Dominguetti diz que pedido de propina foi reportado a sargento e deputado bolsonarista

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Ex-policial militar e bolsonarista, o deputado Amaral negou, via Twitter, que tenha tomado conhecimento do esquema de corrupção no seio do governo que defende

Jornal GGN – O lobista Luiz Paulo Dominguetti, representante da Davati no Brasil, disse à CPI da Covid que após receber pedido de propina de um membro do governo Bolsonaro, pediu ajuda a um sargento reformado de Minas Gerais, identificado como “sargento Romualdo”, e este teria prometido levar a denúncia ao deputado federal Junior Amaral (PSL-MG).

Ex-policial militar e bolsonarista, o deputado Amaral negou, via Twitter, que tenha tomado conhecimento do esquema de corrupção no seio do governo que defende. “Não, não chegou a mim nenhuma denúncia sobre integrantes do Ministério da Saúde”, escreveu.

Dominguetti também é policial militar em Minas. Ele foi questionado, na CPI, sobre o motivo de não ter dado voz de prisão a quem lhe pediu propina para efetivar contratos envolvendo vacinas para o governo federal. Ele disse que aquilo era tudo “muito novo” para ele, que não soube como reagir no calor do momento. Além disso, ele nunca se apresentou como militar em suas atividades de lobista, que começaram no ano passado, em meio à pandemia, em busca de um “complemento de renda”.

À CPI, Dominguetti confirmou que recebeu pedido de propina no valor de 1 dólar por dose de vacina oferecida ao Ministério da Saúde. O suborno veio por parte de Roberto Dias, então subordinado ao ex-secretário-executivo da Pasta, Elcio Franco. Pelos relatos de Dominguetti, como a Davati não aceitou fazer negócio, Dias sequer teria levado a proposta ao chefe imediato.

Franco só recebeu o lobista no Ministério semanas depois após o jantar da propina, que se deu em 25 de fevereiro, e por intermédio de um ex-colega de academia que ajudou Dominguetti. Franco teria dito que compraria as 400 milhões de doses da vacina oferecida pela Davati após confirmar com a Astrazeneca e saber se a entrega seria feita. Mas o braço-direito de Eduardo Pazuello deixou o cargo, junto com o ex-ministro, poucos dias após a reunião.

Acompanhe a CPI da Covid pela TVGGN:

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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