Renan divulga nova lista e recua em cobrança no SUS

 
Jornal GGN – Após reunião com Joaquim Levy, o presidente do Senado, Renan Calheiros, apresentou uma nova versão de sua agenda, divulgada na segunda-feira, com a inclusão de mais medidas e o recuo na proposta de cobrar pelo atendimento no Sistema Único de Saúde. Depois do encontro com Levy, a lista agora tem 43 pontos, ao invés dos 29 da primeira versão.
 
Apesar do recuo em relação ao SUS, a nova agenda também traz temas polêmicos, como a redução no número de ministérios e o fim do Mercosul. O documento diz que é necessário acabar com o bloco para que o país possa firmar acordos internacionais sem depender do apoio dos outros países.
 
Do Estadão
 
Senado amplia pacote anticrise após receber Levy
 
Renan divulga nova lista com 43 propostas, incluindo temas como corte de ministérios; item polêmico, cobrança no SUS é retirado
 
Brasília ­ Após se reunir por mais de três horas com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB­AL), divulgou uma nova versão da agenda anticrise que havia apresentado na segunda­feira. Além de acrescentar medidas, o peemedebista voltou atrás na proposta de cobrar pelo atendimento no SUS, mas não deixou de sugerir temas polêmicos, como a redução do número de ministérios e até o fim do Mercosul.

 
Aliados de Renan afirmaram que o peemedebista desistiu da proposta do SUS após a medida receber diversas críticas. Na nova versão, Renan fala em “regulamentar o ressarcimento, pelos associados de planos de saúde, dos procedimentos e atendimentos realizados pelo SUS”.
 
Outras propostas também foram criticadas por grupos organizados, mas permanecem na lista da chamada Agenda Brasil – um grupo de ONGs ambientalistas fez uma carta de repúdio ao que chamam de “pacote de medidas que aprofunda os retrocessos em questões socioambientais, rifando os direitos territoriais indígenas e a regulação ambiental e colocando o País na contramão das respostas que exige a crise climática”.
 
A primeira versão da agenda elaborada por Renan e seus aliados tinha 29 pontos. Após a reunião desta quarta, subiu para 43. Foi incluído um novo eixo de propostas chamado “reforma administrativa do Estado”, em que o peemedebista sugere a redução do número de ministérios, estatais e cargos comissionados, além de outras cinco medidas.
 
Sobre o Mercosul, o documento afirma que é necessário acabar com o bloco para que o “Brasil possa firmar acordos bilaterais ou multilaterais sem necessariamente depender do apoio dos demais membros”.
 
As novas propostas, porém, não levaram em conta a agenda apresentada por Levy, mas sim sugestões de outros senadores Leia Mais:http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,em-nova-versao-de-agenda–renan-recua-sobre-cobranca-no-sus-e-propoe-fim-do-mercosul,17429.
 
Desoneração. Durante a reunião, da qual participaram cerca de 40 senadores, ficou decidido começar a votar os projetos da Agenda Brasil já na próxima semana. O primeiro item a ser apreciado será o projeto que muda a política de desoneração da folha de pagamento das empresas, para reduzir a perda de receitas do governo. O item era considerado fundamental para o ajuste fiscal do governo.
 
Na visão de líderes da base, é importante votar a proposta para “virar a página” do ajuste e discutir medidas para o País voltar a crescer. Após a conclusão dessa votação, a ideia é avançar em temas como a reforma do ICMS e a repatriação de recursos de brasileiros depositados no exterior.
 
“Renan já deu uma valorização e uma priorização em questões como o próprio ICMS, que é um tema complexo, mas que o próprio Senado construiu alternativas que tem grandes chances de se realizarem”, elogiou Levy.
 
A oposição, porém, viu com ressalvas o pacote. O presidente do PSDB e candidato derrotado em outubro ao Planalto, senador Aécio Neves (MG), nem sequer compareceu ao encontro. O presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), classificou o encontro como “insosso”. “Essa reunião não deu uma grande contribuição para construir saídas para recompor a economia do País”, disse, ao citar o fato de que setores do governo criticam propostas do pacote. / COLABOROU GIOVANA GIRARDIsine o Estadão All Digital + Impresso todos os dias

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Redação

6 Comentários

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  1. Eduardo Cunha deve sair?”a

    Eduardo Cunha deve sair?
    “a acusação de receber propina de 5 milhões de dólares num processo como a
    Lava Jato deveria fazer com que ele saísse para as investigações
    ocorrerem sem obstrução.”

    Mas a Dilma também foi acusada de receber propina para campanha de 2014

     

    1. Coxinha

      A Dilma recebeu doação de empreiteiras, e o Aécio também.

      Cunha recebeu para uso próprio U$ 5.000.000,00, de propina, a Dilma não.

      Entendeu a diferença

  2. Essa agenda de privatizar o

    Essa agenda de privatizar o SUS, aumento da idade para aposentadoria, terceirização, nunca foi do governo, isso estava parado no congresso faz uns 11 anos. Quem desenterrou isso foram os deputados e senadores eleitos pelo povo. mais fica mais facil culpar a Dilma. Eles precisam da caneta, a proposta é ou Dilma assina ou é Golpe.

  3. Ministérios

    Qual o número certo de ministérios para o Brasi?

    Minha resposta é 14.

    Por que respondo 14, porque é um número que dá controle, qualidade e eficiência às ações deles.

    Poderiam ser 39 ou 139, desde que continuassem a apresentar o mesmo grau de eficiência, qualidade e controle que a arquiterura por mim proposta, a do Diamante, fosse ao menos equiparada, mas tenho certeza que isto não acontece, motivos históricos, lógicos e universáis me garantem que tal arranjo não funcionará com a mesma harmonia, qualidade e equilibrio, como o proposto com 14 pastas e 72 secretarias.

    Por que se contentar com uma reforma porcaria e ineficiênte, quando já nos desgastamos para mudar? Me escapa o motivo desta burrice, ao cubo, por sinal.

  4. Esse é o golpe mais bem

    Esse é o golpe mais bem bolado.
    É o “golpe paraguaio”, versão alagoas.

    A mídia baixou a guarda,

    O digníssimo senador renam, representado o que há de pior na quadrilha “conservadora”, apresenta a lista de “pagamentos” pela trégua.

    Dilma passará a fingir que governa e o “boy de luxo” vai entregando, semanalmente, o que ela precisa fazer e apoiar.

    Pronto. Tudo em ordem. Todos felizes: PT, Dilma, globos, renans, etc. R toca mais acordões e cargos e ministérios e diretorias de estatais e nada de acabar com a corrupção.

    O mais cruel desse “golpe paraguaio” é que le não inclui o golpista maior: eduardo cunha!

    É bandido dando rasteira em bandido!

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