementares, Dilma apontou que o Tribunal de Contas da União convenientemente classificou as medidas como irregulares meses após o seu uso por Dilma, que seguiu os passos de seus antecessores no Planalto.

Além disso, a presidente citou a revelação feita no primeiro dia do julgamento no Senado, de que o procurador do MP junto ao TCU que arquitetou o pedido de impeachment com base em crime fiscal foi considerado “suspeito” pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, por militar contra o PT.  Além disso, o procurador foi assessorado por técnico do TCU que, posteriormente, foi o responsável por dar um parecer alegando irregularidades nos atos de Dilma. Ou seja, ele redigiu um parecer que ele mesmo iria julgar.  “Fica claro a parcialidade na construção das teses por eles defendidas”, disse a presidente.

O QUE ESTÁ EM JOGO

Dilma citou que “o que está em jogo no impeachment não é o meu mandato, é o respeito às urnas, à soberania do povo, à Constituição, às conquistas sociais dos últimos 13 anos”. O que está em jogo com a sua saída do governo é a entrega do pré-sal, o desmonte de programas federais, a inserção do Brasil no contexto internacional.

Dilma se emociou pela primeira vez ao dizer que a auto-estima do brasileiro, que resistiu, em 2014, “aos pessimistas de plantão”, também está em jogo, assim como a auto-estima daqueles que acreditaram na capacidade do Brasil realizar “com sucesso” a Copa do Mundo e as Olimpíadas. 

Tudo isso está em jogo, disse Dilma, desde o momento em que Michel Temer assumiu o comando do País e adotou um programa de governo que não foi aprovado nas urnas.

A APARÊNCIA DE LEGALIDADE

Dilma também rebateu o argumento de que o processo de impeachment é legal porque o STF ditou as regras e acompanha desde o início. “Esse processo está marcado do início ao fim por absoluto desvio de poder. Tem se afirmado que o processo é legítimo, porque ritos e prazos foram respeitamos. Mas para que seja feito justiça, a forma não basta. É preciso que o conteúdo seja justo, e jamais haverá justiça nessa condenação. Não há respeito ao devido processo legal quando a opinião dos julgadores é registrado e divulgado na imprensa sem que a defesa tenha sido exercido. O direito de defesa é exercido formalmente, mas não é apreciado em sua essência.”

AS ACUSAÇÕES

Nos minutos finais, Dilma decidou-se a desmontar as teses de que cometeu crime de responsabilidade fiscal. Citou decisão do Ministério Público Federal sobre as pedaladas. Também recordou que outros presidentes editaram a abertura de créditos suplementares e nada foi feito. 

Para a presidente, as alegações da acusação são frágeis e por isso mesmo configuram um golpe.

Aos indecisos, Dilma disse ainda que no presidencialismo, condenação política exige crime de responsabilidade cometido “dolosamente e comprovado de forma cabal”. “Lembre-se que esse precedente pode prejudicar outros governantes. Condenar sem provas, condenar um inocente, esse é o precedente.”

RENÚNCIA E MORTE

Dilma comentou que não renunciou apesar de toda a especulação sobre isso porque tem compromisso com a democracia. Ela fez uma fala endereçada às mulheres, que a ajudaram a atravessar os dias de isolamento no Alvorada. “Elas me cobriram de flores e solidariedade.”

Ao final, Dilma disse que “cassar meu mandato é me condenar à morte política.” Ainda sobre morte, ela comentou que “por duas vezes, vi de perto a face da morte: quando fui torturada por dias seguidos, submetida a coisas que me faziam duvidar da humanidade, e quando uma doença grave podia encurtar minha existencia. Hoje, eu só temo a morte da democracia.”

Ao final de sua fala, o senador Aloysio Nunes (PSDB), líder do governo Temer no Senado, tentou obter direito de resposta pelas citações aos “derrotados nas urnas”, mas Lewandowski não permitiu, alegando que Dilma não fez ataques pessoais.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

29 Comentários

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  1. Maravilhoso discursso
    Abordou tudo com competencia e quem não tem vergonha na cara que persista nessa farsa. Marcou muito bem as posicoes.
    Parabens PRESIDENTA.

  2. O discurso da presidenta Dilma foi impecável!

    O discurso da presidenta Dilma foi impecável!

    Limpo e sóbreo, demonstrou sinceridade e coerência com seu caráter. Certamente foi um discurso histórico que consagrou de forma definitiva sua trajetória política.

    Esse golpe pode até passar, mas o exemplo da presidenta Dilma permanecerá.

    1. E haja bomba na cabeça para

      E haja bomba na cabeça para recuperar o pré-sal. E provavelmente tomaremos as bombas e ficaremos sem o pré-sal assim mesmo. 

      O Povo calhorda pagará !!! Os senadores calhordas irão enriquecer e morrer uma doce e suave morte !!!

  3. Belo discurso, porém, me dá

    Belo discurso, porém, me dá tristeza.

    Não o discurso em si, mas a certeza de que este foi um discurso para a História, não para se alterar o golpe, uma vez que este já está definido.

    No mais, vai ser meu consolo ver a pecha de golpista estampada na testa de Aécio “Néscio” Neves, Cristovam Buarque, Ana “RBS” Amélia, Aloysio “300 mil” Nunes, et caterva, assim como será meu consolo ver os coxinhas tomarem no lombo.

  4. O golpe pode até ser

    O golpe pode até ser chancelado pela aprovação do impeachment no Senado, mas os golpistas marcaram um golaço contra eles mesmos. Tiveram que engolir que Dilma finalmente fez seu discurso mais emocionante e se consolidou como uma liderança sóbria e atilada. 

  5. Decência e vergonha na cara. Covardia . . .

    Decência, honra e comprometimento a um ideal, SIM. Covardia, hipocrisia e desleldade (para dizer o mínimo), NÃO.
    A Sra. Dilma Vana Roussef honrou o seu passado, os seus compromissos e a sua biografia de cidadã brasileira.
    Se vai ser cassada ou não será um mero detalhe, porque vai expor com serenidade, firmeza, clareza e educação OS CANALHAS que compõe em sua grande maioria o Congresso Nacional. Salvam-se poucos, muito poucos.
    Hoje a história marcará indelevelmente o nome dos traidores de nossa democracia. PARA SEMPRE !!!

  6. aloisio um demente

    Do aloisio lembro a invectiva do senador contra um jovem, vá tomar no çû, provavelmente era isto que a sua retorica de testa da cazzo produziria.

  7. Eles (e elas) passarão…

    nós, os que estamos com Dilma ao lado de Chico e Lula, passarinho…

    Irão não certa, amanhã, trucidar a Dilma Pesidenta, mas já a partir do dia seguinte não terão dignidade nem mesmo de se olhar no espelho, vão mesmo sifu gradativamente todos(as) eles(as)… incluíndo o Sr. Lewandówski que quando teve chance não cessou esse circo de horrores.

    1. O pré-sal e os direitos

      O pré-sal e os direitos trabalhistas tb passarão…

      Depois de vendido, teremos que lutar uma guerra com chances mínimas de vitória para recuperá-lo !!!

      E jamais teremos uma câmara progressista o suficiente para termos CLT de volta.

  8. Confesso que me surpeendi com

    Confesso que me surpeendi com a qualidade do discurso da presidente Dilma Rousseff.

    Encarando na face seus hipócritas algozes, não se afastou por um momento sequer da verdade.

    Seja qual for o resultado do processo, está registrada na história a verdadeira natureza do que ora ocorre: um Golpe de Estado.

    É até humilhante para os senadores golpistas professar sua demagogia, oportunismo e mentira após um discurso tão meridianamente lúcido, claro e verdadeiro.

    Dilma deu uma demonstração superior de integridade. Fica o exemplo!

     

     

    1. Discurso da Dilma

      Eu esperava um bom discurso, mas felizmente ela superou minhas expectivas. Ela jogou como devia jogar: foi contundente e disse o que tinha que dizer sem meias palavras, sem ser “política” (no mal sentido). Mas não me surpreende: ela foi torturada dias a fio e não entregou o que os torturadores queriam. Poucos podem se orgulhar de um feito desses, e ela só engrandeceu mais sua biografia.

       

  9. Discurso impecável

    Pode até ser injustamente cassada, mas tatuou a palavra GOLPE para sempre na História do Brasil. Não sai nunca mais.

    Mais: deu nome aos traidores da pátria, os Joaquins Silvérios: Temer, Cunha, Aécio, elite brasileira e grande mídia. E ainda se chamou de presidentA.

    A patética (e corrupta) senadora Ana Amélia, vestindo uma camiseta da CBF e usando a Constituição de escudo, acha que vai ser reconhecida como heroína. Vai ganhar uns segundos no JN e depois, a caverna do ostracismo.

    Já Dilma, sairá da vida (pública) para entrar para a HISTÓRIA, como mártir da Democracia brasileira.

    1. E isso não vai salvar pré-sal

      E isso não vai salvar pré-sal direitos trabalhistas, nem nada. Satisfará a vaidade de Dilma e será inócuo para o país.

      Se o povo se arrepender, não poderemos mais rasgar os contratos !!! é Inútil !!!

  10. Volta Dilma,eu

    Volta Dilma,eu acredito,enquanto o “juiz” ñ apita o fim do jogo,ele ñ acaba!!!

    Obs: Se estou sonhando demais,mais tarde saberei,até  lá pessoal ggn !!!

    Obs 2: Tem senador que não dormirá direito esta noite,A CONSCIÊNCIA PESARÁ !!!

     

    1. Consciência no senado?
      Meu caro

      Aquilo lá, em matéria de consciência, é igual árvores e água no Saara. Só em mínimos Oasis.

      A turma golpista irá dormir, e muito bem. Salvo um ou outro que mantenha ainda alguma preocupação com delações da lava jato.

      Eu disse ainda pois essa operação está com os dias contados.

      E aí será somente “festa” e gargalhar dos tempos em que serginho moro metia medo

  11. O discurso de Dilma no

    O discurso de Dilma no Senado, defendendo-se legalmente de todos os crimes contra ela praticados poderá, por analogia, ser uma peça histórica quanto foi a carta de Getúlio. 

    Se por um lado Dilma pecou muito em não se comunicar por tantas vezes, e de forma oportuna, por outro não se poderá dizer que ela se acovardou em nenhum momento. Pelo contrário: quando todos imaginavam vê-la mais uma vez represetnada po Eduardo Cardoso, ela mesma partiu pra cima de todos os traidores da Pátria, de peito aberto, talvez lembrando dos militares com suas caras envergonhadas e cobertas com as mãos quando ela, erguida, sem medo, os enfrentou. As circunstâncias são outras, claro, nem por isso pode-se garantir que esses falsos-probos não estejam se medidndo diante do espelho. 

    Mais importante que ser impichada, e cassada politicamente, terá sido a sua presença de corpo e espirito hoje no Senado. 

    Eu dou os parabéns a ela. E se pudesse, daria também um forte abraço nessa grande mulher.

  12. Emocionante e histórico.

    Emocionante e histórico. Chico ao lado do Lula, simbolicamente belo. Como é bom estar do lado deles, e não do Alusisio Nunes, Aécios, Amélias e demais miseraveis de alma. E pilantras

    Esse é o alento diante da tristeza de ver que a democracia não se consolidou. É o que afirma a tese do Fabio Wanderley Reias, Nassif.

    Ele disse faz algum tempo, que para a democracia se consolidar no Brasil, Lula teria que terminar seu mandatos e sua sucessora também. Aos quarenta do segundo tempo a direita deu o golpe mais uma vez. Com a cumplicidade omissa do juiz, mais uma vez

    1. Um momento bem gostoso foi

      Um momento bem gostoso foi ver  D  I  L  M  A   dar uma tunda de relho nos senadores da RBS, a raposa amarela e o graxaim pelado.Já o aecim, voltou pras  FURNAS  dele.

  13. Diferente do que todos dissem

    Diferente do que todos dissem aqui, para o Noblat, o discurso da Dilma, foi vazio, o mais do mesmo, frio e sem emoção.

    Então tá, seu Noblat !

    1. O que o Noblat queria?

      Um discurso diferente de Dilma?

      Deve ser duro para o Noblat ouvir à exaustão:

      “Entre meus defeitos não está a covardia”

      “Não enriqueci na vida pública e não tenho dinheiro no exterior” (*)

      Quem nasce para Noblat nunca chega… a lugar nenhum.

      (*) Reproduzi de memória. As frases literais podem ter sido outras, embora com o mesmo sentido.

       

  14. Fatos e nomes

    Sei que não vai adiantar nada, que o golpe já está consumado, mas ainda assim, foi importante a presença de Dilma no senado. É a presidente eleita, e legítima. Citando os verdadeiros fatos e dando os verdadeiros nomes, Se as forças que perpetraram o golpe são poderosoas demais, é mais um capítulo da história do mandonismo deste império colonial escravista que tenta se tornar um país. Vamos ver como a história relata o que aconteceu, como vai descrever o papel das reservas morais que patrocinaram o golpe, na câmara, no senado, no judiciário, mpf, na mídia corporativa. E esperar mais uma vez por um tempo mais digno, pois estamos assistindo mais um episódio de indignidade, somando-se à nossa triste história. Uma pena.

  15. Então…………

    É como já disse e repito várias vezes, muito embora não veja meu comentário publicado.

    Repito: não adianta nenhuma defesa, pois este congressistas estão todos comprados. Comprados pelos empresários nacionais e internacionais, além dos governos hostis que querem porque querem nossas riquezas a preço de banana, começando pelo Pré-Sal!

    Não se trata de golpe, mas de mudança de governo para empossar os vendilhões que estão com as mãos estendidas para receberem as migalhas prometidas.

    Tudo que dissermos daqui por diante, será apenas, retórica !!!! , o jogo já está armado !!!!!

    Concluo; A Nação está sendo vendida na bacia das Almas !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  16. Vou usar de um tom mais

    Vou usar de um tom mais lírico que o normal.

    A Roda Viva girou novamente. A estrutura de poder que havia sido momentaneamente alterada – por 14 anos – e que jamais conformou-se em perder, volta ao seu estado natural.

    Brasileiros, voltemos a ser submissos; voltemos a ser o que éramos há, 25, 30 anos atrás. A moralidade passa a ser relativa. A corrupção passa a ser relativa. Um caso aqui, outro ali. Jamais de um partido como um todo.

    Brasileiros, voltemos à nossa condição original e a nossa vocação natural, qual seja: de vendilhões, de entregadores do patrimônio. Voltemos à nossa condição de sabotadores da nossa própria soberania. Voltemos ao status quo de antes: a elite econômica, política e juduciária comandando a partir de cima, como era de sua vontade. Voltemos a ver, como nos anos 80, todo o rol de sujidades acobertadas e impunes. Voltemos a ver a corrupção grassar dessa vez com as comportas todas abertíssimas, pois esses executores específicos da corrupção não serão incomodados. Salvo se a imprensa ou algum judiciário interesseiro quiserem. Caso contrário, conviveremos (como ocorre até hoje) com os dinossauros e sanguessugas de sempre.

    Esquerda, voltemos à condição de marginalidade. Voltemos à condição de periféricos vociferadores. Não que Dilma e o PT tenham representatividade à esquerda, em especial hoje. Porém, a derrocada de Dilma é muito mais conotativo que simplesmente demonstrar algo contra um partido ou uma governante. A derrocada de Dilma figura a pancada desferida contra a luta social. Representa a vitória da direita mais retrógrada, daquela que aceita criminosos, desde que sejam limpinhos e cheirosos. Representa o retrocesso. Representa, mais uma vez, o caráter dessa democracia falha, que permite que mecanismo de derrubada de poder possam ter verniz de legalidade, bastando para isso uma imprensa e casas legislativas agindo em uníssino.

    Voltemos, senhores, novamente à condição de vassalos.

  17. O povo que esta com Dilma e a Democracia

    O povo que esta com Dilma, com a Democracia e defende a soberania brasileira, TEM que fazer algo nao mais convencional. Eles estão saqueando a nossa Patria e abusando de nossa paciencia e temos que ficar de braços cruzados observando todo sinismo, cara de pau, assalto e discursos hipocritas nas midias golpistas? NÃO! Já demorou! A luta não continua. A luta começa AGORA!

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